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Fichamento 1 Jose de Assunção Barros

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA
GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM HISTÓRIA
MICHELE GUEDES DOS SANTOS
FICHAMENTO HISTÓRIA ECONÔMICA: CONSIDERAÇÕES SOBRE UM CAMPO DISCIPLINAR.
FEIRA DE SANTANA-BA
2018
 MICHELE GUEDES DOS SANTOS
FICHAMENTO HISTÓRIA ECONÔMICA: CONSIDERAÇÕES SOBRE UM CAMPO DISCIPLINAR.
Fichamento apresentado em cumprimento de uma das notas avaliativas do curso de Licenciatura em História, da Universidade Estadual de Feira de Santana- UEFS. Como conteúdo avaliativo da disciplina CHF199 Seminário interface: Economia e História, ofertada pelo Departamento de ciências humanas, ministrada pelo docente augusto Fagundes da Silva dos Santos
 FEIRA DE SANTANA-BA
 2018
BARROS, José D’Assunção. História Econômica: considerações sobre um campo disciplinar. Revista de Economia Política e História Econômica: nº 11, 2008.
O artigo do doutor em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), José D’Assunção Barros discute o campo historiográfico, os seus deslocamentos, a forma de examinar a extensão da economia nas sociedades. O texto está dividido em cinco partes, cada uma em relação ao campo disciplinar da história.
A primeira parte do artigo discute as principais transformações ocorridas na historiográfica nas últimas décadas. O autor fala que a economia é um campo de estudos historiográfico antigo e ao mesmo tempo atual. Para Barros, a economia é um campo de estudos historiográfico (história tradicional), aquela dita como factual ou história dos grandes homens e dos grandes acontecimentos. Com as inovações do século XX na historiografia, ainda mais por causa dos Annales, a economia deixou de ser somente uma parcela dos complexos político-sociais e se torna um campo da história interdisciplinar. 
Posto isto, consideraremos que, de todo modo, a História Econômica já se constitui efetivamente em um campo histórico bastante antigo – “antigo”, porém, muito longe da possibilidade de ser taxado de “inatual”. Esta combinação de “antiguidade” com “atualidade” tem a sua história. (BARROS, 2008, p.6)
É a partir de 1930 que a História Econômica se consolida como campo historiográfico específico ou uma disciplina dentro da história que passou a misturar economistas e historiadores. Dentro desta mistura, passaram a ter um diálogo pertinente as ciências sociais e com isso a história econômica passa a ter uma interdisciplinaridade com outras áreas como a antropologia, sociologia, geografia, e também de lutar contra a velha história política.
Foi pra refletir a história econômica como um campo “intradisciplinar” dentro da história, é que Barros nesse artigo examina os aportes teóricos, as técnicas, referenciais teóricos e até algumas correntes especificas dentro das ciências econômicas que passa a ser chamada de história econômica.
Uma outra questão levantada é sobre as origens da historiografia e seu desempenho posterior nos estudos da história econômica e seus conceitos e noções
Um ponto de partida será discutir algumas noções fundamentais que fundam esta modalidade historiográfica desde suas origens, e outras noções que se desenvolveram posteriormente no seio dos estudos de História Econômica como noções e conceitos importantes. (BARROS, 2008, p. 9)
E a primeira noção levantada é sobre “sistemas econômicos” que seria o objeto de estudo dos historiadores e economistas interessados em examinar os diversos fatos econômicos relevantes dentro de uma sociedade historicamente que pede por uma reflexão.
Em outro tópico José D’Assunção Barros, ao citar Witold Kula diz que “um sistema econômico é (...) um conjunto de dependências econômicas reciprocamente ligadas que (...) surgem mais ou menos ao mesmo tempo e se desfazem, também, aproximadamente ao mesmo tempo.” (BARROS,2008, p.10) Ou seja, pra Barros, sistema econômico seria um conjunto que integra alguns fatos econômicos. 
Os Sistemas Econômicos (S.E.) estão relacionados com o surgimento das sociedades e seu deslocamento na história (em seu tempo), mas não são realidades estáticas e eternas, segundo, José D’Assunção Barros. Os S.E. têm dinâmica própria e tendem a se transformar, em algum momentos em que algo que eram na origem e que esse sistema possui uma historicidade. Assim como um S.E. é variante no limiar tempo, num tempo pode não haver um sistema econômico específico, ou seja, por mais que um S.E. esteja diretamente relacionada com a economia dos sujeitos desse tempo, dizer de seus proventos e lucros, esta pode não ser exclusiva de adoção desses que estão em seus tempos. 
A História nos ajuda a compreender melhor este fato que parece paradoxal. Quando um fato paradoxal desses é visto dentro de seu contexto histórico passa-se a entende-los melhor, pois de outra forma, como poderia um sujeito promover ações que não lhe sejam favoráveis do ponto de vista econômico? Uma dessas situações desvantajosas pode ser explicada, por exemplo, pelo simples fato de o indivíduo desejar manter um status perante sua sociedade.
Um outro ponto é sobre o processo transitório da visão economicista em que a figura do historiador econômico entra para traçar e problematizar as “linhas” de acontecimentos, buscando levantar os benefícios e prejuízos de uma ação econômica nas vidas dos assalariados, por exemplo. Em outras palavras, problematizam o quanto se pode todas as “questões” relacionadas à Economia social desta forma a Histórica Econômica torna-se mais complexa. 
Nesta nova perspectiva novas instituições são instauradas. Instituições estas que estavam exógenas aos sistemas econômicos e que passam a se integrar a elas ex.: institucionalização de âmbito social que é integrada à parte endógena do S.E. Assim também como se criam novas instituições provindas do próprio sistema econômico que atendam às preocupações sociais.
Ao falar sobre fontes e métodos, Barros diz que elas estão disponíveis para os historiadores econômicos no advento da quantificação e da serialização no levantamento de analises das fontes e dados da história econômica. A noção de série segundo o autor seria 
 Um determinado conjunto de fontes estabelecido pelo historiador com vistas à quantificação e serialização de dados, sendo estas fontes necessariamente assinaladas por uma relação de ‘continuidade’ e, frequentemente, abundantemente disponíveis para o historiador (pelo menos em modalidades como a História Econômica e a História Demográfica). Além deste requisito de que as fontes constitutivas da série conservem uma relação de continuidade (isto é, sem lacunas que afetem a constituição da série), estas devem ser ainda ‘homogêneas’ – isto é, de uma mesma natureza. (BARROS, 2008, p. 30-31)
O outro conceito no artigo é sobre métodos e abordagens estáticas das séries o qual segundo ele, as abordagens de caráter estatístico das fontes seriais pelo historiador econômico dão origem à História Serial ou Quantitativa. Esta quantificação à História tem início no estudo da história dos preços e que Labrousse fez amplos estudos sobre a variação dos preços na França do Séc. XVIII, utilizando-se de fontes oficiais e de outros registros contábeis (não oficiais).
Todas as correntes inseridas na história econômica tem usado a quantificação, e tanto a serialização como a quantificação estão incorporados como aspectos importantes na área de trabalho do historiador econômico hoje em dia. O outro exame analisado é sobre os limites, riscos e objetivos privilegiados dentro da história econômica: o anacronismo. Que dentro da história econômica ele seria o principal, o fundador dentro de todos os anacronismos, “é o de importar indevidamente para uma determinada sociedade historicamente localizada um sistema ou uma racionalidade econômica que são os de nosso tempo”. (BARROS, 2008, p. 35), ou seja, transportar indevidamente para um determinadasociedade localizada em um sistema ou racionalidade econômica noções do tempo presente.
Outro fato mencionado no texto é sobre a “ilusão de sincronicidade” a qual a ideia é que a economia nacional progridem ou regridem ao mesmo tempo por exemplo. E que o historiador deve se afastar da ilusão do modelo globalizador único que unem todos os indivíduos inseridos em uma determinada sociedade, diferente do que aconteceu na historiografia brasileira.
O historiador, aqui, deve estar pronto para se afastar da ‘ilusão do modelo globalizador único’, da generalização que busca submeter indevidamente todas as regiões e práticas inseridas em uma determinada sociedade, como ocorreu na historiografia brasileira de certa época, por exemplo, com a generalização de um Modo de Produção escravista-Colonial baseado quase que totalmente em uma monocultura exportadora, sem considerar seja as especificidades de cada região, seja os mercados internos ou as interações entre os elementos internos da economia colonial da América Portuguesa.(BARROS, 2008, p. 35-36)
Um dos riscos da quantificação dentro da história econômica pra muitos teóricos, é o “fetiche da quantificação”, que é a quantificação por ela mesma, não como meio para se chegar a alguma interpretação, conclusão, mas como fim. Uma história econômica que se limite a descrever as informações quantificadas.
Um outro ponto no artigo é sobre a história econômica no Brasil que desde os anos 1930 a História Econômica tem sido um campo frequente dos historiadores, com a tendência de descobrir ou formular um modelo econômico exclusivo que se adéque às situações nacionais. Os trabalhos posteriores à década de 1970 têm caráter diferente, fogem da serialidade que tinha-se outrora.
Alguns historiadores econômicos brasileiros, são importantes para a investigação regionais localizadas na época da escravidão, até sobre a industrialização brasileira. Barros examinou através de alguns historiadores períodos da economia brasileira desde o Brasil colônia apresentando números levantados no ajuste e reajuste em relação a economia internacional e que a economia brasileira mesmo atrelada a internacional tem seus próprios ritmos.

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