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AULA 1 SISTEMAS DE SANEAMENTO DRENAGEM MARIA CAROLINA

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Departamento de Engenharia Civil 
Sistemas de Saneamento e Drenagem 
 
Prof.ª Esp. Mª Carolina P. G. Ronacher 
 
1 
Plano de Aula 
2 
 
 
 
Plano de Aula 
3 
 
 
 
Saneamento Básico 
4 
 1- Introdução 
1.1 – Definição 
Segundo a Organização Mundial de Saúde – (OMS), 
saneamento é o controle de todos os fatores do meio 
físico do homem, que exercem ou podem exercer 
efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. 
 
 Pode se dizer também que o saneamento caracteriza 
o conjunto de ações sócio econômicas que tem por 
medidas alcançar a Salubridade Ambiental. 
 
 
 
Saneamento Básico 
5 
 Oferta de saneamento - Sistemas constituídos por 
uma infraestrutura física e uma estrutura educacional, 
legal e institucional que abrange os seguintes serviços: 
- Abastecimento de Água 
- Coleta, tratamento e disposição ambientalmente 
adequada e sanitariamente segura de águas residuárias 
(esgotos sanitários, resíduos líquidos industriais e 
agrícola); 
- Acondicionamento, coleta e transporte e/ou destino final 
dos resíduos sólidos (incluindo rejeitos provenientes da 
atividade doméstica, comercial e de serviços, industrial e 
pública); 
 
 
 
 
Saneamento Básico 
6 
- Coleta de águas pluviais e controle de empoçamentos e inundações; 
 
- Controle de vetores de doenças transmissíveis (insetos, roedores, 
moluscos); 
 
- Saneamento dos alimentos; 
 
- Saneamento dos meios de transporte; 
 
- Saneamento e planejamento territorial; 
 
- Saneamento da habitação, dos locais de trabalho, de educação e de 
recreação e dos hospitais; 
 
- Controle da Poluição Ambiental – ar água, solo, acústica e visual. 
 
 
 
Saneamento Básico 
7 
 O Saneamento Básico se restringe: 
 
- Abastecimento de água as populações 
 
- Coleta, tratamento e disposição adequada e sanitariamente 
segura de águas residuárias; 
 
- Acondicionamento, coleta, transporte e/ou destino final de 
resíduos sólidos; e 
 
- Coleta de águas pluviais e controle de empoçamentos e 
inundações. 
 
História do Saneamento 
8 
 2.000 a.C. na Índia: 
Ruínas de uma civilização da Índia que se desenvolveu a 
cerca de 4000 anos, onde foram encontrados banheiros, 
redes de esgoto nas construções e drenagem nas ruas. 
 
 Antigo testamento: Judeus utilizavam a água para 
lavar as roupas sujas e mantinham os poços fechados 
com tampa a fim de evitar a poluição e a 
contaminação por ecabiose. 
 
 
 
História do Saneamento 
9 
 Práticas mais marcantes do Saneamento na 
antiguidade: 
 Aquedutos 
 Banhos públicos; 
 Termas e esgotos romanos ( Cloaca máxima de 
Roma) 
 
 
 
História do Saneamento 
10 
- Cloaca Máxima: Era o maior sistema de esgotos do 
mundo conhecido, em Roma. 
- Aquedutos: Roma possuía 9 Aquedutos para 
abastecimento com extensão de 16 a 80km e seção 
transversal de 0,65 até 4,54m². 
- Vazão estimada: 221,9m³/dia ou 2,57m³/s suficiente 
para atender uma demanda de uma cidade de 300mil 
habitantes. 
 
 
História do Saneamento 
11 
Retrocesso no saneamento na Idade Média: 
- Consumo per capta chegou a 1L/hab/dia 
- Queda nas conquistas sanitárias 
- Sucessivas epidemias 
- Lançamento de dejetos nas ruas 
- Odor insuportável 
- Coleta dos dejetos com pás e transporte em veículos 
de tração animal 
- Ano de 1235: Reparo do Aqueduto em Sevilha 
- Ano de 1183: Abastecimento de água inicial em Paris. 
 
 
 
 
 
História do Saneamento 
12 
 Século XIX em Paris: início do projeto de esgotos visando 
combater a cólera 
 Esgotos domésticos e industriais eram obrigatoriamente 
canalizados para galerias de águas pluviais existentes; 
 Originou-se assim o Sistema Unitário de Esgotos. 
 
 
História do Saneamento 
13 
 
 
 
História do Saneamento 
14 
- Século XX: Início de maior atenção à qualidade da 
água. 
- Diversos cientistas mostraram a relação da água com 
a transmissão de doenças causadas por agentes 
físicos, químicos e biológicos. 
- No Brasil, pesquisas no Início dos anos 90 
possibilitam uma visualização do quadro sanitário no 
país. 
 
 
História do Saneamento 
15 
Abastecimento de água no Brasil em 1995 aprox. 70% 
da população era atendida. 
 
 
 
História do Saneamento 
16 
Esgotamento Sanitário no Brasil em 1995 ( aprox. 30% 
da população atendida) 
 
 
 
Situação atual do esgotamento 
sanitário no Brasil 2017 
17 
 
 
 
FONTE: ANA – Agência Nacional de Águas 
Situação atual do esgotamento 
sanitário no Brasil 
18 
 
 
 
Situação atual do esgotamento 
sanitário no Brasil 
19 
 
 
 
Situação atual do esgotamento sanitário 
na Bahia 
FONTE: ANA(2013) 
20 
 
 
 
 
586.708 
451.776 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Situação atual do esgotamento sanitário 
em Teixeira de Freitas-BA FONTE: 
ANA(2013) 
21 
 
 
 
 7739 
3099 
4,08% Solução individual 
19,24% 
Com coleta e tratamento 76,6% 
Sem coleta e sem tratamento 19,24% 
Perspectivas para Teixeira de Freitas 
até 2035 FONTE: ANA 
22 
 
 
 
11008 
3546 
107 Mi 
20Mi 
Sistemas de Esgoto 
23 
 
 
 
2 Saneamento e Saúde 
24 
Sanear Tornar algo são, sadio, saudável. 
 
 Saneamento equivale à saúde 
 
 Promove a saúde pública preventiva, reduzindo a 
necessidade de procura aos hospitais e postos de 
saúde, porque elimina a chance de contágio por 
diversas moléstias 
 Possibilita vida mais saudável e índices de 
mortalidade mais baixos 
 
2 Saneamento e Saúde 
25 
 A maioria dos problemas sanitários que afetam a 
população Mundial estão relacionados com o meio 
ambiente. 
 Diarréia – uma das doenças que mais afligem a 
humanidade ( mais de 4 bilhões de casos por ano 
segundo a OMS); 
 Causa de 30% das mortes em crianças menores de 1 
ano; 
 Entre as causas da diarréia destacam-se as condições 
inadequadas de saneamento. 
 
 
2 Saneamento e Saúde 
26 
 
 
 
2 Saneamento e Saúde 
27 
2 Saneamento e Saúde 
28 
 Para cada R$ 1,00 investido no setor de saneamento, 
economiza-se R$4,00 na área de medicina curativa. 
 2.1 Aspectos Sanitários 
 Implantação e melhoria dos sistemas de 
abastecimento em conjunto com a rede de esgoto 
melhoram significativamente a saúde e a condição de 
vida de uma comunidade. 
 Reduz sensivelmente a incidência de doenças 
relacionadas à água 
 
 
 
 
2.1.1 – De importância Primária ( 
adquirida por via oral) 
29 
Epidemias para as quais a água apresenta papel fundamental 
na transmissão de doenças: 
 Cólera 
 Febres tifóide e paratifóide 
 Desinterias; 
 Amebíases; 
 Hepatite Infecciosa; 
 Poliomielite 
 Etc. 
2.1.2 – De importância Secundária 
(adquirida por via cutânea) 
30 
Doenças causadas por agentes microbianos, de incidência 
relativamente pequena para as quais, a transmissão por via da 
água de abastecimento se dá de forma secundária: 
 Esquistossomose 
 Leptospirose 
 Infecção nos olhos, nariz e garganta. 
 2.1.3 – De importância Secundária (causadas 
por agentes químicos) 
 Bócio 
 Saturnismo: chumbo 
 Cobre, zinco, etc. 
 
 
3 – Consequências da falta de saneamento 
31 
 
 Ban Ki Moon ( ex Secretário Geral da ONU), diz que 
“ o acessouniversal ao saneamento não é apenas 
fundamental para a dignidade humana, mas também 
um dos principais mecanismos de proteção da 
qualidade dos recursos hídricos”. 
3 – Consequências da falta de 
saneamento 
32 
 3.1- Ameaça à saúde pública 
 
 
3 – Consequências da falta de 
saneamento 
33 
 Doenças com maiores incidências devido a exposição a 
esses ambientes são: Leptospirose, Disenteria bacteriana, 
esquistossomose, Febre Tifóide, Cólera, Parasitóides, além 
do agravameto de epidemias como Dengue, Zika e 
Chicungúnia. 
 
 De acordo com a UNICEF, A diarréia é a segunda maior 
causa de mortes em crianças com menos de 5 anos. 
 
 De acordo com o Instituto Trata Brasil, além dos altos 
riscos envolvidos, este cenário representa elevados gastos 
em saúde pública: em 2011, os gastos com internações por 
diarreia no Brasil chegou a R$140 milhões. 
 
3 – Consequências da falta de 
saneamento 
34 
 
 Dados da OMS revelam que 88% das mortes por 
diarréias no mundo são causadas pelo saneamento 
inadequado. Destas, 84% são crianças. No Brasil, em 
2008, 15 mil brasileiros morriam por ano devido 
doenças relacionadas à falta de saneamento. 
 
 
3 – Consequências da falta de 
saneamento 
35 
 3.2- Desigualdade Social 
 Em geral, as áreas irregulares, com riscos de deslizamentos e 
inundações, são excluídas do planejamento, visto a 
dificuldade técnica para levar esse serviço. Dessa forma, 
criam-se barreiras para a implantação do saneamento básico 
e comprometem parte da população a conviver frente às 
dificuldades e desigualdades 
 
 
3 – Consequências da falta de 
saneamento 
36 
 
 
 
3 – Consequências da falta de 
saneamento 
37 
3.3- Poluição dos Recursos Hídricos 
 
Estudo realizado pela ONG SOS Mata atlântica, no ano 
de 2016, em 111 rios brasileiros, revelou que quase 24% 
das águas são de qualidade ruim ou péssima. Segundo a 
lei, águas nessa situação não podem sequer receber 
tratamento para consumo humano ou para irrigação de 
lavouras. 
 
3 – Consequências da falta de 
saneamento 
38 
 3.4- POLUIÇÃO URBANA 
 
 
 
3 – Consequências da falta de 
saneamento 
39 
 O lixo está entre os principais problemas nos grandes 
centros urbanos devido a destinação incorreta. Os lixões 
são grandes depósitos a céu aberto com grande 
probabilidade de contaminação do solo e infestação de 
doenças. Além disso, as chuvas contribuem para o 
carregamento do lixo para as cidades e para a 
contaminação da água. 
 
 Lixo sem destino correto aumenta a probabilidade de 
enchentes. Por sua vez, elas auxiliam a lavagem das 
superfícies urbanas contaminadas com diferentes 
componentes orgânicos e metais 
3 – Consequências da falta de 
saneamento 
40 
 3.5- Improdutividade 
 De acordo com pesquisa do Instituto Trata Brasil, a renda 
per capta do Brasil aumentaria 6% se todos os brasileiros 
tivessem os serviços básicos. 
 
 Além disso, 11% das faltas do trabalhador estão 
relacionadas a problemas causados pela falta de 
saneamento. 
 
 217mil trabalhadores de afastam de suas atividades 
anualmente, devido a problemas gastrointestinais ligados 
à ausência de saneamento. 
 
3 – Consequências da falta de 
saneamento 
41 
 Ao ter acesso a rede de esgoto, um trabalhador 
aumenta sua produtividade e 13,3% e resulta em 3,8% 
de ganho salarial por diminuição das faltas. 
 
 A universalização dos serviços básicos valorizam em 
média 18% dos imóveis. 
 
 O estudo revela também que o saneamento melhora 
o rendimento escolar das crianças, pois reduz as faltas 
devido a internações. 
 
4- SANEAMENTO BÁSICO – Lei Federal 
11.445/2007 
42 
 Princípios: 
 UNIVERSALIDADE: TODOS tem direito à água 
potável e a viver em ambiente salubre por razões éticas e 
de saúde pública. 
 INTEGRALIDADE: atendimento pelos serviços de 
saneamento como um conjunto de ações; 
 O princípio da integralidade consiste em: 
 unir todas as ferramentas do Saneamento afim de 
possibilitar o acesso ao Saneamento, satisfação das 
necessidades da população e maximizar os resultados. 
 
 
4- SANEAMENTO BÁSICO – Lei Federal 
11.445/2007 
43 
 CONTROLE SOCIAL – Fiscalização por parte da 
sociedade em relação ao Saneamento Básico. 
 Ex: Denúncia da população sobre irregularidades. 
 
 SEGURANÇA – QUALIDADE – REGULARIDADE 
 
 EFICIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE 
ECONÔMICA - Atender a população respeitando 
peculiaridades locais. 
 Adoção de técnicas, métodos e processos de acordo com 
as particularidades locais e regionais 
4- SANEAMENTO BÁSICO – Lei Federal 
11.445/2007 
44 
 TRANSPARÊNCIA das ações - baseada em sistemas 
de informações e processos decisórios 
institucionalizados; 
 INTEGRAÇÃO das infra-estruturas e serviços com a 
gestão eficiente dos recursos hídricos. 
 ARTICULAÇÃO com as políticas de desenvolvimento 
urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e 
de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção 
da saúde e outras de relevante interesse social voltadas 
para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o 
saneamento básico seja fator determinante 
4- SANEAMENTO BÁSICO – Lei Federal 
11.445/2007 
45 
 DISPONIBILIDADE, em todas as áreas urbanas, de 
serviços de drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza 
e fiscalização preventiva das respectivas redes, adequados 
à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio 
público e privado; 
 
5- Sistemas de Esgotamento Sanitário 
46 
 5.1 – Esgotos – São constituídos por excretas humanas 
(fezes e urina), por águas servidas, procedentes do uso 
doméstico, comercial, industrial, e por águas pluviais. 
 Esgotos são compostos por diversos tipos de despejos: 
 Águas residuárias – Líquidos ou efluentes do sistema 
doméstico ou industrial; 
 Despejos domésticos – Despejos líquidos das habitações, 
estabelecimentos~comerciais, instituições e edf. Públicos; 
 Águas imundas – Águas residuárias que contém dejetos 
(matéria fecal); 
 Despejos industriais – Efluentes de operações industriais 
(processos); 
 Águas de infiltração – Parcela das águas do subsolo que 
penetra nas canalizações de esgoto. 
 
5- Sistemas de Esgotamento Sanitário 
47 
 Um Sistema de Esgoto Sanitário, é um conjunto de obras 
e instalações destinado a propiciar: 
 Coleta; 
 Afastamento; 
 Condicionamento (tratamento, quando necessário) e; 
 Disposição final sanitariamente adequada para as águas 
servidas de uma comunidade, para evitar a contaminação 
da população, do subsolo e dos lençóis subterrâneos. 
 
5- Sistemas de Esgotamento Sanitário 
48 
 Existem sistemas de esgoto: individuais e públicos. 
 
 Os sistemas individuais não são suficientes para o 
saneamento do meio; 
 Solução Ideal: SISTEMA PÚBLICO 
 
O sistema público de captação de esgotos possui 2 tipos: 
 Separador Absoluto 
 Separador Parcial 
 
5- Sistemas de Esgotamento Sanitário 
49 
 Sistema Separador Absoluto – A Canalização de 
esgoto e de águas pluviais são completamente separadas; 
 
 
 Sistema Separador Parcial – Mesmo com a 
canalização de águas pluviais separada dos demais 
despejos, esse sistema permite que a água das chuvas 
captada nos telhados e pelos ralos da pavimentação 
interna dos domicílios penetre na rede destinada aos 
líquidos residuais de outra origem. 
5.1 Sistema Individual 
50 
 Utilizado em zona rural, onde a densidade populacional é 
baixa e também em áreas urbanas não atendidas pelarede pública de esgotos; 
 Compreende p uso de fossas para a disposição final do 
esgoto domiciliar; 
 Os tipos de fossa utilizados são a séptica, a seca e a negra. 
 
5.1.1FOSSA SÉPTICA: É o mais indicado. Consiste em: 
Caixa de gordura, caixa de inspeção, uma fossa séptica e 
sumidouro. 
5.1.1 – Fossa Séptica 
51 
 Caixa de Gordura: Enterrada no solo, feita em 
concreto, impermeável e fechada com tampa 
 Serve para coletar as águas servidas da cozinha e tanque 
de lavar roupas antes que elas cheguem à fossa séptica. 
 Na caixa de gordura é realizada uma pré-sedimentação, 
eliminando-se parte da gordura misturada a essas águas. 
 Em seguida, elas vão para a caixa séptica, juntando-se ao 
esgoto das outras dependências. 
5.1.1 – Fossa Séptica 
52 
Casa 
esgoto 
e d c b a 
a – caixa de 
gordura 
b – caixa de 
inspeção 
c- caixa séptica 
d- sumidouro 
e- poço 
5.1.1 – Fossa Séptica 
53 
 Caixa de Inspeção – Feita em concreto, serve para 
inspecionar o fluxo de esgoto do vaso sanitário e reparar 
eventuais entupimentos da canalização; 
 Caixa séptica ou fossa – Construída em concreto, 
fechada, impermeável, enterrada no solo, com um 
dispositivo que permite sua limpeza periódica, recebe os 
dejetos provenientes de vasos sanitários, lavatórios, 
lavatórios, pias, tanques e ralos. 
 Nela, as matérias insolúveis do esgoto doméstico são 
sedimentadas, formando um lodo que sofre 
decomposição por meio da ação de bactérias anaeróbias. 
 
5.1.1 – Fossa Séptica 
54 
 Sumidouro – Destino final do esgoto doméstico. 
 Escavação de aproximadamente 4m de profundidade por 
1,5m de diâmetro, que deve ser construída a uma 
distância mínima de 20m do poço. 
 
 Esse buraco deve ser totalmente revestido nas laterais e 
no fundo por material filtrante (manta de feltro, Bidim, ou 
ainda, tela de náilon utilizada para mosquiteiro). 
5.1.1 – Fossa Séptica - Sumidouro 
55 
 Dentro dessa escavação, inserem tubos de concreto 
perfurado de 1m de diâmetro e preenche-se com areia 
grossa o espaço entre os tubos e o material filtrante 
colocado nas laterais e no fundo da escavação. 
 A areia e a tela funcionam como filtro para as águas que 
depositam dentro do tubo depois de tratadas pela fossa 
séptica. 
 Deve ser mantido constantemente fechado por uma 
tampa resistente. 
 
5.1.1 – Fossa Séptica 
56 
Aspectos sanitários: 
O sistema de fossa séptica, requer os seguintes cuidados: 
 Fazer a limpeza periódica das caixas de gordura, de 
inspeção e da fossa séptica em intervalos de seis meses a 
3 anos, dependendo do volume gerado; 
 Instalar tubo de ventilação com a ponta acima do telhado 
da casa, para a saída dos gases gerados. 
5.1.2 – Fossa Seca 
57 
 Destina-se à disposição direta e exclusiva de urina e fezes 
humanas, sem o uso de água para transportá-las. 
 Trata-se de uma escavação não profunda no terreno, com 
as seguintes características: 
 
 Ser construída em um plano mais baixo que o poço 
freático e no mínimo a 15m de distância deste; 
 
 Ter 0,80m de diâmetro por aprox. 2,5m de profundidade. 
5.1.2 – Fossa Seca 
58 
 Seu fundo deve ficar a pelo menos 1,5m acima do lençol 
freático, afim de evitar contaminações; 
 Ser protegida contra enxurradas, tendo na superfície 
paredes e cobertura de telhas 
 Não receber águas servidas da casa ( por isso o nome de 
“seca”) 
 Embora não tenha janelas, para evitar a concentração de 
moscas, ter ventilação constante na cobertura. 
 
 
5.1.2 – Fossa Seca 
59 
 Aspectos sanitários: 
 Se a fossa seca estiver em pontos mais afastados da 
comunidade (chácaras, sítios, etc), manter condições mínimas 
de segurança contra contaminações, como: 
 Manter sempre fechada com tampa de madeira ou de cimento; 
 Empregar desinfetantes como cal em pequenas quantidades 
para evitar exalação de mal cheiro; 
 Manter o local sempre na penumbra, com a porta fechada e 
sem nenhum obstáculo à ventilação proveniente da parte alta 
da construção, afim de evitar proliferação de moscas; 
 Usá-la somente até que os dejetos cheguem a cerca de 40 cm 
abaixo do nível do terreno, quando deve ser aterrada, abrindo-
se uma nova em outro local. 
5.1.3 – Fossa Negra 
60 
 É um tipo de fossa condenado do ponto de vista sanitário. 
 Escavação profunda, cujo fundo pode contatar o lençol freático 
ou se aproximar bastante dele; 
 Recebe dejetos humanos, além de outras águas residuárias por 
meio de canalização sanitária (vasos, lavatórios e pias). 
 Embora seja mais durável que a fossa seca, seu uso é 
desaconselhável, pois sua profundidade pode levar à 
contaminação do lenços freático; 
 É tolerável quando o abastecimento urbano não utiliza águas 
subterrâneas ou quando construída a 45m no mínimo do local 
de suprimento de água

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