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Varicela/Herpes Zoster A Varicela, também conhecida como Catapora, é uma infecção viral primária, aguda e altamente contagiosa. Ela é caracterizada pelo surgimento de erupções cutâneas, que, após algumas horas, evoluem rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas, em 3 a 4 dias. Todos estão suscetíveis à doença. Em crianças, a Varicela, geralmente, é uma doença benigna e autolimitada. Já em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais exuberante. A infecção confere imunidade permanente. Mesmo que raramente ocorra um segundo episódio de Catapora. No entanto, o vírus da Varicela permanece no corpo a vida toda, pode ser reativado e causar outra doença, o Herpes-Zoster, também conhecido como cobreiro. Sintomas A principal característica clínica são lesões cutâneas, que se apresentam nas diversas formas evolutivas, acompanhadas de uma sensação incômoda na pele e coceira. Além disso, a Varicela pode resultar em febre moderada e sintomas sistêmicos, como mal estar, cansaço, dor de cabeça e perda de apetite. Diagnóstico O diagnóstico da Varicela é realizado principalmente por meio do quadro clínico-epidemiológico. O vírus Varicela-Zoster pode ser isolado das lesões vesiculares durante os primeiros 3 a 4 dias de erupção. Transmissão A transmissão acontece de pessoa a pessoa, por meio do contato direto ou de secreções respiratórias e, raramente, através de contato com lesões de pele. Indiretamente a Varicela é transmitida por meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados. O período de transmissão é de 14 a 16 dias. Mas, pode variar entre 10 a 20 dias após o contato. Ele pode ser mais curto em pacientes imunodeprimidos (cujo sistema imunológico está enfraquecido) e mais longo após imunização passiva. Já o período de transmissibilidade varia de 1 a 2 dias antes da erupção e até 5 dias após o surgimento do primeiro grupo de vesículas. Enquanto houver vesículas, a infecção é possível. Prevenção Existe vacina contra a Varicela, mas ela tem indicações precisas, quem levam em conta a situação epidemiológica da doença. Sendo assim, não está disponível de forma universal no Sistema Único de Saúde (SUS). As indicações para vacinação são: População indígena a partir de quatro anos de idade; Surto hospitalar da doença: vacinar, até cinco dias após o surto, crianças maiores de 9 meses de idade que tenham imunidade baixa e que estejam dentro do hospital e demais pessoas que estejam suscetíveis; Profissionais de saúde, cuidadores e familiares suscetíveis à doença que estejam em convívio domiciliar ou hospitalar com pacientes com maior risco de contrair a doença com consequências graves, como crianças com câncer, pessoas em geral submetidas à cirurgias, doadores de órgãos e células-tronco, entre outros; Pacientes com doenças renais crônicas; Crianças, adolescentes e adultos infectados pelo HIV; Doenças dermatológicas graves; Pessoas que fazem uso crônico de aspirina. Para evitar o contágio da Catapora, também é preciso restringir as pessoas infectadas de locais públicos, até que todas as lesões de pele estejam cicatrizadas – isso acontece em média, num período de duas semanas. Mãos, vestimentas e roupas de cama, além de outros objetos que possam estar contaminados, devem passar por higienização vigorosa. Tratamento No tratamento da catapora, em geral, são utilizados analgésicos e antitérmicos, para aliviar a dor de cabeça e baixar a febre, e antialérgicos para aliviar a coceira. Os cuidados de higiene são muito importantes e devem ser feitos apenas com água e sabão. Para diminuir a coceira, o ideal é fazer compressa de água fria. As vesículas não devem ser coçadas e as crostas não devem ser retiradas. Para evitar que isso aconteça, as unhas devem ser bem cortadas. A medicação a ser ministrada deve ser orientada por profissionais de saúde, pois o uso de analgésicos e antitérmicos à base de ácido acetilsalecílico é contraindicado e pode provocar problemas graves.
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