Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
P R O F . M S C . L U C I A N E K A T R I N E POSIÇÕES CIRÚRGICAS ENFERMAGEM CIRÚRGICA POSIÇÃO CIRÚRGICA É aquela em que o paciente é colocado, depois de anestesiado, para ser submetido à intervenção cirúrgica, de modo a propiciar acesso fácil ao campo operatório. o É imprescindível verificar se não há: Compressão dos vasos; Órgão; Nervos; Proeminências ósseas; Contato direto do paciente com partes metálicas da mesa; Hiperextensão dos membros; Fixação incorreta da mesa e do paciente. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) CORRETO ALINHAMENTO DESSAS REGIÕES Estabilidade e Fixação Cabeça Tronco Membros (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) ATENÇÃO ENFERMAGEM PARA O CONFORTO DO PACIENTE • Evitar pressão sobre tecidos finos ou proeminências ósseas. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) DECÚBITO DORSAL OU SUPINA É aquela em que o paciente se encontra deitado de costas, com as pernas estendidas e os braços estendidos e apoiados em talas. O dorso do paciente e a coluna vertebral estão repousando na superfície do colchão da mesa cirúrgica. Ex. Cesariana; Cirurgia Craniana; Torácica; Peritoneal; Tireoidectomia. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES Decúbito dorsal: do Débito Cardíaco e da perfusão sistêmica MMII abaixo do nível do coração. Céfalo-aclive: pressão de perfusão cerebral conforme grau de elevação da cabeça. A pressão venosa fica subatmosférica na cabeça e pescoço. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES Céfalo-declive: a pressão das veias cerebrais aumenta conforme o gradiente abaixo do coração. Cefaléia rápida e intensa. Há do débito cardíaco. Aumenta consumo de O2 pelo miocárdio Em cardiopatas: No pós – operatório: Risco dor anginosa e isquemia. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) ALTERAÇÕES RESPIRATORIAS Decúbito dorsal: No indivíduo adormecido: queda de 300ml do volume pulmonar total e 200ml da capacidade vital. Queda do volume expiratório de reserva (elevação do diafragma por vísceras, congestão venosa pulmonar e flexão dos ombros diminuição da eficácia dos músculos respiratórios). (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) ALTERAÇÕES RESPITATORIAS Céfalo-declive: a árvore vascular pulmonar recebe volume extra de 600ml porção dorsal do pulmão com pressão venosa > pressão alveolar capacidade vital. Céfalo-aclive: volume inspiratório menos restrito pelo peso abdominal, menos esforço, menos pressão. inspiratória (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) COMPLICAÇÕES DECÚBITO DORSAL Céfalo-aclive: Embolia aérea; Hipotensão; Edema de face, de língua, de pescoço (obstrução linfática e venosa); Lesão do nervo ciático (semi-sentados); Tetraplegia (hiperflexão); Istabilidade térmica. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) COMPLICAÇÕES DECÚBITO DORSAL Decúbito dorsal: Hipotensão postural depressão dos mecanismos de vasocompensação; Necrose isquêmica de pontos de pressão; Lesão do plexo cervical hiperextensão da cabeça; Alopécia; Lesão do nervo radial e ulnar; Lesões do braço, dos dedos; Lombalgia. MEEKER, et al, 1997; POSSARI, 2004 DECÚBITO VENTRAL OU PRONA O paciente fica deitado de abdômen para baixo, com os braços estendidos para frente e apoiados em talas. O sistema respiratório fica mais vulnerável na posição de decúbito ventral. Ex. Cirurgias da coluna, Hérnia de disco; Ânus; Reto; Hemorroidectomia. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES Decúbito ventral: Compressão das vísceras, compressão de vasos mesentéricos e paravertebrais. Céfalo-declive: Congestão facial em pescoço, edema conjuntival. Céfalo-aclive: do DC a 20-40% do volume sistólico do tônus simpático (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) DECÚBITO LATERAL OU SIMS O paciente permanece em decúbito lateral, esquerdo ou direito, com a perna que está do lado de cima flexionada, afastada e apoiada na superfície de repouso. Ex. Cirurgias do sistema renal; retirada de rins. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) DECÚBITO LATERAL OU SIMS Decúbito lateral Aumento da ventilação alveolar; Queda da capacidade residual de ventilação (atelectasias); Aumento da absorção de O2; Por desvio de estruturas mediastinais, peso arcabouço; costal e peso visceral abdominal. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) COMPLICAÇÕES DECÚBITO LATERAL Decúbito lateral: Hipotensão; Lesão do plexo braquial; Síndrome do estreito torácico; Lesão de olhos e de ouvidos; Lesões das mamas; Coluna instável; Compressão do tórax e do mediastino; Compressão abdominal, perineal; Lesão de estomas viscerais. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) POSIÇÃO DE LITOTÔMIA OU GINECOLÓGICA O paciente permanece em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas e apoiadas em perneiras acolchoadas, e os braços estendidos e apoiados. Ex. Histerectomia vaginal; Perineoplástia. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) POSIÇÃO TRENDELENBURG É uma variação da posição de decúbito dorsal onde a parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados. Mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal. Ex. Posição utilizada para cirurgias de órgãos pélvicos, Laparotomia de abdomên inferior. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) POSIÇÃO TRENDELENBURG Utilizada também para o aumento do fluxo sanguíneo arterial para o crânio e o aumento da pressão arterial. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) POSIÇÃO TRENDELENBURG REVERSO Mantém as alças intestinais na parte inferior da cavidade abdominal. Reduz a pressão sanguínea cerebral. Ex. Posição utilizada para cirurgias de abdômen superior e cranianas. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) POSIÇÃO FOWLER OU SENTADA O paciente permanece semi-sentado na mesa de operação. Posição utilizada para conforto do paciente quando há dispnéia. Ex. Dreno de Tórax; Cirurgia de Mamoplastia . (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) POSIÇÃO DE CANIVETE (KRASKE) O paciente se encontra em decúbito ventral, com as coxas e pernas para fora da mesa e o tórax sobre a mesa, a qual está levemente inclinada no sentido oposto das pernas, e os braços estendidos e apoiados em talas. Ex. Hemorroidectomia; Fissura e Fístula Anais; Retirada de corpo estranho. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004) ATENÇÃO ENFERMAGEM Cuidados no pós operatório : Manusear o paciente anestesiado com movimentos firmes e lentos, pois a mudança repentina de posição pode levar à queda da PA; Ao se retirar o paciente da posição ginecológica, deve-se ter cuidado de descer alternadamente as pernas, afim de prevenir o afluxo rápido de sangue para os membros inferiores, podendo causar também a queda da PA; Manter a cabeça voltada para um dos lados quando o paciente permanecer em decúbito dorsal, com um cânula de Guedel na boca sempre que possível, afim de prevenir aspirações de secreções. Observar o posicionamento correto das infusões e drenagens; MEEKER, et al, 1997; POSSARI, 2004 AMOSTRA DE UM PLANO DE ASSISTÊNCIA EM POSICIONAMENTO CIRURGICO PLANO DE CUIDADODE ENFERMAGEM DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM RESULTADO INTERVENÇÕES (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004 TANURE, 2007) DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM Risco para traumas relacionados com a pressão de sustentação e desalinhamento de área corporais especificas durante a cirurgia. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004 TANURE, 2007) DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM Traumas por Pressão. Ulceras decorrente de umidades. Posicionamento das extremidades. Ponto da Placa eletrocirúrgica. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004 TANURE, 2007 7 RESULTADO O paciente ficará livre de traumas relacionado ao posicionamento. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004 TANURE, 2007 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Verificar a mesa de operação quanto ao funcionamento adequado. Reúna auxílios de posicionamento. Mantenha o alinhamento corporal adequado. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004 TANURE, 2007 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Colocar faixas de segurança 5 cm acima do joelho do paciente, sempre posicionando a fivela na lateral do paciente. Acolchoe e proteja as proeminências ósseas . Proteger pontos de pressão e nervos vulneráveis.. (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004 TANURE, 2007 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Registre com detalhes a posição do paciente. Incluindo: Tipo e localização da contenção; Posição das extremidades; Tipo e Localização dos auxiliares de posicionamento; Ponto da Placa Eletrocirúrgica (MEEKER, et al., 1997; POSSARI, 2004 TANURE, 2007 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Acolchoar os pontos de pressão; Colocar impermeáveis e lençóis para evitar que a mesa fique umidade decorrente da cirurgia; Colocar bolsas de água ou almofadas nas extremidades; Escolher o local com mais musculo para colocar a Placa Eletrocirúrgica. Utilizar cobertor para conter a umidade; Mudança de posicionamento durante o procedimento. MEEKER, et al, 1997; POSSARI, 2004 TANURE, 2007 REFERÊNCIAS PARA CONSULTA MEEKER, M.H. ROTHROCK, JK. Alexander, cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico. 10 ed. Editora Guanabara; Rio de Janeiro ,1997. POSSARI; J. F. Centro Cirúrgico, planejamento, organização e gestão. 1 ed. Editora Iátria, São Paulo; 2004. VOCÊS NÃO VÃO DORMIR... VAMOS TREINAR!!! EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 1. Defina posição cirúrgica. 2. Descreva detalhadamente todas as posições cirúrgicas. 3. Descreva quais cuidados devemos ter ao se retirar o paciente da posição cirúrgica.
Compartilhar