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Recolocação Profissional oportunidade

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Recolocação 
Pro�ssional 
2ª Edição
OPORTUNIDADE
SEJA UM EMPREENDEDOR
2
GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
Ficha técnica
Governador do Distrito Federal
RODRIGO ROLLEMBERG
 
Secretário de Estado do Trabalho, 
Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade 
Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal  
ANTÔNIO GUTEMBERG GOMES DE SOUZA
 
Secretário Adjunto do Trabalho 
THIAGO JARJOUR
 
Subsecretário de Atendimento ao Trabalhador 
e Empregador 
ANTÔNIO VIEIRA PAIVA
 
Coordenador de Qualificação Profissional
GERSON VICENTE DE PAULA JUNIOR
 
Equipe Técnica da Coordenação de 
Qualificação Profissional
TALITA ALENCAR DE ALMEIDA DA SILVA – 
Assessora da Coordenação de Qualificação 
Profissional 
 
ALISSON ANANIAS LOPES – Diretor de 
Planejamento e Estratégias de Qualificação.
 
ALBERTINA SOLINO EVELIN – Gerência de 
Planejamento.
 
DÉBORA JEANE DE OLIVEIRA BATISTA – 
Diretora de Gestão de Programas e Projetos 
de Qualificação.
 
CARLA NUNES SOUSA DE LIMA – Gerente 
de Capacitação para o Empreendedor.
 
Programa Qualifica Mais Brasília
É um Programa de Qualificação social e 
profissional que se destina a promover ações 
de qualificação aos trabalhadores e/ou 
empreendedores do Distrito Federal, visando 
potencializar as competências e habilidades 
deste público para atender as exigências 
apresentadas pelo mundo do trabalho.
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GESTÃO 
FINANCEIRA
CURSO A DISTÂNCIA
Sumário
Apresentação ...................................................................................................... 5
Módulo 1 – Quando é hora de mudar? ................................................................. 7
1.1. A necessidade da satisfação pessoal ................................................................. 7
1.2. Panorama do mercado ....................................................................................... 10
1.2.1 Transformações sociais do trabalho ........................................................... 11
1.2.2. Um novo cenário para o trabalhador .......................................................... 12
1.2.3. Atuais exigências do mercado .................................................................... 14
1.3. Sinais de que chegou a hora de mudar ............................................................. 17
Encerramento do Módulo 1 ................................................................................ 20
Apresentação .................................................................................................... 21
Módulo 2 – Desafios e potencialidades da recolocação profissional .................. 22
2. Desafios .................................................................................................................. 22
2.1.1. O medo de mudar ........................................................................................ 22
2.1.2. Cobrança pessoal ........................................................................................ 25
2.1.3. Desemprego e tempos de crise .................................................................. 26
2.1.4. Como atender às exigências de um novo trabalho? .................................. 29
2.2. Potencialidades................................................................................................... 30
2.2.1. Nunca é tarde para mudar ........................................................................... 30
2.2.2. Flexibilidades do mercado de trabalho ...................................................... 32
2.3. O desafio como potência criativa ...................................................................... 34
Encerramento do Módulo 2 ................................................................................ 36
GESTÃO 
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
Apresentação .................................................................................................... 37
Módulo 3 – Quero mudar, o que fazer? ............................................................... 38
3.1. Por onde começar? ............................................................................................. 38
3.1.1. Análise SWOT pessoal ................................................................................. 39
3.2. Aptidões pessoais ............................................................................................... 43
3.2.1. Vocação tem a ver com sua história de vida ............................................. 45
3.2.2. Demandas pessoais oferecidas ao mercado ............................................. 47
3.3. O que não fazer durante a recolocação profissional ........................................ 49
Encerramento do Módulo 3 ................................................................................ 52
Apresentação .................................................................................................... 53
Módulo 4 – Estratégias para reposicionamento profissional .............................. 54
4.1. Capacitação e aperfeiçoamento ........................................................................ 54
4.1.1. A importância de um segundo idioma ....................................................... 57
4.2. Em busca da vaga desejada ............................................................................... 58
4.2.1. Estratégias para encontrar vagas ............................................................... 60
4.2.2. Organize seu currículo ................................................................................. 61
4.3. Empreender pode ser uma saída ....................................................................... 62
4.3.1. Tipos de empreendedor ............................................................................... 63
4.3.2. A importância da formalização ................................................................... 65
4.4. Dicas para consolidar uma nova carreira .......................................................... 66
Encerramento do Módulo 4 ................................................................................ 68
Referências bibliográficas ................................................................................. 69
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
Apresentação
Olá, estudante!
Seja bem-vindo (a) ao Curso de Recolocação Profissional, na modalidade de 
Educação a Distância (EaD), com duração de 40 horas.
O objetivo principal do curso é oferecer um panorama do mercado e apresentar 
orientações básicas para quem deseja um reposicionamento profissional, seja 
mudando de área ou galgando novas possibilidades dentro do campo de atuação. 
Este material é orientado por referenciais de pesquisadores de renome, ligados à 
Universidade e ao mercado. Entrelaçar essas duas instâncias de conhecimento é 
fundamental para apresentar um conteúdo atualizado e útil para suas demandas. 
O curso está dividido em quatro módulos. São eles:
 MÓDULO 1
Quando é hora de mudar?
 MÓDULO 2
 MÓDULO 3
 MÓDULO 4
Desafios e potencialidades do 
reposicionamento profissional
Quero mudar, o que fazer?
Ações práticas para encontrar 
um novo lugar no mercado
?
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
A seguir, você terá contato com o conteúdo do Módulo 1, que apresenta as 
considerações iniciais sobre os motivos que impulsionam a necessidade de 
recolocação profissional. 
O conteúdo tem como desdobramento um breve panorama da história do trabalho 
e as transformações do mercado, cujas exigências se tornaram cada vez mais 
complexas, demandando muito tempo de formação e atualização constante por 
parte do trabalhador. 
A apresentação desse histórico tem como objetivo contextualizar as mudanças, 
a fim de que você possacompreender o atual cenário, o que ajudará na tomada 
de decisão nesse processo muitas vezes desgastante que é encontrar outras 
possibilidades no mercado de trabalho. 
Aproveite a discussão a seguir para pensar sobre sua própria trajetória, dessa 
maneira, o conteúdo deixará de ser um conhecimento generalizado para poder ser 
aplicado à sua realidade. 
Boa leitura e bons estudos!
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
Módulo 1 – Quando é hora de mudar?
1.1. A necessidade da satisfação pessoal
O trabalho, formal ou informal, ocupa boa parte 
do tempo de vida, seja nas grandes metrópoles, 
nas cidades do interior ou no campo. Produzir 
bens de consumo e riquezas se tornou uma 
das principais motivações das sociedades 
capitalistas depois da Revolução Industrial. 
Essa realidade é praticamente a mesma em 
todos os países do mundo, com algumas 
variações culturais que cada vez mais são 
minimizadas pelos efeitos da globalização. 
O mercado de trabalho tornou-se mais 
competitivo, exigindo – em muitos casos – 
anos de estudo e aperfeiçoamento constante. 
As demandas do mercado, aliadas às sucessivas crises nacionais e internacionais 
das últimas décadas, provocaram uma série de mudanças nas rotinas produtivas. 
Jornada de trabalho extenuante, baixa remuneração, tempo escasso para a vida 
pessoal e pouca perspectiva de crescimento são alguns dos fatores que levam a 
insatisfação profissional. 
Se você chegou até aqui, possivelmente sente a necessidade de trocar de cargo na 
empresa ou até mesmo busca um reposicionamento profissional mais radical, com 
a mudança da área de atuação, a fim de encontrar melhores condições de trabalho, 
que atendam às suas demandas e expectativas. 
Este curso tem como objetivo apresentar um panorama do mercado de trabalho e 
oferecer algumas dicas para que possa ponderar sobre os desafios e potencialidades 
desse momento de transição. Planejar é sempre o melhor caminho para evitar 
frustrações futuras, além de ser um momento importante para refletir sobre algumas 
questões como:
• O que eu gosto de fazer?
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
• Como posso desenvolver minhas potencialidades no trabalho?
• Quais as perspectivas de crescimento?
• O salário está adequado às exigências?
Essas são perguntas que podem ser feitas e que, possivelmente, apresentam 
respostas bem complexas. Por isso, não se sinta desmotivado por fazê-las. É 
comum alguns momentos de crise ao longo da carreira, mas quando essas questões 
se tornam muito recorrentes, talvez seja a hora de pensar em novas possibilidades. 
Para ajudar quem está com dúvidas sobre a necessidade de mudar de emprego, a 
Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) elaborou um teste para avaliar 
se está na hora de buscar novos horizontes. Clique aqui e faça o teste. 
Se você decidiu buscar um reposicionamento profissional, é hora de traçar metas 
e objetivos a fim de conquistar uma vaga que seja condizente com as suas 
necessidades. Esse planejamento pode começar de maneira simples: 
• O que desejo a curto prazo?
• O que posso fazer para propiciar essa mudança?
• Quais os ganhos a médio prazo?
• Como me vejo daqui a alguns anos?
Responder essas questões não é fácil, pois em muitos aspectos as respostas não 
dependem exclusivamente da nossa vontade. Apesar disso, é importante traçar um 
esboço, que ajudará a ter uma visão mais realista do processo. Estar consciente 
dos desafios e, também, das potencialidades é fundamental durante a transição, 
que muitas vezes pode ser marcada por momentos de desânimo e da sensação de 
que não dará certo. 
O site Fortune, vinculado à revista Time, listou cinco coisas que fazem uma pessoa 
feliz no trabalho: 
1. Sentir-se desafiado;
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
2. Senso de progresso;
3. Sentir-se seguro;
4. Autonomia;
5. Sensação de pertencimento. 
Link: http://fortune.com/2015/09/26/happy-work-tips/
Esses cinco itens podem auxiliar a responder as questões apresentadas 
anteriormente e a planejar como será executado o processo de recolocação 
profissional. Qual atividade profissional te manteria desafiado e motivado? Quais 
são suas perspectivas de progressão na carreira? Quais as condições que te 
trariam maior sensação de segurança e estabilidade? Como você se sentiria livre 
para exercer sua autonomia do local de trabalho? Em relação ao bem-estar, quais 
as condições para que você se sinta parte de uma equipe?
Todos os questionamentos apresentados neste primeiro momento são provocações 
para que possa refletir sobre suas demandas pessoais. O trabalho ocupa boa parte 
do tempo de vida, por isso é fundamental que se obtenha o mínimo de satisfação 
com a atividade que se desenvolve, evitando problemas como desmotivação, 
estresse ou até mesmo quadros mais graves que podem levar à depressão. 
Para dar continuidade a esse processo de reflexão, será apresentado a seguir 
um panorama das mudanças no mercado de trabalho. Esse recuo histórico será 
fundamental para compreender as transformações ocorridas no último século 
e, principalmente, as radicais alterações das últimas décadas, culminando no 
complexo cenário que vivenciamos atualmente. 
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
Assista
No vídeo Qual a hora certa de mudar de emprego?, a coach Wayne Valim 
comenta dois aspectos fundamentais que devem ser considerados por quem 
está planejando o reposicionamento profissional. Clique aqui e assista. 
1.2. Panorama do mercado
Por vezes, estamos tão atarefados com 
os afazes do dia a dia, principalmente 
as atividades voltadas ao trabalho, 
que nem nos damos conta das 
transformações sociais que acabam 
impactando diretamente as formas de 
vida.
Nas últimas décadas, com o avanço da 
tecnologia, das fontes de informação 
e dos sensíveis progressos no ensino técnico e superior, houve uma série de 
alterações no mercado de trabalho. As exigências não são mais as mesmas, o 
profissional precisa estar sempre atento às demandas de sua área, aperfeiçoando-
se e buscando capacitação constante.
As vivências cotidianas também sofreram profundas alterações: tudo parece 
mais acelerado. O tempo, principalmente nas grandes cidades, é insuficiente 
para as atividades diárias. Isso tudo demanda muita organização para conciliar 
trabalho, vida social e às necessidades de descanso. Essas transformações são 
consequências da Modernidade, que estabeleceu novas rotinas de trabalho. 
Livraria
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
1.2.1 Transformações sociais do trabalho
O historiador Carlos Roberto de Oliveira (2001, p. 5) define 
o trabalho como “a atividade desenvolvida pelo homem, 
sob determinadas formas, para produzir a riqueza. São as 
condições históricas que lhe dão validade e estabelecem 
seus limites”. Isso significa que as formas de produção 
e de circulação dos bens produzidos se transformam no 
decorrer dos séculos. 
Na pré-história, por exemplo, o trabalho era voltado à coleta e à caça, com a produção 
dos primeiros artefatos técnicos como lanças, machados de pedra e utensílios em 
cerâmicas. Foi o começo do domínio da natureza pelo homem. 
Num segundo momento, quando as sociedades deixaram de ser nômades para 
se estabelecer em localidades fixas, teve início a agricultura e a pecuária, com a 
domesticação e domínio de espécies vegetais e animais. A cultura de produção 
dos bens necessários à vida provocou impactos consideráveis, consolidando as 
primeiras cidades, que originaram as grandes civilizações e impérios do passado. 
Segundo Oliveira (2001, p. 5), 
“[...] a história do trabalho começa quando o homem buscou osmeios 
de satisfazer suas necessidades – a produção da vida material. Essa 
busca se reproduz historicamente em toda a ação humana para que 
o homem possa continuar sobrevivendo”. 
O trabalho não se restringe apenas ao processo de produção de bens de consumo, 
a circulação das mercadorias e a oferta de serviços também fazem parte do circuito 
social do trabalho, que abrange a maioria das pessoas em idade produtiva. 
Os regimes trabalhistas mudaram ao longo da história, passando por períodos 
escravistas, com a exploração da mão de obra não remunerada, até o servilismo do 
período feudal, quando o dono das terras explorava o trabalho dos servos em troca 
de impostos e outras subserviências. 
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
Esses sistemas foram praticamente suplantados pela Revolução Industrial. Com 
o desenvolvimento das manufaturas e as primeiras indústrias, o capitalismo se 
consolidou como a principal forma de gerenciamento do trabalho e da economia. 
A Revolução Industrial se desenvolveu na Inglaterra, em meados do século 
XVIII, e logo se espalhou por toda Europa – e posteriormente pelos territórios 
colonizados. A primeira fase (meados de 1750 até 1860) foi caracterizada 
pela industrialização – especialmente direcionada à produção têxtil –, com 
máquinas a vapor, a aceleração da produção, uso do carvão mineral como fonte 
de energia e deslocamento populacional do campo para a cidade. A segunda 
fase (a partir de 1860 até 1945) foi marcada pelo uso da energia elétrica e 
do petróleo, avanço da siderurgia e diversificação da indústria. A partir de 
1945, teve início a presente fase, caracterizada pelas mídias eletrônicas, com 
destaque para a televisão e, a partir da década de 1980, pela ascensão da 
indústria informática. 
No sistema capitalista, o empregado vende sua força de trabalho em troca de um 
salário. O excedente é repassado para o proprietário da indústria ou da empresa 
como lucro pela posse dos bens de produção. 
O capitalismo caracteriza as sociedades modernas – das quais a sociedade 
contemporânea é herdeira –, marcada pela produção de bens de consumo e oferta 
de serviços, pela mudança sazonal da tecnologia e pela obsolescência, isto é, a 
rápida perecibilidade do que é produzido. 
1.2.2. Um novo cenário para o trabalhador
Essas mudanças tiveram consequências diretas na vida do trabalhador. Por exemplo, 
se antes um sapateiro era também o proprietário das ferramentas de trabalho, no 
sistema industrial ele não possui mais aquilo que é necessário para trabalhar. 
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
O sapateiro, que antes produzia em sua pequena oficina, tornou-se funcionário, 
sujeito às variações do mercado e aos riscos da demissão e do desemprego. 
Isso tudo pode parecer distante em um primeiro momento mas, se avaliarmos as 
rápidas transformações das últimas décadas, é possível perceber como isso afeta 
as condições do trabalho e as formas de vida.
Você sabia?
O Dia do Trabalho, comemorado mundialmente no 1º de maio, relembra as 
manifestações para redução da jornada de trabalho de 16 para 8 horas. A data 
foi escolhida como alusão às reivindicações de operários dos Estados Unidos, 
que no dia 1º de maio de 1886 saíram às ruas para pedir melhores condições 
de trabalho. As mobilizações foram repetidas em anos seguintes e logo se 
espalhou para outros países, consolidando a data como o Dia do Trabalho. 
Como destaca cientista social Suzana Albornoz (1986, p. 25), “o trabalho hoje é um 
esforço planejado e coletivo, no contexto do mundo industrial, na era da automação”. 
Panorama que se tornou ainda mais amplo com a globalização, que interliga os 
mercados internacionais, abrindo outras possibilidades de trabalho e, também, 
muitos desafios para o trabalhador. 
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
1.2.3. Atuais exigências do mercado
As mudanças sociais reconfiguraram 
radicalmente a forma de trabalho 
estabelecida na Modernidade: quando 
o trabalhador desempenhava a mesma 
função ao longo da vida, tornando-se 
especialista na atividade que exercia. 
Agora, muitos campos de atuação 
exigem grande flexibilidade do 
profissional, que passa a desempenhar 
não apenas sua função básica, mas 
precisa estar inteirado do processo 
gerencial da empresa, pois tudo funciona em cadeia. 
Mesmo nas áreas que ainda mantêm rotinas produtivas mais tradicionais, como na 
indústria e nos setores de produção, tudo foi acelerado e parte do trabalho realizado 
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
pelos funcionários passou a ser executada mais rapidamente por maquinários 
sofisticados. 
Ao destacar aspectos dessas transformações, as pesquisadoras Erlaine Binotto e 
Marina Keyko Nakayama traçam um panorama das atuais exigências do mercado: 
Este novo mercado de trabalho tende a buscar trabalhadores com capacidade para a 
produção flexível: polivalente, altamente qualificado, com maior autonomia, recom-
pensado em seu trabalho pela estimulação recebida no próprio processo de reestru-
turação produtiva como agente com imaginação criativa, que foi apagada no passa-
do pelo sistema alienador de produção (BINOTTO, NAKAYAMA, 2000, p. 13). 
A partir desse breve panorama histórico é possível perceber a radical mudança 
– sempre em trânsito – das formas de trabalho. As exigências já não são mais 
as mesmas, o que causa insegurança para quem está em início de carreira e, 
principalmente, para aqueles que desejam um reposicionamento profissional ou 
mesmo a migração radical para outra área de atuação. 
O mundo do trabalho está explodindo, tem-se apresentado mais instável 
e as razões podem ser facilmente identificáveis: globalização, aumento 
populacional e a introdução de novas tecnologias, especialmente nas áreas da 
comunicação e da informação. O conceito de emprego está sendo substituído 
pelo conceito de trabalho, por meio de tarefas, projetos, missões a executar e 
atividades a desempenhar (BINOTTO, NAKAYAMA, 2000, p. 12). 
Um questionamento que pode ser feito é: diante de tantas transformações, o que 
é esperado do trabalhador atualmente? Segundo Binotto e Nakayama (2000), as 
exigências dos trabalhos bem remunerados depois da virada do milênio são:
• Domínio das tecnologias informáticas;
• Capacidade de adaptação – a novos ambientes e situações;
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
• Disposição para aprendizado contínuo; 
• Capacidade de comunicação oral e escrita;
• Habilidade de preparar relatórios e de fazer apresentações;
• Criatividade e motivação;
• Capacidade de trabalhar em equipe;
• Potencialidade de assumir papéis de liderança;
• Agilidade na tomada de decisões. 
Como veremos no Módulo 2, essas mudanças impõem muitos desafios, como o 
crescimento do desemprego, mas também abre outras possibilidades de atuação 
que, se bem aproveitadas, podem trazer benefícios não só para a carreira profissional, 
mas também para a vida pessoal.
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
1.3. Sinais de que chegou a hora de mudar
Se você chegou até aqui, certamente pensa em como 
buscar novas possibilidades de trabalho. Pode até mesmo 
ter pedido demissão por não estar satisfeito ou ter sido 
demitido em cortes na empresa provocados pelas crises 
dos últimos anos. 
Independentemente da causa, é preciso saber que nem 
todas as ações de sua carreira dependem exclusivamente 
de sua competência profissional. Como vimos, as 
mutações das formas de trabalho trouxeram impactos 
bastante significativos. Nos últimos anos, até mesmo profissionais de renome de 
grandes corporações foram demitidos. 
Essas ações influenciamdiretamente na autoestima e nas perspectivas de 
crescimento. Como o trabalho é uma das ações primordiais da vida cotidiana, 
ocupando maior parte do tempo de mulheres e homens em idade produtiva, é natural 
que oscilações no trabalho tenham impacto direto na percepção que o trabalhador 
tem de si. 
Compreender as transições ao longo da história e, principalmente, o processo de 
mudança que está sendo vivenciado na contemporaneidade é de suma importância 
para poder encontrar meios de se situar e saber como agir em meio da tantos 
desafios e exigências. 
Se você está insatisfeito com sua área de atuação, talvez seja o momento mudar de 
área. Segundo Roberto Santos, consultor em desenvolvimento humano, são cinco 
os sinais que indicam que é hora de pensar em outras possibilidades no mercado 
de trabalho. São elas: 
1. Não está aprendendo coisas novas – adultos felizes precisam desenvolver 
atividades que estimulem a mente e o aprendizado; 
2. Seu desempenho já não é mais o mesmo – sente que estagnou, trabalha de 
modo automático, sem motivação e sem se sentir desafiado;
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
3. Sente-se subaproveitado – mesmo que ganhe o suficiente para o padrão de 
vida almejado, acha que seu potencial está sendo desperdiçado na função 
que exerce;
4. Está trabalhando apenas pelo dinheiro – seja por ter uma remuneração 
adequada ou por medo de ficar desempregado, o salário não é o único fator 
necessário para a satisfação; 
5. Odeia seu chefe ou o ambiente de trabalho – essa situação provoca inúmeros 
problemas, como desmotivação, estresse e pode ter consequências graves 
sobre a saúde. 
Fonte: Está infeliz no trabalho? Veja 5 sinais de que é hora de mudar de emprego. 
Disponível em: https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/reda-
cao/2015/06/03/esta-infeliz-no-trabalho-veja-5-sinais-de-que-e-hora-de-mu-
dar-de-emprego.htm#fotoNav=6. Acesso em 15 de junho de 2017. 
Se você identifica a maioria dessas questões no seu dia a dia no trabalho, ou se 
já passou por isso e quer evitar que esses problemas se repitam, é fundamental 
planejar e buscar novas perspectivas. 
O reposicionamento profissional não é uma tarefa fácil, por isso mesmo é necessário 
fazer a transição de maneira consciente. Apesar do medo inicial, os benefícios da 
mudança são reais e podem trazer não só novas perspectivas profissionais, como 
ganhos em qualidade de vida. 
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
“Quando pesa tanto para o lado negativo, o profissional fica infeliz e 
desmotivado. É o tipo de coisa que só tende a piorar, não se resolve por si. É 
melhor sair antes que fique com a reputação negativa no mercado”. 
Roberto Santos, consultor de desenvolvimento humano.
Disponível em: https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/
redacao/2015/06/03/esta-infeliz-no-trabalho-veja-5-sinais-de-que-e-hora-
de-mudar-de-emprego.htm#fotoNav=6. Acesso em: 15 de junho de 2017. 
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Módulo 1: Quando é hora de mudar?
Encerramento do Módulo 1
Chegamos ao final do Módulo 1, que 
teve como objetivo apresentar um 
panorama geral das condições de 
trabalho e proporcionar reflexões 
acerca de suas motivações 
pessoais em torno da atividade 
profissional. 
Dando continuidade, o Módulo 2 será dedicado aos desafios e potencialidades da 
recolocação profissional. 
Não se esqueça de responder ao questionário que revisa os assuntos abordados 
neste módulo. 
Siga em frente e bons estudos!
 MÓDULO 1
Quando é hora de mudar?
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Apresentação
Olá, estudante!
Iniciamos agora o Módulo 2 do Curso de Recolocação Profissional, que busca auxiliar 
você que está se preparando para galgar novos caminhos na carreira profissional. 
Na sessão anterior, foram discutidos alguns aspectos relacionados às 
transformações do trabalho ao longo da história. A partir do que foi apresentado, é 
possível destacar quatro pontos para fixar bem o conteúdo do Módulo 1:
• A satisfação pessoal com o trabalho é muito importante, pois além de 
garantir o bom rendimento profissional, possibilita uma boa qualidade de 
vida;
• O mercado de trabalho passou por profundas mudanças ao longo das 
últimas décadas;
• Essas transformações continuam em curso, o que exige do trabalhador a 
atualização constante para conseguir uma boa colocação no mercado;
• Estar atento às modificações é fundamental para se manter atualizado, 
principalmente para quem almeja a recolocação profissional. 
Com essas questões em mente, continuamos o curso com a apresentação dos 
principais desafios para quem planeja mudanças na carreira. A partir dessa 
discussão, serão apresentadas também as potencialidades, a fim de te ajudar a 
construir um panorama pessoal atualizado, para que saiba como planejar de 
maneira mais efetiva o seu processo de reposicionamento no mercado. 
Fique atendo ao que será apresentado e tenha em vista que são apontamentos para 
auxiliar seu processo de tomada de decisão. No decorrer da leitura, faça anotações 
e observações pessoais a fim de adaptar o conteúdo à suas necessidades. 
Bons estudos!
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Módulo 2 – Desafios e potencialidades da 
recolocação profissional
2. Desafios
Começar pelos desafios pode parecer pouco 
animador, principalmente quando se busca 
encontrar motivação neste momento tão 
conturbado. No entanto, ter uma visão 
realista da situação é necessário para saber 
como reagir diante das dificuldades que 
se apresentam para quem está em fase de 
transição profissional. 
Por isso, iniciamos este módulo apresentando 
alguns dos pontos mais desafiadores no 
processo de recondução profissional. Discuti-
los é fundamental para saber como enfrentá-los da melhor maneira possível. 
2.1.1. O medo de mudar
Sem dúvida, o medo da mudança é um dos principais desafios enfrentados por 
quem decide encarar o desafio da recolocação profissional. São várias as questões 
que podem aparecer: 
• Não é melhor continuar e tentar aceitar os problemas?
• E se a mudança de área não der certo?
• Será que vou conseguir me adaptar a uma nova rotina de trabalho?
• O salário nem é ruim, posso continuar mesmo sem me sentir bem?
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Essas e inúmeras outras dúvidas podem surgir, principalmente para quem precisa 
assumir responsabilidades sem auxílio de terceiros, como pagar as contas sozinho 
ou ajudar no rendimento familiar. 
É preciso considerar que não é fácil estar diante desses questionamentos. O 
medo causa insegurança e pode ser paralisante para a maioria das pessoas – 
principalmente sem o apoio dos cônjuges, familiares e amigos. No entanto, saiba 
que não é só você que se sente assim. O medo da mudança é inerente à existência, 
pois sempre buscamos estar seguros, na “zona de conforto”, como denominam 
os especialistas. Mas aqueles que ousam e desafiam os próprios medos podem 
conquistar grandes coisas, e não somente em nível profissional, mas de maturidade 
e satisfação pessoal.
Em artigo publicado no site Nômades Digitais, são apresentados os dois 
medos comuns na hora de mudar de carreira: 
6. Medo de ficar sem dinheiro: ter as finanças comprometidas é o temor 
clássico na hora de pensar em novas possibilidades. É, também, um 
dos principais motivos para se manter em um emprego mesmo que 
esteja insatisfeito. Uma dica para driblar esse medo é reduzir custos, 
economizar e planejar bem os gastos no período de transição. 
7. Falta de apoio:sentir-se sozinho e sem auxílio é motivo de angústia 
para quem decide investir em novas possibilidades. O incentivo é 
fundamental neste momento de insegurança e vulnerabilidade. Por 
isso, converse de maneira franca com as pessoas próximas, para 
que elas estejam cientes da sua decisão. Não dê ouvidos àqueles 
que só querem te desmotivar. Encontrar alguém para te incentivar 
é fundamental nesse processo. Conversar com pessoas que já 
passaram por isso é uma boa forma de encontrar maior segurança na 
sua decisão. 
Fonte: http://nomadesdigitais.com/dois-medos-comuns-na-hora-de-
mudar-de-carreira-e-como-dribla-los/
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Em entrevista ao site Dinheirama, a consultora Claudia Barros comenta sobre a 
necessidade de encarar o medo: 
A transição é como todo momento de vida e pressupõe altos e baixos, pensamentos 
positivos e pensamentos negativos, bons e maus tempos, e isso é algo que merece 
atenção.
Link: http://dinheirama.com/blog/2016/12/30/claudia-barros-coach-
medo-mudar/
Como dica, a consultora orienta que é preciso aprender a lidar com os aspectos 
negativos de forma positiva, ou seja, entender que eles fazem parte da vida e 
aprender como positiva-los. Dessa maneira, o medo de mudar pode servir como 
motivação para elaborar um planejamento cauteloso. 
Outro aspecto destacado por Claudia Barros é o da necessidade de lidar com a 
frustração: 
Acredito que lidar com as sensações é uma das coisas mais difíceis na nossa vida, 
mas esta tentativa é também uma ação. Para ficar bom em algo é preciso treinamento 
e, sobretudo, tirar algum aprendizado do fracasso e mesmo da frustração.
Se você decidiu encarar o processo de reposicionamento profissional, aproveite 
este momento como uma fase de autoconhecimento. Descubra seus gostos, seus 
anseios, seus medos. Toda mudança é, também, uma excelente oportunidade para 
aprender novas coisas e a lidar com o medo. 
A mudança desestabiliza as pessoas, uma vez que requer revisão da maneira 
de pensar e agir, comunicar e criar um significado para a vida. A mudança 
envolve o indivíduo e seu meio, portanto é incerto e arriscado, podendo ser 
promissor ou ameaçador (BINOTTO, NAKAYAMA, 2000, p. 6). 
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
2.1.2. Cobrança pessoal
O medo da mudança costuma ser 
consequência do temor de errar e de se sentir 
insuficiente. Isso advém das imposições 
sociais de excelência e bom desempenho a 
que costumamos ser submetidos desde muito 
cedo. É preciso ser o melhor, destacar-se e ter 
renome. 
No mercado de trabalho, que apresenta alto 
índice de competitividade, isso se mostra de 
maneira muito direta, por vezes sendo motivo 
de angústia para muitos trabalhadores, 
principalmente aqueles que estão em cargo de chefia ou liderança. 
A pesquisadora Brené Brown (2013), da Universidade de Houston, nos Estados 
Unidos, aponta em seu livro A coragem de ser imperfeito como essas cobranças 
pessoais podem ser paralisantes. Devido a essa cultura do desempenho, nos 
tornamos vulneráveis, pois temos medo de errar, de ousar e de experimentar coisas 
novas. 
Passamos a acreditar que entender nossos defeitos nos faz fracos e isso tem como 
resultado a sensação de nunca ser suficiente. É o que a autora chama de escassez: 
nunca somos bons o bastante. Essa cobrança acaba por nos esgotar e criar 
grande insegurança, mas é preciso ultrapassar isso e ter consciência das próprias 
limitações e assumir que fazem parte da nossa constituição física e psíquica. 
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Quando passamos uma existência inteira esperando até nos tornarmos à 
prova de balas ou perfeitos para entrar em jogo, para entrar na arena da vida, 
sacrificamos relacionamentos e oportunidades que podem ser irrecuperáveis, 
desperdiçamos nosso tempo precioso e viramos as costas para os nossos 
talentos, aquelas contribuições exclusivas que somente nós mesmos podemos 
dar. 
Brené Brown no livro A coragem de ser imperfeito
Entre os inúmeros conselhos que Brown oferece, está a necessidade de aceitar as 
próprias falhas, não como desculpa, e sim como forma de entender as limitações 
pessoais. Ao fazer esse exercício, passaremos a ter expectativas mais realistas, 
compreendendo as imposições às quais muitas vezes estamos submetidos sem 
refletir. 
2.1.3. Desemprego e tempos de crise
Como discutido no Módulo 1, as formas 
de trabalho e o mercado passaram por 
profundas modificações nos últimos 
séculos, com mudanças ainda mais 
acirradas a partir dos anos de 1980, 
quando a ascensão da tecnologia 
informática reconfigurou todo o sistema 
de trabalho. 
As pesquisadoras Erlaine Binotto e Marina Keyko Nakayama (2000, p. 3) comentam 
como o avanço da tecnologia tem reconfigurado os sistemas trabalhistas: 
Máquinas inteligentes estão gradativamente substituindo seres 
humanos em inúmeras tarefas, levando milhões de trabalhadores 
para as filas de candidatos a novos empregos, ou pior, para filas do 
seguro-desemprego, caracterizando o desemprego estrutural.
PROCURO
EMPREGO
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Assim, a tecnologia que é uma aliada na realização das tarefas, tornou-se, também, 
uma ameaça para o trabalhador. A eficiência de máquinas automáticas e robotizadas 
para a produção em série diminuiu a necessidade de mão de obra, o que gera um 
excedente de trabalhadores que estão sujeitos ao desemprego ou aos inúmeros 
empregos informais. 
Aliado a isso, sucessivas crises marcaram as últimas décadas, afetando até mesmo 
as grandes potências econômicas do mundo. Todo esse panorama não é nada 
animador para quem está no mercado de trabalho, pois o risco sempre presente de 
perder o emprego acaba aumentando o medo e a insegurança que já é inerente à 
existência. 
Em todo o mundo, o trabalho tem sofrido uma série de precarizações que 
impactam diretamente a vida do trabalhador. A Organização Internacional do 
Trabalho (OIT) identificou sete dimensões da precariedade:
1. Insegurança do mercado de trabalho
Exemplo: Falta de oportunidade de emprego
2. Insegurança do trabalho
Exemplo: Proteção inadequada contra a perda do emprego ou demissão 
injusta
3. Insegurança de emprego
Exemplo: Falta de limites claros da função que deve ser desempenhada 
ou que está fora das qualificações do profissional
4. Insegurança de segurança e saúde
Exemplo: Condições de trabalho inadequadas e comprometimento da 
integridade física e mental do trabalhador
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
5. Insegurança de reprodução da experiência
Exemplo: Impossibilidade de acesso à educação básica e a meios de 
se aperfeiçoar profissionalmente
6. Insegurança de renda
Exemplo: Nível inadequado de remuneração, que coloca o trabalhador 
numa situação de vulnerabilidade
7. Insegurança de representação
Exemplo: Ausência de direitos individuais e coletivos e de organizações 
que possibilitem a negociação do trabalhador com as instâncias 
superiores
Essas dimensões da precariedade estão inter-relacionadas, e pode-se dizer 
que algumas “causam” outras. Por exemplo, insegurança de representação 
pode levar à insegurança relacionada com o trabalho, que por sua vez pode 
criar insegurança de renda.
Fonte: Kalleberg, 2009, p. 25
O economista norte-americano Jeremy Rifkin (2004), autor do best seller O fim 
dos empregos, apresenta um panorama de como as inovações tecnológicas e as 
reconfigurações trabalhistas têm gerado cada vez mais desemprego, mesmo nos 
países economicamentedesenvolvidos. 
Segundo o autor, estamos passando por um profundo processo de transição, que 
exige criatividade para lidar com os desafios impostos. Ele afirma: 
Durante toda a era moderna, o valor das pessoas tem sido medido 
pelo seu valor no mercado de trabalho. Agora que a mercadoria valor 
do trabalho humano está se tornando cada vez mais tangencial e 
irrelevante, em um mundo cada vez mais automatizado, novas 
maneiras de definir o valor humano e os relacionamentos precisarão 
ser explorados (RIFKIN, 2004, p. 1). 
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Esse cenário de desemprego e crises faz com que muitos trabalhadores – o que 
pode ser seu caso – continuem desempenhando funções que não o satisfazem 
pela necessidade do salário no final do mês. Muitas vezes, é uma situação drástica 
como demissão que impulsiona o reposicionamento profissional, a fim de buscar 
novas oportunidades no mercado. 
2.1.4. Como atender às exigências de um novo trabalho?
Diante desse cenário que parece pouco animador e do desafio de lidar com os 
próprios medos e anseios, pensar na recolocação profissional pode se tornar um 
plano distante, marcado por um trajeto cheio de empecilhos, principalmente para 
quem necessita do salário para pagar as contas. 
Uma questão que provavelmente vai surgir se você está de fato cogitando 
mudar de área ou galgar novos postos em seu campo de atuação é: como 
atender a essas exigências?
As respostas possíveis são muitas e cada situação deve ser avaliada de maneira 
cuidadosa e consciente. Apesar disso, é possível seguir alguns passos mais seguros 
nesse trajeto. Nos Módulos 3 e 4 você encontrará alguns conselhos e dicas práticas 
para ajudar neste momento. Mas saiba: o cenário não é tão desanimador quanto 
pode aparentar. 
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
2.2. Potencialidades
Na primeira parte deste módulo você se deparou 
com alguns desafios encontrados por quem 
anseia por uma recolocação profissional. Depois 
de tomar consciência dessas dificuldades, 
podemos apresentar as potencialidades destas 
mudanças. Sim, há vários aspectos positivos 
neste processo e conhece-los é crucial para 
encontrar o ânimo necessário para encarar essa 
fase de transição. Acompanhe a discussão a 
seguir e reflita sobre como aproveitar os fatores 
favoráveis para conseguir seus objetivos profissionais. 
2.2.1. Nunca é tarde para mudar
A frase pode soar óbvia e parecer clichê: mas 
nunca é tarde para tomar novas decisões e galgar 
novos projetos pessoais e profissionais. Apesar 
de parecer óbvio, o processo de mudança não é 
tão simples quanto parece. Como já vimos, os 
medos e as instabilidades do mercado tendem a 
adiar os projetos. 
Além desses fatores, é comum achar que já 
passou da idade de pensar em uma nova carreira. 
E, ao contrário do que possa parecer, isso não se restringe às pessoas com vasta 
experiência e muitos anos de mercado. Mesmo profissionais mais jovens, em 
início de carreira, podem considerar que já é tarde, principalmente depois de ter 
gasto alguns anos de formação, seja num curso técnico, cursos preparatórios, em 
uma graduação ou investindo tempo e dinheiro em pós-graduações e cursos de 
aperfeiçoamento. 
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Ao considerar a própria trajetória, é possível se desmotivar para tentar outras 
possibilidades. Quem já passou pelas etapas de formação – ou quem ainda está 
nela – sabe o quanto é desgastante dedicar muitas horas do dia por anos a fim de 
conseguir um ideal profissional. 
A frustração vem quando, depois de tanto esforço, a realidade profissional não 
condiz com o que foi aprendido nas disciplinas. Ou, por vezes, a remuneração é 
insatisfatória diante das exigências da profissão. Em alguns casos, depois de alguns 
anos de trabalho, é possível desenvolver novas aptidões e gostos pessoais, e aquela 
profissão que um dia causou satisfação passa a não ser mais tão interessante 
quanto no começo da carreira. 
Em seu site, Mari Lorenzenti, especialista em treinamento pessoal para quem deseja 
mudar de carreira, afirma: 
O tempo e a energia gastos seguindo na direção errada podem custar mais do que 
fazer uma parada estratégica para seguir o rumo certo. A maioria das pessoas tem 
pressa, não permite espaços ociosos na vida e acaba vivendo um sucesso ilusório, 
avançando cada vez mais em direção a algo que não traz satisfação. 
Link: http://www.marilorenzetti.com.br/nunca-e-tarde/
Não se deixe levar pela sensação de que é tarde. Mais do que nunca, o mercado 
está flexível, aberto às possibilidades e inovações. Alimente o desejo de mudar e 
planeje como fazer isso da melhor maneira possível. Como veremos a seguir, os 
desafios podem ser um bom combustível para encontrar motivação. 
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Clique aqui e acesse a reportagem 10 profissionais que mudaram de carreira (e 
se deram bem), publicada no site da revista Exame. Os entrevistados contam 
como foi o processo de transição, falam das dificuldades e dão dicas para 
quem deseja mudar de carreira. 
Link: http://exame.abril.com.br/carreira/10-profissionais-que-mudaram-de-
carreira-e-se-deram-bem/
2.2.2. Flexibilidades do mercado de trabalho
No Módulo 1 discutimos as transformações 
do mercado de trabalho e as exigências 
para o trabalhador. No início deste módulo, 
apresentamos algumas consequências 
negativas, como o aumento do desemprego 
e as exigências cada vez maiores que recaem 
sobre o trabalhador. 
Mas ao mesmo tempo em que podemos 
apontar esses aspectos que não são positivos, 
é possível enumerar uma série de conquistas 
benéficas provocadas por essas mudanças: 
1. Maior inserção da mulher no mercado de trabalho. Apesar de ainda não 
terem condições igualitárias em comparação aos homens, as últimas 
décadas foram marcadas por avanços significativos, que continuam em 
curso;
2. Consolidação de um mercado de trabalho mais inclusivo. Como exemplo, 
é possível citar o crescimento do número de pessoas com deficiência nos 
setores produtivos; 
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
3. A flexibilidade em muitas áreas permite que os profissionais se consolidem 
mesmo quando mudam de área. Um exemplo disso é o caso de pessoas que 
decidem iniciar uma nova atividade depois de aposentadas e conseguem 
espaço no mercado;
4. Maior abertura para a criatividade e inovação, com possibilidade de 
participação dos funcionários. As empresas que apresentam formas de 
gestão integrada e atualizada já investem na descoberta das potencialidades 
na própria equipe de funcionários;
5. Melhoria das condições de trabalho para profissionais autônomos, com a 
formalização dos microempreendedores, que agora podem desfrutar dos 
benefícios do emprego formal com o pagamento de impostos acessíveis. 
Isso abriu um leque amplo de possibilidades para quem deseja empreender 
(Ver mais detalhes no Módulo 4). 
Essas mudanças em curso abrem também novas possibilidades com muitos 
aspectos que podem ser explorados e aproveitados positivamente na geração de 
emprego e renda. 
Em sua análise sobre o fim dos empregos, o economista Jeremy Rifkin (2004) vê 
no trabalho social e no fortalecimento do terceiro setor – organizações de iniciativa 
privada sem fins lucrativos que oferecem serviços de caráter social – as principais 
fontes de renovação do mercado de trabalho. 
Segundo ele, 
Até agora, o mundo tem estado tão preocupado com o funcionamento da econo-
mia de mercado que a ideia de dar maisatenção à economia social tem sido pou-
co considerada, tanto pelo público quanto pela política governamental. Isso deve 
mudar nos próximos anos, quando ficar cada vez mais claro que um terceiro setor 
transformado oferece a única arena viável para canalizar de modo construtivo a 
mão-de-obra excedente, descartada pelo mercado global (RIFKIN, 2004, p. 290).
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Essa perspectiva é bastante favorável para quem pensa em investir em outras 
áreas que não o mercado tradicional, por vezes tão saturado e sujeito às oscilações 
econômicas. Neste momento de planejamento de sua recolocação profissional, 
é viável observar as movimentações do terceiro setor, a fim de analisar se as 
possibilidades de oferta nessa área não são mais adequadas às suas necessidades 
profissionais e de vida. 
Clique aqui e confira o artigo Conheça o perfil do profissional do terceiro setor, 
escrito por Roberto Ravagnani, diretor-fundador da ONG Canto Cidadão. 
2.3. O desafio como potência criativa
Diante de todos esses fatores apresentados, é 
preciso considerar que a mudança faz parte da vida. 
Independentemente do motivo, o melhor caminho é 
evitar a frustração de se lamentar pelas escolhas 
e em vez de entregar-se à desmotivação, encarar 
as possibilidades como desafios prazerosos, que 
trarão tanto retorno profissional quanto pessoal. 
Entender o contexto é crucial para saber como agir. 
Nesse momento de transição, é preciso avaliar 
desafios e potencialidades. Observar como tirar 
proveito das novas oportunidades apresentadas pelo trabalho. Para isso, além de 
estar atento às novas perspectivas, é importante, também, fazer um processo de 
avaliação das aptidões e dos talentos que podem ser explorados para alavancar a 
carreira e encontrar satisfação pessoal com o trabalho. 
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Lembre-se sempre: os desafios testam os limites para que eles possam ser 
expandidos. E se em um primeiro momento o medo toma conta, é com cautela, 
planejamento e ousadia que ele deve ser enfrentado. Utilize o medo como combustível 
para se aperfeiçoar e não como âncora que estagna sua vida. 
Temos à nossa frente várias opções para lidar com o futuro dos empregos. 
Cada uma requer um salto da imaginação humana – ou seja, a disposição tanto 
para repensar a natureza do trabalho como de explorar maneiras alternativas 
de definir o papel dos seres humanos e sua contribuição para a sociedade do 
novo século (RIFKIN, 2004, p. 26). 
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Módulo 2: Desafios e potencialidades da recolocação profissional
Encerramento do Módulo 2 
Chegamos ao final do Módulo 2. 
Até aqui, o objetivo foi propiciar 
reflexões sobre os contextos 
sociais do trabalho e os desafios 
enfrentados por quem deseja 
mudar de área ou buscar um reposicionamento no mercado de trabalho. 
A partir do próximo módulo, a discussão apresentará algumas dicas práticas de 
como agir e quais os caminhos possíveis para fazer a transição da melhor maneira. 
Aproveite o encerramento deste módulo para responder às questões relacionadas 
ao que foi apresentado. Além de revisar e fixar o conteúdo, é uma oportunidade para 
observar eventuais dúvidas. 
Bons estudos!
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
Apresentação
Olá, estudante!
Bem-vindo ao Módulo 3 do Curso de Recolocação Profissional, que visa auxiliá-lo 
nessa fase de mudança de carreira. 
Nos módulos anteriores, você teve contato com discussões sobre as mudanças 
no mercado de trabalho e os desafios e potencialidades do reposicionamento 
profissional. 
Não se esqueça de algumas lições valiosas apresentadas no Módulo 2: 
• O medo de mudar é natural, principalmente diante de tantas cobranças, 
mas é preciso encará-lo para sair da zona de conforto e alcançar novos 
objetivos;
• Os desafios do processo de transição devem servir para se ter uma visão 
realista. Além disso, ajudam a ter cautela e planejar seu reposicionamento 
no mercado;
• Nunca é tarde para mudar, e apesar de parecer óbvio, ter consciência disso 
faz toda diferença para encontrar a motivação e o apoio necessários; 
• O mercado atual oferece novas possibilidades que podem ser exploradas 
criativamente. 
A partir de agora, vamos discutir algumas questões a fim de auxiliar você a planejar 
seu reposicionamento profissional. 
Lembre-se: não há uma receita. As sugestões e dicas que serão apresentadas são 
apontamentos gerais, devem ser consideradas como pontos de reflexão. Dessa 
maneira, a partir delas você vai elaborar uma estratégia própria, adaptando os con-
selhos à sua realidade. 
Sigamos em frente e bons estudos!
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
Módulo 3 – Quero mudar, o que fazer?
3.1. Por onde começar?
Imagine que você vai viajar. Qual a primeira coisa 
que deve fazer? Planejar. É preciso comprar a 
passagem, encontrar hospedagem – seja em 
hotel, pousada ou na casa de um conhecido –, 
organizar as atividades que vai fazer, quais lugares 
ou pessoas irá visitar. É preciso também ter uma 
reserva financeira suficiente, ver a previsão do 
tempo para levar as roupas mais adequadas. 
Além disso, é necessário ainda preparar-se para 
os imprevistos, como uma possível mudança de 
temperatura, alguma ocorrência de saúde ou um gasto inesperado de última hora. 
Chegando ao local de destino, o planejamento possivelmente passará por 
adaptações, mas certamente você sentirá maior segurança por ter se preparado, 
o que ajudará caso aconteça algum imprevisto. Se for uma cidade desconhecida, 
será necessário um mapa ou um guia para que possa se situar. 
Você pode muito bem fazer uma viagem sem planejamento, de última hora, mas 
as chances dos imprevistos serem maiores é grande. Pense em um navegador que 
não sabe para onde ir, mesmo os mais experientes podem se perder no mar. 
Essas metáforas nos ajudam a entender o processo da recolocação profissional. O 
primeiro passo, depois de consolidada a ideia da mudança, é planejar, mas sempre 
com a consciência de que é apenas um traçado, um norte, que te guiará nesta 
jornada. 
Antes de começar seu planejamento, tenha em mente quais os motivos que te levam 
a buscar outras oportunidades:
• Quer mudar de função na própria empresa?
• Seu desejo é mudar de local de trabalho?
• A frustração profissional é grande e você quer mudar de área?
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
• Foi demitido e não consegue reposicionamento na sua área de trabalho?
• Está sem emprego e perdeu o rumo, não sabe o que fazer?
As possibilidades são muitas, e nenhuma é melhor ou pior do que a outra. Somos 
seres vulneráveis e subjetivos – ainda que muitas vezes neguemos isso – e a 
insegurança, como já discutimos, pode provocar uma visão distorcida dos fatos. 
É possível, por exemplo, que você pense em mudar de área, mas considere um 
tempo muito longo encarar mais quatro ou cinco anos de uma graduação e isso te 
desmotive a dar prosseguimento ao plano de mudança. 
Mas saiba previamente – e discutiremos isso detalhadamente no Módulo 4 – que é 
possível fazer um curso de curta duração, ou então uma pós-graduação de alguns 
meses. Ou ainda um curso profissionalizante para que possa abrir seu próprio 
negócio. 
3.1.1. Análise SWOT pessoal
O primeiro passo do planejamento é responder para si mesmo: o que quero neste 
momento da minha vida? Como adequar meus valores e anseios pessoais e 
profissionais a um trabalho?
Um método adaptado da gestão de empresas e utilizado por coachs de gestão 
pessoal é a Análise SWOT (Iniciais das palavrasem inglês: Strenghts - forças, 
Weaknesses – fraquezas, Opportunities – oportunidades e Threats – ameaças), 
que pode te auxiliar a identificar pontos fortes e fracos, além de potencialidades de 
atuação e meios de se defender de alguns contratempos previsíveis. 
Segundo José Roberto Marques (2017), presidente e fundado do Instituto Brasileiro 
de Coaching (IBC), 
Graças a sua simplicidade, é possível realizar esse mapeamento 
ambiental em qualquer tipo de cenário, identificando informações 
pontuais e suficientes para construção de planejamento estratégico 
efetivo. No âmbito pessoal, esta poderosa técnica facilita ao indivíduo 
o alcance de suas realizações desejadas da melhor maneira possível.
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
Para organizar sua Matriz SWOT, Marques (2017) sugere responder às seguintes 
questões, separadas em quatro tópicos: 
1. Forças
São aspectos que favorecem seu crescimento. Para identifica-los, é pre-
ciso fazer as perguntas a seguir:
• Quais são minhas maiores qualidades?
• Quais são os valores que guiam minha vida?
• Quais são meus grandes diferenciais?
• O que faço de especial?
• Quais aspectos me destacam em relação aos demais?
2. Fraquezas
Aspectos que bloqueiam seu crescimento, também conhecidos como 
pontos de melhoria. Para identificá-los, faça as seguintes perguntas:
• Quais atitudes sabotam meu crescimento?
• Que comportamentos sempre me prejudicam?
• Que características fazem com que me sinta desconfortável comi-
go?
• Sinto-me apoiado em meus projetos pelas pessoas que amo?
• Sinto-me motivado e animado para buscar meus objetivos?
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
3. Oportunidades
Nesta etapa de planejamento, deve-se analisar quais as chances reais 
de crescimento e aperfeiçoamento. Diante de uma mudança na área 
profissional, é preciso avaliar quais as oportunidades que poderá des-
frutar. Portanto, faça as seguintes perguntas: 
• Existem chances reais de crescer na empresa em que trabalho?
• Possuo qualidades e perfil para ter um negócio próprio?
• Possuo espírito empreendedor e a mente aberta?
• Sou dedicado, atento ao mercado e tenho bom networking?
• Qual a melhor estratégia para conseguir meus objetivos?
4. Ameaças
Aqui, entram os fatores que podem comprometer o alcance dos objeti-
vos traçados. Considerando a recolocação profissional, seguem suges-
tões de perguntas que deve fazer para identificar possíveis ameaças:
• Domino os conhecimentos necessários para meu crescimento?
• Tenho proatividade em aprender e atitude para empreender?
• Quais dificultadores estão presentes, atualmente, em minha vida?
• Quais aspectos da minha personalidade podem sabotar meus re-
sultados?
• Quem e o que pode interferir diretamente em meu sucesso pessoal 
e profissional?
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
Uma boa forma de organizar essas questões, é montar um diagrama da sua Matriz 
Swot, como apresentado no modelo a seguir: 
Análise SWOT Pessoal
Ambiente Externo
Am
bi
en
te
 In
te
rn
o
Oportunidades
Potencializar
Quais são seus pontos fortes, principais forças, 
qualidades, virtudes ou talentos?
Quais são seus pontos a serem melhorados, 
principais fraquezas, defeitos ou dificuldades?
Que oportunidades existem para aproveitar 
estas forças e alcançar seus objetivos?
Que ameaças existem pelas suas fraquezas que 
podem impedir de atingir seus objetivos?
Melhorar
EliminarAcompanhar
Fr
aq
ue
za
s
Fo
rç
as
Ameaças
Autor: Douglas Ferreira
Disponível em: https://coachingsp.wordpress.com/2011/05/17/modelo-7-1-
analise-swot-pessoal/
Acesso em: 21 de junho de 2016
Clique aqui para fazer o download desse modelo de diagrama SWOT
Ao elaborar sua Matriz SWOT, você poderá ter um panorama mais realista de 
suas potencialidades e dos pontos fracos, além de ser uma ótima ferramenta de 
autoconhecimento, que pode te ajudar a desenvolver um planejamento estratégico 
para sua recolocação profissional. 
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43
Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
Outro método que pode te ajudar na fase inicial do planejamento da recondução 
profissional é o 5W2H. O nome pode parecer estranho, mas assim como a 
Matriz SWOT, é uma sigla das perguntas que devem ser respondidas com 
clareza para conduzir sua tomada de decisão: 
• What – o que será feito?
• Why – por que será feito?
• Where – onde será feito?
• When – quando será feito?
• Who – por quem será feito?
• How – como será feito?
• How much – quanto custará fazer?
Após ter uma visão mais abrangente das suas possibilidades e desafios com a 
elaboração da Matriz SWOT, você pode responder às questões do 5W2H como 
forma de elaborar um plano de ação, com metas bem definidas. 
3.2. Aptidões pessoais
Começamos este módulo falando sobre a 
necessidade de planejar como a melhor forma de 
fazer sua transição profissional. Apresentamos a 
Matriz SWOT como uma ferramenta que pode te 
auxiliar a ter um panorama de si mesmo para ajudar 
na tomada de decisão. 
Na elaboração do diagrama do SOWT, o primeiro 
item é identificar suas forças, suas potencialidades, 
aquilo em que você é bom. É sobre esse ponto que 
vamos nos debruçar agora, pois por mais que pareça algo simples – afinal quem 
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
melhor do que eu mesmo para falar sobre mim? – identificar nossas competências 
nem sempre é uma tarefa fácil. 
É necessário compreender que há algumas instâncias da habilidade:
• O que sei fazer, mas não gosto;
• O que tenho um pouco de dificuldade de executar, mas me motiva;
• O que eu tenho facilidade e gosto de fazer;
• O que não sei fazer, mas tenho vontade;
• O que acho que posso fazer, mas nunca me testei.
No dia a dia, são várias situações em que esses quesitos se apresentam. Por exemplo, 
uma secretária é ótima fazendo planilhas e tabelas, mas odeia fazer a atividade. A 
mesma secretária pode ter facilidade em organizar reuniões da empresa e gosta de 
fazer isso, pois o contato pessoal a motiva. Digamos ainda, que nossa secretária 
adora bolos, e imagina que poderia ser uma ótima confeiteira se pudesse se dedicar 
à atividade. 
Esse exemplo nos ajuda a perceber como corriqueiramente estamos lidando com 
diversas instâncias das nossas habilidades, tanto no setor profissional como na 
vida cotidiana. 
Se você trabalha há muito tempo em uma área, pode já ter uma noção mais delineada 
das coisas que gosta e do que não gosta de fazer. Se está em início de carreira pode 
ter maior dificuldade, pois as possibilidades são inúmeras. Em ambos os casos, a 
insatisfação pode ser somente com a função exercida, mas a profissão ou área de 
atuação ainda te motiva. 
Mas é possível, também, que esteja saturado do que faz, pode ter se dado conta 
que não gosta do campo em que está atuando ou ainda é possível descobrir novas 
motivações ao longo da carreira, que passam a apontar novos caminhos. 
Como estamos discutindo no decorrer do curso, são essas situações que motivam 
na busca por recolocação profissional.
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
Você conhece o MBTI? A sigla é usada para identificar o Myers-Briggs Type 
Indicator (classificação tipológica de Myers-Briggs), teste de personalidade 
que aponta preferências e traços de personalidade a partir da avaliação de 
quatro dicotomias: extroversão – introversão, sensorial – percepção, razão 
– sentimento, julgamento – percepção. Não se trata de um teste vocacional, 
nem de uma análise de aptidão. É uma avaliação que possibilita identificar 
alguns aspectos dapersonalidade e pode te ajudar a refletir sobre si mesmo 
nesta fase de transição. Clique aqui e faça o teste. 
3.2.1. Vocação tem a ver com sua história de vida
Se você está numa fase confusa, sabe que quer mudar 
mas não sabe muito bem aonde ir, é importante 
investigar sua potencialidades. Observar suas 
aptidões vocacionais é necessário neste momento. 
Retomando a lista de habilidades apresentada 
anteriormente, deve levar em conta as atividades 
em que você tem facilidade de fazer e gosta, ou 
ainda pensar se gostaria de ousar e testar novas 
possibilidades, experimentando o que acha que pode fazer bem e gostar, mas ainda 
não teve a oportunidade. 
Não há uma fórmula para descobrir quais suas aptidões e qual o modelo de 
trabalho ou atividade lhe fará feliz. Obviamente é possível encontrar auxílio, seja 
com um profissional de orientação de carreira, como um coach ou o um orientador 
vocacional, mas o que possivelmente eles dirão em comum é a clássica frase: é 
preciso se conhecer. 
O autoconhecimento vai ser sempre um desafio, tanto para as demandas pessoais 
quanto para a trajetória profissional. Muitas vezes é comum que desenvolvamos 
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
ilusões ou autoenganos para não lidar com as instabilidades cotidianas. Ou então é 
possível pensar que já nos conhecemos o suficiente: eu sei de mim.
Mas essas duas posturas são igualmente perigosas e equivocadas. A primeira, da 
entrega à ilusão, tem como consequência a constante insatisfação, pois por não 
querer encarar as ações de forma mais realista, acabará por nunca saber o que 
realmente lhe satisfaz. No segundo caso, de achar-se muito esclarecido sobre si 
mesmo, acaba-se por criar uma personalidade rígida, pouco mutável e fechada às 
possibilidades. 
É preciso considerar o autoconhecimento como um processo constante, por isso 
mesmo é um desafio prazeroso, pois nunca somos a mesma coisa. Parafraseando 
a famosa frase do filósofo grego Heráclito de Éfeso – “Não nos banhamos duas 
vezes no mesmo rio” -, podemos dizer: não somos a mesma pessoa no dia seguinte. 
Estamos em constante mudança interna e externa, ainda que paradoxalmente 
sejamos a mesma pessoa. 
Levando isso em conta, o filósofo australiano Roman Krznaric (2012, p. 151) 
comenta: “temos que perceber que uma vocação não é algo que encontramos, é 
algo que desenvolvemos – e a que chegamos”. Dessa maneira, a vocação não é um 
chamado do Universo para realizar uma missão especial, é aquilo que tem a ver com 
seu estar no mundo, com sua trajetória de vida e isso não deve ser desconsiderado.
A partir dessas considerações, faça uma retrospectiva pessoal, não só das coisas 
profissionais, mas dos desafios, alegrias e conquistas que teve na vida. Foram muitas 
coisas não é mesmo? Foram essas coisas que ajudaram a forjar sua personalidade, 
seu caráter e sua forma de ver o mundo e encarar a vida. 
Respeitar a própria trajetória é fundamental para perceber qual sua vocação ou 
ainda quais caminhos quer traçar nos próximos dias, meses e anos. 
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
“Há uma suposição comum – e equivocada – de que uma vocação normalmente 
surge para a pessoa num momento iluminado, como uma epifania. Estamos 
deitados na cama e, subitamente, sabemos exatamente o que devemos fazer 
de nossas vidas. Como se fosse a voz de Deus nos chamando: “Levanta-te 
e escreva livros de culinária chinesa!” Alternativamente, no submetemos a 
um processo de intensa autorreflexão, e, em algum momento, isso deveria 
nos dar uma luz sobre nosso futuro: “Minha missão na vida é criar um 
santuário para lontras!” É um pensamento irresistível, que na verdade, afasta 
a responsabilidade de nossos ombros: alguém, ou alguma coisa, nos dirá o 
que fazer das nossas vidas” (KRZNARIC, 2012, p. 155). 
3.2.2. Demandas pessoais oferecidas ao mercado
Em grandes lojas, é comum encontrar 
funcionários com camisas nas quais está 
escrito: “posso ajudar?”. Eles estão ali para 
auxiliar os clientes, seja tirando dúvidas, 
apresentando produtos ou orientando sobre 
o funcionamento dos serviços oferecidos pela 
empresa. 
Esses funcionários podem nos ajudar a refletir 
nesta fase de planejamento, pois eles oferecem 
suas competências pessoais, seja por possuir 
informações privilegiadas sobre os produtos 
ou por apresentar uma boa oratória que cativa o cliente. É justamente isso que você 
precisa ter em mente: o que posso oferecer ao mercado das minhas competências 
pessoais?
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
Isso muda a perspectiva, pois muitas vezes o caminho feito é o inverso: como 
posso me adequar às exigências do mercado. Obviamente que é sempre uma via de 
mão dupla: é preciso, sim, atender às demandas profissionais, mas como estamos 
sempre reforçando a questão do autoconhecimento como forma de desenvolver uma 
carreira prazerosa, não se deve desconsiderar seu protagonismo nesse processo. 
Um exemplo simples: você tem como hobby fazer pequenos reparos domésticos 
ou até mesmo gosta de organizar ou fazer limpeza. Essas aptidões podem, 
dependendo de sua vontade, ser oferecidas ao mercado como um serviço 
de “marido de aluguel” – trabalho que não se restringe aos homens – ou de 
personal organizer (veremos mais sobre empreendedorismo no Módulo 4). 
O mesmo vale para qualquer área de atuação, não somente para quem deseja uma 
carreira autônoma. Quem trabalha em empresas, serviços públicos ou organizações 
do terceiro setor também oferece as aptidões, o que pode ser importante, inclusive, 
se seu anseio é buscar uma recolocação profissional na mesma empresa. Para isso, 
é importante demonstrar que sua capacitação está adequada para a nova função 
que deseja ocupar. 
Nesta fase de planejamento da recondução profissional, não se esqueça: é preciso 
alinhar àquilo que te motiva e que tem habilidade às demandas de mercado. E criar 
demandas é sempre uma possibilidade, principalmente no mercado que cada vez 
mais precisa de pessoas criativas e com iniciativa. 
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
Assista
No vídeo Recolocação profissional: ter clareza é fundamental, a mentora e 
coach de recolocação profissional Janaína Lima dá dicas de como buscar 
novas oportunidades. Ela destaca que é preciso ter clareza dos objetivos e 
agir. Clique aqui e confira. 
3.3. O que não fazer durante a recolocação profissional
Até aqui apresentamos algumas sugestões para minimizar os transtornos do 
reposicionamento profissional. A decisão de mudar acarreta uma série de desafios, 
que podem ser superados com estratégias de conhecimento pessoal e do panorama 
do mercado, para que possa vencer o medo e a desmotivação. 
A seguir, listamos algumas coisas que você não deve fazer durante o processo de 
recolocação profissional:
1. Não ter objetivos
Como vimos na abertura deste módulo, quem não sabe aonde ir, vai se perder 
no caminho. Ter objetivos claros é fundamental para organizar sua estratégia de 
transição profissional. Dedique algum tempo para pensar sobre quais são seus 
anseios, ao longo do curso apresentamos algumas dicas de como ter maior 
clareza dos seus objetivos. 
Uma boa dica é ter um caderno, agenda ou até mesmo um arquivo de texto no 
computador ou notas no celular com suas ideias para a mudança de carreira. 
Além de você se sentir mais motivado pela ação prática, vai poder externar as 
ideias para ter uma melhor avaliação sobre elas. 
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
2. Não planejar
A falta de planejamento é consequência da ausência de objetivos claros. Por 
isso, uma vez que conseguiu definir seus objetivos iniciais, é preciso traçar 
estratégiase um plano de ação, com prazos e metas a serem cumpridos. 
Por exemplo, se você sabe que é necessário fazer um curso para conseguir seus 
objetivos, planeje quando será feito, em qual instituição, como será o pagamento 
e quais os objetivos que quer alcançar com ele. 
O método do 5W2H pode te ajudar a elaborar um planejamento simplificado.
3. Ter muita pressa
Como já pudemos perceber, as ações vão se encadeando. Assim, querer 
mudar de uma hora para outra, como se a vaga dos sonhos fosse surgir na 
sua frente assim que decide que vai encarar o reposicionamento profissional, é 
consequência de um planejamento ineficiente. 
Quando você planeja, tem uma noção muito mais realista dos desafios e das 
ações que vai precisar executar para conseguir o sucesso na recolocação 
profissional. Às vezes, é necessário meses ou até alguns anos para finalizar todo 
o processo de transição de carreira. Por isso, é preciso lidar com a ansiedade e 
entender que a pressa, em muitos casos, é inimiga do sucesso e uma armadilha 
muito grande para gerar frustração. 
4. Querer mudar sem esforço
Toda mudança, por menor que seja, exige dedicação, força de vontade e esforço. 
Quanto maior o desafio, maior também será a força empreendida. Mas, em 
compensação, a recompensa pela ousadia é sempre grandes conquistas e a 
satisfação pessoal. 
Se você quer mudar, de fato, tenha em mente que vai precisar dedicar-se a isso. 
Sejam algumas horas por dia para fazer um curso ou aperfeiçoamento, ou tempo 
para pesquisar vagas e participar de seleções de emprego. 
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
5. Criar obstáculos para si mesmo 
Outra consequência muito comum do processo de mudança é a criação de 
obstáculos. Como vimos no Módulo 2, o medo de não dar certo ou de frustrar-se 
faz com que comece a criar empecilhos, com a sensação de que não conseguirá 
atingir os objetivos. 
Encontre meios de lidar com esses medos, pois é consequência que eles 
apareçam. Como estamos sempre reforçando, ser realista, ter objetivos claros e 
planejar é a melhor saída para lidar com o medo, enfrentar os obstáculos e não 
se deixar abater pela desmotivação. 
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Módulo 3: Quero mudar, o que fazer?
Encerramento do Módulo 3
Chegamos ao final de mais 
um módulo. Esperamos que 
esses conteúdos estejam 
te ajudando a planejar sua 
recolocação profissional. 
Apresentamos diversas dicas que podem te ajudar nesse processo. Dedique um 
tempo para elaborar seu planejamento e ver os conteúdos auxiliares apresentados 
ao longo do curso. 
Reforçamos ainda a importância de responder ao questionário, como forma de fixar 
o conteúdo e revisar o que está sendo discutindo. 
Até o próximo módulo. 
Bons estudos!
 MÓDULO 3
Quero mudar, o que fazer?
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Módulo 4: Estratégias para o reposicionamento profissional
Apresentação
Olá, estudante. 
Iniciamos agora o Módulo 4 do Curso de Recolocação Profissional, que busca 
apresentar algumas diretrizes e sugestões para te ajudar nessa fase de transição. 
No módulo anterior, discutimos quais os primeiros passos que deve seguir quando 
decide mudar de emprego ou iniciar uma nova carreira. Sobre isso, é preciso lembrar 
sempre dos seguintes pontos: 
• Ter objetivos claros e elaborar um planejamento pessoal é fundamental 
para que consiga minimizar a insegurança e o medo da mudança;
• O autoconhecimento deve ser um processo contínuo e vai te ajudar a 
perceber quais seus verdadeiros anseios;
• A vocação tem a ver com sua trajetória de vida, não é uma iluminação 
especial enviada pelo Universo;
• Alinhe seus anseios às demandas do mercado, assim poderá ter satisfação 
pessoal e ainda aperfeiçoar suas aptidões;
• É sempre possível criar demandas de mercado, seja criativo e proativo. 
Neste último módulo, para encerrar nosso curso, iremos apresentar algumas 
estratégias para que possa colocar seu planejamento em prática. 
Lembre-se: planejar é o passo inicial, o trajeto que se faz para ir em busca dos seus 
objetivos. Se você fez um bom planejamento, certamente terá muito mais ímpeto 
para realizar suas metas. 
Confira a seguir algumas sugestões para transformar seu plano em ação. 
Bons estudos!
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Módulo 4: Estratégias para o reposicionamento profissional
Módulo 4 – Estratégias para reposicionamento 
profissional
4.1. Capacitação e aperfeiçoamento
Como vimos no Módulo 1, as novas configurações 
do trabalho exigem alto grau de capacitação 
e constante aperfeiçoamento para atender às 
rápidas e constantes mutações do trabalho. 
Mesmo quem não pensa em mudar de emprego 
ou de área de atuação precisa estar sempre 
atualizado, seja para aprender uma nova técnica, 
a usar um novo equipamento ou software ou até 
mesmo para conhecer as informações de ponta 
divulgadas pelas Universidades e institutos de 
pesquisa. 
Para você que está planejando a recondução da carreira, é importante saber das 
possibilidades. Muitas pessoas desanimam quando pensa em mudar de área, pois 
consideram que será preciso fazer um novo curso de graduação, investindo entre 
quatro e seis anos de carreira – a depender da área escolhida. 
Mas saiba: atualmente as possibilidades são inúmeras, não se restringem mais 
à graduação. E até mesmo no curso superior as possibilidades são diversas, 
principalmente com o avanço e aperfeiçoamento dos cursos de Educação a 
Distância, que alcançaram um nível de excelência e são uma opção bastante viável 
para quem deseja fazer uma segunda graduação, pois apresenta uma grade de 
horário muito mais flexíveis que os cursos presenciais. 
Confira a seguir algumas modalidades de cursos e avalie qual a melhor opção para 
sua demanda:
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Módulo 4: Estratégias para o reposicionamento profissional
Graduação:
Modalidade Foco Duração
Bacharelado Prepara o aluno para as diversas áreas de atuação profissional 4 a 6 anos
Licenciatura
Modalidade voltada à formação docente, com a ca-
pacitação para ser professor dos níveis fundamental, 
médio e técnico
3 a 4 anos
Tecnólogo Formação profissional com ênfase em atividades práticas 2 a 3 anos
Pós-graduação lato sensu:
Modalidade Foco Duração
Aperfeiçoamento
Voltado para a formação e o desenvolvimento de 
competências gerenciais estratégicas com ênfa-
ses em áreas do conhecimento específicas
8 a 12 
meses
Especialização
Atualização e aperfeiçoamento de conhecimentos 
técnicos e científicos da área de atuação. A princi-
pal diferença para o curso de aperfeiçoamento é a 
maior carga horária de aulas e atividades
12 a 24 
meses
MBA
Sigla de Master in Business Administration. Es-
pecialização na área gerencial e administrativa, 
voltada para empreendedores e profissionais que 
atuam nas diversas instâncias corporativas
12 a 24 
meses
Pós-graduação stricto sensu:
Modalidade Foco Duração
Mestrado 
Profissional
Curso focado no mercado de trabalho, com o aprofun-
damento de conhecimentos científicos, tecnológicos ou 
artísticos - a depender da área do programa. Apesar do 
enfoque no dia a dia profissional, o diploma credencia o 
aluno a seguir carreira acadêmica
2 anos
Mestrado 
Acadêmico
Forma pesquisadores e professores para a educação su-
perior 2 anos
Doutorado
Última etapa da formação superior, com maior aprofun-
damento e complexificação da pesquisa em relação ao 
mestrado
4 anos
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Módulo 4: Estratégias para o reposicionamento profissional
Profissionalizante:
Modalidade Foco Duração
Técnico
Voltado para quem concluiu o ensino médio, forma 
profissionais para desenvolver atividades técnicas e 
práticas.

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