Ponto 10 - Contratos bilaterais, ETC

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CONTRATOS BILATERAIS
A toda prestação corresponde uma contraprestação;
Nos contratos paritários a equivalência é presumida;
Nos contratos não paritários, presunção não equivalência das prestações (uma parte sempre merece proteção legal)
Há sempre a intenção de preservar o pacta sunt servanda
PARTICULARIDADES
Todo contrato bilateral tem embutido uma cláusula resolutiva tácita- um evento futuro e incerto que se acontecer gera a revisão ou resolve o contrato (cláusula rebus)
Se uma das obrigações do contrato for descumprida por uma das partes ou por ambas as partes, o contrato merece revisão ou resolução. 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.
Cláusula resolutiva tácita:
-Evento futuro e incerto que a lei estabelece como apto a resolver e / ou eliminar a eficácia de um contrato bilateral
-Quando alegado que o contrato não foi cumprido por causa de uma cláusula resolutiva tácita tem-se um inadimplente e um inocente.
A parte inocente considera que o contrato acaba de ser extinto e pára de pagar; a parte inadimplente pode ajuizar uma ação de cobrança dos valores não pagos.
Parte inocente alega a exceção do contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus)
491 CC- Só pode ser exigível a obrigação por quem cumpre a sua parte;
476 CC- admite quando um se recusa a cumprir sua parte, até o cumprimento pela outra.
O inadimplemento ruim ou insatisfatório dá ensejo à exceptio.
Podem ser opostas em ações de cobrança ou resolução de contrato
Exceção de inadimplemento
São características:
-A exceção só pode ocorrer em contratos bilaterais pela natureza deste.
-Demanda de uma das partes pelo cumprimento de outra;
- É meio de defesa e não de contestação!!!
-Somente pode ser invocada quando descumprida prestação de mesma importância – princípio da boa-fé (se for de menor importância não!!!)
Exigência de reforço de garantia pela insolvência da outra parte;
A outra parte (insolvente) pode escolher prestar antecipadamente ou dar garantia;
Exceção só pode ser oposta se ocorrer a diminuição do patrimônio depois da conclusão do contrato, mas não pelo contratante que já estava em mora!!!
Essa garantia pode ser fiança, caução, seguro, penhor, hipoteca, etc
São exceções dilatórias, para não extinguir.
EXCEPTIO X EXCEÇÃO DE REFORÇO DE GARANTIA (art. 477 CC)
A EXCEPTIO E A ADMINSTRAÇÃO PÚBLICA
-	Pela Supremacia do Interesse Público em relação ao privado, a Administração pode invocar;
O particular pode invocá-la? 
Lei 8666/93 – art. 78, XV e XVI 
Maria Silvia Di Pietro – Rescisão
Para evitar enriquecimento sem causa pela AP
Exceção ao princípio da relatividade
Terceiro pode ser beneficiário dos efeitos do contrato
Obrigação pode ser exigida pelo estipulante ou pelo terceiro (436 CC), se o contrário não for convencionado, ou pela natureza da pretensão
Não participa da formação do contrato
EFEITOS DE CONTRATOS EM RELAÇÃO A TERCEIROS
STJ: Terceiro beneficiário , mesmo não tendo sido parte do contrato, tem legitimidade ara ajuizar ação contra a seguradora, para cobrar indenização contratual prevista em seu favor.
TERCEIRO: pessoa determinada ou que ainda não existe.
Pode haver recusa ou renúncia do terceiro 
como a renúncia da herança
Obrigação assumida por uma pare no contrato de obter prestação de terceiro, no interesse de outra e da consecução do fim contratual
Obrigação de fazer
Se o terceiro não executar, o contratante que se obrigou é inadimplente (devedor é o promitente)
Ex.:pacote turístico em que a empresa se compromete a hospedar o cliente em hotel com características determinadas.
PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO
Uma das partes que não fruirá os efeitos do contrato será substituída por outra pessoa que ela própria escolher
Não pode haver rejeição pela outra parte
Contratante originário é intermediário em relação ao real contratante
Prazo para o originário indicar o definitivo: no contrato ou, não havendo, 5 dias.
Passado o prazo: efeitos entre os originários
Aceitação da pessoa declarada deve ser expressa ou será ineficaz!
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR (art. 467 a 471 CC)