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Direitos da Personalidade

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1 
 
2.3. Direitos da Personalidade: são direitos subjetivos que têm por objeto os bens e 
valores essenciais da pessoa, no seu aspecto físico, moral e intelectual. 
Natureza jurídica e características: é direito subjetivo. São direitos indisponíveis (o 
indivíduo pode ceder o exercício do direito, não a titularidade). São absolutos, 
imprescritíveis, extrapatrimoniais, essenciais, inatos, permanentes ou vitalícios. São 
inerentes à pessoa, intransmissíveis, inseparáveis, personalíssimos. 
Objeto e titularidade: objeto é o bem jurídico da personalidade. Titulares são todos os 
seres humanos, desde a concepção. Extingue-se com a morte, o que não impede o 
reconhecimento de manifestações da personalidade post-mortem. A pessoa jurídica 
também é titular de direitos da personalidade. Aos estrangeiros residentes no país 
também se reconhece a titularidade dos direitos de personalidade, em função do 
princípio da igualdade. 
2.3.1. Classificação: integridade física (vida, corpo, órgãos, cadáver, submeter-se ou 
não a exame e tratamento médico), integridade moral (honra, liberdade, intimidade, 
imagem, nome) e integridade intelectual (moral – direito do autor; patrimonial – direito 
de dispor da obra). Não há uma previsão taxativa dos direitos da personalidade. Existe 
uma cláusula geral que assegura proteção plena e eficaz à pessoa humana (art. 1º, III, 
CF), que permite que novos e eventuais valores incorporados à personalidade tenham 
tutela. 
(i) direito à vida e à integridade física: a vida é bem jurídico fundamental. A 
integridade física é a incolumidade do corpo humano. O corpo humano é considerado 
um bem jurídico, que o direito reconhece e protege. 
Arts. 13 a 15. O titular pode dispor do próprio corpo, desde que não cause diminuição 
permanente da integridade física e não gere ofensa aos bons costumes. 
O transplante: são admitidos atos de disposição de partes do corpo humano, vivo ou 
morto, a título gratuito, se não causar prejuízo ao titular e tendo em vista um fim 
terapêutico, altruístico ou científico (arts. 13 e 14). O ato é plenamente revogável a 
qualquer momento. 
Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico 
ou a intervenção cirúrgica (art. 15). É o princípio da autonomia do paciente 
(consentimento informado), impondo aos profissionais de saúde que não atuem sem 
anterior autorização do próprio interessado. 
(ii) direito à integridade moral: proteção conferida aos atributos psicológicos 
relacionados à pessoa, tais como a sua honra, a liberdade, o recato, a imagem, a vida 
privada e o nome. 
2 
 
O direito à imagem: art. 20, CC. É o direito que a pessoa tem de não ver divulgado o 
seu retrato sem a sua autorização, salvo nos casos de notoriedade ou exigência de 
ordem pública. 
O uso indevido da imagem alheia ensejará dano patrimonial sempre que for explorada 
comercialmente sem autorização ou participação do seu titula no ganho através dela 
obtido, ou quando a indevida exploração lhe acarretar algum prejuízo econômico, como 
a perda de um contrato de publicidade. Dará direito a dano moral quando a imagem for 
utilizada sem a sua autorização ou, ainda, de forma humilhante, vexatória, 
desrespeitosa, acarretando dor, sofrimento, vergonha ao seu titular. 
Uso da imagem de pessoa falecida: a imagem extingue com a morte, o que a torna 
intransmissível física e juridicamente. Mas, a imagem, dependendo da notoriedade de 
seu titular, pode produzir e projetar efeitos jurídicos para além da morte, afetando os 
sucessores do de cujus. O parágrafo único do art. 20, CC autoriza: em se tratando de 
morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer a proteção o cônjuge, os 
ascendentes ou os descendentes. 
(iii) direito à vida privada: art. 21, CC. Vida privada é o refúgio impenetrável pela 
coletividade. É o direito de viver a sua própria vida em isolamento, não sendo 
submetido à publicidade que não provocou, nem desejou. Exemplo de violação: quebra 
de sigilo bancário, fiscal, telefônico ou de correspondência. 
(iv) direito à integridade intelectual: proteção à liberdade de pensamento e ao direito 
autoral de personalidade (direito que o autor tem de ligar seu nome à sua obra). 
(v) direito ao nome: a pessoa deve ser reconhecida em sociedade por denominação 
própria, que a identifica e diferencia. Assim, o nome civil é verdadeiro atributo da 
personalidade, consistente no direito à identificação. 
Art. 16: toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o 
sobrenome. 
Características: é absoluto, obrigatório, indisponível, exclusivo (só para as pessoas 
jurídicas, já que é impossível evitar pessoas com o mesmo nome), imprescritível, 
inalienável, intransmissível e irrenunciável. 
Elementos componentes no nome civil: o nome das pessoas naturais é formado pelo 
prenome e sobrenome (ou patronímico ou de família). Existe, ainda, o agnome, que é 
destinado a servir de complemento ao nome, indicando o grau de parentesco ou o grau 
de geração (exemplo júnior, neto). Adquire-se o prenome e o sobrenome com o assento 
do nascimento no Registro Civil de Pessoas Naturais. Os filhos reconhecidos assumem 
o nome de família de ambos os pais. 
3 
 
O pseudônimo, adotado para atividades lícitas, goza da mesma proteção do nome. 
Alteração do nome: o prenome é definitivo, salvo: no caso de evidente erro gráfico; 
quando, suscetível de expor ao ridículo o seu portador, não tenha sido impugnado pelo 
oficial do registro; no caso de adoção; para inclusão ou modificação de apelido 
público notório, também chamado de hipocorístico (exemplo Luiz Inácio Lula da 
Silva); pelo uso prolongado e constante de nome diverso. 
Caso especial: o nome pode ser alterado durante o primeiro ano após a maioridade 
civil, sem qualquer justificativa, desde que não prejudique nomes de família e não cause 
prejuízo a terceiros ou à coletividade. 
O patronímico é mutável em virtude de causas necessárias ou voluntárias: adoção; 
pelo casamento, quando é facultado a qualquer dos nubentes acrescer o nome do outro; 
pela separação judicial ou divórcio. 
O nome comercial: é a designação utilizada pelo comerciante, pessoa natural ou 
jurídica, no exercício do comércio. Pode ser firma comercial ou denominação social. O 
direito brasileiro adota o critério da veracidade da firma, segundo o qual a firma do 
comerciante individual só pode conter o seu próprio nome civil, completo ou abreviado. 
O das sociedades, por sua vez, não pode conter nome de quem não seja sócio. 
Proteção do nome comercial: é limitada à área empresarial em que atua e à área de 
atuação. 
Proteção jurídica do nome civil: arts. 17 e 18, CC. 
2.3.2. Proteção jurídica: a tutela jurídica dos direitos da personalidade tem natureza 
constitucional, civil e penal, tendo como suporte o princípio fundamental da dignidade 
da pessoa humana. 
Art. 12: pode-se exigir que cesse a ameaça ou a lesão a direito da personalidade e 
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sacões previstas em lei. 
Se a pessoa ofendida em sua personalidade estiver morta, o cônjuge sobrevivente ou 
qualquer parente em linha reta ou colateral até o quarto grau pode requerer que cesse 
a ameaça ou a lesão ao direito. 
Em se tratando de direito à imagem, a legitimidade é do cônjuge sobrevivente, os 
ascendentes ou descendentes (art. 20). 
2.4. Pessoa jurídica: é uma unidade de pessoas naturais ou patrimônios, que visa a 
consecução de certos fins, reconhecida essa unidade como sujeito de direitos e 
obrigações. 
Elementos caracterizadores: vontade humana que lhe dá origem; organização de 
pessoas ou destinação de um patrimônio afetado a um fim específico; licitude dos seus 
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propósitos;capacidade jurídica reconhecida pela norma jurídica; atendimento das 
formalidades legais. 
Características: personalidade jurídica distinta da de seus instituidores (adquirida a 
partir do registro de seus estatutos), patrimônio distinto do de seus membros, existência 
jurídica diversa de seus integrantes, capacidade de fato e de direito. 
Classificação: 
Quanto à nacionalidade: nacional ou estrangeira, de acordo com o critério do lugar 
de sua constituição. 
a) pessoa jurídica de direito público: são marcadas pela presença fundamental e 
preponderante do Poder Público. Podem ser divididas em pessoa jurídica de direito 
público interno (União, Estados, Município, Distrito Federal e Territórios, Autarquias, 
inclusive as associações públicas e demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Art. 41) e pessoa jurídica de direito público externo (Estados estrangeiros e todas as 
pessoas que forem regidas pelo direito internacional público: ONU, UNESCO, FMI 
BIRD, FAO, OMS. Art. 42). 
b) pessoa jurídica de direito privado: são as associações, fundações, sociedades, 
organizações religiosas, partidos políticos e as empresas individuais de 
responsabilidade limitada (EIRELI).

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