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1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO NOME: JEFFERSON LINO COSTA RA: 1299143069 KIARA NUNES NEVES RA: 1299138035 PATRÍCIA LEITE DA SILVA RA: 1299138037 DESAFIO PROFISSIONAL: Bom Gestor Agropecuária Disciplinas Norteadoras: Administração Financeira e Orçamentária; Administração da Produção e Operações; Administração de Recursos Humanos; Sistemas de Informações Gerenciais; Planejamento e Controle da Produção Profª Tutora EAD: RAQUEL CRISTINA MORTARI DE JESUS CAMPO GRANDE - MS 2017 2 NOME: JEFFERSON LINO COSTA RA: 1299143069 KIARA NUNES NEVES RA: 1299138035 PATRÍCIA LEITE DA SILVA RA: 1299138037 DESAFIO PROFISSIONAL: Bom Gestor Agropecuária Trabalho desenvolvido para o curso de Administração; disciplinas norteadoras: Administração Financeira e Orçamentária; Administração da Produção e Operações; Administração de Recursos Humanos; Sistemas de Informações Gerenciais; Planejamento e Controle da Produção. Apresentado à Universidade Anhanguera- UNIDERP como requisito para a avaliação na Atividade Desafio Profissional do 6º semestre 2017, 6ªSérie. Sob orientação da Prof.ª Tutora EAD Rosa Meire Alves Silva. CAMPO GRANDE – MS 2017 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. DESENVOLVIMENTO 5 3. Ciclo Produtivo da Soja e Milho; Plano de Produção (Passo 1) 5 4. Estimativa de Consumo de Insumos à Soja e ao Milho (Passo 2) 13 5. Funções Desempenhadas por Trabalhadores nas Culturas (Passo 3) 16 6. Tecnologia da Informação – Sistemas de Gestão (Passo 4) 18 7. Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (Passo 5) 19 8. CONCLUSÃO 23 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho denominado Desafio Profissional tem como objetivo compor a nota das disciplinas de Administração Financeira e Orçamentária; Administração da Produção e Operações; Administração de Recursos Humanos; Sistemas de Informações Gerenciais; Planejamento e Controle da Produção; para estimular a iniciativa, a criatividade, a capacidade de identificação de problemas, a capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais. Serão apresentados cinco passos, onde será realizada uma pesquisa referente às características do cultivo da soja e do milho safrinha para que seja possível a elaboração de um plano de produção e gira em torno da empresa Bom Gestor Agropecuária, na qual os proprietários, visualizando as possibilidades de investir no plantio de cana de açúcar, café, criação de gado dentre outros, escolhem planejar e analisar a viabilidade no investimento na cultura de soja e milho safrinha uma vez que o bom momento do agronegócio levou a uma perspectiva positiva quanto ao retorno do investimento. A empresa possui colaboradores, maquinários, equipamentos e diversos parceiros dispostos a realizar os trabalhos. Assim, seremos levados ao estudo aprofundado sobre como administrar uma produtora de grãos com suas respectivas adversidades e lucratividades, levando em conta as melhores decisões. 5 2. DESENVOLVIMENTO Esta etapa será dividida em cinco passos que juntos apresentam dados suficientes aos proprietários da empresa Bom Gestor Agropecuária quanto à viabilidade para investimento de recursos nas culturas de soja e milho safrinha. 3. Ciclo Produtivo da Soja e Milho; Plano de Produção (Passo 1) Segundo Duarte (2001), para o plantio da soja, o solo é preparado anteriormente para que possa receber a semente, portanto, há tempo suficiente para tal preparo. Já o milho safrinha, plantado normalmente após a colheita da soja, é levado a terra por meio do plantio direto, onde não há uma preparação anterior do solo. Na prática, por não haver tempo suficiente para que se encerre toda a colheita da soja, o milho safrinha normalmente é plantado com a colheita da soja ainda ocorrendo, ou seja, tão logo a área vá sendo liberada o milho começa a ser plantado. A pressa para o plantio é devido à busca por maior quantidade de grãos, uma vez que quanto mais tardio o plantio, menor será o retorno, podendo até não compensar realizar o cultivo, pois as condições climáticas podem impedir que a planta se desenvolva de forma adequada. 6 3.1 - CICLO PRODUTIVO DA SOJA De acordo com Nunes (2016), o ciclo da soja pode ser é dividido em duas fases, sendo a Vegetativa (V) e a Reprodutiva (R). A fase vegetativa ainda é subdividida no estádio designado por letras, VE (Emergência) e VC (Cotilédone) e estádio designado por números. V1, V2, V3… Vn, que são descritos contando o número de nós a partir da fase cotilédone sendo que o valor de “n” varia em função das diferenças de variedade e ambiente. Já a fase reprodutiva tem oito estádios divididos em quatro partes sendo: R1 e R2 que descrevem o florescimento; R3 e R4 a vagem em desenvolvimento; R5 e R6 a semente em desenvolvimento; e R7 e R8 o período de maturação da planta. Ao fim de R6 a planta atinge seu ponto máximo sendo que a partir de R7 começa o declínio. O ciclo vegetativo da soja é uma espécie de calendário da planta que permite ao agricultor saber em qual fase a planta se encontra e qual o manejo ideal para cada fase. Assim sendo é possível reduzir os custos pelo fato de se saber qual produto utilizar no momento certo (NUNES. 2016). Segundo o Engenheiro Agrônomo Oliveira (2010), algumas informações quanto ao cultivo da soja são importantes, quais sejam: - Cada estádio dura em torno de 5 a 7 dias; - Fase vegetativa dura entre 40 e 50 dias (1/3 do período total); - Fase reprodutiva inicia partir dos 45 dias aproximadamente; - Potássio e cobertura podem ser aplicados no estádio V3 e V4; - Dessecação pré-colheita realiza-se no estádio R7, para colher em R8; - Pragas têm estádios específicos para serem eliminadas; 7 - Algumas pragas devem ser eliminadas antes mesmo do início da safra como as pragas de solo; - Na fase reprodutiva podem surgir as lagartas que aparecem na fase V1 e normalmente acompanham a colheita até a fase R7, desfolhando a planta. A soja não perde produtividade se for desfolhada em torno de 30% no vegetativo e 15% no reprodutivo; - Pode ocorrer também a infestação de percevejos que sugam as sementes e somente são considerados pragas a partir da fase R3, onde as vagens começam a se formar. Não é necessário controlar percevejo antes do surgimento das vagens; - As doenças da soja também podem aparecer em forma de fungos, principalmente se o plantio for tardio; - A adubação deverá feita no momento da semeadura por meio do sulco de plantio; - No momento do plantio é ideal já estar controlada as ervas daninha; - Controle de ervas daninha com as plantas já formadas (principal herbicida é o glifosato). A soja necessita ter a tecnologia Roundup Ready (RR), que a faz tolerante ao herbicida; - Normalmente a aplicação para controle de ervas daninha são seqüenciais, começando aos 15 dias após semeadura a primeira aplicação e aos 30 dias a segunda aplicação. O ideal é que este controleseja realizado até a fase V4. - A aplicação do fungicida, se necessário, deverá ser feita a primeira vez a partir do momento em que a quinta folha se formar; com um intervalo de 15 a 18 dias uma segunda aplicação e uma terceira aplicação em um período menor. É extremamente recomendado o acompanhamento da plantação por um agrônomo. 8 No quadro 1 será apresentado um plano de produção no qual contempla o momento onde cada atividade deverá/poderá ser realizada no cultivo da soja. Quadro 1 – Plano de produção (soja) EVENTOS Mês Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Quinzena 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª Preparo Terra Plantio/Fase vegetativa Fase Reprodutiva Colheita Aplicação de herbicida* Aplicação de fertilizante* Aplicação de inseticida* Aplicação de fungicida* Para fins de cálculo de custo, seguem abaixo alguns dados relevantes - Total área a ser plantada = 4500 hectares; - A empresa possui equipamentos que podem realizar atividade em 800 hectares por semana a custo de 250,00 por hectare; - Podem ser contratados serviços de terceiros que podem realizar atividade em 800 hectares por semana a custo de 500,00 por hectare; 9 - O total de tempo para realizar o plantio será de 4 semanas, portanto a empresa conseguirá trabalhar 3200ha com suas máquinas e equipamentos; e - Os 1300ha restantes serão manejados com máquinas e equipamentos de terceiros. No quadro 2 será possível observar os custos com máquinas e equipamentos para a plantação da soja. Quadro 2 – Custos com máquinas e equipamentos (soja) Descrição Valores a) Área disponível para soja 4500ha b) Área com cultivação própria (capacidade produtiva multiplicado pela quantidade de semanas para plantar) 3200ha c) Custo por hectare (produção própria) 250,00 d) Custo total para produção própria (c x d) 800.000,00 e) Área terceirizada (a-c) 1300ha f) Custo por hectare (produção terceirizada) 500,00 g) Custo total para produção terceirizada (f x e) 650.000,00 h) Custo total com máquinas e equipamentos (d+g) 1.450.000,00 3.2 - CICLO PRODUTIVO DO MILHO SAFRINHA De Acordo com Embrapa (2006), o milho é uma cultura extremamente variável, pois depende da qualidade da semente a ser plantada bem como das condições climáticas ocorridas durante as fases de seu desenvolvimento. Ainda segundo a Embrapa (2006), os estádios fenológicos ocorrem em cinco etapas que, de forma sucinta, serão apresentados: 10 1 – Germinação e emergência: período entre a semeadura até o surgimento da plântula de milho. A duração pode variar de acordo com as condições climáticas e podem durar entre cinco e quinze dias. Nesta etapa também começam as disputas entre o milho e as ervas daninha na linha do plantio. 2 - Crescimento vegetativo: período entre a formação completa da segunda folha até o início do florescimento de milho. Dura em torno de oito a dez semanas após a emergência. 3 – Florescimento: período entre a polinização e início da frutificação do milho. Normalmente dura entre quatro e oito dias. 4 – Frutificação: período entre a fecundação até o enchimento dos grãos. Pode variar entre 40 a 60 dias. 5 – Maturação: a maturação fisiológica ocorre ao final do período de frutificação e compreende o momento onde todos os grãos possuem o máximo de peso seco, sendo o momento ideal para a colheita. Esta fase pode ser identificada observando a formação total de uma camada preta que ocorre da ponta da espiga até a base. De acordo com a Embrapa (2016), quanto à utilização de herbicidas, dentre as formas de controle, ele poderá ser aplicado na fase pós emergente, na qual a cultura e ervas daninha encontram-se presentes. Contudo a aplicação de herbicida deverá ocorrer até o fim da fase vegetativa para que o florescimento e frutificação não sejam contaminados. O método de plantio direto é o indicado para a cultura do milho safrinha, pois é uma forma de aproveitar os resíduos deixados pela cultura da soja bem como é uma forma de economizar tempo para que o plantio ocorra o quanto antes. A definição do plantio direto está ligada ao fato de que a terra não é revirada, inserindo-se a semente em sulcos com profundidade suficiente para que seja germinada (CRUZ, et al. 2016). 11 Sobre a fertilização, ela poderá ser realizada no momento do plantio onde os elementos são inseridos junto à semente na semeadura. Este tipo de fertilização passa a ser ideal uma vez que o solo está encoberto por matéria orgânica da cultura anterior (CRUZ, et al. 2016). As pragas na cultura de milho não têm tempo certo para aparecer, sendo que pode ocorrer em qualquer momento a partir da fase vegetativa. Normalmente as sementes comercializadas possuem uma proteção contra insetos para que fique protegida até um período de 10 a 15 dias após a emergência. Não há uma regra certa quanto à quantidade de aplicações uma vez que depende de fatores climáticos e também da quantidade de inimigos naturais das pragas. A lagarta do cartucho é a considerada praga da cultura do milho que deve receber maior atenção, pois ataca grande parte da plantação em todos os estádios de desenvolvimento. No que diz respeito ao controle das pragas, o florescimento tem sido o período mais crítico, pois as lagartas reduzirão a produção como a qualidade do grão (FREITAS. 2015). É extremamente recomendado o acompanhamento da plantação por um agrônomo. No quadro 3 será apresentado um plano de produção no qual contempla o momento onde cada atividade deverá/poderá ser realizada no cultivo do milho safrinha: 12 Quadro 3 – Plano de produção (milho safrinha) EVENTOS Mês Mar Abr Maio Jun Quinzena 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª Plantio/Fase vegetativa Florescimento/Frutificaçã o Colheita Aplicação de herbicida* Aplicação de fertilizante* Aplicação de inseticida* Para fins de cálculo de custo, seguem abaixo alguns dados relevantes - Total área a ser plantada = 4500 hectares; - A empresa possui equipamentos que podem realizar atividade em 800 hectares por semana a custo de 250,00 por hectare; - Podem ser contratados serviços de terceiros que podem realizar atividade em 800 hectares por semana a custo de 500,00 por hectare; - O total de tempo para realizar o plantio será de 4 semanas, portanto a empresa conseguirá trabalhar 3200ha com suas máquinas e equipamentos; - Os 1300ha restantes serão manejados com máquinas e equipamentos de terceiros. No quadro 4 será possível observar os custos com máquinas e equipamentos para a plantação do milho. 13 Quadro 4 – Custos com máquinas e equipamentos (milho safrinha) Descrição Valores a) Área disponível para milho 4500ha b) Área com cultivação própria (capacidade produtiva multiplicado pela quantidade de semanas para plantar) 3200ha c) Custo por hectare (produção própria) 250,00 d) Custo total para produção própria (c x b) 800.000,00 e) Área terceirizada (a-c) 1300ha f) Custo por hectare (produção terceirizada) 500,00 g) Custo total para produção terceirizada (f x e) 650.000,00 h) Custo total com máquinas e equipamentos (d+g) 1.450.000,004. Estimativa de Consumo de Insumos à Soja e ao Milho (Passo 2) O planejamento é crucial para que se possa prever todos os gastos possíveis e verificar a viabilidade da materialização do projeto. No quadro 5 serão apresentados os insumos necessários e o custo por hectare de cada produto à cultura de soja. 14 Quadro 5 – Estimativa de custo de Insumos à soja CUSTO DE INSUMOS POR HECTARE - SOJA Insumo Custo por Hectare Semente R$ 151,50 Fertilizante R$ 478,81 Corretivos R$ 174,35 Herbicidas R$ 110,52 Inseticidas R$ 133,11 Fungicidas R$ 115,92 Total R$ 1.164,21 Fonte: EMBRAPA – Comunicado Técnico 211, 1ª edição (2016. p.3) Foram disponibilizados dados que indicam a expectativa de uma produção média de no mínimo 3,3 toneladas por hectare de soja, ou seja, 55 sacas (60Kg/ha) (BUENO. 2017, p.5). Assim sendo, será apresentado no quadro 6 o custo de insumo por saca de soja. Quadro 6 - Custo de insumos por saca (60Kg) de soja Custo de insumos por hectare R$ 1.164,21 Total de sacas por hectare 55 Custo de Insumos por saca R$ 21,17 No quadro 7 serão apresentados os insumos necessários e o custo por hectare de cada produto à cultura do milho safrinha: 15 Quadro 7 – Estimativa de custo de Insumos ao milho safrinha CUSTO DE INSUMOS POR HECTARE - MILHO Insumo Custo por Hectare Semente R$ 340,00 Fertilizante R$ 480,52 Herbicidas R$ 40,50 Inseticidas R$ 101,18 Total R$ 962,20 Fonte: EMBRAPA – Comunicado Técnico 214, 1ª edição (2016. p.2) Foram disponibilizados dados que indicam a expectativa de uma produção média de no mínimo 110 sacas (60Kg) por hectare ou 6.6 toneladas/ha (BUENO. 2017, p.5). Assim sendo, será apresentado no quadro 8 o custo de insumo por saca de milho. Quadro 8 - Custo de insumos por saca (60Kg) de milho Custo de insumos por hectare R$ 962,20 Total de sacas por hectare 110 Custo de Insumos por saca R$ 8,75 16 5. Funções Desempenhadas por Trabalhadores nas Culturas (Passo 3) É certo que na atualidade as máquinas e equipamentos têm sido utilizados cada vez mais e no ambiente rural não é diferente, principalmente em grandes propriedades onde o cultivo é em larga escala. Torna-se inviável a contratação de mão de obra para o trabalho braçal ante as tantas possibilidade de trabalho mecanizado. Além de realizar um trabalho mais preciso, a utilização de máquinas e equipamentos reduz significativamente os custos uma vez que muitos trabalhadores são substituídos por poucos equipamentos. Assim sendo, o trabalhador rural que deseja garantir sua vaga de emprego, deve buscar se especializar para ficar em condições de atender às necessidades impostas pela constante presença da tecnologia. Dentre as principais funções desempenhadas por trabalhadores rurais, sem dúvidas são as relacionadas ao manuseio de implementos agrícolas e dentre eles destacam-se as apresentadas no quadro 9. 17 Quadro 9 – Funções desempenhadas na cultura de soja e milho FUNÇÃO HABILIDADE Agrônomo - planejar e supervisionar a aplicação de princípios e processos básicos da produção agrícola, favorecendo-se da biologia, química e física, aos estudos específicos sobre o solo, clima e culturas diversas. Operador de Trator e Implementos - dirigibilidade do trator; - capacidade de manusear os implementos que podem ser atrelados ao trator, quais sejam: carreta, grade de arrasto, pulverizadores, semeadoras, colheitadeiras, picadeiras, capinadeiras, roçadeiras: - capacidade de realizar manutenção básica dos materiais. Operador de Pulverizador - dirigibilidade do pulverizador; - capacidade técnica de operar os sistemas eletrônicos; - capacidade de preparar as soluções e abastecer o equipamento; - capacidade de realizar manutenção básica. Operador de colheitadeira - dirigibilidade da máquina; - capacidade técnica de operar os sistemas eletrônicos; - capacidade de realizar manutenção básica. Motorista de carreta/caminhão - dirigibilidade da carreta/caminhão (deverá possuir Carteira Nacional de Habilitação) 18 6. Tecnologia da Informação – Sistemas de Gestão (Passo 4) O Planejamento de Controle da Produção (PCP) atualmente é realizado por muitas empresas utilizando os Sistemas de Informações Gerenciais (SIG), pois facilita o controle sobre a quantidade, momento ideal sobre quais produtos produzir. Para o bom desempenho da indústria, é crucial que informações corretas sejam disponibilizadas para as tomadas de decisões (BUENO. 2017, p.7). O ERP (Enterprise Resource Planning) é uma ferramenta que integra diversos módulos interligados entre si. Cada módulo é de responsabilidade de um setor da empresa, sendo que este software pode ser criado de acordo com a necessidade da empresa. O ERP é uma evolução do MRP-I (Material Requirements Planning) e MRP- II (Manufacturing Resource Planning), porém, o ERP não veio substituir estes últimos, mas sim integrá-los. O MPR-I, quando da sua criação, era utilizado para atender às necessidades do planejamento da movimentação dos materiais dentro da empresa. Já o MPR-II, que veio após o MPR-I, incorporou o planejamento da necessidade da manufatura, mão de obra, equipamentos, e o tempo disponível para vender, produzir e entregar. Como dito, o ERP integrou os módulos e permitiu que novos módulos fossem criados, integrados e interligados de acordo com a necessidade, inclusive para atender as obrigações legais quanto à apresentação dos demonstrativos obrigatórios. Assim sendo, os sistemas de informações gerenciais são consideradas para a melhor transmissão de ordens de produção, controle de insumos, estoques, área financeira, contábil dentre outros (BUENO. 2017. p.7). Sugere-se aos proprietários da empresa Bom Gestor Agropecuária a aquisição de um ERP com a integração dos seguintes módulos: ADMINISTRATIVO – envolvendo a área de compras, recebimentos de mercadorias, vendas, faturamento, emissão de nota fiscal e controle de estoques. FINANCEIRO – controle de contas a pagar, contas a receber e fluxo de caixa. 19 FISCAL/CONTÁBIL – livros fiscais, contabilidade, Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) contábil, SPED fiscal e ativo imobilizado. OPERACIONAL – controle de prazos, necessidade de insumos, controle de manutenção de máquinas equipamento para verificação de disponibilidade e controle de custos. 7. Demonstração do Resultado do Exercício – DRE (Passo 5) Informações referentes à soja A fim de visualizar qual demonstração do resultado por saca de soja e posteriormente a Demonstração do Resultado do Exercício, serão apresentadas no quadro 10 informações relevantes. Quadro 10 - Dados para elaboração da DRE Quantidade de sacas produzidas (60Kg) 247.500 Valor de venda por saca (60Kg) R$ 65,00 Custo total com máquinas e equipamentos R$ 1.450.000,00 Custo por saca (60Kg) de máquinas e equipamentos R$ 5,86 Custo total de Insumos R$ 5.238.945,00 Custo de Insumos por saca (60Kg) R$ 21,17 Custo Total Mão Obra Direta R$ 3.118.500,00 Custo Mão Obra Direta por saca (60Kg) R$ 12,60 20 No quadro 11 será apresentada uma demonstração por saca de soja Quadro 11 - Demonstração por saca de soja Valorde venda por saca (60Kg) R$ 65,00 Custo por saca (60Kg) de máquinas e equipamentos R$ 5,86 Custo de Insumos por saca (60Kg) R$ 21,17 Custo Mão Obra Direta por saca (60Kg) R$ 12,60 TOTAL R$ 25,37 Informações referentes ao milho A fim de visualizar qual demonstração do resultado por saca de milho e posteriormente a Demonstração do Resultado do Exercício, serão apresentados no quadro 12 informações relevantes. Quadro 12 - Dados para elaboração da DRE Quantidade de sacas produzidas (60Kg) 495.000 Valor de venda por saca (60Kg) R$ 26,00 Custo total com máquinas e equipamentos R$ 1.450.000,00 Custo por saca (60Kg) de máquinas e equipamentos R$ 2,93 Custo total de Insumos R$ 4.329.900,00 Custo de Insumos por saca (60Kg) R$ 8,75 Custo Total Mão Obra Direta R$ 3.118.500,00 Custo Mão Obra Direta por saca (60Kg) R$ 6,30 21 No quadro 13 será apresentada uma demonstração por saca de milho. Quadro 13 - Demonstração por saca de milho Valor de venda por saca (60Kg) R$ 26,00 Custo por saca (60Kg) de máquinas e equipamentos R$ 2,93 Custo de Insumos por saca (60Kg) R$ 8,75 Custo Mão Obra Direta por saca (60Kg) R$ 6,30 TOTAL R$ 8,02 Demonstração do Resultado do Exercício Referente à Safra de Soja e Milho. Além dos custos já apresentados nos passos anteriores, deverão ser considerados também Despesas Comerciais de R$ 231.000,00, Despesas Administrativas de R$ 456.000,00, Despesas Financeiras de R$ 387.000,00 e Impostos Sobre Vendas de 10% (BUENO. 2017, p.6). Portanto, o quadro 14 apresenta a DRE referente ao período da safra 2017. 22 Quadro 14 – Demonstração do Resultado do Exercício – Safra 2017 DRE PROJETADA - SAFRA 2017 (SOJA E MILHO) RECEITA OPERACIONAL BRUTA R$ 28.957.500,00 (+) Receita de venda de soja R$ 16.087.500,00 (+) Receita de venda de milho R$ 12.870.000,00 DEDUÇÃO DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA R$ 2.895.750,00 (-) Imposto sobre vendas de 10% R$ 2.895.750,00 (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA R$ 26.061.750,00 CUSTO DO PRODUTO VENDIDO R$ 18.705.845,00 (-) Máquinas e equipamentos soja R$ 1.450.000,00 (-) Máquinas e equipamentos milho R$ 1.450.000,00 (-) Insumos soja R$ 5.238.945,00 (-) Insumos milho R$ 4.329.900,00 (-) Mão Obra Direta soja R$ 3.118.500,00 (-) Mão Obra Direta milho R$ 3.118.500,00 (-) DESPESAS COMERCIAIS R$ 231.000,00 (-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS R$ 456.000,00 (-) DESPESAS FINANCEIRAS R$ 387.000,00 (=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR e CSSL R$ 6.281.905,00 23 8. CONCLUSÃO Vistas as condições apresentadas e estimadas pelos proprietários da Bom Gestor Agropecuária e após estudo sobre condições para manejo das safras a respeito dos prazos exigidos pela própria colheita, foi verificado que é viável a aplicação de recursos para o plantio da soja e do milho safrinha, como pode ser verificado do DRE apresentado no último quadro. Inicialmente verificou-se que em todas as fases da plantação seria necessária a contratação de um parceiro para que os prazos pudessem ser cumpridos, ou seja, o trabalho apenas com equipamentos próprios não seria suficiente para atender a demanda das culturas em toda a área separada. Como já foram pré-determinados valores como custo de mão de obra direta por saca, despesa comercial, administrativa e financeira, portanto tais dados não foram pesquisados, sendo que quando somados aos demais gastos, chega-se à conclusão de que o investimento é rentável e deve ser posto em prática. Portanto mais do que saber produzir, é preciso que os produtores rurais saibam administrar. É a sua capacidade gerencial que faz a diferença num cenário tão complexo e desafiador. O produtor rural de sucesso, atualmente, precisa obter não apenas informações sobre produção e tecnologia, mas conceitos administrativos em áreas como marketing e finanças. Precisa também aprimorar sua tomada de decisão, aperfeiçoando as decisões estratégicas e táticas; ajustar seu negócio continuamente às mudanças tecnológicas e às condições de mercado; dar maior ênfase à análise do mercado; e aprimorar suas funções gerenciais. 24 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DUARTE, Gilmar. Os Desafios da Gestão Empresarial. Disponível em: <https://destaques-empresariais.com/2017/03/15/os-desafios-da-gestao- empresarial/>. OLIVEIRA, Arnold Barbosa de. FENOLOGIA, DESENVOLVIMENTO E PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE SOJA EM FUNÇÃO DE ÉPOCAS DE SEMEADURA E DENSIDADES DE PLANTAS. Disponível em: < http://www.fcav.unesp.br/download/pgtrabs/pv/m/78297.pdf>. CRUZ, et al. Sistema de Plantio Direto de milho. Disponível em: < http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/CONTAG01_72_5920052 3355.html>. EMBRAPA. Viabilidade Econômica do Milho Safrinha em 2017. Dourados – MS, Comunicado Técnico 214, 1ª edição 2016. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/151021/1/COT2016214.pdf>. EMBRAPA. Viabilidade Econômica da Cultura da Soja na Safra 2016/2017. Dourados – MS, Comunicado Técnico 211, 1ª edição 2016. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/146045/1/COT2016211.pdf>. EMBRAPA. Época de aplicação de herbicidas na cultura de milho. Passo fundo - RS: Documentos online edição Nr 61, setembro de 2006. Disponível em: < http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do61_8.htm>. FREITAS, Ronaldo Luiz Gonzaga (27 Jan 2015). Manejo de Pragas Iniciais no Milho Safrinha. Disponível em: <http://www.pioneersementes.com.br/blog/17/manejo-de- pragas-iniciais-no-milho-safrinha
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