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REFORMA SANITÁRIA VIIICNS SUS TUDO

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A Reforma Sanitária
VIII Conferência Nacional de Saúde
Implantação do SUS
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SUS: restrospectiva histórica...
•1900 - Sanitarismo Campanhista
 1904 – Revolta da Vacina – Oswaldo Cruz
•1917 - Reforma do porto de Santos
•1923 - Lei Eloy Chaves: criação das CAPs
•1933 - Criação dos IAPs
•1942 - I Conferência Nacional de Saúde e Criação da SESP
•1953 - Criação do Ministério da Saúde
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SUS: restrospectiva histórica...
•1963 - III Conferência Nacional de Saúde  campanha pela Municipalização (Gov. João Goulart)
 1964 - Golpe Militar  retrocesso (centralização)
•1966 - Unificação dos IAPs e criação do INPS
•1975 - Lei 6.229 que cria o Sistema Nacional de Saúde (SIMNPAS = INAMPS + INPS + IAPAS)
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SUS: restrospectiva histórica...
•1983 – AIS (Ações Integradas de Saúde)  início da interiorização das ações e serviços
 1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde: “SAÚDE COMO DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO”.
•1987 – SUDS (Sist. Unificado e Desc de Saúde) descentralização via convênios.
•1988 – Constituição Federal SUS
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ANTES DE 1988
Até a metade dos anos 60:
praticou-se como modelo hegemônico de saúde o sanitarismo campanhista (1º modelo);
de inspiração militar;
 visava o combate às doenças através de estilo repressivo de intervenção.
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ANTES DE 1988
Na década de 70:
 - o país apresentava um modelo hegemônico: médico assistencial-privatista (2º modelo);
- neste período surgem os alicerces político-ideológicos para o surgimento do movimento pela Reforma Sanitária.
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ANTES DE 1988
Na década de 70:
 - Também se discutia Saúde para Todos no mundo:
 Alma Ata – Atenção Primária (1978 – Rússia): buscou a promoção da saúde a todos os povos do mundo.
 Ottawa – Promoção da Saúde (1986 - Canadá): documento apresentado na 1ª Conferência Internacional sobre promoção da saúde. Buscou contribuir com políticas de saúde de todos os países, de forma equânime e universal.
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Em março de 1986:
 - acontece em Brasília a VIII Conferência Nacional de Saúde (CNS);
- marco da história do SUS;
 - um dos eventos político-sanitários mais importantes;
 
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- Foi aberta em 17 de março de 1986 por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura;
a primeira CNS a ser aberta à sociedade; 
importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária;
resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais;
8ª. Conferência Nacional de Saúde
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formou as bases para a seção "Da Saúde" da Constituição brasileira de 5 de outubro de 1988. 
a Constituição de 1988 foi um marco na história da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e dever do Estado". 
8ª. Conferência Nacional de Saúde
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8ª. Conferência Nacional de Saúde
A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); 
 por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS;
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8ª. Conferência Nacional de Saúde
em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço. 
o INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela Lei nº 8.689.
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 o conceito abrangente de saúde
saúde como direito de cidadania e dever do Estado
 a instituição de um Sistema Único de Saúde.
 Foi a 1ª conferência aberta à sociedade em geral (mais de 4.000 participantes!)  abertura política pós-regime militar.
Encaminhamento do Relatório da VIII Conferência Nacional de Saúde para a Assembléia Nacional Constituinte  apoio à criação do SUS!
Como resultado central da VIII CNS:
- tivemos o estabelecimento de um consenso político que permitiu a conformação do projeto da Reforma Sanitária, caracterizado por três aspectos principais:
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Sistema Único de Saúde – SUS
Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde 
Art. 197. São de relevância públicas ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Constituição Federal 1988 – art. 196 ao 200
O Capítulo da Saúde 
Parágrafo único. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recurso do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.
Ver art. 194 e 195  Seguridade Social
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LEI ORGÂNICA DA SAÚDE (LOS)
Linha do Tempo da Saúde: Uma viagem pela História das Políticas de Saúde no Brasil
 Lei n.º 8 080 - de 19/9/1990:
- Lei Orgânica da Saúde que REGULAMENTOU o Sistema Único de Saúde (SUS). 
Lei n.º 8 142 - de 28/12/1990:
 - dispôs sobre a participação da comunidade na gestão do SUS;
 - sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Dispõe sobre as condições para:
- a promoção,
- a proteção,
a recuperação da saúde,
a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. 
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
DIREITOS E DEVERES
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
 
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. 
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
DIREITOS E DEVERES
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
 
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE 
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens
e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.
 
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE 
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. 
 Em consonância com o que preconiza a OMS. 
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
        I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
                   
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Art. 7º (continuação)
 
 II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;   
     
 III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
       
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Art. 7º (continuação)
       IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;  (equidade não está citada);
 V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
        VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; 
       
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Art. 7º (continuação)
 VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;
          
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Art. 7º (continuação)
 VIII - participação da comunidade;
   IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:
      a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
       b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
       
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Art. 7º (continuação)
 X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;
 XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Art. 7º (continuação)
 XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; 
 XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
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PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Contextualização pelos Sanitaristas sobre Doutrina e Organização do SUS
(Diretrizes Organizativas)
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PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988.
 Os princípios da universalidade, integralidade e da eqüidade são às vezes chamados de princípios ideológicos ou doutrinários.
Os princípios da descentralização, da regionalização e da hierarquização de princípios organizacionais.
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PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Universalidade 
"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. 
Naturalmente, entende-se que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos sadios por força de lei.
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PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Integralidade 
A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. 
Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.
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PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Eqüidade 
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS.
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PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Participação da comunidade 
O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto.
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PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Descentralização político-administrativa 
O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas: nacional, estadual e municipal, cada uma com comando único e atribuições próprias. 
Os municípios têm assumido papel cada vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as transferências passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja, baseadas em sua população e no tipo de serviço oferecido, e não no número de atendimentos
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PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Hierarquização e regionalização 
Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade;.
O nível primário deve ser oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando necessário. 
Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência entre os serviços de saúde, melhor a eficiência e eficácia dos mesmos. 
Cada serviço de saúde tem uma área de abrangência, ou seja, é responsável pela saúde de uma parte da população. 
Os serviços de maior complexidade são menos numerosos e por isso a área de abrangência é mais ampla.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
Dispõe sobre:
- a participação da comunidade na gestão do SUS
- sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
Artigo 1° - O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
I - a Conferência de Saúde; e
II - o Conselho de Saúde.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
Artigo 1° - (continuação)
§ 1° - A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. 
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
Artigo 1° - (continuação) 
§ 2° - O Conselho de Saúde, em CARÁTER PERMANENTE E DELIBERATIVO, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde
e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde- Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
FINANCIAMENTO
§ 1° - Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previstos no artigo 35 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado, para o repasse de recursos.
 Incentivos com base em critério per capita.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
FINANCIAMENTO (6 CRITÉRIOS BÁSICOS)
Artigo 4° - Para receberem os recursos, de que trata o artigo 3° desta Lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n. 99.438, de 7 de agosto de 1990;
III - plano de saúde;
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
FINANCIAMENTO (6 CRITÉRIOS BÁSICOS)
Artigo 4° - (continuação) 
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do artigo 33 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990;
V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
FINANCIAMENTO (6 CRITÉRIOS BÁSICOS)
Artigo 4° - (continuação) 
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.
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Sistema Único de Saúde – SUS
Lei Orgânica da Saúde - Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990
FINANCIAMENTO (6 CRITÉRIOS BÁSICOS)
Artigo 4° - (continuação) 
Parágrafo único - O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos Estados ou pela União.
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Normas Operacionais Básicas (NOB’s) - 
definem os critérios para organização e gestão do SUS. 
São Elas:
 NOB 01/91;
 NOB 01/92;
 NOB 01/93;
 NOB 01/96.
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/91
- Editada pela da Resolução do INAMPS n° 258, de 7 de janeiro de 1991.
- Reeditada com alterações pela resolução do INAMPS n°273, de 17 de julho de 1991.
Objetivos:
- Induzir e estimular mudanças;
- Aprofundar e reorientar a implementação do SUS;
- Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacionais;
- Regular as relações entre gestores;
- Normatizar o SUS.
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/91
Destaque
- Equiparar prestadores públicos e privados, no financiamento  pagamento pela produção de serviços;
- Centraliza a gestão do SUS no nível federal (INAMPS);
- Estabelece o instrumento convenial como forma de transferência de recursos do INAMPS para os Estados, Distrito Federal e Municípios.
- Institui a Unidade de Cobertura Ambulatorial (UCA) destinada a reajustar os valores a serem repassados aos Estados, distrito Federal e Municípios.
- implementação do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS).
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/93
- Editada pela portaria GM/MS n° 545, de 20 de maio de 1993)
 
Objetivo:
- Formalizou os Princípios Aprovados na 9ª Conferência Nacional de saúde (realizada em 1992), que teve como tema central “a municipalização é o caminho” e desencadeou um amplo processo de municipalização da gestão com habilitação dos municípios nas condições de gestão criadas (incipientes, parcial e semiplena).
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/93
Cria transferência regular e automática (fundo a fundo) do teto global da assistência para municípios em gestão semiplena;
AIH limitada e recurso de cobertura ambulatorial – RCA
Habilita municípios como gestores;
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/93
Define o papel dos Estados de forma frágil, mas esses, ainda assim, passam a assumir o papel de gestor do sistema estadual de saúde;
São constituídas as Comissões Intergestores Bipartite (de âmbito estadual) e Tripartite (nacional) como importantes espaços de negociação, pactuação, articulação, integração entre gestores.
(OBS.: Lei 8689/ 1993 - Extinção do INAMPS)
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/96
- Editada em 5 de novembro de 1996 por meio da portaria GM/MS n° 2203).
 
Objetivo:
- A NOB/SUS 01/96 promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão para os municípios pela saúde de seus cidadãos e redefinindo competências de Estados e Municípios as origens e o processo de implantação do SUS.
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/96
Destaque
Transfere aos municípios habilitados como Plena da Atenção Básica, os recursos financeiros com base per capita, criando o PAB (Piso Assistencial Básico) repassado fundo a fundo de formar regular e automática;
Reorganiza a gestão dos procedimentos de média complexidade ambulatorial (Fração Ambulatorial Especializada - FAE);
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/96
Destaque
Reorganiza a gestão dos procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC);
Incorpora as ações de Vigilância Sanitária, criando O Incentivo para as ações básicas de Vigilância Sanitária;
Incorpora as ações de Epidemiologia e Controle de doenças;
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/96
Destaque
Promove a reorganização do modelo de atenção, adotando-se como estratégia principal a ampliação de cobertura do Programa de Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde, com a criação de Incentivo financeiro;
Define a elaboração da Programação Pactuada e Integrada (PPI);
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Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS
Norma Operacional Básica do SUS 01/96
Destaque
Define as responsabilidades, prerrogativas e requisitos das Condições de Gestão Plena da Atenção Básica e Plena de sistema Municipal de Saúde para os municípios, e Avançada do Sistema Estadual e Plena de Sistema Estadual para os estados.
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Normas Operacionais do SUS
Norma Operacional de Assistência à Saúde - NOAS SUS 01
Instituída pela portaria GM/MS n° 95, de 26 de janeiro de 2001.
 
Objetivos:
“Promover maior eqüidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção”. 
Instituir o Plano Diretor de Regionalização da assistência em cada Estado e no Distrito Federal, baseado nos objetivos de definição de prioridades de intervenção coerentes com a necessidade da população garantia de acesso dos cidadãos a todos os níveis de atenção à saúde.
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Normas Operacionais do SUS
Norma Operacional de Assistência à Saúde - NOAS SUS 01
Destaque
A NOAS/SUS 01/01 estabeleceu as responsabilidades, requisitos e prerrogativas dos gestores , as origens e o processo de implantação do SUS municipais e estaduais. 
- A partir de sua publicação os municípios puderam se habilitar em duas condições: Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada e Gestão Plena de Sistema Municipal de Saúde. 
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Normas Operacionais do SUS
Norma Operacional de Assistência à Saúde - NOAS SUS 01
Destaque
- Os Estados puderam se habilitar em duas condições: Gestão Avançada do Sistema Estadual e Gestão Plena de Sistema Estadual.
- GPABA: Necessitava Declaração da SES comprovando a
capacidade de o município assumir as responsabilidades das áreas de atuação estratégica: controle da tuberculose, eliminação da hanseníase, controle da hipertensão arterial, controle da diabetes mellitus, saúde da criança, saúde da mulher e saúde bucal. Além de assumir a VISA e Vigilância Epidemiológica. 
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Normas Operacionais do SUS
Norma Operacional de Assistência à Saúde NOAS SUS 02
- instituída pela portaria GM/MS n°373, de 27 de fevereiro de 2002).
Objetivos:
-É o resultado dos encaminhamentos estabelecidos na reunião da Comissão Intergestores Tripartite realizada em 22 de novembro de 2001. Foi firmado um acordo entre o CONASS e CONASEMS contemplando propostas relativas ao comando único sobre os prestadores de serviços de média e alta complexidade e fortalecimento da Gestão dos Estados sobre as referências intermunicipais, notadamente no que diz respeito à explicitação e mecanismos de acompanhamento dos recursos federais, referentes ao atendimento da população não-residente que busca atendimento no município de referência.
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Normas Operacionais do SUS
Norma Operacional de Assistência à Saúde NOAS SUS 02
Destaque
Estabeleceu que o Limite Financeiro da Assistência de cada Estado, assim como do DF no que couber, independente de sua condição de gestão, deverá ser programado e apresentado da seguinte forma:
Relação de todos os municípios da UF, independentemente da sua condição de gestão;
Condição de gestão do município ou nível de governo responsável pelo comando único de média e alta complexidade;
Parcela de recursos financeiros para o atendimento da população residente sob gestão municipal;
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Normas Operacionais do SUS
Norma Operacional de Assistência à Saúde NOAS SUS 02
Destaque
Parcela de recursos financeiros para atendimento das referências intermunicipais;
Parcela de recursos financeiros para atendimento da população residente sob gestão estadual;
Outros recursos sob gestão estadual, alocados nos municípios ou na SES;
Limite Financeiro Global da UF, somas dos itens C,D,E e F.
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Normas Operacionais do SUS
 Resumo das Normas
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Normas Operacionais do SUS
 Resumo das Normas
NOB – SUS/01/91:
 Definiu a Unidade de Cobertura Ambulatorial (UCA);
 Instituiu a Autorização de Internamento Hospitalar (AIH);
 Criou o Fator de Estímulo à Municipalização (FEM);
 Reforça criação de Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde (CES e CMS);
 Definiu recursos para financiamento dos Programas Especiais de Saúde e investimentos no setor saúde.
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Normas Operacionais do SUS
 Resumo das Normas
NOB – SUS/01/92:
 Criação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS);
 Criação do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS);
 Normatizou o Fundo Estadual de Saúde.
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Normas Operacionais do SUS
 Resumo das Normas
NOB – SUS/01/93:
 Criação da Comissão Intergestores Tripartite (CIT): gestores das esferas federal, estadual e municipal;
 Criação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB): gestores das esferas estadual e municipal;
 Criação do Fator de Apoio ao Estado (FAE);
 Criação do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA);
 Maior ênfase na municipalização;
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Normas Operacionais do SUS
 Resumo das Normas
NOB – SUS/01/96:
 Implementou o Piso da Atenção Básica (PAB) – valor per capita para financiamento das ações de atenção básica;
 Programação Pactuada Integrada (PPI) – instrumento de organização do Sistema;
 Municípios - criação da Gestão Plena da Atenção Básica (GPAB)
e da Gestão Plena do Sistema Municipal;
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Normas Operacionais do SUS
 Resumo das Normas
NOB – SUS/01/96:
Estados – criação da Gestão Avançada do Sistema Estadual e Gestão Plena do Sistema Estadual;
 Definiu programas como estratégias de mudança do
modelo assistencial – PACS e PSF.
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Normas Operacionais do SUS
 Resumo das Normas
NOAS 01/2001:
 Regionalização e organização da assistência;
 Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS;
 Revisão dos critérios de habilitação (tipos de gestão).
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Normas Operacionais do SUS
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Normas Operacionais do SUS
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Gestão do SUS
ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO DOS GESTORES:
As entidades de representação dos gestores têm tido um papel importante nas Comissões Intergestores Bipartites e Tripartite, conformando-as como um espaço consistente de negociação, pactuação, articulação e integração entre os gestores.
São elas: CONASS e CONASEMS.
No âmbito municipal/estadual, tem-se o COSEMS.
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Gestão do SUS e Instâncias de Pactuação e deliberação
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PACTO PELA SAÚDE
2006  PACTO PELA SAÚDE
Documento que estabelece as responsabilidades sanitárias de cada ente federado (União, estados e municípios). 
Uma das principais ações é a definição de diretrizes para a gestão do SUS - descentralização, regionalização, financiamento, pactuação entre municípios e regulação, entre outros. 
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atenção integral à saúde do idoso; 
o controle do câncer de colo de útero e de mama; 
a redução da mortalidade materna e infantil; 
o fortalecimento da atenção básica; 
a promoção da saúde; 
o reforço de ações para o controle das doenças emergenciais e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza
PACTO PELA VIDA: 
SEIS PRIORIDADES EM 2006
Prioridades básicas em saúde que os três entes federados devem perseguir, com metas e indicadores para avaliação anual.
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 Port. GM/MS nº 2.669 de 03 de novembro de 2009
I - atenção à saúde do idoso; 
II - controle do câncer de colo de útero e de mama; 
III - redução da mortalidade infantil e materna; 
IV - fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária, influenza, hepatite e Aids; 
V - promoção da saúde; 
VI - fortalecimento da atenção básica; 
VII - saúde do trabalhador; 
VIII - saúde mental; 
IX - fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência; 
X - atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; e 
XI - saúde do homem. 
PACTO PELA VIDA: 
ONZE PRIORIDADES A PARTIR DE 2009
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Discutir nos conselhos as estratégias para implantação 
Priorizar espaços com a sociedade civil para realizar as ações previstas
Iniciativas: repolitização da saúde, promoção da cidadania e garantia de financiamento.
PACTO EM DEFESA DO SUS
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Definição das responsabilidades sanitárias constituindo espaços de co-gestão e resgatando o apoio entre os entes num processo compartilhado.
PACTO DE GESTÃO DO SUS
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O Sistema Único de Saúde
Movimento pela Reforma Sanitária
VIII Conferência Nacional de Saúde (CNS)
Antecedentes Históricos
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Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira
Luta pela garantia do direito universal à saúde e construção de um sistema único e estatal de serviços.
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 8a Conferência Nacional de Saúde
Marco do Movimento Sanitário Brasileiro.
Reuniu mais de 5.000 pessoas na maior participação popular da história dos movimentos sociais.
Definiu as estratégias a serem defendidas na Constituinte de 1988 e consolidou a opção pela via institucional.
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8a Conferência Nacional de Saúde
Conceito ampliado da saúde.
Reconhecimento da saúde como direito de cidadania e dever do Estado.
Defesa de um sistema único, de acesso universal, igualitário e descentralizado de saúde.
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8a Conferência Nacional de Saúde
Em seu sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.
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O Sistema Único de Saúde
Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento - PIASS (1979).
PREV-Saúde (1980).
CONASP (1981) - Plano de Reorientação
da Assistência à Saúde no âmbito da Previdência Social.
Ações Integradas de Saúde – AIS.
Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde - SUDS (1987).
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O Sistema Único de Saúde (SUS):
 Garantia: Constituição,
Regulamentação: L.O.S.
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SUS
Princípios doutrinários: filosofia do conceito de saúde e da idéia de direito à saúde.
Princípios organizativos: orientam a forma como o sistema deve funcionar.
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O Sistema Único de Saúde
Universalidade
Eqüidade
Integralidade
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O Sistema Único de Saúde
Universalidade
Trata da saúde como direito de cidadania. 
Sepulta o modelo excludente anterior. 
É conseqüência direta da discussão ampla do direito à saúde.
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O Sistema Único de Saúde
Equidade
Assegura que a disponibilidade dos serviços de saúde considere as diferenças entre os diversos grupos de indivíduos.
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O Sistema Único de Saúde
Eqüidade
Igualdade
Justiça
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O Sistema Único de Saúde
Eqüidade
Igualdade
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O Sistema Único de Saúde
Integralidade
É a prática de saúde e sua relação com o modelo assistencial. 
“Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade”.
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O Sistema Único de Saúde
Conselhos de Saúde (nos 3 níveis)
Conferências de Saúde (nos 3 níveis)
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Definido na Constituição de 1988.
O Sistema Único de Saúde
Regulado pela LOS: 8080 / 8142 – 1990.
Detalhado pelas NOBs: 91, 92, 93 e 96.
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