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CONSTITUCIONAL II

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CASO 1: município de Parués, no Estado Anaguá, fica na margem esquerda do Rio Ituiruaçú e faz divisa com o município de Erolim, que fica no Estado vizinho de Rocilom, na margem direita do mesmo rio. O caudaloso rio sempre foi a principal fonte de peixes para a alimentação das populações locais. Certo dia os moradores são surpreendidos com a notícia de que a empresa HOTEL S/A comprou vários hectares de terra na região para criar um Resort na localidade. Um grande empreendimento imobiliário que inclui, entre outras coisas, o uso do Rio Ituiruaçú como local para prática de esportes radicais aquáticos. As autoridades dos dois Estados iniciaram uma briga para saber de quem era a responsabilidade pela fiscalização, controle e pelas autorizações ambientais para o empreendimento. Considerando a art. 23 parágrafo único da Constituição Federal que diz: ?Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (...) Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.? E ainda a Lei complementar n.º 140/2011 que fixa normas para União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas relativas à proteção do meio ambiente, responda: Como solucionar a referida contenda?
R: A competência passa a ser da União, pois o Rio está localizado entre dois ou mais Estados, não vai afastar poder afastar o poder de fiscalização.
CASO 2: Líderes de movimentos separatistas brasileiros veem no resultado do plebiscito no qual os britânicos votaram pela saída do Reino Unido da União Europeia um bom momento para conquistar novos adeptos. Eles não são necessariamente novos - a maioria surgiu nas décadas de 80 e 90, como "O Sul é meu País" e o Grupo de Estudos para o Nordeste Independente (Gesni), fundamentados em um histórico de revoluções como a Praieira (1850), e as guerras do Contestado (1912) e dos Farrapos (1845), entre outras. Há movimentos mais recentes, que afirmam ter "ares mais modernos", inspirados nas demandas da Catalunha e da Escócia - caso do Movimento São Paulo Livre, criado logo após as eleições presidenciais de 2014. Considerando os temas estudados na aula, analise criticamente estas iniciativas separatistas.
R: Separação da União Europeia é possível, pois trata-se de uma confederação, estado soberanos, independentes. O Nordeste não poderá se separar, pois é uma federação, Estados autônomos onde não se admite a secessão, haja visto que a indissolubilidade é uma cláusula pétrea do federalismo.
CASO 3: A cidade brasileira de Porumberá do Estado de Maueré faz divisa com a cidade de Cambraio del Sol, no Paraguai. Desta forma, Brasil e Paraguai, naquela localidade, têm como fronteira nacional apenas uma estrada que os separa. O prefeito de Porumberá, sabendo que muitos de seus munícipes trabalham na cidade vizinha, em solo paraguaio, a fim de facilitar a vida de seus naturais, entrou em contato com o prefeito de Cambraio del Sol para assinarem um acordo de cooperação para emissão de vistos de trabalho, o que facilitaria muito a vida dos brasileiros por lá empregados. O prefeito de Cambraio del Sol adorou a ideia e informou que além dele o próprio presidente do Paraguai viria à cidade para a cerimônia de assinatura do referido acordo e fazia questão de assiná-lo também. O governador de Maueré, sabendo da iniciativa do prefeito brasileiro, informou que além de também estar presente à cerimônia e assinar o acordo, iria entrar em contato com a Presidência da República do Brasil e convidaria o Chefe do Executivo brasileiro para o evento e assinatura do documento. Contudo, ficou em dúvida se, ao convidar o chefe do Executivo, ele mesmo o governador, não seria ?ofuscado politicamente?. Resolve então consultar a Procuradoria do Estado para resolver a questão. Você é o(a) Procurador Geral do Estado de Maueré. Como orientaria o governador neste caso?
R: O procurador geral do estado deverá dar um parecer técnico ao governador do Estado informando que, em face do tema tratar de acordo internacional falece a competência Estadual. A situação envolve matéria de competência exclusiva da União (art 21 inciso 1). Ademais o acordo internacional deverá ser assinado pelo Presidente da República e submetido a ratificação do congresso Nacional. (Art 84, inciso 8)
CASO 4: Rio pede R$ 14 bilhões ao governo federal e negocia ?intervenção branca?. Sem capacidade financeira para pagar suas contas, governo do Rio tenta convencer Temer a liberar um novo socorro, e aceitaria a indicação de um nome para gerir as finanças do Estado; equipe econômica resiste a uma nova ajuda Considerando a teoria constitucional , o que se entende por ?Intervenção Branca? ?
R: “Intervenção branca” não existe. A intervenção federal pode ser espontânea ou não. No caso acima, caso se materializar-se a pretenção do estado do Rio, estaríamos diante de uma falsa intervenção ou “intervenção informal” e que não está prevista na constituição.
CASO 5: No início do ano de 2017, o Estado do Espírito Santo viveu uma situação séria: familiares de PMs acamparam nas portas do batalhões ?impedindo? que os policiais saíssem dos quartéis para trabalhar. Impedidos, por lei, de fazer greve, os familiares ( a maioria esposas ) dos PMs do Estado assumiram um inusitado protagonismo na reivindicação por melhores salários para a categoria. A falta de policiamento nas ruas levou a uma onda de saques, homicídios em vários pontos da cidade e a um sentimento de insegurança generalizada, especialmente em Vitória, capital do Estado. Veja a notícia abaixo: (Disponível em: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2017/02/governo-do-estransfere-controle-da-seguranca-forcas-amadas.html) Espírito Santo: GOVERNO DO ESPÍRITO SANTO TRANSFERE CONTROLE DA SEGURANÇA ÀS FORÇAS ARMADAS. Decreto foi publicado no 'Diário Oficial' do estado nesta quarta-feira . Sem PMs, Exército e Força Nacional fazem o patrulhamento nas ruas. O governo do Espírito Santo publicou um decreto no "Diário Oficial" desta quarta-feira transferindo o controle da segurança pública no estado para as Forças Armadas. O responsável pela operação será o general de brigada Adilson Carlos Katibe, comandante da Força-Tarefa Conjunta que está no Estado. O decreto foi assinado pelo governador em exercício, César Colnago ,e pelo Secretário de Segurança Pública, André Garcia. Analise criticamente esta situação com base nos temas estudados nesta aula.
CASO 6:Um integrante da polícia militar de determinado estado da Federação pretende participar de processo eleitoral na condição de candidato a vereador do município onde reside. O militar conta com onze anos de serviço na polícia militar e não possui filiação partidária, mas entende que o art. 142, § 3.º, inciso V, da Constituição Federal, que proíbe que o militar, enquanto em serviço ativo, possa estar filiado a partido político, aplica-se apenas aos militares federais. Assim, ele pretende participar da convenção partidária que vai oficializar a relação de candidatos de determinado partido, orientado que foi no sentido de que o registro da candidatura suprirá a ausência de prévia filiação partidária. Nessas circunstâncias, o militar solicita aos seus superiores a condição de agregado, pois é sua intenção, se não for eleito, retornar aos quadros da corporação. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, às seguintes perguntas. 
a)Pode o policial militar ser candidato a vereador sem se afastar definitivamente da corporação? 
R: Sim. Pelo fato de ter mais de 10 anos de atividade, a hipótese admite que o militar fique na condição de agregado.
b)Está correto o entendimento segundo o qual a vedação de filiação partidária, enquanto em serviço ativo, não se estende aos militares dos estados? 
R: Não, a proibição de filiação partidária aplica-se aos membros das forças armadas e aos militares dos Estados.
c)Está correta a orientação no sentidode que o registro da candidatura suprirá a falta de filiação partidária? 
R: Sim, segundo a jurisprudência o TSE entendeu por manter a garantia fundamental de ser candidato, nos casos dos militares for registro da candidatura suprirá a filiação partidária.
d)Poderá o militar, se não for eleito, retornar aos quadros da polícia militar?
R: Sim, o militar não eleito deverá solicitar a autoridade superior a sua desagregação a fim de dar prosseguimento a sua carreira militar.
CASO 7: José resolveu candidatar-se ao cargo de Deputado Federal. Não se elegeu por 05 votos! Ficou como 1.º suplente do seu partido. Apesar da derrota eleitoral, como teve muitos votos, foi chamado para uma reunião do partido na Câmara dos Deputados. Passeando pelos corredores viu que em uma sala ocorria um debate da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre a constitucionalidade de um Projeto de Lei. Assistia atento ao debate quando observou que um parlamentar do seu partido, que era o referido PL, estava bastante exaltado e gritava ao microfone chamando a vários de seus colegas deputados de “vagabudos”. O parlamentar teve o som do seu microfone cortado e assim foi forçado a parar de argumentar. José, indignado, não pensou duas vezes, dono de uma voz poderosa, começou a argumentar no mesmo sentido que o parlamentar antes fazia. Quando foi solicitado a calar-se, enervou-se mais e disse que era suplente e estava trabalhando enquanto os outros todos ali eram “vagabundos”, “ganhavam sem trabalhar”, “não serviam para nada” e que “deveriam era fechar o congresso”. José e o parlamentar de seu partido foram contidos pela Polícia do Legislativo e indiciados pelos crimes de injúria e desacato. Descreva como ficaria a situação de cada um dos Réus.
R: Sim, no tocante ao Deputado Federal que encontra-se no exercício do mandato, segundo a CF possui imunidade no tocante a qualquer palavra, opinião ou voto, afastando a responsabilidade civil e criminal. Só para argumentar está imunidade material não alcança questões disciplinares e éticas, em face do abuso das prerrogativas. No tocante a José que é suplente de Deputado Federal, não lhe assiste nenhuma prerrogativa devendo responder criminalmente por seus atos e manifestações.
CASO 16: O TCU ao julgar as contas da empresa estatal federal ENTREMAX, decidiu que havia uma “maquiagem” na contabilidade com o fim de esconder um grande desvio de dinheiro público. Como a sessão de julgamento foi transmitida pela internet, considerou em sua sentença que houve total respeito aos princípios da ampla defesa, porquanto condenou os diretores da empresa a penas privativas de liberdade e multas. Analise justificadamente a afirmação.
R: A assertiva está errada, a constituição não concedeu aos tribunais de conta poderes para aplicar penas restritivas de liberdade. Esta atribuição é exclusiva do poder judiciário. Por outro lado, a constituição federal assegura os tribunais de contas poderes para julgar certas questões administrativas, no âmbito de suas competências, podendo inclusive, adotar sanções administrativas, tais como multas.

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