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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II 06/03/2011 TRABALHO: Conceito. Decadência, preclusão e deserção. Formas de contagem de prazo + processo eletrônico. Prazo para os juízes. --------------------------------x--------------------------------- PROCESSO: É progresso, avanço, um processo começa na inicial e termina na sentença definitiva e isso é um avanço, na medida em que o processo vai passar por etapas e ele não para, existe por traz disso o principio da inevitabilidade (é inevitável para a jurisdição que o processo inicie e termine, não há como pensar que o processo possa ser abandonado no meio, deixado para traz, ao juiz não é dado o direito de deixar o processo sem uma solução). Teremos atrás desse inevitável progresso a tutela jurisdicional (função de dizer o direito, embutida na atividade jurisdicional). Existe uma distinção fundamental na divisão de dois planos bem presentes na nossa vida, o direito processual e o direito material: - Direito material: é um conjunto de três elementos: aspecto humano, ou seja, as pessoas que fazem parte de uma sociedade, o espaço geográfico, onde essa sociedade se assenta, e o aspecto histórico, que formarão um conjunto de regramento. Regras que a própria sociedade estabelece como sendo o melhor para elas, ou seja, a sociedade forma regras de conduta, que necessariamente não precisam ser escritas. Adequação entre necessidade que balizam regras. As regras de conduta se viabilizam em um lugar, no caso, em códigos. Os avanços tecno-cientificos não tem como ser acompanhados, e é por isso que o direito material não precisa necessariamente estar escrito. É impossível estabelecer um critério fixo de direitos, pois as coisas mudam. Art. 26, CPC: o juiz não pode se eximir de despachar ou decidir por lacunas na lei. O juiz tem que buscar fontes, analogia, doutrina, vai ter que se louvar de outros argumentos, ele não pode deixar as partes sem respostas. * Direito subjetivo material: definição de uma subjetividade pessoal, ou seja, a pessoa entende que tem direito objetivo de alguma coisa. A pessoa não deixa de ter o direito por não haver regra. Ex.: advogado que chama o cachorro do outro de veado. Eu posso não ser detentor do direito material, mas o que eu tenho sempre é um acesso à justiça, sempre o direito de provocar o estado-juiz para uma solução. Não adianta eu apenas ter o direito, eu tenho que ter uma pretensão de que esse direito seja movimentado. Ex.: sou hoje detentor de um cheque, ou seja, serei detentor apenas de um direito subjetivo material, porém, apenas no dia 30 eu poderei ter a pretensão ao meu direito. E no dia 30 eu também poderei agir no plano material, através de uma ação. Em eu não obtendo sucesso com a minha ação de direito material, terei dois caminhos: ou eu paro ou eu migro (sair de um plano material para um plano processual). - Direito processual: para aplicação do direito material, ou seja, como eu faço para dar vida à essa norma de conduta, eu preciso do direito processual. 07/03/2012 São três os fatores que ocasionam o nascimento de um DIREITO MATERIAL: Fato: Ocorrido na sociedade. Valor: Aquele que é atribuído pela sociedade ao fato, importância positiva. Norma: Normatização do fato. O homem para isso deve ser racional e deve possuir liberdade de pensar, podendo conseqüentemente dar valor ao fato. Jurisprudência: Construção pretoriana que leva a conclusão de um fato ainda não solucionado. PLANO PROCESSUAL Norma de Direito Público: Que orienta todo o processo. Ocorre perda de autonomia do plano material. Norma que dita o comportamento em juízo devendo obedecer sob pena de perder a causa. Agora quem manda é a vontade do Estado. Presente o estado-juiz, aquele que presta jurisdição, diz o direito. Direito Processual Subjetivo: Ao migrar do plano material para o processual se chama o Estado, fazendo-se substituir, pretensão. Princípio da SUBSTITUALIDADE: Estado a partir de agora que busca a pretensão. Não se pode auto-tutelar os próprios direitos. Exemplo: Somente o estado tem poder de entrar no patrimônio de alguém colocando a disposição do credor. Princípio do Juiz Natural, certeza do juiz constitucional, competente. Ele está ali para quando eu precisar, art. 5º XXXV. Provocar o estado juiz para que diga o direito, diga o justo, é uma garantia individual. Direito de buscar em juízo existe sempre, porém o direito ao direito pode não existir sempre. Pretensão de Direito Processual: Atos que exteriorizam direito de ir a Juízo. Documentos, custas. Momento pré-processual que antecedem a ação, mas dão a entender que irá entrar em juízo. Relação direta. Ação de Direito Processual: Caracteriza-se com a distribuição do feito em juízo. Provocação ao Estado. O PROCESSO É: INSTRUMENTO: Não existe processo oral, atos processuais reduzidos a termo, forma. Direito material sem o processo não tem vida. É um veículo do direito material. LEGITIMAÇÃO DO ESTADO: Uma vez que ele é quem dita a lei no caso concreto e chancela o processo. PRETENSÃO DE DIREITO MATERIAL: Sentido mais amplo da lide existem processos sem lide (ditos de jurisdição voluntária). Sem lide, mas com pretensão. PROCESSO É A INSTRUMENTALIZAÇÃO QUE LEGITIMA A PRETENSÃO. LIVROS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: CONHECIMENTO: Essência do processo, tudo de normal que pode acontecer. Até o art. 565 do CPC. Divide-se em três etapas. Postulação: Recebe os argumentos das partes, o que o autor requer e de que o réu se defende. Instrução: Demonstração dos argumentos através da prova. Decisão: Processamento da causa e julgamento dela. Julgar é formar convencimento para decidir. Decidir é formar uma conclusão lógica do julgamento. 13/03/2012 Cognição para formar uma convicção, no sentido de dar conhecimento a ele mesmo dos fatos que o processo lhe alcance, ele quando conhece, já esta a partir dali tomando partido, então, ele vai no mérito parcializar a sua decisão, e estará para si, nessa função subjetiva formando uma convicção. A decisão é o desfecho de tudo aquilo que venho formando nas fases do processo: postulatória, instrutória e decisória. Julgar e decidir não tem mesmo a mesma função: julgar é formar cognição e conhecimento. Decidir é concluir o julgamento. Esse sistema todo, está no livro I. LIVRO II – PROCESO DE EXECUÇÃO: Execução significa realização, quando eu executo, estou tornando concreto aquilo que está dentro de uma formação de um título, que é chamado de título executivo. Ex,: eu consigo a condenação de alguém, a sentença transita em julgado, não tem mais o que fazer, está definido, essa sentença enquanto assim colocada tem vida? Não, precisa o credor provocar o seu cumprimento, a sua realização. Se o devedor por bem não paga, o estado promove a execução, para retirar-lhe tantos bens para o pagamento da dívida (expropriação), ai sim, a sentença estará sendo concretizada. A execução se trava através de títulos executivos que a própria lei estabelece em: - Judiciais: executivo porque tem realização, e judicial porque nascem de um processo judicial, e o título será dado através de uma sentença condenatória. Art. 475 – N, CPC. - Extrajudiciais: são criados fora do poder judiciário, mas tem também força executiva. Ex.: cheque, duplicata, nota promissória, letra de cambio. Não precisa de um processo de conhecimento, pois no momento em que eu passo um cheque, eu confesso que eu sou devedor, dispensando o processo de conhecimento. Art. 585, CPC. Quem cria o título executivo, seja judicial ou extrajudicial, é o Estado. O processo de execução dá vida a um processo de conhecimento ou a um titulo executivo. Processo cautelar: art. 796, CPC. É cuidado, prevenção, algo que eu quero evitar, me antecipo ao problema que pode vir. Cuida de dar ao processo principal um auxílio (se dá para que o resultado do processo principal seja útil e que tenha efetividade, para que seja prático). Ex.:hoje estou num processo onde no conhecimento eu viso uma indenização, antes do desfecho do processo de execução, eu descubro que o devedor está se desfazendo dê seus bens para frustrar a minha execução (que é o meu principal). Eu uso de auxilio o processo cautelar que servirá para penhorar os bens do devedor (através de um arresto – art. 803) para que eu alcance o resultado do meu processo de conhecimento. Entro num processo para que me o estado me de um remédio, no meio do processo eu tenho um agravamento do meu processo, eu entro com um processo cautelar, e consigo hoje, um resultado antecipatório da sentença para que o estado me dê o remédio. A cautelar sempre terá urgência. Antecipação de tutela # Processo cautelar: A antecipação está no art. 273, CPC que também trabalha com a situação da urgência (o juiz a pedido da parte pode antecipar total ou parcialmente os efeitos, não a sentença, da sentença uma vez requeridos pela parte). A petição inicial pode conter esse pedido tutelar antecipado porque eu tenho uma urgência. Desde que havendo para o juiz uma prova inequívoca da alegação, ou seja, aquilo tem que se parecer com o direito. A parte deve requerer para trazer para hoje os efeitos de uma sentença que virá amanha. A tutela antecipada habita o próprio processo de conhecimento, eu não preciso de outro processo. Ex.: tenho uma dificuldade que não me permite trabalhar, meu pai é vivo e eu entro contra ele para que me pague alimentos, e peço, no mesmo processos de conhecimento peço que imediatamente uma verba para meu sustento. A máxima diferente é que no processo cautelar ele é um ser a parte, ele é auxilio do processo principal e tramitará de maneira independente. A situação cautelanda do processo cautelar, não tem nada a ver com o mérito, é apenas uma proteção para alcançar o pedido prático do processo principal. Na tutela antecipada o meu pedido de antecipação tem tudo a ver com o mérito, pois eu antecipo o que eu pretendo, eu não tenho atividade de apoio. Nos dois casos eu vou ter que ter presente dois institutos: periculum in mora (há um perigo na demora da prestação jurisdicional, se não for dada hoje, o meu direito perece. Não permite que o judiciário demore na prestação, e esse perigo está justamente na urgência) e fumus boni iuris (fumaça do bom direito, ainda não vê o fogo pois não foi formada uma convicção plena, mas apenas sumária, mas deve enxergar que potencialmente aquele direito pertence ao autor – verossimilhança. Em tese é possível admitir que o autor tenha razão). Se a antecipação for dada de forma inicial, o recurso é o agravo. Se for dado junto com a sentença, é apelação. LIVRO IV – PROCEDIMENTOS ESPECIAIS: Não tem uma luz própria, são mais misturados na sua formação. Ex.: ação de reintegração de posse. Esbulho (invasão, ocupação). Tenho na reintegração de posse diante desse esbulho atividade de conhecimento, acautelamento e execução. Eu autor preciso provar três coisas: que sou proprietário, que houve a invasão e que se operou a menos de um ano e um dia, uma vez provado isso, o juiz acautela-se para dar a parte o direito de ver aquela terra desocupada, ou seja, faz um mandado para que desocupem a área em 72 horas (decisão cautelar), se não houver por bem a retirada, acontece agora a execução da medida (obrigação de fazer, onde o juiz manda um mandado de execução da medida. LIVRO V – EXPOSIÇÕES GERAIS: Art. 1211 – direitos dos cidadãos idosos terem um procedimento mais célere. Essa parte não nos interessa muito. SENTENÇA - Art. 458. - Conceito: Inocêncio Rosa: sentença é a resposta do juiz às partes. Deves ser tida e havida como resposta ampla, o art. 126 diz isso, que o juiz não se exime de julgar alegando lacuna de lei, naquela situação que falta ele tem que buscar de algum lugar, tendo que responder às partes. Vêm do latim sententia, ou seja, um parecer sobre alguma coisa. É, portanto um juízo opinativo, valorativo, que vai exatamente definir aquele processo. - Divisão: a sentença é um ato único, mas tripartida em três blocos: relatório, fundamentação e dispositivo. * Relatório: relato do juiz acerca das ocorrências do processo ( que o autor pede, o que o réu se defende na contestação, o tipo de prova utilizada no processo). Se houve impugnação ao valor da causa, impugnação da AJG. Mas este relato se faz de maneira sumária, aqui não é proferido nenhum juízo de valor, apenas se limita a relatar. Nome das partes, relato... é o relatório. * Fundamentação: Passo a decidir. Parte de motivação da sentença, aqui o juiz dá os motivos, as razões de decidir, exatamente onde esta a demonstração de sua convicção, porque procede, improcede, procede parcialmente a ação. Ele vai convencer a todos do porque do seu decidir, é onde ele me convence do meu juízo opinativo. Aqui usa as razões de fato, de direito, analogia, etc. * Dispositivo: nesta parte é onde esta o comando final, a conclusão da sentença. O dispositivo começa assim: isto posto julgo procedente/improcedente/parcialmente procedente (onde lança um comando), são só essas três possibilidades em uma sentença de mérito. Julgo procedente para condenar/decretar/constituir. 14/03/2012 SILOGISMO DA SENTENÇA: - Art. 128, CPC: toda atividade do juiz repousa exatamente na petição inicial (como elemento que começa e que define a relação processual do processo, ela fronteiriza todo o processo. Baliza a parte de postulação, instrução e decisória), portanto a sentença tem que estar atrelada intimamente com o pedido da inicial. A sentença se limita ao que está pedido na inicial, ou seja, a idéia de fronteirização, as bordas da ação são traçadas pela inicial, e o desenrolar do processo se dá em torno do que foi pedido. Sendo proibido ao juiz ingressar em questões que não forem suscitadas pela parte. Para que o juiz chegue a sentença, encontraremos o silogismo sentencial, ou seja, aplicação de um método de raciocínio lógico puro e acima de tudo dedutivo, ou seja, sai do geral, vai ao particular e conclui. No silogismo se trabalha com a premissa maior abstrata, a premissa menor concreta (fato) e a conclusão (três os pontos de apoio do silogismo). Exemplo: - Todo ser humano, enquanto vivo, respira = premissa genérica, superior e global. - O professor Madeira é um ser humano, vivo = sai do abstrato e entrei na situação de concretude. - Logo, Madeira que é um ser humano vivo, respira = conclusão. O juiz do processo vai ter na premissa maior a LEI entendida, dos costumes, dos homens, da doutrina, ou seja, a lei lato sensu, não fica apenas na norma escrita, vai além disso. Na premissa menor o juiz tem o fato, a situação concreta que chega a ele, o sano, a separação, o erro médico. Vejam, se dessa relação entre lei e fato incidir uma conclusão positiva, ou seja, a lei incide nesse fato e o protege, o juiz chegará a uma conclusão positiva, onde termos a procedência da petição inicial. No caso quando não houver a incidência, haverá a improcedência da ação. E se, por ultimo, houver uma relação em parte proceder e em parte não, termos aqui uma parcial procedência. São essas as três possíveis modalidades de sentença quando o juiz decidir mérito. E quando se diz que procede/improcede/procede em parte, é o pedido que procede, a pretensão que eu levo a juízo é o que procede, não há outra solução, a não ser esta. ESPÉCIES DE SENTENÇA: São três: - Terminativa: tem lugar no art. 267, CPC. Pois ela termina com o processo. Aqui não há uma prestação jurisdicional completa, porque não se termina ou se dá fim a lide, o processo ou a parte ou o pedido, alguma coisa tem um defeito insanável que não permite a progressão processual, então, há um defeito que é impediente da progressão do processo, e o juiz se vê obrigado a terminar com o processo. Ex.: a parte é ilegítima, o autor desistiu da ação, partes abandonam a causa, ambas as partes têm que pagar os honorários periciais e não pagam. Mesmo assim haveráuma sentença que resolve o processo e tão só, não resolve o problema. A função estatal é precária, pois não esgota o que tem que fazer que é solucionar o mérito. - Definitiva: Art. 269, CPC. Aqui o juiz não só termina com o processo, mas resolve o conflito. É esse tipo de sentença que compõe a essência/razão do poder judiciário existir. A função do processo é a de alcançar a paz social, e é na sentença definitiva, uma vez terminado o conflito, que a paz social é alcançada. Ela define não somente o processo, mas a própria lide. Aqui o judiciário é utilizado como deve ser, para a eliminação do conflito, ela define a lide. - Determinativa: Art. 471, CPC. Determina a solução do conflito em dado momento histórico das partes, diante de uma relação jurídica continuativa (não termian numa prestação apenas, a relação jurídica continua), então não significa que a sentença amanhã ou depois não possa ser revista, pois ela resolve um determinado momento das pessoas. Ex.: ação de alimentos, se o filho adoece, e precisa de um aumento na verba alimentar, se ele entra na faculdade, etc. isso tudo é revisável em juízo, sendo uma sentença movediça, altamente flexível. ARTS. 267 E 269, CPC: - Art. 162, CPC: define todos os atos possíveis do julgados em primeiro grau. Empurra a uma remissão aos artigos 267 e 269, ou seja, a uma pesquisa do que sejam sentenças terminativas e definitivas. § 2º: conceito de decisão interlocutória; § 3º: definição de despacho; - Art. 267: extingue-se o processo sem resolução/solução de mérito, ou seja, a lide permanecerá latente, pois o processo não foi um veiculo eficiente para resolver o processo. É um artigo exemplicativo, pois existem outros casos, não elencados, que também encerram o processo sem resolução do mérito (ex.: art. 129, CC). I – a inicial tem problemas/vícios insuperáveis, insanáveis, incapazes de fazer com que o processo progrida. -> Colocar: ver art. 295. * Inepta: § único – remeter ao art. 282. * Parte manifestamente ilegítima: aquela que no direito material não tem legitimidade. A ilegitimidade tem que dizer onde ela nasce, e ela nasce na relação jurídica de direito material, e só depois de verificada é que lança efeitos no processo. * Carecer de interesse processual: interesse é uma relação objetiva com o direito. Interesse de agir, é quando falta interesse da parte. Ex.: se eu não tive o dano, eu não posso entrar com uma ação ressarcitoria em juízo. Tem a ver com a necessidade ou não de entrar com o processo, ou seja, se não há pretensão, não há processo. * Quando o juiz desde logo verifica a decadência: *V: questão de adequação procedimental, não posso comunicar uma ação de alimentos com uma execução de nota promissória, por exemplo, não há uma decorrência lógica disso. *VI: dizem respeito com a representação processual, ex.: deficiência de procuração, não tem assinatura, a parte não é capaz. São condições da ação mais pessoais. 20/03/2012 II – quando ficar parado por mais de um ano por negligencia das partes, tanto autor como réu deixam o processo estacionado. Abandono pelas partes. Ex.: as partes são intimadas a depositar um valor X para o perito, as partes não fazem esse deposito e abandonam esse processo por mais de um ano. III – autor é quem abandona o processo por mais de trinta dias. Para ambos os incisos remetemos ao § 1º: para que se caracterize esse abandono é OBRIGATÓRIA a intimação das partes/parte pessoalmente, para que ela ou elas uma vez intimadas em 48 horas se manifeste, simplesmente porque pode ter sido um abandono da parte por parte do advogado e a parte nem está sabendo disso. § 2º divisão das custas: quando ambas as partes abandonam proporcionalmente pagam as custas; se só o autor abandonar ele paga. IV – ausência de um pressuposto de regularidade processual. V – *Perempção: art. 268, § único: eu sou autor, entro com a primeira ação e abandono, venho com a segunda ação que eu também abandono, venho com a terceira e também abandono (três causas idênticas, mesmas partes, mesmo pedido). No momento em que eu entro com a quarta ação, meu direito está perempto. Ele não pode mais ser autor contra o réu, mas lhe fica assegurado o direito de em defesa alegar o seu direito. Ou seja, pode se transformar em réu e se defender, ele só não pode mais entrar com a ação. *Litispendência: pendência de ações, pendência de lides. Aqui se diz que duas ações idênticas tramitando no mesmo momento, ou seja, no mesmo espaço histórico. Art. 301, §§ 1º ao 3º. Reprodução de ação anterior, são duas causas idênticas que se reproduzem no mesmo momento histórico das partes. Mesmas partes, mesmas causas de pedir e o mesmo pedido. Estando em curso no mesmo momento. *Coisa Julgada: também obedece o art. 300 e seus §§. Tambem tem causas idênticas, porem, uma já teve transito em julgado, não havendo mais possibilidade de recurso. § 3º, segunda parte. VI – Aqui repete o que está no at. 295. VII – * Convenção de arbitragem: estabelece um modo alternativo de solução de conflito, onde se evita o ingresso no judiciário, as partes não desejam litigar em juízo, mas querem resolver sue problema por arbitragem, escolhem uma pessoa e a partir dali aceitam o laudo que o arbitro fizer. O arbitro é equiparado a um juiz, se houver convenção de arbitragem, e a parte entrar com o processo depois de convencionado, extingue-se o processo, pois deve–se respeitar a convenção. Art. 475 – N, IV (equipara laudo de um arbitro a uma sentença). VIII – desistência da ação: autor aqui não quer mais o processo, ele não abre mão do direito, ele apenas não quer mais processo. § 4º: depois de decorrido o prazo para resposta, o autor não pode desistir sem a consulta ao réu. Pois o réu já foi incluso na relação processual . IX – ação considerada intransmissível por disposição legal, se cuida de direito personalíssimo e não patrimonial. É aquele direito pessoal, sem valor patrimonial. Tudo que se chama ação de estado da pessoa, esse tipode demanda, produz essa relação personalíssima, ou seja, se eu morro, ninguém mais tem esse meu direito. Ex.: nome, filiação, divórcio, separação. X – confusões entre autor e réu se fundem as pessoas do autor e do réu numa só. Ex.: uma empresa grande que é credora d euma pequena e no curso da ação existe a compra da empresa grande, elas fundem numa só e evidentemente que esse processo tem que termina, pois não pode continuar aquela empresa cobrando dela mesma. Art. 268: todos os casos do art. 267 são casos de possível reingresso do autor em juízo, exceto o V. Entenda, sem ressuscitar aquela já extinta, ele precisará pagar as custas novamente, nova petição, etc. A petição inicial da nova ação, não é despachada sem que eu prove o pagamento das custas e honorários da ação anteriormente extinta. Art. 269: resolução de mérito, portanto, o objetivo do processo que é a pacificação é alcançado, haverá resolução de mérito como diz no caput do artigo, a sentença, portanto, aqui define a lide, chamada de definitiva. I – três fases processuais bem definidas entre a inicial e a sentença. Para que o juiz possa acolher ou rejeitar o pedido do autor. Nos próximos incisos teremos uma quebra da regularidade do processo. II – No lugar do réu contestar, ele confessa que o autor tem razão. III – quando as partes transigirem, ou seja, a transação das partes. Ou seja, as partes chegaram a um acordo. IV – quando o juiz pronuncia: * Decadência: * Prescrição: V – quando o autor renuncia ao direito sobre o que se funda a ação: aqui é renuncia do autor ao DIREITO. A renúncia ao direito significa que eu abro mão do direito material, eu não quero mais o direito e não somente a ação. Nunca mais eu posso voltar com essa pretensão em juízo. 21/03/2012 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA: - Art. 267, I + art. 265, IV – Sentença Terminativa - Art. 269, IV – Sentença definitiva * A prescrição termina com odireito de ação, eu não tenho como agir, o meu direito de ação prescreve, mas não o meu direito material. Significa que na prescrição eu ainda posse me defender, porém, não posso atacar. A prescrição é um instituto formal e instrumental. Ainda continuo com o direito, apenas não tenho ação com ele. * A decadência é a extinção do direito material, eu não ataco nem defendo, o direito decaiu/caducou, ele não tem mais vida, ele morre. Instituto mais material. Aqui eu não tenho mais direito. Art. 267 e 295: encontraremos a expressão “o juiz desde logo (função ex officio – de ofício, que significa sem provocação)”. Quando se tratar aqui de direitos indisponíveis, ou seja, direitos não patrimoniais. Quem os rege, delimita, é o estado, o controle do estado se faz, por isso, o juiz, nesses casos, deve declarar de ofício a decadência ou a prescrição. Ex.: a mulher que deseja a anulação do casamento, ou seja, volta ao estado de solteira, sem ter passado por um casamento, como quando há erro quanto à pessoa, ela tem um ano para fazer, se ela entrar depois de um ano e um dia, o juiz faz uma sentença terminativa, decretando a prescrição. Art. 269, IV: aqui por uma sentença definitiva. O juiz deve ser provocado, ele pronuncia (porque ele foi provocado para tanto) a prescrição ou decadência. Aqui trabalharemos com direitos disponíveis, portanto, patrimoniais, devendo ser provocado pela parte contraria que alegará prescrição ou decadência. Ex.: um dívida prescrita pode ser cobrada? Sim. O juiz não pode agir de ofício, porque ainda que eu dissesse que a dívida era prescrita, a pessoa devedora poderia querer quitar a sua dívida. A solução aqui é da lide, é sentença definitiva. Art. 219,§ 5º: coloca que todos os casos, o juiz de oficio tem que decretar a prescrição. Vai criar uma situação nova, mas mantém vivo o art. 269, IV. A divisão entre art. 267 e 269 não cabe aqui. O vínculo do art. 219,§ 5º é apenas com o art. 267. MOMENTO DE PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA No momento em que a sentença é publicizada é que ela gera seus efeitos. Onde são possíveis três situações: - Proferir sentença em audiência: neste caso, fará na audiência de instrução e julgamento. É o ponto que antecede a sentença, isso quer dizer que todas as outras provas já estão nos autos, só faltando a oitiva das testemunhas. Pode ser que além da oitiva, ocorra ali o julgamento, que é apenas uma possibilidade, o juiz não fica obrigado a julgar nesta audiência. Art. 456, CPC. A intimação dessa sentença se dá na própria audiência, s prazos recursais contam-se da audiência. Se a parte não está na audiência, azar o dela, pois a presunção é que ela estivesse lá. - Após a audiência – art. 456, segunda parte: juiz não estava informado suficientemente sobre esse processo e não estava preparado para julgá-lo em audiência, então a lei dá a ele, mesmo encerrada a instrução, 10 dias para proferir a sentença em gabinete, e depois manda publicar. - Sentença proferida em gabinete: sem a existência de audiência, pois não era necessário para o processo, o juiz julga o mérito. Art. 330. Ou seja, aqui não foi necessário a prova fática, é apenas questão de direito. Art. 330,II, revelia: a revelia é um fato processual, o réu é revel e este é o fato, o processo não é respondido esse é o fato, a inicial não é respondida esse é o fato. A revelia conduz ao fato de que o réu não contestou a ação. A revelia por si só não induz a procedência da ação. Os efeitos da revelia são aqueles de se considerar verdadeira as alegações do autor, gerando a procedência. Mas nem sempre isso ocorre, não é uma presunção absoluta, ela é relativa, por exemplo, no art. 320. PASSAR FINAL AULA DO CADERNO! CONTEÚDO EFICACIAL DAS SENTENÇAS (CARGAS): Há uma relação da inicial com a sentença. Se eu quero uma condenação, por exemplo, a sentença é condenatória. 1. Clássicas: 1.1. Declaratória: Não é muito comum. Aqui se busca declarar a existência ou na, ou mesmo o alcance de relação jurídica, por exemplo, existe ou não um contrato? Há quem diga que o conteúdo declaratório é super puro, é isoladamente declaratório, o juiz só declara a existência de um contrato. O professor acha que envolve declaratória e constitutiva, pois no momento em que tu declara que o contrato não existe tu estás também desconstituindo o contrato. A única que permanece de toda essa situação como cargas, sempre será a declaratória, pois é aqui que o juiz declara a relação jurídica. O juiz diz declaro procedente a ação, essa pequena carga, com essa pequena frase, estará imutável pelo resto dos tempos. As demais cargas podem ser alteradas. O que eu posso mudar aqui é a conseqüência disso, o que eu não posso alterar é a declaração da procedência/improcedência do meu pedido. Quando se faz uma declaração em juízo, isso não se muda. Aqui é a própria palavra do estado dizendo se procede ou não procede. Se limita a declarar, na medida em que se declara a relação jurídica, o processo acaba, não há uma sequencia, depois, se eu quiser movimentar um processo acerca disso, deve ser feito através de uma ação própria, não havendo condenação disso. 1.2. Constitutiva: Criação, modificação ou extinção da relação jurídica. Ex.: ação de paternidade, no momento que ela é procedente, os direitos todos vão para o filho. Ex.1: usucapião. Ex.2: extinção – divórcio, aqui se desconstitui a relação material. A constitutiva SEMPRE virá antecedida de um conteúdo declaratório, pois para que julgue extinto o divórcio por culpa, ele tem que declarar a existência de culpa Há sempre uma carga declaratória presente nos casos de constituição de um direito. Não há o que executar, se eu sou vencedor de uma ação de usucapião, eu terei uma certidão do juízo para que averbe em cartório o registro de que sou proprietário do imóvel. 1.3. Condenatória: por se tratar de uma obrigação é a única que cria um título executivo judicial. Não havendo cumprimento espontâneo do réu, eu passo a solicitar ao estado força executiva, e é neste momento que há uma jurisdição plena, desde seu início até a execução. No conteúdo condenatório, o estado também tem a força para executar o que ele mesmo disse. Para que a sentença tenha força condenatória, é necessário que o estado dê na execução essa mesma força. Se não houver entrega por bem do devedor, haverá por mal. 27/03/2012 2. Doutrinárias: Criação de Pontes de Miranda. Estabeleceu uma teoria quinaria sobre a sentença: 2.1. Executiva: existem sentenças que são auto-executáveis. Exe.: sentença das ações de despejo. Quando houver atraso nos pagamentos, o inquilino sofre uma ação de despejo por falta de pagamento, porém, nessa sentença, existe uma lei de inquilinato específica, onde diz que o réu tem 30 dias para desocupar o imóvel, sob pena de despejo compulsório. Trata-se aqui de uma ocasião especial, que não é regra. A carga executiva provem de uma carga condenatória e constitutiva nesse caso, quando o juiz julga procedente essa ação, é porque primeiro esta desconstituindo a relação de locação e segundo condenando ao pagamento dos locativos atrasados e mais do que tudo condenando à devolução do imóvel no prazo de 30 dias. O juiz condena não só o pagamento mas como também a entrega do imóvel (obrigação de fazer). Como conseqüência deste conteúdo condenatório, se não houver cumprimento espontâneo do réu, há uma execução, não tem vida própria, mas depende de uma condenação prévia. O juiz tem que condenar para esperar uma reação futura do inquilino, se ele pagar, não haverá execução. 2.2. Mandamental: de qualquer maneira, nasce das ações de mandado de segurança (ação constitucional, onde se obtém um mandado judicial, ou seja, o juiz manda dar segurança/proteger aquilo que se conhece como direito líquido e certo). Mas para que eu possa impetrar um mandado de segurança, eu devo ter um direito liquido e certo violado ou ameaçado por abuso de autoridade pública. Um ato de uma autoridade pública que se torne abusivo. A forçamandamental está nessa própria ação. A critica diz que antes de ser mandamental é desconstitutiva negativa ou constitutiva (ex.: autoridade é omissa, juiz manda que ela faça). São cargas conseqüências, pois dependem de outras cargas. NULIDADES DA SENTENÇA: A questão aqui é que a sentença tem que ter uma dimensão centrada na petição inicial. O art. 128 diz que a ação será decidida nos limites que foi proposta. Com base nisso, quando a sentença não atinge essa fronteiras, ou quando vai além delas, padece de nulidade: - Extra: fora do pedido, não há casamento entre inicial e sentença. Não há vínculo entre petição inicial e o que está sentenciado, o juiz estabelece uma sentença sem relação. Aqui a nulidade é absoluta, a sentença tem que ser cassada/anulada, ou seja, deixa de ter existência. Uma vez cassada, outra sentença deve ser feita no seu lugar. Ex.: ação de uma empresa que tinha feito para outra um agenciamento de inúmeros clientes e o corretor tem direito a um pagamento sempre enquanto o agregado esteja vinculado a empresa maior. Vem a pericia na ação e estabelece que além do valor que a empresa teria, tinha uma rubrica no valor de 3.500 que não tinha nada a ver com o pedido, e o perito lançou no laudo. E o juiz deu esse valor. - Citra: a quem do pedido, a sentença não contemplou tudo. Temos uma parte que está faltando. Ex.: pedi danos materiais e morais, o juiz julga apenas os materiais e não os morais, havendo uma irregularidade pois falta algo. Nesse caso, não há nulidade absoluta, temos duas soluções possíveis, tribunal suspende o julgamento e manda os autos para o 1º grau e supra a deficiência ou o tribunal, ou ele mesmo complementa a sentença naquilo que falta. Art. 515, § 1º, CPC: a sentença que não julgou por inteiro é a cifra/intra petita. - Ultra: além do pedido. É uma nulidade parcial/relativa, pode ser consertada. O tribunal numa cirurgia pode cortar aquilo que está a mais, não precisa nem voltar para o 1º grau. 28/03/2012 ART. 285 – A: Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. Traz-nos três situações: 1. Casos idênticos; 2. Questão só de mérito (de direito); 3. Existência prévia de sentença de total improcedência em outro caso já julgado por aquele juiz; O resultado disso é a sentença de improcedência também para a nova ação sem citação do réu. Esse artigo cria a sentença vinculante, todas as ações que chegarem naquele juiz, pega o caso, julga-o improcedente e aos demais casos que vieram idênticos e que se tratem de estado de direito e não de fato, serão casos de improcedência. Ele vincula/engessa todos os casos idênticos em uma só solução, sem a citação do réu. § 1º: Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação. Aqui é o juízo de reconsideração em sentença ou juízo retratatório/retratação. O juiz volta atrás na sentença, o que é incomum. A lei permite duas hipóteses em que o juiz se retrate: a do art. 285-A (aqui o juiz profere uma sentença definitiva, sem que o autor possa entrar com nova ação) e a do art. 296 (o autor aqui poderá entrar com uma outra ação, pois aqui é terminativa). O autor apela, e o juiz pode retrata-se em 5 dias. § 2o: Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso. O réu aqui, ainda não integrou o pólo passivo da demanda, o réu até aqui não conhece sequer do processo. Não basta apenas o prejuízo do autor, o réu , embora réu, se não for citado para responder o recurso, ele é capaz de ficar sem saber sequer que foi réu de um processo algum dia. Não se deu o direito dessa pessoa de responder essa ação. Vamos que tenha uma comarca com dois juízes, na comarca da 1ª vara, o juiz usa o mecanismo do art. 285-A, o juiz da 2ª vara não adota o 285-A. A insegurança se mostra onde a minha ação vai cair. RECURSOS: 1. Teoria geral dos recursos: Dois são os objetos dos recursos: decisão (matéria decidida) e a regularidade procedimental, se o processo sofreu todas as hipóteses previstas que o próprio CPC determina. Por isso, se qualquer desvio existe, é dever do próprio judiciário o exame de oficio. 1.1. O termo “recurso”: Importante saber as fases: postulação, instrução e decisão. Nas duas primeiras fases damos conhecimento ao juiz no processamento da causa. A causa se processa nos argumentos das parte e na instrução feita. Na fase de julgamento, o verbo é julgar. Quando localizado os dois verbos na lei, temos a competência originária. Ex.: Art. 102, I. a) compete ao STF, processar e julgar ação direta de inconstitucionalida ou ação declaratória de constitucionalidade. Essa ação NUNCA será processada em juízo de 1º grau, ela nasce no STF. Art. 84, COGE. Chegamos a sentença, ela pode ser prejudicial a ambas as partes ou a uma delas, seja qual seja o fato, a importância da sentença é que ela levará uma inconformidade a alguém, pois foi derrotado. A inconformidade de quem perde é um elemento forte a demonstrar a vontade de uma nova visão, um reexame da matéria decidida. Ainda, a falibilidade de quem julga, o julgador é um ser falível, PIS humano, que pode cometer equivocos ao julgar, por mal avaliar a situação em si, ao cometer injustiça e na falibilidad de quem julga a causa temos dois outros fatores: error in procedendo (erro na forma processual, por exemplo, o juiz impede o cerceamento de defesa, não dá vista de um documento) e error in jureando (traz a má avaliação do julgador em relação ao mérito, a injustiça, é um erro de julgamento). Seja qual seja a situação da inconformidade de quem pede e da falibilidade de quem julga, nos levará para que se busque dela um reexame, a sentença, portanto, será reexaminada, e se coloca aqui, dentor desse contexto um novo julgamento, justamente por isso reexame. O verbo é, portanto, julgar. Aqui na fase de reexame só se tem o julgamento, a validade do processo e a justiça da decisão. Mas não se processa mais essa causa. Art. 102, I, II, CF: I – processar e julgar; II – julgar em recurso ordinário; III – julgar em recurso extraordinário II e III estamos diante do verbo julgar. O que encontramos nessa fase é a competência recursal, não mais originária, onde apenas o verbo julgar surge na própria lei. O termo recurso, nasce, vejam, toda uma competência originária se estabelece um curso, na competência recursal temos um outro curso estabelecido, ou seja, dar-se um novo curso a decisão anteriormente proferida. Quando há recurso, há um embargo, uma reação, ou seja, quando eu recorro eu reajo a ela, todo recurso, portanto, é um embargo. 1.2. Finalidade: o que deseja a parte que recorre. A finalidade obedece a uma natureza, mas na verdade, quando se busca o fim do recurso, se procura combater uma decisão que é hostil à parte, ou, então, buscar o concerto de uma irregularidade processual. É combater a decisão negativa, ou seja, a sentença injusta. Eu reajo e quero uma nova decisão. Mas é possível que eu peça o reexame de maneira a ampliar essa vão para que chegue no processo a visão do tribunal. Uma desconsideração ao error in procedendo do juiz, ou seja, posso pedir revisão d algum erro ou vício do juiz de 1º grau, casos em que, o próprio tribunal pode corrigir de ofício. Ex.: processo correu bem, mas a citação é invalida, o tribunal deve anular toda a sentença. Alguns entendem que a finalidade do recurso é também a de evitar o transito em julgado da decisão, com isso, a discussão se mantém acesa. É uma finalidade mais técnica/objetiva. 03/04/2012 1.2.1. Natureza do recurso: nasce, ou seja, tem lugar em três correntes que a nossa doutrina se debruça: 1.2.1.1. Ação: diz que o recursoé uma ação e estabelece um contato muito próximo com a doutrina processual civil italiana. O processo tem uma fase de competência originaria e recursal. Diz que quando existe o recurso, uma nova ação inicia, aquilo que passou passado esta, e a partir do recurso temos uma nova ação. O nosso sistema na verdade não é uma ação nova que se inaugura, mas uma relação processual que continua, ou seja, o recurso é uma continuação do processo. 1.2.1.2. Destaque processual: o recurso é um destaque, ou seja, uma fase processual. Para o professor é a mais compreensível/assimilável/mais aceita. O recurso quando é inaugurado, não deixa de ser uma etapa ou uma fase. A critica é de que o recurso não é uma fase obrigatória, e só é considerado fase aquilo que é obrigatório. Então, se não é fase obrigatório não pode ser considerado fase, e fundamentam ainda que se não tem instrução, decisão o processo é nulo, mas se faltar a fase recursal o processo continua, apenas a sentença transitará em julgado, e o processo se mantém. Mas em havendo essa fase recursal, há uma nova etapa inaugurada. O art. 475, CPC anestesia esta situação, pois nos dá aquilo que conhecemos como recurso obrigatório ou reexame necessário, ou seja, muito bem, temos a sentença, mas ela para ter eficácia, terá que passar pela fase recursal (crivo do segundo grau). Será obrigatório quando a sentença é proferida contra a Fazenda Pública (UF, Estados e Municípios) – tenho meu carro amassado por um carro do exercito e entro contra a UF, o valor do prejuízo é de 100.000, se esta sentença for condenatória, o que esta sendo atingido não é a união, mas é o interesse público, a todos nos essa sentença interessa, pois a todos nos a obrigação se faz, na medida em que eu também devo pagar essa quantia, então, se o interesse público esta em jogo é obvio que a sentença tem que se submeter a outro grau de jurisdição. Será ainda obrigatório, inciso II, nos dá de uma forma invertida o mesmo efetio do inciso I, o fisco entende que sou devedor por dois anos (2010 e 2011) da importância de 100.000, eu não pago na receita direta e no fim sai o titulo da dívida ativa, onde a união tem um credito contra a mim definido nesse titulo, esse titulo é executado na execução fiscal, a minha contestação será embargos, então, deduzirei o meu arrazoado para dizer que não sou devedor. Se minha defesa for procedente significa que não pagarei nada para a UF e que a fazenda pública deixa de arrecadar e o interesse público é afetado. Nestes dois casos, seja quando a união é condenada ou não, a sentença tem que obrigatoriamente a se submeter a segundo grau. § 1º: o juiz deve remeter os autos, haja recurso ou não. § 2º: contempla as duas situações, ou e condenada ou deixa de arrecadar, mas ao limite para isso que se dá em 60 salários, ou seja, até 60 salários não haverá o recurso necessário (seja no caso do inciso I ou II), podendo transitar em julgado. Mas o fato de não existir recurso necessário não isenta a existência do recurso voluntário. § 3º: se há jurisprudência dominante, não há necessidade de exame necessário. 1.2.1.3. Ônus processual: ônus aqui significa na verdade um encargo, uma obrigação que eu tenha quando recorro. Das três a que a doutrina brasileira mais gosta. O prazo não deixa de ser um encargo, é uma obrigação minha de ingressar no prazo que a lei oferece, sob pena de não ser reconhecido o meu recurso. Eu tenho ainda que escolher o recurso correto, que é outro encargo, tenho que saber que recurso é esse. Tenho que cuidar, ainda, com as razões do recurso para que sejam objetivas e atinjam seu objetivo. Tenho que localizar o tribunal competente. 04/04/2012 1.3. Efeitos: o que o recurso provoca no processo, o que ele traz para as partes, o que o recurso afinal acarreta em termos pessoais e processuais quando interposto. 1.3.1. Impeditivo da coisa julgada: temos um processo que se desdobra em etapas, no momento em que o recurso é interposto contra a sentença, trabalha para colocar todos os holofotes em cima da decisão, em alguns casos até pode discutir coisas anteriores a sentença. Mas se estivermos falando em sentença corrigenda, a sentença esa ainda nesse momento sub judice, ou seja, aos cuidados do judiciário ainda, a matéria ainda não foi decidida, então se houver recurso, o principal efeito é deixa a matéria sub judice sem a coisa julgada, sem transitar em julgado, e por isso que se impede o transito em julgado, e vai evidentemente com isso, impedir a própria coisa julgada. Aqui quando o recurso existe ele é um preparatório para uma nova fase, ele estabelece uma continuidade do processo. Estar sub judice, a matéria esta ainda pulsando, a decisão ainda merece tratamentos, e o recurso vai trazer a possibilidade de ser modificada a decisão. 1.3.2. Devolutivo: está estampado no art. 515, contendo uma tremenda imprecisão. A apelação devolverá (aqui esta o efeito devolutivo) ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. Aqui não se está devolvendo nada ao Tribunal, até porque o Tribunal não entregou nada ainda às partes. Aqui o que o professor entende por efeito devolutivo, é o efeito não de devolver ao tribunal, mas de devolver ao judiciário a matéria impugnada. Sempre ocorre, seja qual for o modelo de recurso. Nos embargos declaratórios, há um efeito devolutivo, para resolver o problema que ali está, quando a sentença foi omissa. 1.3.3. Suspensivo: nem sempre ocorre, é regra, mas existem exceções. O efeito suspensivo, é o efeito de suspender a eficácia plena da decisão recorrida, impedindo, a sua execução (realização) até que, forma definitiva, seja julgado o recurso. Existe uma situação de suspensão, essa sentença fica suspensa, até que o recurso seja julgado. Impede a execução enquanto existir recurso. Em parte de recurso, a decisão de primeiro grau não poderá ser executada, até o final do recurso. Porém, existem exceções. Art. 520: duplo efeito/efeitos legais – devolver e suspender. Há situações em que o art. 520 estabelece critérios, onde o efeito suspensivo desaparece. Ex.: ação que cuida de alimentos, teve liminar, já deferiu 10% dos ganhos do pai ao filho. O réu é condenado. Aqui não pode ser recebido no efeito suspensivo, pois trata-se de sobrevivência, portanto, a sentença se assenta numa decisão, e seus efeitos não poderão ser suspensos. E dure o que durar o recurso, o alimentando será mantido sobrevivo, com as condições que a sentença lhe dá. O inciso II do art. 520: a lei 5478/68 cuida da ação de alimentos, art. 14, diz que não será recebida no efeito suspensivo a apelação. Art. 4º da mesma lei ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos (liminarmente). IV: no processo cautelar temos matéria de urgência, e a urgência explica o porque de não poder ter efeito suspensivo. A cautela tem que ser mantida viva, vigendo, aquilo que se consegue na cautelar, não pode ficar suspensa, sob pena de perecer o próprio direito. Ex.: consigo bloqueio de bens do devedor, a sentença confirma, a apelação não pode ser recebida no efeito suspensivo. VI - lei especial da convenção de arbitragem, fala que não terá efeito suspensivo. VII - Tutela antecipada, também menciona a urgência da prestação jurisdicional, a tutela dá um auxilio paralelo para que eu atinja o meu objetivo, os efeitos da antecipação, são trazidas para a sentença, eu não tenho um outro processo, o próprio processo me assegura antecipadamente o meu direito. Se for decisão interlocutória, o recurso é agravo. O juiz pode não dar a antecipação de tutela no inicio, mas dar na sentença, privilegiando o efeito devolutivo, não tendo efeito suspensivo. É, portanto, confirmar ou deferir a tutela antecipada. Ex.: se eu tenho um pedido de tutela antecipada de remédios, e o juiz me dá, eu tenho que manter recebendo, a sentença confirma o pedido, e o recurso não poderá ser recebido no efeito suspensivo. Se nesse caso o recurso de apelação é interposto, a sentença não temefeito suspensivo, eu posso fazer a execução provisória (pois a matéria do recurso ainda está sub judice) – art. 475-O. Essa execução funciona da seguinte forma: ex.: existe um processo de alimentos, veio da inicial e foi ate a sentença, eu ganho essa ação, fixa os alimento do devedor em 10%, o réu devedor apela, sabidamente, com essa apelação vai se levar o processo todo ao tribunal. Como eu posso executar se o processo vai para o tribunal? Na hora que eu for intimado da apelação, eu tenho prazo para fazer as contrarazões, eu vou extrair (tirar cópia) as peças mais importantes do processo e vai me dar um novo instrumento (que é a carta de sentença), onde eu vou poder aparelhar a minha execução provisória. O art. 521 diz: acabou a função do juiz, o juiz não poderá julgar nada mais. Mas a parte segunda do artigo fala que sem suspender a eficácia da decisão, o apelado poderá promover desde logo a execução provisória da sentença. Se o recurso for provido, pelo principio da irrepetibilidade dos alimentos, os alimentos são irrestituíveis. Não podendo ser devolvido. Mas se for num caso de condenação, em situação de tutela antecipada, o juiz tem que suspender, ele não poderá vender os bens do réu, até que se confirme a sentença, pois estará colocando em risco os bens do devedor. A jurisprudência exige que o juiz cometa os atos à execução (penhora os bens, nomeia leiloeiro, avalia os bens, mas para aqui, não pode vender, pois pende de recurso). Uma vez que se confirme a sentença, aquela execução que era provisória se converte em execução definitiva. E aquilo que estava penhorado, apenas vai à leilão. Despejo por falta de pagamento, o recurso contra essa sentença, não tem efeito suspensivo. No art. 542, § 2º: não tem efeito suspensivo o extraordinário e o especial. O que confirma isso a partir do art. 497. 1.3.4. Translativo: art. 515, §§ 1º e 2º. Aqui teremos uma petição inicial e uma sentença, onde a pretensão esta numa dimensão e a sentença está a quem dessa dimensão, sendo ela citra petita, então, falta uma parte. A solução melhor é que o Tribunal verificando essa situação de uma matéria não decidida suspenda o julgamento, mande para o primeiro grau, e complemente a sentença. Mas diz o artigo que essa sentença pode ser decidida sem escala pelo Tribunal. Ou seja, corrige um erro que não foi meu, e que será consertada em grau de recurso, retirando o grau de apelação de uma matéria não decidida. É uma supressão de instancia flagrante, e, segundo o professor, inconstitucionalidade também flagrante. § 2º é muito mais ocorrente, muito mais possível de acontecer. Uma ação que tenha dois fundamentos, com um pedido só, o pedido da mulher separar-se do marido, mas tem por fundamento a infidelidade e agressões físicas, se a mulher consegue provar apenas a infidelidade, o pedido tem que ser procedente, neste caso, ao juiz é dado convencer-se de um motivo só, conheceu só a infidelidade e julgou procedente. A mulher consegue a separação, o marido recorre dizendo que não é infiel o tribunal diz que ele realmente não cometeu infidelidade, então, julga-se improcedente a ação dando provimento ao recurso. Mas ai o tribunal ingressa numa matéria não decidida, sequer tocada em primeiro grau, que são as agressões, e o tribunal julga procedente a ação com base nessa segunda fundamentação, o réu não recorreu das agressões pois não tinha nada sobre isso na sentença, havendo uma supressão de instancia, onde a solução seria parar o processo e remeter novamente ao primeiro grau. O nome translativo é porque transporta de um tribunal ao outro algo ainda não decidido. Temos uma função do segundo grau naquilo que o primeiro grau já deveria ter feito. 10/04/2012 Art. 474: uma vez transitada em julgado a sentença de mérito, fica indiscutível a questão, efeito preclusivo da coisa julgada. Efeito impeditivo. 1.3.5. Substitutivo: art. 512. Aquilo que o tribunal disser, substituiu aquilo que disse o juiz. Efeito que trás uma referencia de hierarquia, de primeiro grau em relação ao segundo grau, ou seja, o primeiro grau deve se curvar ao segundo. Aquilo que o tribunal decidir substitui o que a sentença decidiu. CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS: - Quanto à extensão: visa aqui a dimensão que o recurso toma diante do ato decisório. Quem escolhe essa extensão é a parte vencida, pois ela que determina o alcance do seu recurso. Art. 515, caput. Sendo da minha competência, eu como parte, o meu recurso pode ser total ou parcial. O que dimensiona o recurso é a perda que a parte teve no ato decisório, ou seja, no que eu fui vencido. Ex.: autor pede 10 mil. A sentença julga procedente e diz que o autor deverá receber 10 mil. O réu se recorrer dos 10 mil (apelação), o recurso dele é total. Mas se ele achar que ele é devedor de 2 mil, ele pode recorrer parcialmente mesmo sendo 10 mil, pode recorrer de 8 mil, colocando apenas a resistência dele. A sentença foi parcialmente procedente e condenou o réu a pagar 8 mil.. o autor perdeu dois, se ele recorrer o recurso dele vai ser total. E se o réu recorrer de 8 também, pois estaremos falando de perda. - Quanto à natureza: - Ordinário: - Comum: são aqueles que não exigem qualquer peculiaridade. Na verdade basta o ato decisório para ter um recurso, não há uma formalidade mais a ser observada. Correlação entre sentença e apelação, decisão interlocutória e agravo. - Especializados: existem condições que se deve observar, assim como os embargos infringentes (são tidos como ordinários, mas existe uma carga de especialidade). É necessário de uma decisão colegiada, que não haja unanimidade (que haja um voto vencido pelo menos), que a decisão provenha de apelação que reforme sentença de mérito ou de ação rescisória julgada procedente. Art. 530, CPC. - Extraordinário: tem lugar na CF. Vamos chamá-los de extraordinário latu sensu. Pois teremos dentro da CF um recurso que chamaremos de extraordinário (art. 102, III, CF), vamos ter um recurso especial (art. 105, III, CF) e vamos ter um ordinário (art. 102, II e 105, II). - Quanto à manifestação: pode ser aqui em relação à manifestação que é da parte: - Voluntário: grande maioria. A parte voluntariamente recorre a sua manifestação é, portanto, voluntária. - Necessário: a lei impõe o reexame necessário. O recurso obrigatório (art. 475). - Quanto à autonomia: o que conta é o momento da sua interposição. As duas partes perdem, não há dimensão não perda, o que interessa é que ela exista. - Principal: * Condições: sucumbência recíproca (as partes ambas perderam alguma coisa. Ex.: autor pede 10 mil, a sentença dá 8 mil, resultado: perde o autor 2, perde o réu 8. aqui os dois perderam, portanto, os dois sucumbiram). Temos a sentença do prazo 0 ao prazo 15, existe um prazo chamado de prazo de apelação, as partes, portanto, podem apelar nesse prazo. Se autor e réu interpuserem o seu recurso independentes, autor + réu, teremos os primeiros e segundos apelantes ou recorrentes, vamos chamar de recursos principais. Nesse caso guarda uma autonomia principal, cada qual independentemente, porém como recursos principais. - Adesivo/adesiva: da sentença eu tenho 15 dias para apelar, mas quando se fala em recurso adesivo, temos sucumbência recíproca mas 1 só recorreu. Ex.: no prazo de 15 dias só o réu recorre. É dado agora um prazo de mais 15 dias para que se ofereçam as contrarrazões do recurso de apelação, e obviamente o autor é quem responde. Nesse prazo das contrarrazões ao autor é dado a oportunidade de oferecer o recurso que não ofereceu, ele pode agregar, portanto, às contrarrazões mais o recurso adesivo (recurso de aderência, de adesão ao recurso principal). O importante é que as duas peças sejam apartadas, uma para contrarrazões, outra para o recurso. O recurso adesivo é aquele que poderia ter sido interposto, mas não foi. São independentes as peças, pois tem características próprias, nas contrarrazões o autor vai dizer que a sentença é a melhordo mundo, pois o réu recorreu daquilo que ele perdeu e ao mesmo tempo daquilo que o autor ganhou. E ao mesmo tempo o autor em recurso adesivo vai dizer o que ele perdeu. E é claro que depois do recurso adesivo abrirão mais 15 dias para o réu oferecer contrarrazões. Art. 500, CPC: cada parte interporá recurso independentemente (aqui são os principais). Recuso adesivo subordinado (aqui está a dependência). III: não será conhecido se houver desistência do principal ou declarado inadmissível ou deserto (sem pagamento de custas). § único: A conseqüência para o recorrente aderente é que toda a interposição do recurso adesivo é dependente processualmente ao principal, ou seja, se não for admitido o principal, o adesivo também não será. Se os dois recursos subirem, no mérito, ambos serão tratados como principais. 11/04/2012 Preclusão consumativa: o prazo é de 15 dias, quando houver a interposição de duas peças ao mesmo tempo com o mesmo prazo, é necessário que se faça a interposição simultânea de ambas as peças, ainda que seja no último minuto do prazo. Se entregou no 5º dia, por exemplo, o resto está precluso, ou seja, o 10 próximos dias estará precluso, pois o momento da manifestação é tido como desistência do demais prazo. Entende-se nesse prazo que o caso se consome, pois na medida em que me manifestei, o prazo preclui, por isso é necessário que ambas as peças sejam entregues simultaneamente. Art. 500, CPC: a primeira parte diz respeito aos recursos principais, ou seja, cada parte entrará com o recurso independente. A segunda parte (ao recurso interposto por qualquer deles), e sucumbentes, o que não recorreu poderá aderir ao outro. O recurso adesivo se subordina processualmente ao principal, ou seja, tudo que acontecer de ruim pro principal acontecerá para o adesivo. Mas não há subordinação no exame de mérito, haverá independência. Entenda-se que subindo os dois recursos, lá no Tribunal tudo é possível, ai há independência de exame meritório, o juiz pode dar provimento ao adesivo e improcedência ao principal, por exemplo, tudo será possível, serão analisados independentemente no que diz respeito ao mérito. I – competência, o acessório segue o principal, terá que ser no mesmo juízo. No prazo de contrarrazões. II - pode ser recebido na apelação (onde mais ocorre), mas nos embargos infringentes também pode e no recurso extraordinário e especial. Não cabe adesivo, no agravo de instrumento, por exemplo. III – idéia da subordinação, onde o recurso adesivo não será reconhecido se houver desistência ou declaração de inadmissibilidade, ou for um recurso deserto. § único: vamos encontrar esse contexto de uma dependência plena do ponto de vista processual, mas a desistência do recurso esta relacionada com a vontade do recorrente principal, a desistência de um recurso independe da parte contraria (que é diferente da desistência da ação). Art. 501: sempre por menor que seja a perda do cliente, ainda que seja em honorários, despesas, mérito, recorram com recurso principal, pois a qualquer tempo pode desistir. Art. 502: renuncia ao direito de recorrer. Desistir do recurso x renunciar o direito de recorrer: a desistência significa que eu já recorri mas eu desisti dele e pode ser feita até um minuto antes do julgamento, posso fazer uma manifestação verbal, inclusive. Agora, renunciar significa que eu no momento pré-recursal não desejo recorrer, não há recurso, eu renuncio o direito de recorrer, ou seja, é o imediato transito da decisão. - Nomenclatura: conhecer e prover o recurso: - Conhecer ou desconhecer significa um juízo de admissão do recurso. Quando eu digo conhecer eu digo admitir pois todas as condições recursais estão presentes. Se o recurso for conhecido, dois outros fatores podem aparecer: - Provido: exame meritório do recurso. O provimento significa dar razão às razões recursais, ou seja, o recorrente tem razão. A sentença deve ser reformada. - Improvido/desprovido: exame meritório do recurso. Não teve razão o recorrente, confirmando a sentença/decisão da qual a parte recorreu. - Juízo de mérito: qual a pretensão que a parte tem ao recorrer, ou seja, qual o desejo dela quando recorre. Ela pode ter três pretensões: - Reforma: ou seja, dar uma nova forma. Porem, vamos manter a sentença do ato, não combato o ato em si, mas sim o seu conteúdo. - Invalidação: busca uma declaração de nulidade da decisão, uma vez declarada a nulidade, teremos a cassação do ato decisório (no sentido de ser retirado dos autos, não tem validade), o ato, portanto, é invalidado. A invalidação sempre é alegada em preliminar. Ex.: ausência de regularidade na citação, cerceamento de defesa, etc. Nunca deixar sozinha a pretensão de mérito, fazer preliminarmente o pedido de invalidação: 1. da invalidação. 2. da reforma de mérito. Pois se o tribunal entender que não há invalidação, o mérito continuar lá, e se já estiver no recurso, o tribunal já analisa. - Integração: é o juízo de concerto, é mais concerto que mérito. Se opera quando houver necessidade de uma complementação ou de um esclarecimento do ato decisório. Aqui significa que o ato decisório não é íntegro, por isso precisa de uma integralização, essa integralização vai se dar diante de decisões que precisam ser complementadas ou esclarecidas. Complementadas quando falta um complemento, a decisão na verdade é omissa, ou diante de uma obscuridade ou contradição. Não confundir com embargos declaratórios, pois estes serão conhecidos pelo mesmo juízo prolator do ato. - Pressupostos recursais: pressupostos são requisitos para que o recurso seja bem recebido, para que ele seja admitido. Para que algo ocorra, alguma exigência deve ser obedecida. I – Objetivo: - Recorribilidade do ato: o ato que nós temos pela frente deve ser recorrível, ou seja, ele se submete a recurso. O ato é recorrível quando estiver provido de decisão. O ato decisório comporta uma postura, tomar um lado. Art. 162, CPC: atos do juiz. * Sentença: § 1º. Sentença é ato decisório por natureza. * Decisões interlocutórias: § 2º. Aqui na decisão aparece uma decisão de meio e não de fim, pois opera no curso do processo. * Despachos: § 3º. Não tem conteúdo decisório, ato de impulso processual. Art. 504: do despacho não cabe recurso. Porém, há situações em que o despacho pode se mostrar recorrível, quando ele for portador de prejudicialidade, ou seja, quando o despacho for portador de prejuízo para alguma ou algumas partes. Art. 163, CPC: cuida dos atos dos tribunais. Julgamento é decisão, portanto, é recorrível. O ato recorrível é aquele que tem um conteúdo decisório, a atividade em si do próprio julgador. Em suma só é recorrível o ato que tem decisão (tomada de uma postura, o sim ou não, o procede ou improcede, defiro ou indefiro). No momento em que o processo inicia é inevitável a sua continuidade, é inevitável que haja uma sentença, pelo principio da inevitabilidade, ou seja, o processo tem que ser movimentado. E o que movimenta esse processo são os despachos. Art. 504: embora diga que o despahco não é um ato recorrível, há de se compreender que o artigo diz uma realidade, que o despacho não é recorrível porque não tem decisão. No entanto, não por se umn ato decisório, mas por ter um prejuízo, poderá, excepcionalmente, o despacho merecer recurso. 17/04/2012 - Adequação: exista sempre um recurso correto para a decisão recorrível. Devemos na verdade adequar o recurso certo para atacar aquela decisão, isso quem vai nos dizer é a própria lei. Assim, o recurso adequado para atacar a sentença é a apelação (art. 513, CPC). Existe essa co-relação entre o ato decisório e o recurso, ou seja, ele tem uma afinidade. O recurso inadequado leva ao seu não conhecimento, ou seja, não será admitido, como regra. Princípio da fungibilidade recursal: lá no direito civil, quando do estudo do direito das coisas, encontramos a fungibilidade do bem, que éaquele que pode ser trocado por outro, e aceito, portanto como pagamento. A idéia aqui é a mesma, o recurso inadequado, pela fungibilidade pode ser tido como o correto, ou seja, pode ser aceito pelo Tribunal. Para que exista essa adequação, ocorrem duas condições: *1º: que não haja erro grosseiro na interposição. Ex.: tem que entrar com apelação e entra com recurso extraordinário, para uma sentença. *2º: que a interposição do recurso inadequado se dê no prazo do recurso correto. Não se trata aqui que os dois recursos tenham o mesmo prazo, mas que a interposição do incorreto esteja no prazo do correto. Ex.: escolho a apelação, o prazo de apelação é de 15 dias, mas o recurso correto é o agravo, que possui 10 dias, se eu interpuser o recurso de apelação até o 10º dia, pensando que é o correto, eu tenho aqui uma tempestividade, pois interpus no prazo do recurso correto. Ex.2:Os agravos em segundo grau: temos três modalidades: interno, inominado e o regimental. Há uma certa tolerância dos tribunais, adotando o principio da fungibilidade, quando a parte adotou o regimental, quando o tribunal entende como correto o interno. Ex.3: existe a lei 10600/1950 estabelece o critério para a concessão do beneficio da gratuidade, ou seja, quem merece ter AJG. O art. 17 dessa lei: para todas as decisões provenientes dessa lei, o recurso é o de apelação. Mas a partir de 85, com a lei 7560, altera-se o art. 4º, da lei 1060, que passou a constar basta que a parte peça a gratuidade na inicial ou na contestação. Porem, essa lei manteve o art. 17, então, estamos hoje convivendo o verdadeiro paradoxo, se temos, por exemplo uma ação de alimentos, onde tenho um pedido de AJG que é indeferido pelo juiz, se eu for pela lei 1060, eu tenho que apelar, fazendo com que a principal fique parada, e se discuta o acessório que é o pedido de AJG, assim, os advogados começaram a antever o problema, ou seja, se eu vou parar todo o pedido de alimentos para atacar apenas o provisório, eu vou utilizar do agravo de instrumento e destacar o problema de AJG e mandá-lo para o segundo grau. Então, o recurso correto não é apelação e sim agravo de instrumento. - Tempestividade: sabemos que no processo que toda a função processual é regida pelo tempo, ou seja, o tempo rege o ato processual, mas na verdade, também os recursos se submetem ao tempo. E aqui existe um dos mais graves dos pressupostos que esta na tempestividade, pois o desrespeito ao tempo do processo acarreta o trânsito em julgado do ato recorrido. E a coisa julgada torna irretratável/irrevogável a matéria decidida, conseqüência essa, danosa que se traz a parte quando da parda do prazo recursal. Art. 508: informa os prazos dos recursos. A grande maioria tem o prazo de 15 dias. Agravos de 1º grau: 10 dias (Art. 522). Embargos declaratórios: 05 dias (art. 535 e ss.); Agravos em 2º grau: 05 dias. Essas variáveis trabalham como justificativa, pois são recursos menores. O art. 506 traz a forma de interposição, ou seja, conta-se o prazo, afinal de quando? O prazo para interposição para o recurso (art. 184), contar-se á da leitura da sentença em audiência, da intimação das partes quando a sentença não é proferida em audiência, ou da publicação do ato no diário oficial, em se tratando de segundo grau. Quando a decisão for do Tribunal, não importa se estive na sessão de julgamento, o que importa é que a data se conta da efetiva intimação pelo diário de justiça. Art. 242, praticamente repete o art. 560. - Singularidade/uni recorribilidade: que haja um só recurso para cada ato decisório. Não haja, portanto, duplicidade de recurso contra aquela única decisão. Eu não posso entrar com agravo de intrumento e apelação, se a decisão que eu tenho é uma sentença. No caso de antecipação de tutela, que é dada junto à sentença de mérito, porém, como tudo reside na sentença, eu deverei apelar, embora a matéria de tutela antecipada, se fosse dada anteriormente à sentença, caberia agravo. Não se cogitaria, apelo para a tutela e apelação para a sentença, pois o ato é um só. Aqui cabe a regra de que o mais pode menos, então, a apelação que é cabível. O acórdão de apelação que tenha sido julgado a unanimidade, essa apelação tem uma decisão unânime que só vai comportar duas hipóteses: 1. Agride matéria constitucional: pela ofensa À constituição o recurso é o extraordinário. Art. 102,III, CF. 2. Decisão vai contra lei federal: para ofensa a lei federal o recurso é o especial. Art. 105, III, CF. Aparentemente, estaríamos a desobedecer o pressuposto da singularidade, porem, não há essa desobediência, pois existem permissivos constitucionais, e acima de tudo é que os endereços desses recursos também são diferentes, um para p STF e outro para o STJ. Art. 498: ação com pedidos cumulados, são várias pretenções de direito material, veiculadas nesse único expediente jurisdicional, ou seja, uma separação litigiosa, guarda de filhos e alimentos. Esta ação carrega três pretensões materiais. Vamos que exista o julgamento de apelação, se nesta apelação o resultado for unânime (3x0 na separação), 2x1 na guarda, e 3x0 no alimentos, temos resultados distintos para cada ação. Agora, nesse artigo, diz que se houver voto vencido E reforma da sentença, é possível que no caso da guarda a parte opere com embargos infringentes. Enquanto as outras decisões ficam suspensas. Uma vez terminada e publicada a decisão de embargos, os prazos dos recursos ordinário e especial serão abertos para todas as pretensões. § único: quando transitar em julgado o recurso da guarda, é que abrem-se os prazos para os demais. - Motivação: - Preparo: II – subjetivo: * Legitimação recursal – art. 499: 3 pessoas que potencialmente podem recorrem e podem responder ao recurso. - Parte vencida: para ser recorrente tem que ser vencido. O termo vencido significa: alguma coisa essa parte perdeu. Temos 4 frentes que a parte pode sofrer como sucumbência: 1º próprio mérito: total ou parcial (questão de fundo); 2º perda nas custas: valores destinados ao estado, são cusas do processo. 3º despesas processuais: valores de pericia, despesas com deslocamento de testemunhas, alimentação, diárias de hotéis, gatos com transporte, etc. 4º honorários advocatícios: na medida em que esta dispondo o art. 20 que na condenação soa devidos honorários no valor de 10 a 20% no valor da condenação, se eu entender que 10% é muito pouco, então eu posso recorrer, me sinto parte vencida, embora advogado. Quem é parte no processo sabidamente é autor e réu, claro que com eles, basta que sejam vencidos, podem recorrer. Ao lado dessas partes temos o litisconsórcio (várias pessoas formando um ou ambos os pólos da relação. Uma forma maior de pessoas, reunião de pessoas, que formam um dos pólos da relação processual, ou seja, se consorciam para uma lide). - Terceiro prejudicado: são divididos em uma forma genérica, chamados terceiros interessados: - Terceiro interveniente: é o que comete a intervenção de terceiro no processo, entre a petição inicial e a sentença, existe um estagio de tempo em que o 3º interveniente intervém, exatamente entre a inicial e a sentença, ele pode ingressar (isso que o destaca no prejudicado). Mas se no curso da primeira fase, o terceiro intervém, ele se chamará de interveniente. É aquele que pode ser dentre as quatro categorias, uma delas, o denunciado à lide (autor contra o réu buscando 30 mil reais, o réu por seu turno tem uma relação negocial – um contrato com uma seguradora, no valor de 20.000, então, há aqui, um negocio jurídico, que diz que se houver terceiro prejudicado, a seguradora honra esse pagamento, e as forças do contrato se são em 20 mil reais. Se essa ação for procedente, 30 mil reais a condenação, a seguradora vai pagar ao autor 20.000 e o autor paga o restante de 10.000. Se a seguradora se sentir prejudicada, ela tem legitimação recursal), opoente (ingressa numa relação entre autor e réu, e ambos brigam porque pretendemo imóvel X. a pretensão do opoente, é afastar ambos, e fazer vingar a legitimidade que ele tem sobre o bem. Se por ventura a sentença diz que C não tem direito sobre o imóvel, ele tem legitimidade para recorrer), nomeado a autoria (se o autor entra contra o motorista do taxi, o motorista do taxi alega que o carro na verdade não é dela, mas de um proprietário e é o proprietário quem deve responder pelo evento danoso, o motorista nomeia a autoria – do dano - o proprietário do caro, se for aceito pelo autor, o motorista sai, e o dono se transforma o autor em substituição ao motorista, ele passa a condição de réu, portanto) e o chamado ao processo (sempre haverá uma relação de crédito e de débito, credor e devedor, em qualquer dos casos que aparecem no art 77, todos tem essa vinculação, se por ventura o credor oferece contra o devedor 1 e vários são os devedores, o devedor 1 pode chamar ao processo o devedor 2 e o devedor 3 –devedores solidários). Denunciação – art. 70 Oposição – art. 56 Nomeação à autoria – art. 62 Chamado ao processo – art. 77 Todos estes são terceiros, que entraram na a partir da inicial até a sentença. Esse terceiro é potencializado a recorrer, pois todos podem ter um prejuízo com a decisão, portanto, tem direito a recorrer. Teremos ainda assistentes: é um terceiro mas ele não entra no status de parte, é o cara que apóia, auxilia, assiste. Oferece condições, dá meios, auxilia nas provas, na parte argumentativa. - Assistente simples – arts. 50 a 53: a coisa julgada não o assiste. - Assistentes litisconsorcial: arts. 54 e 55: - Terceiro prejudicado: aparece apenas em grau recursal. - MP: outra categoria legitimada a recorrer. * Interesse: * Atuação desembarcada:
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