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CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 1 ÍNDICE I COMO ESCREVER BEM................................................................................................. 01 II DESCRIÇÃO...................................................................................................................... 04 III NARRAÇÃO...................................................................................................................... 05 IV DISSERTAÇÃO................................................................................................................ 07 CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 2 I - COMO ESCREVER BEM Não existe uma fórmula que desenvolva a habilidade de escrever. É preciso, antes de tudo, muito esforço. Além disso, existem caminhos que podem conduzir ao ato de escrever. Entre eles, destacam-se: Leitura O texto nasce do texto. Quem lê adquire vocabulário e estruturas frásicas que usará na produção dos seus próprios textos. Além disso, a leitura, principalmente de obras de ficção, desenvolve o potencial criador da imaginação humana. Quem lê acabará escrevendo bem. A leitura traz o progresso da escrita. Diálogo Falar e ouvir são atividades que desenvolvem o espírito humano, O diálogo é, portanto, importante para o desenvolvimento da capacidade intelectual. Através dele, podemos obter boas idéias para escrever. A observação da realidade O bom escritor deve ter os olhos bem abertos para a realidade da vida. Essa realidade pode ser reproduzida objetivamente, ou pode servir apenas para que, a partir dela, se possa criar uma nova realidade, usando de sensibilidade e imaginação. Experiência Toda pessoa traz dentro de si a experiência que a vida lhe deu. Use essa experiência de vida para produzir seus textos. Escreva sobre assuntos que você conhece bem. Por exemplo, se o tema solicitado envolver a juventude, escreva sobre você e seus amigos, pessoas que você conhece bem. Enfim, escreva sobre suas experiências pessoais, sobre o que a vida lhe ensinou. É muito comum quando se pede um tema relacionado com preconceito racial o aluno escrever sobre os Estados Unidos, país que ele só conhece por informações de terceiros, deixando de lado tudo o que ele vivência sobre o tema, na sua própria realidade. Um certo conhecimento gramatical É impossível avaliar positivamente um texto onde faltam acentos, sinais de pontuação e onde há erros de grafia, termos de gíria, impropriedade vocabular etc. Por isso, convém fazer um rascunho, onde se pode escrever à vontade, reproduzindo as idéias livremente. Depois, passa-se o texto a limpo, tomando o cuidado de fazer as correções, para que a linguagem fique clara, gramaticalmente correta, envolvente. Não se deve esquecer também dos parágrafos. A organização do texto Um planejamento, um projeto que anteceda o ato de escrever propriamente dito é de suma importância, pois faz com que quem escreve organize as idéias e, assim, possa redigir com mais segurança e desembaraço. A originalidade A boa redação deve apresentar idéias originais, diferentes, criativas. Convém evitar aqueles chavões, os clichês, e usar a própria linguagem. Isso você conseguirá se pensar, refletir. Não comece a escrever logo que o professor lhe der o título da redação. Fluência Escrever é um ato natural; não tenha medo de escrever; faça-o com naturalidade, deixando o texto fluir. Lembre-se de que depois você poderá corrigir eventuais erros. Clareza A clareza reflete um pensamento objetivo. Ela evita que as pessoas expressem idéias ambíguas, que podem gerar confusão ao receptor. Por isso, devemos usar palavras simples, porém corretas, e frases curtas, porém bem estruturadas. A correção e a releitura do texto fazem com que a clareza esteja mais presente. Concisão A concisão torna o texto mais uniforme e, por isso, mais claro para os receptores. Ela evita que o escritor caia na prolixidade, isto é, na expressão de vários pensamentos ao mesmo tempo, sem que as idéias fiquem bem objetivas. Para isso, devemos ir direto ao assunto, sem meias-voltas e frases supérfluas. (fonte: Cloder, Rivas Martas & Mesquita, Roberto Meio. Técnicas e Criatividade de Redação - Ed. Saraiva -1985). AO REDIGIR NÃO SE ESQUEÇA DE: 1 - Deixar uma linha em branco, após o título, separando- o do início, dando-lhe aquele destaque. 2 - Enfatizar o título, usando letras maiúsculas iniciais com exceção das palavras de pequena extensão, como preposições, conjunções. 3 - Usar letra maiúsculas inicial apenas na primeira palavra, seja ela artigo, ou verbo, substantivo, preposição etc.. 4 - Usar ponto final ou aspas nos títulos, em se tratando de frases ou citações 5 - A caligrafia deve ser nítida, clara, legível e bem proporcionada. 6 - Focalizar o assunto em torno de uma só idéia fundamental, complementando-a com idéias acessórias ou secundárias. 7 - Antes de iniciar a redação ou o trabalho, antes mesmo do rascunho, fazer um esquema de um roteiro de idéias. CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 3 8 - Indicar o "tópico frasal"(idéia núcleo) Nas primeiras linhas da introdução. 9 - Evitar emprego repetitivo de idéias, palavras ou expressões - a não ser que seja importante para a natureza da redação 10 - Evitar pormenores desnecessários, acumulações e redundâncias. 11 - Procurar não repetir a mesma palavra seguidamente, substituindo-a por outra de significado semelhante. 12 - Separar as diferentes idéias, em parágrafos distintos, guardando-lhes a devida conexão. 13 - Separar os núcleos de idéias ou centros de interesses em parágrafos diferentes, guardando a conexão entre eles. 14 - Não usar abreviações, com : c/, p/, ñ/, s/, m/, q/, etc. 15 - Escrever o número por extenso, como: dois, três, oito, quinze, vinte... antes de substantivo funcionando como adjunto adnominal. 16 - Não se deve usar "gírias" a não ser que o nível de linguagem exija. 17 - Evitar o uso de palavras estrangeiras e, se necessárias, colocá-las entre aspas. 18 - Utilizar frases curtas e períodos não muito longos, como regra geral, para levar à clareza na exposição e não torná-la cansativa. 19 - Se usar citações de outros autores, verificar que elas sejam oportunas e significativas para o assunto a ser desenvolvido. Coloque-as entre aspas. 20 - Não utilizar expressões vulgares ou chavões. 21 - Ser objetivo no assunto exigido, com simplicidade no estilo. Ser natural... 22 - Usar palavras cujo significado domine amplamente, completamente. 23 - Evitar o uso de imagens de mau gosto ou expressões que constituem chavões e lugares comuns. 24 - Optar pela simplicidade de estilo, clareza de idéias e objetividade na análise do assunto. 25 - Formar frases curtas, ao gosto do estilo moderno. 26 - Distribuir harmoniosa e adequadamente as pausas ao longo da frase, pontuando-a devidamente. 27 - Revisar com atenção a grafia das palavras 28 - Refletir, pensar, meditar antes de qualquer coisa sobre os temas propostos e, principalmente, sobre o tema escolhido antes de iniciar a redação. 29 - Cuidar da parte gramatical: ortográfica, pontuação, acentuação gráfica, crase, colocação do pronome, concordância, regência, vícios de linguagem... 30 - Estruturar a redação em três partes tradicionais: a)Introdução (apresentação ou proposição disse Aristóteles) - "é o que não admite nada antes e pede alguma coisa depois." Serve par situar o leitor dentro doassunto a ser desenvolvido, não apresenta fatos ou razões, pois sua finalidade é predispor o espírito do leitor par o que virá a seguir. b)Desenvolvimento - conteúdo ou corpo é a redação propriamente dita. Nela vamos tratar do tema de maneira decisiva, completa, apresentando os fatos, as idéias e as razões, exigidos pelo que foi apresentado na introdução. c)Fecho ou conclusão - disse Aristóteles: "O fim é o que pede alguma coisa antes e nada depois"." É o conjunto que encerra a redação, de tal modo que seja desnecessário aduzir-se algo mais. 31 - Revisar, ao final do trabalho, todos os aspectos anteriormente sugeridos. COMECE A REDIGIR: AÍ VÃO ALGUNS ESQUEMAS PARA VOCÊ: Titulo : ”Educação e desenvolvimento” Introdução: Modernização da Educação: adaptação do homem ao mundo contemporâneo. Desenvolvimento 1. Educação X estruturas arcaicas e tradicionais. 2. Tecnologia e progresso. 3. A participação do governo nas promoções e reformas educacionais. 4. O despertar das nações subdesenvolvidas para o progresso pela educação. Conclusão: 1. “A vontade prova-se na ação” — É preciso a consciência da renovação cultural. 2. É preciso reformar a mentalidade avessa às mudanças. Titulo: “A música popular brasileira’’ Introdução: 1. Retrospecto histórico: os grandes nomes da música CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 4 de outros tempos. 2. O sentido e objetivos da música de Noel Rosa, Pixinguinha, Ataulfo Alves e outros. Desenvolvimento 1. A transformação da nossa música a partir de 1950; os influxos estrangeiros. 2. A bossa nova 3. A música de protesto social: Chico Buarque de Holanda, Geraldo Vandré entre outros. 4. O movimento tropicalista: Caetano Veloso e Gilberto Gil. Conclusão: 1. O estágio atual de nossa música. 2. As pesquisas no terreno musical. 3. Perspectivas futuras. II – DESCRIÇÃO DESCREVER É - DETALHAR – OBSERVAR – PINTAR – PORMENORIZAR – RETRATAR – SELECIONAR – REPRODUZIR – CARACTERIZAR – SENTIR – EXPERIMENTAR – FOTOGRAFAR – ENUMERAR – VISUALIZAR A descrição consiste na enumeração de caracteres próprios dos seres (animados ou inanimados), coisas cenários, ambientes e costumes sociais; de ruídos, odores, sabores e impressões tácteis. COMO SE DESCREVE A realidade que nos cerca e apreendida por nós através dos sentidos. Esses sentidos podem ser comuns como a visão, a audição, o tato, o olfato, o paladar, mas também podem ser especiais, como o sentido de espaço, de formas, de harmonia, de equilíbrio, etc. Encontrando-se diante de um determinado ser, nossos sentidos tentam captá-lo em sua totalidade. Quanto maior for o senso de observação, a curiosidade e o senso de análise do observador, tanto mais fiel à imagem que ele obterá desse ser. Os objetos impressionam nossos sentidos com maior ou menor intensidade, provocando sensações visuais, auditivas, tácteis, olfativas ou gustativas, dependendo da situação. Ao descrevermos o objeto percebido, deixamos trans- parecer tais sensações, principalmente quando se trata de descrições subjetivas. Observe como no texto seguinte predominam as sensações auditivas: O rio era aquele cantador de viola, em cuja alma se refletia o batuque das estrelas nuas, perdidas no vacilo milenarmente frio do espaço... Depois ele ia cantando isso de perau em perau. de cachoeira em cachoeira... O PONTO DE VISTA DE QUEM DESCREVE O autor de uma descrição é indivíduo que observa qualquer segmento da realidade e tenta reproduzi-lo através de palavras. Lembre-se de que, quando falamos de realidade estamos nos referindo a um mundo concreto ou inventado. Observe os dois textos: Fora, abria-se uma noite de luar como poucas. Cada folha, cada detalhe do arvoredo se destacava e refletia no chão, nítido como em dia. Era até de espantar que não cantassem os pássaros. Num sereno cortejo, a lua atravessava o céu, seguida de um milhão de estrelas. O que se descreve Todos os seres existentes no universo real físico e psicológico ou no imaginário podem ser descritos. Veja- mos alguns exemplos. • mundo físico: A duquesa era uma grande pata branca, de penas alvas e macias... • mundo psicológico A bondade era morna e leve, cinerava a carne crua guardada há muito tempo. • mundo imaginário Eu sou a Moça Fantasma que espera na Rua do Chumbo o carro da madrugada. Eu sou branca e longa e fria, a minha carne é um suspiro na madrugada da serra. Tipos de descrição: a) estática: descreve uma imagem sem movimento. Ex.: Pousado sobre o galho, o pássaro sereno reverbera em cores. b) dinâmica: descreve uma imagem com movimento. Ex.: Reverberando em cores, o pássaro agitou as asas alçando um vôo sereno. e) objetiva: há uma percepção igual a todos os CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 5 observadores e a linguagem é referencial. Ex.: pracinha deserta, tamborim abandonado. d) subjetiva: há o predomínio da conotação através da linguagem metafórica, sinestésica, impressionista. Ex.: movimento macio, sedoso, rumor de coisas. · Exemplo de descrição subjetiva de paisagem PÔR-DO-SOL ‘A estrada estendia-se deserta; à esquerda os campos desdobravam-se a perder de vista, serenos, verdes, clareados pela luz macia do sol morrente, manchados de pontas de gado que iam se arrolhando nos paradouros da noite; à direita, o sol, muito baixo, vermelho-dourado entrando em massa de nuvens de beiradas luminosas. Nos atoleiros, secos, nem um quero-quero: uma que outra perdiz, sorrateira, piava de manso por entre os pastos maduros; e longe, entre o resto de luz que fugia de um lado e a noite que vinha, peneirada, do outro, alvejava a brancura de um joão-grande, voando, sereno, quase sem mover as asas, como numa despedida triste, em que a gente também não sacode os braços... Foi caindo uma aragem fresca; e um silêncio grande em tudo.” TEXTO PARA ANÁLISE: Se eu fosse pintor.. Se eu fosse pintor começaria a delinear este primeiro plano de trepadeiras entrelaçadas, com pequenos jasmins e grandes campânulas roxas, por onde flutua uma borboleta cor de marfim, com um pouco de ouro nas pontas das asas. Mas logo depois, entre o primeiro plano e a casa fechada, há pombos de cintilante alvura, e pássaros azuis tão rápidos e certeiros que seria impossível deixar de fixá- los, para dar alegria aos olhos dos que jamais os viram ou verão. Mas o quintal da casa abandonada ostenta uma delicada mangueira, ainda com moles folhas cor de bronze sobre a cerrada fronde sombria, uma delicada mangueira repleta de pequenos frutos, de um verde tenro, que se destacam do verde-escuro como se estivessem ali apenas para tornar a árvore um ornamento vivo, entre os muros brancos, os pisos vermelhos, o jogo das escadas e dos telhados em redor. E que faria eu, pintor, dos inúmeros pardais que pousam nesses muros e nesses telhados, e aí conversam, namoram-se, amam-se, e dizem adeus, cada um com seu destino, entre a floresta e os jardins, o vento e a névoa? Mas por detrás estão as velhas casas, pequenas e tortas, pintadas de cores vivas, como desenhos infantis, com seus varais carregados de toalhas de mesa, saias floridas, panos vermelhos e amarelos, combinados harmoniosamente pela lavadeira que ali os colocou. Se eu fosse pintor, como poderia perder esse arranjo, tão simples e natural, e ao mesmo tempo de tão admirável efeito? Mas, depois disso, aparecem várias [achadas, que se vão sobrepondo umas às outras, dispostas entre palmeiras e arbustos vários, pela encosta do morro.Aparecem mesmo dois ou três castelos, azuis e brancos, e um deles tem até, na ponta da torre, um galo de metal verde. Eu, pintor, como deixaria de pintar tão graciosos motivos? Sinto, porém, que tudo isso por onde vão meus olhos, ao subirem do vale à montanha, possui uma riqueza invisível, que a distância abafa e desfaz: por detrás dessas paredes, desses muros, dentro dessas casas pobres e desses castelinhos de brinquedos, há criaturas que falam, discutem, entendem-se e não se entendem, amam, odeiam, desejam, acordam todos os dias com mil perguntas e não sei se chegam a noite com alguma resposta. Se eu fosse pintor, gostaria de pintar esse último plano, esse último recesso da paisagem. Mas houve jamais algum pintor que pudesse fixar esse móvel oceano, inquieto, incerto, constantemente variável que é o pensamento humano? MEIRELES. Cecília. Ilusões do rnundo. Rio de Janeiro. Nova Aguilar. 1976. p.17-8. III - NARRAÇÃO NARRAR É SUGERIR – COMPOR – RECRIAR – INVENTAR – ATUAR – REVELAR – SITUAR – IMAGINAR – DINAMIZAR – TESTEMUNHAR – CONTAR- EMOCIONAR – RELATAR – ENVOLVER – SURPREENDER. Narrar é representar fatos reais ou fictícios utilizando signos verbais e não-verbais. Elementos narrativos: O quê – o fato, a ação o enredo Quem – personagens, protagonista/antagonista Como – modo como se desenrolou o fato, a ação Quando – época Onde – lugar Porquê – causa, razão ou motivo Por isso – resultado ou conseqüência. Nem sempre todos estão presentes, mas quem e que são essenciais para que uma narração aconteça. O ponto de vista é importante, pois mostra quem conta a história Foco narrativo. - 1ª pessoa (eu, nós) relata o que vê e sente - 3ª pessoa (ele, ela, eles) serve como testemunha CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 6 Enredo - exposição, a complicação o clímax e o desfecho. Tema e assunto - decorrem do enredo - tema: interpretação que cada autor dá ao assunto - assunto: matéria ou objeto de que se trata. Tempo - cronológico: é mensurável, material que segue a ordem cronológica, utiliza a explicação que independe de tempo. - psicológico: não é mensurável, flui na mente das personagens. DISCURSOS Para narrar um fato podemos empregar os seguintes discursos: 1 – Discurso direto: o autor reproduz a fala da personagem diretamente. O discurso direto utiliza os verbos dicendi ou de elocução para reproduzir os fatos. Os principais verbos dicendi são: afirmar, concordar, exclamar, interromper, responder, perguntar, explicar. Os verbos de elocução podem aparecer antes da falada personagem, depois da fala e no meio da fala da personagem. Exemplo: a – O amor, prosseguiu sonhadora, é a grande realização de nossas vidas. b – João perguntou? Que tal o carro? 2 – Discurso indireto: o narrador conta com suas próprias palavras o que a personagem disse. O autor funciona como testemunha e passa para o leitor o que ouviu. Exemplo: A certo ponto de conversação, Glória disse que desejava muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo. 3 – Discurso indireto livre: revela para o leitor o mundoda personagem. A fala do narrador funde-se com a da personagem. Exemplo: Saiu correndo pela porta afora. Se me pegam agora, pensou, olhando assustado para trás, nunca mais saio daqui. Tipos de texto narrativo: conto, crônica, romance, fábula, novela. O QUE SE NARRA De acordo com o conceito de narração, podem-se narrar tanto fatos reais como fictícios. A narração de fatos reais é o relato de ações praticadas por pessoas. Ela é comum em livros científicos, livros de História, jornais, etc. COMO SE NARRA Você já treinou o modo mais comum de narrar: aquele em que a história se desenvolve linearmente, numa seqüência de começo, meio e fim. É a seqüência narrativa mais tradicional e a mais utilizada no nosso dia a dia. Mas há outras maneiras mais criativas de fazer isso. É claro que, se você for contar um fato a que assistiu como testemunha, perante um tribunal, deverá utilizar uma seqüência lógica, linear. Os escritores, no entanto, que têm o objetivo de provocar emoções no leitor, utilizam outros modos de narrar. Ás vezes, com uma simples mudança da ordem narrativa, conseguem-se efeitos surpreendentes. Alguns exemplos: 1) PÂNICO DURANTE O ENTERRO, NO RIO Quando as primeiras pessoas saíram correndo, durante o enterro de J.S.S, em Inhaúma, no Estado do Rio, o pânico se generalizou e todos fugiram do local. Mas poucos sabiam por quê. Até o caixão foi abandonado no chão, a poucos metros da sepultura e o cemitério, num instante, ficou vazio, depois de gritos, sustos e muita correria. Polícia e bombeiros, chegando, o mistério foi esclarecido: quem colocara a multidão em pânico foi um amigo da família, que tocou “em algo mole”, em uma das sepulturas. Acontece que era uma casa de abelhas e de lá saiu um enxame, enfurecido, atacando algumas das pessoas. Depois, com as abelhas sob controle, o enterro foi realizado. Mas os bombeiros ficaram no local até a noite, matando outras abelhas. (Jornal da Tarde, 02/05/1983.) 2 - Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira do meio-dia, ele estava na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um goro vigário a cavalo. – Você aí menino, para onde vai dar essa estrada ? – Ela não vai não: nós é que vamos nela. – Engraçadinho duma figa! Como você se chama ? – Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé. (Mendes Campos, Paulo. Para gostar de ler. 1ª. Ed. São Paulo, Ed. Ática, p. 93.) Apresentamos, a seguir, algumas narrativas diferentes. O texto que segue é um exemplo de narrativa de fato fictício. TEMA PARA UM TAPETE O general tem só oitenta homens, e o inimigo, cinco mil. Na sua tenda, o general blasfema e chora. Então, escreve um proclama inspirado que pombas mensageiras derramam sobre o acampamento inimigo. Duzentos infantes passam para o lado do general. Segue uma luta que o general ganha facilmente, e dois regimentos inteiros passam para o seu lado. Três dias depois, o inimigo tem só oitenta homens e o general tem cinco mil. Então o general escreve outro proclama, e setenta e nove homens passam para o seu bando. Resta apenas um inimigo, CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 6 acuado pelo exercito do general que espera em silêncio. Transcorre à noite e o inimigo não passa para o lado do general. O general blasfema e chora na sua tenda. Ao amanhecer, o inimigo desembainha lentamente a espada e avança até a tenda do general. Entra e aponta a espada para ele. O exército do general se dissolve. Sai o sol. (Cortázar, Julio) O texto narra fatos que realmente aconteceram, com pessoas que existiram. O narrador não inventou os fatos nem as pessoas. O mestiço Domingos Fernandes Calabar foi um dos primeiros a se oferecer como voluntário quando Matias de Albuquerque preparava a resistência à invasão holandesa. Chegou a ser ferido em combate, mas desertou, oferecendo seus préstimos ao governo holandês de Recife. Seu ato modificou o curso da guerra, estendendo-se além dos limites iniciais. Já major do exército holandês, sofreu derrota em Porto Calvo. Preso, foi enforcado no dia 22 de julho de 1635. (Enciclopédia Delta, Rio de Janeiro, Ed. Três, p. 891) NARRATIVA DO FATO REAL NUM RELATO Uma mulher não identificada pegou fogo em plena rua, sem razão aparente, no 9° caso de combustão espontânea de um ser humano registrado desde o século XVIII. Para o legista Robert Stein, de Chicago,onde aconteceu o fato, deve ter ocorrido à presença de um combustível ainda não identificado. (Jornal da Tarde, 7/8/1982) A sorte é que o professor é muito legal e não criou drama, mas todo mundo sabia que Luís Sérgio fora o autor da arte: colocar fogo dentro da lata de lixo. Foi na aula de matemática. Todo mundo começou a sentir cheiro de queimado e, quando o professor virou, estava saindo uma fumaceira danada da lata de lixo. Alguns mais metidos tentaram ajudar, trazendo água na concha da mão, mas isso serviu apenas para molhar o chão. O Alberto foi quem conseguiu apagar o fogo, pisando dentro da lata. O Luís Sérgio lá na dele, no mundo da lua... Mas ficou por isso mesmo. (Adaptação dos autores) ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DA NARRATIVA O processo de construção de uma narrativa fictícia ou literária apresenta diversas fases. A princípio cria-se um título. A partir desse título constrói-se a história. Esta deve conter um enredo: o conjunto de fatos de uma história. O início da história, chamamos de situação inicial , é o momento em que se relata e descreve uma situação qualquer. Logo no início do texto já se define o tipo de narrador: 1ª ou 3ª pessoa, e os personagens que serão os movimentadores da história. (Não existe narrador de 2ª pessoa). A partir desta situação inicial, cria-se um conflito, momento em que o personagem principal está em apuros por alguma situação inesperada. Este conflito pode ser psicológico, moral, religioso, econômico, amoroso, social, etc. e chega ao clímax: momento de tensão máxima na narrativa. Além destas fases, a narrativa apresenta ainda marcas de tempo, espaço e ação. O tempo é marcado através de datas, épocas que caracterize o acontecimento. Seria incoerente narrar uma situação que teria que se passar durante a 1ª Guerra Mundial utilizando objetos e vestimentas deste final de século, como celular, internet, bombas controladas por radar ou roupas curtas, tinturas no cabelo, etc. espaço é descrito de acordo com o enredo. A história pode se passar dentro de uma casa, num parque, numa lanchonete, na igreja, na praia, etc. mas estes espaços estão inseridos em espaços maiores que são: a cidade, o estado, o país. De acordo com o espaço e o tempo é que descrevemos os costumes, a vestimenta, o corte de cabelo, o modo de falar, enfim a cultura do(s) personagem(ns). Seria incoerente escrevermos uma história que se passa no século passado, na praia por exemplo, e descrevermos uma personagem feminina de topless. A ação é o que dá movimento à história, à medida que os fatos vão ocorrendo à história vai caminhando para o desfecho. As personagens aparecem hierarquicamente, por exemplo, existe o personagem principal: aquele que se sair da história ela pode existir. E os personagens secundários, poderíamos chamá-los de auxiliares do personagem principal. Pois serão eles que irão contribuir para que ocorra o conflito com o personagem principal e conseqüentemente o amigo(a), parentes desconhecido, enfim qualquer pessoa que auxilie o personagem principal. Com estes elementos podemos construir a narrativa de ficção, ou seja, a redação narrativa. Não limites de parágrafos, e preza-se o discurso indireto livre nas narrativas modernas. Mas nada impede que se use o discurso direto ou indireto. TEMAS SUGERIDOS - Acidente de trânsito (local, envolvidos e desfecho) - Final de campeonato: Grêmio 3 x 3 Internacional - Dia de prova O sucesso depende muito de nossa persistência. IV - DISSERTAÇÃO DISSERTAR É: ARGUMENTAR – OPINAR - EXPOR, SINTETIZAR – CONCLUIR – POSICIONAR-SE – QUESTIONAR – DEDUZIR – CONVENCER – CONTESTAR – DISCUTIR – JUSTIFICAR – CONCORDAR - EXPLICAR –INTERPRETAR - DISCORDAR – CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 8 CRITICAR – DEBATER – ANALISAR - EXEMPLIFICAR. Em meio a nossa experiência junto aos candidatos a exames para vestibulares e concursos , pudemos constatar algumas dificuldades bastante freqüentes na arca da expressão escrita. Uma delas se refere à dificuldade mostrada pelo aluno em variar os recursos de argumentação, toda vez em que se propõe a discorrer sobre um assunto. O que se constata ao final da leitura dos trabalhos é urna sucessão monótona de idéias que se repetem e cuja sutil diferença se entreve na forma de expressão. Para evitar tal situação, sugerimos ao candidato que pratique novas maneiras de apresentar suas idéias, em variedade e estilo: Fazer uma dissertação consiste em defender uma idéia. A primeira coisa, antes de começar, é reconhecer a diferença que existe entre um TEMA e um TÍTULO. O TEMA é assunto sobre o qual você irá escrever, ou melhor, a idéia que será defendida ao longo da sua composição, Não se pode esquecer de que o TÍTULO é a expressão, geralmente, curta, colocada no início do trabalho, ele é, na verdade, apenas uma vaga referência ao assunto que você abordará. Para se fazer dissertação é preciso saber redigir com cuidado e coerência para convencer. Para tanto, é imprescindível, desde o início: 1 - determinar o assunto; 2 - estabelecer a finalidade; 3 - redigir um tópico frasal que seja à base do desenvolvimento; 4 - desenvolver os elementos primordiais do tópico frasal por um; 5 - encadeamento lógico e sintático específico, de modo que se chegue a uma; 6 - conclusão convincente Quanto à estrutura da dissertação podemos afirmar: a) Introdução - informa claramente, de maneira concisa. É a visão coesa do assunto. Deve ser breve e generalizante: Pode ser 1 - uma afirmação 2 - uma negação 3 - uma interrogação 4 - uma definição 5 - uma citação b) Desenvolvimento - Apresenta cada um dos argumentos ordenadamente, analisando com vagar as idéias exemplificando de maneira rica e suficiente o pensamento. Bem definir é ter idéias claras e precisas, saber exatamente o que se quer dizer e encontrar expressões adequadas. É decompor o pensamento ou o sentimento em seus diferentes aspectos, sublinhar o essencial, indicar a nuance exala, não se contentar com a expressão vaga, em uma palavra, pensar e falar com justeza. Entre todas as diferentes expressões que podem traduzir um dos nossos pensamentos, não há se não uma que seja boa. E não a encontramos sempre ao falarmos ou escrevermos. É verdade que ela existe, e que o homem deve procurar encontrá-la, para se fazer entender. Esta justeza e propriedade na expressão resultam muitas vezes como o fruto de um longo trabalho. c) Conclusão - Resume todas as idéias apresentadas e discutidas no Desenvolvimento, tomando uma posição sobre o problema apresentado na Introdução. SÍNTESE ESQUEMÁTICA • Recursos a serem observados na correção e adequação lingüística a. Frases curtas; b. Construção direta de frase; c. Clareza; d. Simplicidade; e. Eufonia, evitando: - sucessão de palavras ásperas, - predomínio de consoantes fortes, - repetição de sons - seqüências de vogais semelhantes, - abuso das orações adjetivas; f. acúmulo de idéias na frase; g. coerência nos recuos lingüísticos utilizados h. concordância verbal e nominal corretas; i . regência verbal e nominal corretas; j. emprego correto k. grafia, acentuação e pontuação corretas. Conteúdo a. Objetividade no enfoque do assunto: adequação, profundidade, coerência, criatividade; b. disposição ordenada de idéias; c. conexão entre as idéias; d. divisão em introdução, desenvolvimento e conclusão. Forma a. Clareza, precisão e objetividade b. Correção na estrutura da frase: regência, concordância, colocação c. Grafia e pontuação; d. Extensão vocabular; e. Concisão;f. Autenticidade de estilo. Aspecto a. margem b. parágrafos c. caligrafia e limpeza O PARÁGRAFO DISSERTATIVO CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 9 Importância do parágrafo: O parágrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as idéias principais de sua composição, permitindo ao leitor acompanhar o desenvolvimento do raciocínio no decorrer do texto. O parágrafo deve desenvolver, eficazmente, uma única idéia núcleo e esse desenvolvimento ou, ainda, idéias secundárias, devem explicitar coerentemente a idéia principal. Como a dissertação se realiza no plano das idéias, é um trabalho reflexivo que consiste em organizá-las numa determinada linha de raciocínio. Essa linha de raciocínio está estruturada em um parágrafo. Daí a importância da organização de um parágrafo e de conhecer quais são as partes que compõem um parágrafo dissertativo. Elementos de estruturação dos parágrafos: 1. O assunto: amplo e genérico deverá sofrer uma delimitação. 2. A delimitação do assunto: seleção e organização das idéias que podem ser desenvolvidas em relação ao assunto. 3. Objetivo: organizar o propósito (para quê ?) de se discorrer sobre determinado assunto, dentro de determinada delimitação. 4. Após o objetivo chega-se à frase núcleo ou tópico frasal o qual já foi explicado anteriormente. 5. Desenvolvimento: explanação das idéias. 6. Conclusão: fechamento do parágrafo, nem todo texto dissertativo apresenta conclusão dentro de cada parágrafo. Observe o exemplo: ASSUNTO: A política no Brasil DELIMITAÇÃO DO ASSUNTO: A corrupção entre os políticos no Congresso Nacional. OBJETIVO: Evidenciar a corrupção existente no Congresso Nacional a qual envergonha os filhos dessa Pátria. TÓPICO FRASAL: A cada dia novos escândalos políticos referentes à corrupção afrontam e escandalizam os eleitores brasileiros. DESENVOLVIMENTO: 1. Os corruptos e os corruptores 2. A mola mestra do ato político; o dinheiro Diferentes possibilidades de organizar um tópico Frasal Tópico Frasal Interrogativo: apresentação do parágrafo com uma pergunta direta ou indireta; Tópico Frasal com Declaração Inicial: afirmação ou negação de algo logo de saída, para depois justificar ou fundamentar. Tópico Frasal por Definição: inicia por definir algo, após é organizada a explicação; Tópico Frasal por Alusão Histórica: remete a um fato histórico, lendas, tradições, para despertar a curiosidade do leitor; Tópico Frasal por Impacto: frase com dados surpreendentes para prender o leitor. Qualidade do Parágrafo: 1. Unidade: uma só idéia predominante; 2. Coerência: relação entre essa idéia predominante e as secundárias; 3. Ênfase: idéia predominante aparece sob a forma de oração principal, em posição de relevo. Exemplo Sugerido: Assunto: A Função Social do Advogado Estilo: Dissertação Introdução: Conceito de função social 1. Considerações rápidas sobre a vida social e a divisão de trabalho, desde os primeiros agrupamentos humanos. 2. A necessidade de o homem conscientizar sua importância como ser participante da sociedade, através da atividade que desempenha. 3. Citação de pessoa abalizada que se pronuncie sobre o item introdutório, conceituando e ressaltando em destaque o significado de função social. Desenvolvimento: O advogado e a sociedade 1. O julgamento arbitrário a cargo de um homem poderoso, nas antigas civilizações, em contraposição aos princípios avançados da criminologia. 2. O advogado e sua importância como homem em face do papel que desempenha: necessidade de princípios morais, éticos, que norteiam a sua conduta. 3. Campos de atuação: conhecimentos e aplicação das leis; atuação junto ao indivíduo experiência de volta, tolerância e compreensão. Conclusão: Qual a função social do advogado? Através de sua conduta como homem e profissional, promovendo: 1. O equilíbrio na interpretação das leis, dentro de um criterioso e atual conceito de justiça; 2. A inclusão do homem em face dos direitos individuais que a ele competem; 3. A orientação correta ao indivíduo, no cumprimento de seus deveres sociais. CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 10 COMPOSIÇÃO QUE SERIA APROVADA EM UM CONCURSO Dissertação: A Punição e o Direito (Aluno G.M. – então candidato ao vestibular de Direito) « Muito se tem falado na facciosidade da justiça em face da pena. As opiniões sofrem invariantes, conforme o aspecto tempo-lugar. Na maioria das vezes, o homem se coloca na posição de crítico arguto da atividade jurídica no aspecto punição, legando-lhe posições não assumidas. Exemplo típico é a pena de morte. Mas vejamos um histórico da humanidade, o homem precisou controlar o meio, a fim de elaborar uma sociedade justa. Mesmo os povos bárbaros tinham leis que regiam a comunidade. Já no Antigo Testamento temos um vivo depoimento, quando da desobediência de Adão e Eva. As conquistas e os costumes. Classificados estes como leis de conduta moral, originaram mais tarde, no declinar do Império Romano, o « Corpus Juris Civilis », monumento máximo das ciências jurídicas. Na França, durante os reinados de Luís XIV e Luís XV, o Direito sofreu as maiores deturpações. A pena era simplesmente comutada, sem qualquer provimento ou lógica jurídica. O Rei era o Estado. Mas, apesar disso, o anseio de justiça e a necessidade de punição aos culpados levou o povo francês às ruas, a clamar pelo Direito... Era a revolução Francesa, a primeira revolução sangrenta por questões sociais. O homem libertava-se dos horrores constantes das punições injustas e reivindicava igualdade e justiça. O tempo passou. Estamos em pleno século XX, o século das grandes conquistas tecnológicas. Mas ainda os povos não conseguiram entender totalmente o significado da punibilidade e da justiça social. Os interesses partidários e individuais procuram burlar a ciência do « Dura Lex, Sed Lex » . Contudo, o homem conseguiu em alguns momentos que a justiça lhe valesse e o amparasse. Acontece apenas, que as leis não significam propriamente justiça; elas são apenas um caminho à punição justa e, muitas vezes, são incompreendidas. TEXTO DE APOIO MISSÃO DE PAZ Os 51 militares brasileiros que vão SERVIR NA FORÇA MULTINACIONAL DE PAZ EM Timor Leste iniciam nesta Segunda-feira a maratona aérea até Darwin, na Austrália, e de lá para Dili, capital da ex-colônia portuguesa. Não podem deixar Darwin sem tomar a vacina contra a encefalite japonesa, doença da região para a qual não há vacina no Brasil. A despedida dos familiares está marcada para as 10:30 horas, na Base Aérea de Brasília, em solenidade com a participação do presidente Fernando Henrique Cardoso, do ministro Elcio Álvares (Defesa) e do general Gleuber Vieira, comandante do Exército. Depois da despedida, os militares do pelotão do batalhão de Polícia do Exército seguem para o Rio, onde recebem os armamentos pesados e iniciam a parte internacional da viagem. O pelotão brasileiro deve ficar em Temer cerca de quatro meses. (internet, 20/09/99) PARÁGRAFOS INCOERENTES: Os seguintes parágrafos são incoerentes, ou porque os conectivos de transição (conjunções, locuções adverbiais ou prepositivas) são inadequados às relações que se pretendia estabelecer, ou porque o que se diz no desenvolvimento não se concilia com o que está expresso no tópico frasal; assinale a causa da incoerência e procure reestruturar os parágrafos de maneira mais satisfatória. I – Na verdade,a televisão é um passatempo mortificante, pois, além de proporcionar às famílias alguns momentos de distração, reduz-lhe o tempo que poderiam dedicar à conversa, que cada vez se torna mais rara entre pais e filhos. (Redação de aluno) II – Imenso tem sido o progresso no século XX. A técnica, posta a serviço do homem, fornece-lhe meios eficazes para enfrentar a vida e amenizar-lhe as asperezas. Somos forçados a reconhecer que uma séria de males passaram a afligir a humanidade. (Idem). III – Desde os mais remotos tempos, o homem se sente fascinado pelo mar. Na antigüidade, muitos povos singraram o Mediterrâneo em expedições, para a época, muito arrojadas. Foram eles os primeiros que se serviram das vias marítimas para trocas comerciais ou incursões de conquistas. ( Idem) UNIDADE E COERÊNCIA: PARALELISMO SEMÂNTICO As seguintes frases( parágrafos ou simples períodos), extraídas ou adaptadas, de redações de alunos, carecem de unidade de coerência, por falta de paralelismo semântico, por associação de idéias desconexas, por ausência ou inadequação das partículas de transição ou por acumulamentos de informações. Identifique em cada uma delas a causa da falta de unidade e de coerência, e em seguida reestruture-as: I - Para se ter uma idéia da disparidade de costumes entre os povos, confronte-se a vocação mística e espiritualista dos hindus como os burgueses materialistas do Ocidente. II - A França é um pais de grandes poetas e pintores, ao passo que os alemães sempre se destacaram como músicos e filósofos. III – Não se deve falar mal dos ausentes nem adquirir maus hábitos capazes de prejudicar a saúde. IV – A casa é muito espaçosa, mas os móveis são todos de jacarandá. CLAREZA E COERÊNCIA Faça o que for necessário para evitar a incoerência e/ou a ambigüidade dos seguintes períodos. CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 10 I – Chegando à estação, já o trem partia. II – Olhando do alto do Corcovado, a baía da Guanabara constitui um espetáculo deslumbrante. III – Falando sinceramente, a vida é uma fome de tédio. IV – Saindo de casa, o fogão ficou aceso. V – Para não ser mordido o cão deve ficar acorrentado. VI – Desde os três anos, meu pai já me ensinava a ler. VII – Passando em frente ao cinema, os cartazes me chamaram a atenção. TEMAS SUGERIDOS 1. Democracia 2. O homem como agente social 3. O homem e a máquina 4. A importância da matemática 5. Corrupção 6. Alguns problemas brasileiros 7. Ecologia 8. A importância da televisão 9. A devastação das nossas florestas 10. A poluição dos nossos rios 11. Os computadores e a vida moderna 12. A violência 13. A paz 14. Poluição: preço do progresso 15. Um sonho 16. A família 17. Computador e a vida moderna 18. O analfabetismo no Brasil 19. A ética na política 20. A confiança é valor moral inegociável 22. “quando vejo um militar” 23. Ser sargento” 24. A crise energética AMPLIE SEU VOCABULÁRIO MAS NÃO CONFUNDA O SENTIDO DAS PALAVRAS! É, o vocabulário pode ser grande. Mas você não pode confundir por exemplo, incidente com acidente ou acender com ascender. Para que tal não aconteça em suas redações, saiba que: Homônimas – são palavras que se igualam na pronúncia ou grafia, embora traduzam significados diferentes: cesta e sexta são palavras homônimas. Parônimas – são palavras parecidas, mas com sentidos diferentes. São parônimas as palavras acidente (choque, colisão) e incidente (desavença, irregularidade). Convém destacar alguns parônimos e homônimos, Como estes: Acender – ligar, inflamar, acionar. Ascender – subir, elevar-se. Acento – inflexão de voz; sinal gráfico. Assento – lugar ou móvel onde sentamos. Acerto – combinação, ajuste; forma correta. Asserto – afirmação, assertiva. Acessório – avaliar, dar preço. Assessório – que assessora (cf. assessor). Apreçar – avaliar, dar preço. Apressar – apurar, acelerar. Arrear – colocar os arreios no animal. Arriar – baixar, descer. Atuar – agir, representar. Autuar – processar, lavar os autos. Boça – cabo de atracação (náutica) Bossa – aptidão, jeito. Bucho – estômago dos mamíferos e dos peixes; Buxo – arbusto ornamental. Caçar – perseguir, capturar ou matar animais selvagens. Cassar – anular, tornar sem efeito. Cadafalso – patíbulo, lugar de execução. Catafalco – estrado metálico que sustenta o Censo – levantamento estatístico; recenseamento. Senso – juízo, razão. Cessão – doação, ato de ceder, entregar. Sessão – reunião; tempo de duração da atividade pública. Seção – repartição, divisão, forma antiga: secção. Chácara – sítio, granja. Xácara – forma narrativa em verso (popular). Comprimento – extensão em linha, distância. Cumprimento – saudação, ascendo; ato de cumprir. Consertar – combinar, ajustar; harmonizar (música). Consertar – reparar, emendar; arranjar as coisas. Conjetura – suposição, hipótese. Conjuntura – situação, conjunto de circunstâncias. Deferir – conceder, aprovar. Diferir – adiar, transferir, diferenciar. Degradar – aviltar, rebaixar, humilhar. Degredar – banir, exilar. CURSO PRECURSOR WW.PRECURSOR.1BR.NET 12 Descrição – exposição, ato de descrever. Discrição – qualidade do que é discreto; reserva. Descriminar – absolver, inocentaram tirar a culpa. Discriminar – separar, discernir, distinguir. Despensa – lugar onde se guardam as provisões. Dispensa – ato de dispensar, isenção. Dessecar – enxugar completamente. Dissecar – cortar, dividir em partes, examinar. Emergir – vir à tona, elevar-se. Imergir – afundar, submergir. Emigrar – sair de, abandonar um país ou região. Imigrar – entrar em, ingressar num país ou região. Eminente – elevado; importante, destacado. Iminente – prestes a ocorrer, próximo, imediato. Esperto – astucioso, vivo, sagaz. Experto – experiente, perito. Flagrante – evidente, manifesto; no ato. Fragrante – aromático, perfumado. Incerto – vago, impreciso, duvidoso. Inserto – inserido, introduzido. Incipiente – iniciante, principiante. Insipiente – ignorante, insensato. Indefeso – sem defesa, vulnerável. Indefesso – infatigável, laborioso Infligir – aplicar (pena, castigo); submeter. Infringir – transgredir, violar, desrespeitar. Inerme – desprotegido, sem defesa. Inerte – imóvel, desacordado. Interseção – corte, ponto de cruzamento. Intercessão – ato de interceder, intervir. Óptico – relativo à visão. Ótico – relativo ao ouvido (cf. otite) Prescrever – determinar, fixar, reafirmar. Proscrever – proibir, condenar, banir. Prescrito – determinado, fixado. Proscrito – banido, fora da lei. Ratificar – confirmar, manter, reafirmar. Retificar – corrigir, emendar, alterar.
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