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SAÚDE E PSICOLOGIA DA SAÚDE

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SAÚDE E PSICOLOGIA DA SAÚDE 
 A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social 
e não somente ausência de afecções e enfermidades”. 
 É mais um valor da comunidade que do indivíduo. 
 É um direito fundamental da pessoa humana 
 Deve ser assegurada sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição socioeconômica. 
 É um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de outrem e, 
solidariamente, com todos. 
 Década de 60: Saúde era: 
 A perfeição morfológica, 
 A harmonia funcional, 
 A integridade dos órgãos e aparelhos, 
 O bom desempenho das funções vitais; 
 O vigor físico e o equilíbrio mental. 
 Visão restrita ao indivíduo. 
 Hoje, saúde sai da visão do individual para a relação do indivíduo com o outro, com o trabalho e com a comunidade. 
 Doença: um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando o seu estado normal de saúde. 
 Em geral, é caracterizada como ausência de saúde, um estado que ao atingir um indivíduo provoca distúrbios das 
funções físicas e mentais. Pode ser causada por fatores exógenos (externos, do ambiente) ou endógenos (internos, do 
próprio organismo). 
 “A história das doenças sempre esteve intimamente ligada ao contexto social, produzindo significados que vão além de 
suas características biológicas, e são, sobretudo, fruto de um fenômeno cultural. As enfermidades revelam muito sobre 
as crenças, os costumes, as identidades, as organizações social e política, além da moral, e, por isso, sua compreensão 
tem sido cada vez mais ampliada para além do discurso médico-científico. “Assim como a história, a doença, como 
fenômeno social, também é uma construção”. 
 O conceito de DOENÇA ao longo da História... 
 O homem teve sempre de lidar com as doenças, desafiando a morte e construindo formas para controlá-la.. 
 Nas civilizações primitivas, a doença era um conceito subjetivo baseado em superstições e medos, traduzindo-se em 
fatores de natureza intrapsíquica. 
 O tratamento das doenças tinha a sua origem em métodos sobrenaturais e não científicos; se a doença persistia 
optava-se por um outro método sobrenatural. 
CONCEITO BASEADO EM ALGUMAS TEORIAS: 
 Teoria Demoníaca: Conceito dos mais primitivos, origem nos tempos pré-históricos, mas que ainda persiste em várias 
sociedades/grupos tribais. Os demônios introduziam-se no indivíduo, devorando a carne e os ossos a menos que 
fossem libertados por feitiços: açoitar o corpo, rezar, ingestão de poções "mágicas”, encantamentos e até mesmo 
sacrifícios de animais. 
 A Ira de Deus: conceito de doença, contemporâneo da teoria demoníaca era de que a doença é uma forma de 
expressão da Ira de Deus, o qual sendo um ser tão perfeito tem a necessidade de punir todas as imperfeições. 
 Teoria Hipocrática: Hipócrates foi o primeiro a considerar uma base racional para as doenças, em substituição de 
causas sobrenaturais. Alterou o conceito de que a doença é o resultado da punição dos deuses e estabeleceu a relação 
entre o aparecimento de doença e as precárias condições ambientais. 
 Na Antiga Grécia, acreditava-se que no Universo existiam quatro substâncias: quente, frio, úmido e seco. 
 Cada substância correspondia a um de quatro humores (fluidos) básicos do corpo: bile amarela e negra, fleuma e 
sangue. A Saúde era equilíbrio entre os diferentes humores. A Doença era o excesso/deficiência de um ou vários 
humores. Tratamentos mais utilizado era a sangria, efetuada pelo corte de um vaso sanguíneo ou pela aplicação de 
sanguessugas, que dariam ao doente um novo estado de equilíbrio. Hipócrates concluiu que estes quatro humores 
eram influenciados por fatores externos (clima, umidade, velocidade do vento, solo e chuvas) ou internos 
(envelhecimento). O indivíduo sofria influências do meio ambiente, biológico ou físico, e a Doença não era um processo 
que surgia ao acaso, mas que parecia ser mais prevalente em certas épocas do ano e entre vários grupos. A influência 
de Hipócrates persistiu na Europa até ao século XVII! 
 Teoria Miasmática: Prevalente durante a Idade Média. Acreditava-se que a doença era causada por certos odores 
venenosos, gases ou resíduos nocivos (do grego miasma, mancha) que se originavam na atmosfera ou a partir do solo. 
Essas substâncias seriam posteriormente arrastadas pelo vento até a um possível indivíduo, que acabaria por 
adoecer. O conceito miasmático irá ser responsável por algumas medidas de Saúde Pública, tais como o enterro dos 
mortos, o aterro dos excrementos humanos e a recolha do lixo. 
 Teoria Microbiológica: Com o despertar e desenvolvimento da Ciência, especialmente a partir do século XIX, o conceito 
de doença começa a ser tratado cada vez mais segundo uma análise objetiva, utilizando-se o método científico para o 
tratamento das doenças. 
 Até ao século XIX: poucos avanços no controle e prevenção das doenças infecciosas. 
 Entre 500 e 300 a.C., a malária elevou a mortalidade na Grécia. 
 No final do século XIV, como forma de combater a lepra, os leprosos eram excluídos das sociedades humanas. 
 Para eliminar casos de Peste Negra (Peste Bubónica) faziam a quarentena dos navios que atracavam em portos do 
Mediterrâneo. 
 No século XIX, surgiram várias personalidades que contribuíram para a luta contra as epidemias. 
 Girolamo Fracastoro, responsável pela Teoria do Contágio, considerava a existência de vários meios de infecção, por 
contcto direto com o doente ou com o seu vestuário, queda de gotas e a exalação de partículas respiratórias invisíveis 
que eram libertadas na atmosfera. 
 John Snow provou que a cólera era uma doença causada a partir das águas e colocou a hipótese de que outras doenças 
podiam ser transmitidas ao homem de um modo semelhante. Convém realçar que Snow desconhecia que a doença era 
provocada por um microorganismo; simplesmente acreditava que estaria relacionada com a água. 
 Ignaz Semmelweis defendia que parteiras e médicos deviam lavar as mãos numa solução de cloreto de cálcio. A 
aplicação desta medida, diminuiu a taxa de mortalidade por febre puerperal de 120 por 1000 nascimentos para 12 por 
1000 nascimentos. 
 Oliver Holmes, em 1843, acusou os seus colegas de transportarem a infecção de exames post-mortem e de um doente 
para outro, através das suas mãos não lavadas. 
 Em 1850, Lemuel Shattuckn publicou um relatório de reforma sanitária nos Estados Unidos, onde recomendava a 
constituição de conselhos de saúde locais e estaduais, um sistema de inspetores sanitários, a recolha e análise de 
estatísticas de saúde, estudos relativos à saúde infantil, o controlo do alcoolismo e a inclusão da medicina 
preventiva nas escolas médicas. 
 Nightingale, durante a Guerra da Crimeia (1854), encontrou os hospitais completamente desorganizados e 
desumanizados, onde os doentes eram tratados por pessoal sem treino especializado (enfermagem). 
 Durante as últimas décadas do século XIX, Louis Pasteur (1822-1895) e Robert Koch (1843-1910), contribuíram de um 
modo decisivo para o papel patogênico dos microorganismos numa doença. Assim, a comunidade científica começava 
agora a interessar-se pela identificação dos agentes infecciosos. 
 Louis Pasteur demonstrou que a fermentação era um processo dependente da ação de microorganismos (1857), 
assim como que a origem destes seres não seria por geração espontânea (como se acreditava na época) mas sim a 
partir de outros seres vivos. 
 Mais tarde Robert Koch, na sequência dos trabalhos de Pasteur, isolou os agentes responsáveis pelo tuberculoso e 
pela cólera asiática. Nos seus trabalhos, Koch indicou alguns postulados para demonstrar a relação causal entre um 
agente e uma doença. 
 A contribuição destes cientistas levou à aplicação de técnicas de assepsia na Medicina, ao desenvolvimentode vacinas como forma de prevenção de certas doenças, ao melhoramento da qualidade da água, à pasteurização do 
leite e a uma melhor utilização sanitária do ambiente. 
 Atualmente, para além de conhecer as características de uma determinada doença infecciosa, convém também estudar 
os fatores sociais, psicológicos e genéticos que interatuam no hospedeiro. 
 O lado psíquico da saúde cresceu de importância na época agitada em que vive o mundo. Inquietudes, pressa, 
ansiedade, incertezas, indagações perante os fatos da vida, particularmente da vida econômica, desgaste constante de 
energias mentais, etc., levam o indivíduo ao cansaço e a sofrimentos psicossomáticos. 
SAÚDE MENTAL 
 “Capacidade de estabelecer relações harmoniosas com os demais e a contribuição construtiva nas modificações do 
ambiente físico e social.” (Segundo O.M.S.) 
 Saúde mental é o estado de funcionamento harmônico que as pessoas desenvolvem e mantêm para viver em 
sociedade, em constante interação com seus semelhantes e meio ambiente, valendo-se de sua capacidade para 
descobrir e potencializar suas aspirações e possibilidades e, inclusive, de provocar mudanças, quando estas são 
necessárias, face à diversidade do mundo em que vivem, sendo porém capazes de reconhecerem suas limitações. 
(Stefanelli, Maguida. 2008) 
 Ausência de distúrbio mental ou comportamental; um estado de bem estar psíquico em que o indivíduo alcançou 
integração satisfatória tanto para si próprio como para seu meio social. 
DOENÇA MENTAL 
 Doença mental é o estado que surge quando as pessoas não conseguem desenvolver ou manter-se em funcionamento 
harmônico para viver em seu grupo cultural ou em sociedade, não conseguindo transformar suas possibilidades em 
realidade. Stefanelli, Maguida. 2008 
 Critérios de saúde mental 
1. Atitudes positivas em relação a si próprio. 
2. Crescimento, desenvolvimento e autorrealização. 
3. Integração e resposta emocional 
4. Autonomia e autodeterminação 
5. Percepção apurada da realidade 
6. Domínio ambiental e competência social 
 Maslow descreveu realização pessoal como ser “psicologicamente sadio, integralmente humano, muito evoluído e 
plenamente maduro”. Para ele, as pessoas sadias tinham as seguintes características: 
1. Uma percepção adequada da realidade. 
2. Capacidade de aceitar-se e aceitar os outros. 
3. Capacidade de manifestar espontaneidade. 
4. Capacidade de focalizar a concentração na resolução de problemas. 
5. Necessidade de distanciamento e desejo de privacidade. 
6. Independência e autonomia. 
7. Intensidade de reação emocional. 
8. Capacidade de estabelecer relações interpessoais satisfatórias. 
9. Estrutura de caráter democrático e forte sentimento ético. 
10. Criatividade. 
11. Um certo grau de não conformismo. 
SEGUNDO A OMS 
1. 70 milhões apresentam dependência ao álcool. 
2. 50 milhões têm epilepsia. 
3. 24 milhões apresentam esquizofrenia. 
4. 1 milhão comete suicídio. 
5. Entre 10 e 20 milhões tentam suicídio. 
6. Raras são as famílias sem um integrante com transtorno mental 
7. Uma em cada 4 pessoas será afetada no curso da vida por um transtorno mental. 
8. O aumento do número de idosos traz consigo maior incidência de demências e de doença de Alzheimer. 
9. A depressão grave é a principal causa de incapacitação em nível mundial, quarta principal causa de doenças na 
classificação geral das enfermidades, com projeção para ser a segunda em 2020.

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