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Artigos 150 a 154 do Código Penal

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CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE INHUMAS FACULDADE DE INHUMAS
CURSO DE DIREITO
DIREITO PENAL II
Artigos 150 a 154 do Código Penal
HIGOR MIRANDA DOS PASSOS
KELVEN RODRIGUES VICENTE VAZ
GABRYELLA HELENA LOPES
IZABELLA MORAIS
RAFAEL ANTÔNIO BELARMINO
MARCOS ANTÔNIO
PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A): MOÍSES BALOI 
INHUMAS 2017
Violação de domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Objeto Jurídico: 
A constituição e o CP visam proteger a tranqüilidade e a segurança das pessoas em suas vidas privadas, impedindo que terceiros venham-na a perturbar. O conceito de casa, aqui, ganha contornos a partir dos §§ 4º e 5º do artigo 150 do Código Penal o sentido empregado pelo CP ao signo casa está ligado ao local habitado no qual o indivíduo exerce sua liberdade seja residindo, ou seja, trabalhando.
Esta definição, aliás, é recepcionada pela própria Constituição Federal, a partir de seu artigo 5º, inciso XI: “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”.
Em resumo, a norma penal quer repreender a invasão da moradia da pessoa.
Elementos do Tipo
   É um crime de ação múltipla, sendo que a ação é baseada no entrar ou permanecer em residência alheia ou em suas dependências, contra a vontade de quem a está ocupando. Entrar é ingressar por inteiro, efetivamente no domicílio, enquanto que permanecer, pressupõe que o agente já se encontrava no recinto e se recusa a sair.
Elementos normativos do tipo
            Essa entrada ou permanência, segundo o artigo em estudo, pode ser:
Clandestina: quando é realizada as escondidas, sem que o morador perceba. 
Astuciosa: quando o agente emprega algum artifício para induzir o morador em erro, e com isso, obtendo o consentimento para adentrar na residência. 
Ostensiva: quando a entrada é realizada sem a anuência do morador. Nessa hipótese, o agente pode ter usado de violência contra o morador.
Ressalta-se que a entrada ou permanência deve ser realizada contra a vontade expressa ou tácita do morador, ou de quem representa essa faculdade. Portanto a proteção legal é destinada àquele que ocupa o espaço, não sendo necessariamente o titular da propriedade, pois o que é protegido é a tranquilidade e a segurança no espaço doméstico, não o direito a posse ou propriedade. 
Sujeito Ativo: É um crime comum, então qualquer pessoa pode praticá-lo, inclusive o dono do imóvel, quando a posse estiver legitimamente com terceiro.
 – Sujeito Passivo: A entrada ou permanência deve ser contra a vontade do morador, cabendo a ele admitir ou não determinada pessoa, dessa forma, o sujeito passivo será aquele a quem era responsável por admitir ou não alguém.
– Elemento Subjetivo É o dolo, baseado na vontade livre e consciente de entrar ou permanecer em residência alheia, sem a permissão do morador. O agente deve saber quem está agindo contra a vontade do morador, bem como se trata de residência alheia, uma vez que se ele ingressar achando que é a sua, haverá erro de tipo.
Ação Penal
      É um crime de ação penal pública incondicionada, que independe de representação do ofendido ou de seu representante legal.
Como se trata de infração de menor potencial ofensivo, incide a disposição da lei 9.099/95 no caput (pena: detenção de 1 a 3 meses, ou multa) e no caput combinado com o §2º (aumento de 1/3) Por ser crime de menor potencial ofensivo, está submetido ao procedimento dos juizados especiais criminais, tanto das justiças estaduais como da federal.
Art. 151 - Dos crimes contra a inviolabilidade de correspondência Violação de correspondência 
Art. 151 Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem: Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. O fundamento constitucional nos mostra que, são invioláveis o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, no caso de algum processo judicial, o único objeto que pode ser violado são as escutas telefonias, ou chamadas de comunicações telefônicas, essa sim poderá ser violadas pela justiça, porem com ordem judicial, a hipótese que seja para investigações criminal ou instrução penal, como já dito as correspondências telegráficas, essa de hipótese alguma, nem com ordem judicial poderá ser violado.
Sobre a inviolabilidade existe uma lei criada em 1996 nº 9296/ 96 no art. 1º que já nos mostra a intervenção da escuta telefônica, já tratando esse caso no dia a dia, quem se possa e abre para si uma carta onde o destinatário não seja ela, comete o crime de violação, pois ela não tem o direito de abrir ou ler, ou até mesmo de se apossar daquele objeto, pois o destinatário não permitiu que ela seja lida por outrem. Mas o que venha ser uma carta restrita, que tenha seu corpo violado? Simples uma carta que se tem o remetente e o destinatário, colocada em um envelope fechado e com selo, se torna já uma coisa inviolável. Caso o terceiro venha se apossar da carta mesmo que já aberta, será aplicada as eis penais sobre ela.
Sobre a inviabilidade telefônica podemos perceber que essa sim é violável por ordem judicial, porem quem faz escutas clandestinas, divulgações de coisas secretas, exemplos de pessoas que trabalham em empresas que tem sobre sigilo suas movimentações secretas, incorre ao crime de violação.
Art.152- Correspondência Comercial
De acordo com o artigo 152 do CP, crime de correspondência comercial é o fato de abusar da condição de sócio ou de empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair, ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho o seu conteúdo. 
Quaisquer dessas ações, mesmo afetando apenas parte da correspondência, são suficientes para a pratica do crime, já que a norma emprega a expressão ‘’ no todo ou em parte’’. 
‘’ Pena- detenção de três meses a dois anos’’
Parágrafo único – Somente procede mediante de representação.
Objeto Material - desse crime é a correspondência violada, que deve ter natureza mercantil, ou seja relativa a atividade do comercio, como compra, venda ou troca de produtos com o intuito negociável.
Sujeito Ativo – É crime próprio, só podendo por sócio ou o empregado da empresa apenas. 
Sujeito Passivo – A pessoa jurídica, ou seja, o estabelecimento comercial. 
Elemento Subjetivo – A vontade livre e consciente de desviar, sonegar, subtrair, suprimir ou revelar a estranhos o conteúdo da correspondência. Nisso consistindo o dolo, portanto. Não a previsão para a modalidade culposa. 
Consumação e Tentativa - A tentativa é possível e o delito resta consumado com a realização de quaisquer das condutas descritas no dispositivo (desviar, sonegar, subtrair, suprimir ou revelar a estranho o conteúdo da correspondência).
Ação Penal: Será pública a ação penal, dependendo de representação, contudo.
A tentativa: É perfeitamente admissível, não é crime. 
Ação Penal e Procedimento: Trata-se de crime de ação penal pública condicionada a representação de pessoa jurídica ofendida, o delito é de menor potencial ofensivo é, por essa razão, estão submetidos ao procedimento dos juizados especiais criminais, tanto da justiça comum estadual quanto da justiça federal, os crimes a que a lei comine pena máxima igual ou inferior a 2 anos de reclusão ou detenção, qualquer que seja o procedimento previsto. É cabível a suspensão condicionada do proc. (Artg89 da lei n° 9099/95), uma vez que a pena prevista é de detenção de 03 meses a 02 anos. 
Art. 153 - Divulgação de segredo 
O artigo 153 do Código Penal vem trazer que: “Divulgar alguém, sem justa causa , conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem”.
Objeto JurídicoO doutrinador Fernando Capez fala que `` todo indivíduo tem o direito de resguardar , de impedir que outros tomem conhecimento de fatos secretos ,que digam respeito a sua vida particular , e cuja violação e divulgação	podem gerar graves consequências a ele ou a outras pessoas ´´ ou seja , ao meu ver ,neste parágrafo o doutrinador quis dizer que cada pessoa tem o direito de tornar um fato secreto ou não , e a partir do momento que este indivíduo opta por aquele fato ser secreto, ninguém deve inviolar tal segredo , pois pessoas uma ou mais pessoas podem ser prejudicadas .
Elementos do Tipo 											-Ação nuclear resume-se no verbo `` divulgar´´, que significa contar para outra pessoa. É necessário que o segredo seja divulgado para mais de uma pessoa, só é preciso que seja contado para alguém.
- Objeto material- o documento público deve ser literalmente público a toda sociedade, já o documento particular cabe ao dono de tal documento querer divulgá-lo ou não.			
-Elemento normativo- a doutrina de Fernando Capez cita algumas hipóteses em que há justa causa para a divulgação do segredo, são eles:							
A) Delatio criminis (CPP,art 5 , s3).								
B) na hipótese em que a testemunha revela segredos em juízo 9CPP, art 206).	.		
C) na hipótese em que o agente apresenta documento particular ou correspondência confidencial para fazer prova de sua inocência em processo judicial.					
D) na hipótese em que há apreensão de cartas destinadas ao acusado, quando haja suspeita de que o conhecimento de seu conteúdo possa ser útil á elucidação do fato (CPP, art 240 ,s1)
Sujeito Ativo: Se trata do destinatário do documento 
Sujeito Passivo O sujeito passivo pode ser:									
A) autor daquele documento 									
B) o destinatário, no caso em que o outro indivíduo for o detentor de tal documento 		
C) outro indivíduo que possa se prejudicar com a divulgação do segredo 
COLOCA SUA PARTE AQUI ^^
Referencias:
 http://www.fontedosaber.com/direito/violacao-de-domicilio.html 1
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,crimes-previstos-no-arts-150-a-154-do-codigo-penal-e-o-conflito-aparente-de-normas,32489.html 2/3
https://codigopenalcomentado.wordpress.com/category/art-151/ 3
http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-152-correspondencia-comercial.html 4
https://codigopenalcomentado.wordpress.com/category/art-153/ 5
Curso de Direito Penal - Parte Especial - Vol. 2 - 16ª Ed. 2016, Capez Fernando.5

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