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Tipos de Pessoas Jurídicas

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2.4.1. Espécies de Pessoas Jurídicas 
2.4.1.1. Associações: São pessoas jurídicas de direito privado que se constituem para a 
realização de fins não econômicos. A lei não veda o lucro nas associações, mas a sua 
divisão entre os associados. Os fins podem ser literários, pios (caridosos), esportivos, 
acadêmicos, etc. Só não é possível a associação de caráter paramilitar (art. 5º, XVII, 
da CF). 
Caracterizam-se pelo seu aspecto eminentemente pessoal. 
As associações são regidas por um estatuto social. 
Não há entre os associados direitos e obrigações recíprocos. A qualidade de associado, 
em regra, é intransmissível, salvo se o estatuto trouxer norma diversa (art. 56). Há 
igualdade de direitos entre os associados, mas o estatuto pode instituir categorias com 
vantagens especiais (art. 55). 
Exclusão de associado: ato pelo qual ele é afastado ou retirado do corpo associativo. Só 
é admitida havendo justa causa, prevista no estatuto, ou por motivo de reconhecida 
gravidade, mediante procedimento em que se assegure ao associado o direito de defesa 
e de recurso (art. 57). 
As deliberações são tomadas em assembleia geral. 
Ela extingue-se por acordo de vontades entre os associados ou por determinação 
judicial, caso venha a realizar atividade ilegal. Dissolvida a associação, o 
remanescente do seu patrimônio líquido será destinado à entidade de fins não 
econômicos designada no estatuto. 
2.4.1.2. Sociedades: São pessoas jurídicas que visam o lucro, com o objetivo de 
reparti-lo entre os sócios. Podem ser sociedades simples, quando o seu objeto não 
disser respeito a uma atividade típica de empresário, ou empresariais, quando tendem 
ao exercício de atividade mercantil, relacionada com atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens e serviços. 
2.4.1.3. Fundações: são organizações com patrimônio afetado por uma finalidade 
específica determinada pelo instituidor, com personalidade jurídica atribuída pela lei. 
A sua criação deve ser feita por meio de escritura pública ou testamento (art. 62). Seus 
fins devem ser de natureza moral, religiosa, cultural ou assistencial e são imutáveis. 
Fases de criação: a) dotação ou instituição: compreende a reserva de bens livres, por 
ato inter vivos ou causa mortis; b) elaboração do estatuto: poderá ser feita diretamente 
pelo instituidor ou de modo fiduciário, quando a elaboração é confiada a terceiro; c) 
aprovação do estatuto: após elaborado, o estatuto deve ser aprovado pela autoridade 
competente; d) registro: no cartório de pessoas jurídicas. 
Seu funcionamento é fiscalizado pelo Ministério Público (art. 66). 
Extinção: extingue-se vencido o prazo de sua existência ou tornando-se ilícita, 
impossível ou inútil a sua finalidade. 
2.4.1.4. Partidos Políticos: serão organizados e funcionarão conforme o disposto em 
lei específica (Lei 9.096/95). 
2.4.1.5. Organizações Religiosas: são livres a criação, a organização, a estrutura 
interna e o funcionamento, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento 
ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
2.4.1.6. EIRELI: É um novo ente jurídico personificado. É criação da lei que pretende 
estabelecer uma bifurcação do patrimônio do empresário individual em dois diferentes 
campos: o patrimônio da pessoa física e o patrimônio da pessoa jurídica. 
2.4.2. Constituição da pessoa jurídica: começo de sua existência: A pessoa jurídica 
de direito público adquire personalidade jurídica pela lei. A pessoa jurídica de direito 
privado adquire a personalidade com o registro do seu ato constitutivo no órgão 
competente (art. 45). 
Administração da pessoa jurídica: Os atos praticados pelos administradores, 
exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo, obrigam a pessoa 
jurídica. Se a sua administração for coletiva, as decisões serão tomadas pela maioria 
de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. Decai em 3 
anos o direito de anular as decisões tomadas pela maioria nos casos de violação da lei 
ou do estatuto, ou quando forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude. 
2.4.3. Entes despersonalizados: sociedade irregular, sociedade de fato, massa falida, 
espólio, condomínio. Apesar de não terem personalidade jurídica, podem ser sujeitos de 
direito (celebrar contratos, por exemplo). 
2.4.4. Extinção da pessoa jurídica: A pessoa jurídica de direito público que se 
constitui mediante lei, extingue-se, também, pela lei. 
A pessoa jurídica de direito privado extingue-se: a) dissolução convencional: pelo 
decurso de prazo (se foi constituída por prazo certo); pela deliberação da unanimidade 
dos sócios; pela deliberação da maioria absoluta dos membros; b) dissolução legal: 
pela falta de pluralidade de sócios, quando não vier a ser reconstituída em 180 dias; 
quando, constituída para atingir determinado desiderato, sua finalidade tenha sido 
atingida ou tenha se tornado ilícita ou impossível; c) dissolução administrativa: pela 
perda de autorização para funcionar (quando for necessária a autorização do governo 
para sua constituição);d) dissolução judicial: pela verificação de ser nociva ou 
impossível a sua manutenção, por decisão judicial, em ação movida pelo Ministério 
Público ou pelo interessado. 
2.4.5. Desconsideração da Personalidade Jurídica: é a permissão judicial para 
responsabilizar civilmente o sócio, nas hipóteses nas quais for o autêntico obrigado ou 
o verdadeiro responsável, em face da lei ou do contrato. Quando utilizar a pessoa 
jurídica para a prática de atos abusivos ou fraudulentos. O juiz desconsidera, no caso 
concreto, a personalidade jurídica da empresa, tal como se a pessoa jurídica não 
existisse, atribuindo aos sócios a responsabilidade (art. 50). 
Requisitos: abuso de direito: desvio de finalidade ou confusão patrimonial. É possível 
a desconsideração inversa para responsabilizar a sociedade por atos praticados pelos 
sócios, quando agiram ostensivamente ocultando os seus bens na sociedade. 
2.4.6. Domicílio: pessoa jurídica de direito público: a União tem domicílio no Distrito 
Federal; os Estados e Territórios, nas respectivas capitais; os Municípios, no lugar 
onde funcione a administração municipal. A pessoa jurídica de direito privado tem 
domicílio em sua sede jurídica. 
Domicílio natural: decorrente do funcionamento da diretoria ou administração, ou de 
suas filiais, sucursais. 
Domicílio legal: decorre do art. 75, § 2º: se a administração ou diretoria tiver a sede no 
estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações 
contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a 
que ela corresponder. 
Domicílio convencional: fixado no ato constitutivo, regularmente registrado. 
É possível a pluralidade de domicílios. 
A pessoa jurídica de direito público será representada judicialmente na forma do art. 
12, do CPC. A pessoa jurídica de direito privado será representada judicialmente pela 
pessoa indicada nos seus estatutos. 
Os atos praticados pelos administradores, se exercidos nos limites de seus poderes 
definidos no ato constitutivo, obrigam a pessoa jurídica (art. 47).

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