Buscar

AS MÍDIAS DE INFORMAÇÃO E SEUS REFLEXOS NA APRENDIZAGEM PIGEAD - UFF

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA 
LANTE – LABORATÓRIO DE NOVAS TECNOLOGIAS DE ENSINO 
 
 
 
 
 
AS MÍDIAS DE INFORMAÇÃO E SEUS REFLEXOS NA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
ELISABETE ANACLETO PESSANHA 
 
 
 
 
 
MAGÉ/RIO DE JANEIRO 
2014 
 
ELISABETE ANACLETO PESSANHA 
AS MÍDIAS DE INFORMAÇÃO E SEUS REFLEXOS NA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
Trabalho de Final de Curso apresentado à 
Coordenação do Curso de Pós-graduação da 
Universidade Federal Fluminense, como requisito 
parcial para a obtenção do título de Especialista 
Lato Sensu em Planejamento, Implementação e 
Gestão da EAD. 
 
 
 
 
Aprovada em ______ de 2014. 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
___________________________________________________________________ 
Prof. Nome 
Sigla da Instituição 
 
___________________________________________________________________ 
Prof. Nome 
Sigla da Instituição 
 
___________________________________________________________________ 
Prof. Nome 
Sigla da Instituição 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho a minha mãe que, mesmo sem estudos, me obrigou a estudar e 
fez de mim uma pessoa com valores e princípios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus por ser alavanca que me propulsiona para frente e a minha família 
por acreditar que sou alguém e sempre posso ir além. 
Aos meus colegas de grupo Fabiana Martins Ribeiro e Gustavo Costa de Souza pelo 
companheirismo e compromisso ao longo de todo o curso. 
Um especial agradecimento também ao orientador André Luiz de Castro Leal por 
sua dedicação, apoio e incentivo em todas as etapas. Sua orientação fez toda a diferença 
na condução e realização deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente trabalho visa apresentar um quadro sobre a inserção de recursos 
tecnológicos no ambiente educacional, seja ele presencial ou a distância, como também 
sua aceitação por parte dos participantes. Fizemos o levantamento das informações e 
depois realizamos a análise dos dados coletados. Consequentemente, isso nos deu um 
panorama do uso, ou não uso,sadio dessas ferramentas por parte de alunos e 
professores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras–chave: Mídias Educacionais, AVA, EAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 06 
1.1. Organização do Trabalho .........................................................................................07 
1.1. Justificativa....................................................................................................... 07 
1.2. Objetivos .......................................................................................................... 08 
1.2.1 Objetivo Geral............................................................................................. 08 
1.2.2. Objetivos Específicos ................................................................................. 08 
1.3. Metodologia ..................................................................................................... 09 
1.3.1. Estudo de caso numa unidade escolar ........................................................ 09 
1.3.2. Instrumentos apresentados na Metodologia ............................................... 11 
2. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS ............................................................................ 11 
2.1. Planejamento, Implementação e Gestão da EAD ............................................... 12 
2.2. Ambientes Virtuais e as Mídias de comunicação ............................................... 13 
2.3. Apresentação dos dados obtidos a partir da aplicação dos questionários ............ 17 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 17 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 24 
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 25 
ANEXO 1 .................................................................................................................. 29 
ANEXO 2 .................................................................................................................. 30 
 
 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nos séculos passados o homem levava meses e até anos para saber de algum 
acontecimento. Assim, um fato, uma descoberta ou até mesmo as tendências da moda 
quando chegavam a um determinado lugar, já estavam ultrapassados em seu local de 
origem. 
Com o crescimento da tecnologia, os caminhos foram se encurtando. Criações 
como o telégrafo, os dirigíveis, o telefone, as locomotivas, barcos a motor, os 
automóveis e o rádio contribuíram para aproximar os continentes tornando o mundo um 
lugar menor e permitindo que as informações chegassem até nós de maneira mais 
rápida. 
Essa evolução tecnológica cresceu ainda mais e surgiram os televisores, os 
celulares, os computadores e a internet. Essas criações são responsáveis por transformar 
o mundo numa imensa aldeia global, onde podemos conhecer locais, culturas e povos 
que estão do outro lado do planeta ou conversar com pessoas a milhares de quilômetros 
de nós, além de sabermos das notícias e acontecimentos de todo o mundo em tempo 
real. Essa evolução trouxe facilidades para várias áreas de nossa vida: a medicina 
evoluiu, nossa cultura aumentou e a educação adquiriu uma potente ferramenta para 
pesquisas. 
No entanto, a cada minuto que passa os acontecimentos mudam e a cada hora 
chegam mais notícias sobre outra descoberta científica, uma guerra eclodindo em algum 
país ou um novo avanço tecnológico. 
Todo esse volume de informações, muitas vezes, não nos permite acompanhar o 
ritmo como as coisas evoluem, e, ainda assim, a sociedade atual tem cada vez mais 
urgência pela informação. Quanto maior esse acesso, maior o desejo de saber, e, 
infelizmente, junto a essas notícias boas chegam fatos irrelevantes sobre vidas de 
famosos, fofocas televisivas e tantas outras poluições midiáticas que atrapalham nossa 
percepção do que realmente é importante. Tamanho volume de conhecimento 
sobrecarrega a atividade cognitiva e causa certa dificuldade na filtragem de 
informações, fazendo com quem, muitas das vezes, a mente humana se prenda a 
questões banais e insignificantes que pouco ou nada agregam de produtivo ao nosso 
cotidiano. 
Visamos mostrar a importância dessa evolução tecnológica para a sociedade, 
focando sua aceitação e seu papel na educação através do uso das mídias educacionais e 
7 
 
das TICs no cotidiano docente e discente, já que são ferramentas de muito potencial e 
que possuem recursos indispensáveis para a educação moderna, procurando ressaltar de 
que forma o uso das desses recursos pode impactar no desenvolvimento educacional, ou 
seja, quando seu uso é um meio e não um fim em si mesmo. 
 
1.1.Organização do Trabalho 
 
O presente trabalho é composto de 5 capítulos que se organizam da seguinte 
maneira: No primeiro temos a Introdução, cujas seções Justificativas, Objetivos e 
Metodologias foram construídas em conjunto com os colegas de grupo Fabiana Martins 
Ribeiro e Gustavo Costa de Souza. O segundo capítulo é composto pelos Pressupostos 
Teóricos que sustentam a pesquisa e também foi elaborado de forma colaborativa pelo 
grupo, destarte estes capítulos também serão encontrados nos trabalhos “Tecnologiasde Informação e Comunicação nos processos educacionais” e “O uso das mídias 
educativas no campo educacional”. 
 O capítulo 3 foi elaborado individualmente a partir da análise dos dados 
coletados por cada membro do grupo em suas pesquisas de campo e do confronto desses 
com a bibliografia pesquisada, gerando assim um resultado que foi apresentado nas 
Considerações Finais do Capítulo 4, que também foi elaborado individualmente. O 
último capítulo é destinado à listagem das fontes consultadas e usadas para 
embasamento do trabalho. 
 
1.2. Justificativas 
 
Os avanços tecnológicos mudaram a concepção das pessoas em diversos 
aspectos. Podemos observar isso em um simples caminhar pelas ruas, quando avistamos 
pessoas conectadas a ambientes virtuais de alguma forma. No campo educacional 
também não é diferente. 
Com o crescimento massivo das mídias de comunicação e informação, 
percebemos que a cada dia que passa os alunos chegam as escolas com mais saberes e 
vivências, mas muitos desses são excessivos e em nada contribuem na aquisição da 
aprendizagem educacional. 
8 
 
Compreendendo a necessidade de entender mais sobre esse assunto, este 
trabalho objetiva investigar o uso de diferentes mídias na sociedade de informação e 
como estas se inserem no campo educacional, analisando também quais os pontos 
positivos e os negativos de se obter várias informações e não se ter realmente um 
conhecimento profundo sobre algo. Pretende também apresentar alguns indicativos e 
ideias que possam orientar a otimização dessa explosão das mídias na sociedade de 
informação e seu impacto na aprendizagem. 
 
1.3. Objetivos 
 
1.3.1. Objetivo Geral 
 
- Analisar o uso de diferentes recursos midiáticos no ambiente educacional a distância 
público e privado e seu impacto na aprendizagem dos educandos. 
 
1.3.2. Objetivos Específicos 
 
- Conceituar e analisar a inserção das mídias educativas no campo educacional; 
- Identificar o novo perfil de aluno e de professor com a explosão de mídias na 
sociedade de informação; 
 
- Analisar o trabalho dinâmico e interativo entre professor-aluno com os diversos 
recursos tecnológicos disponíveis num ambiente interativo; 
 
- Relacionar como as mídias de comunicação se inserem no cotidiano dos educandos, 
seja, em instituições públicas ou privadas, como também de que maneira eles fazem uso 
delas no campo educacional transformando e reelaborando o seu aprendizado; 
 
- Explorar o excesso de informação que chega até nós e os benefícios ou dificuldades 
que isso pode gerar no meio educacional, sinalizando os prejuízos que essa informação 
não filtrada pode trazer ao processo de aprendizagem; 
 
 - Avaliar a autonomia dos alunos perante o uso das mídias educativas e como é 
realizada a interação com as mesmas. 
9 
 
1.4. Metodologia 
 
1.4.1. Estudo de caso numa unidade escolar 
 
Esta etapa do trabalho teve como base a pesquisa qualitativa exploratória do tipo 
Estudo de Caso, que foi realizada a partir de um questionário de sondagem que com a 
finalidade de imprimir uma visão diagnóstica das turmas e outro institucional elaborado 
com itens objetivos sobre a Explosão das mídias na sociedade da informação e seu 
impacto na aprendizagem, baseada em alguns artigos importantes de pesquisadores que 
se dedicam ao assunto. 
Cada componente do grupo aplicou o questionário a uma média de 5 a 30 alunos 
do Ensino Médio analisando como se dá a aquisição e o uso por eles das tecnologias 
educacionais aplicadas em suas respectivas instituições de ensino, seja ela pública ou 
particular, objetivando compreender melhor a relação e a interação deles com as mídias 
de comunicação que compõem os projetos pedagógicos das mesmas. Portanto, sendo os 
alunos o objeto de estudo desse trabalho, entrar em contato com eles, observá-los e 
perguntar sobre o uso de mídias passou a ser um objetivo. 
A pesquisa foi realizada em quatro escolas da região Metropolitana do Estado do 
Rio de Janeiro, sendo duas escolas públicas, uma semipresencial de educação para 
jovens e adultos; a outra regular de ensino fundamental II e médio; duas particulares de 
Ensino médio regular, as quais foram denominadas de escolas A, B, C e D. A escola A 
foi analisada por Elisabete Anacleto Pessanha, a B e a C por Gustavo Costa de Souza e 
a D por Fabiana Martins Ribeiro. 
A escola A operava na modalidade EAD semipresencial com uso de material 
impresso, mas, desde fevereiro de 2013, agregou a sua rede o uso dos AVAS (ambientes 
virtuais de aprendizagem) e das TICs (Tecnologia de Informação e comunicação), 
ampliando assim a sua capacidade de ensino. 
Os alunos da Escola A receberam um material didático totalmente reformulado e 
produzido especificamente para EJA e para EAD. O material, além de possuir uma 
linguagem dialógica, contém hiperlinks e boxs que apontam para o aluno possibilidades 
variadas de pesquisas online, como também outros conteúdos midiáticos que estimulam 
10 
 
os alunos a interagirem entre si e a utilizarem o ambiente virtual para pesquisas, 
trabalhos entre outras possibilidades. Como o público da Escola A é muito variado, 
possuindo alunos de todas as classes sociais, desde alunos evadidos, alunos da terceira 
idade, alunos de escolas particulares, alunos de regime penitenciário que saem somente 
para fazer provase etc., o questionário auxiliou na percepção de como esse material vem 
sendo recebido e utilizado, identificando quem acessa os ambientes ou quem só estuda 
pelos fascículos, tornando possível formar um quadro da receptividade e identificar 
quem se utiliza das mídias de forma a beneficiar-se de suas potencialidades. 
Também na Escola B, desde o início do ano de 2014, os alunos do Ensino Médio 
estão recebendo um material didático produzido especificamente para o Ensino a 
Distância. Parte deste material consta de textos com explicações detalhadas e com 
vocabulário simples de forma que o aluno por si só, possa compreendê-lo e apreendê-lo 
sem maiores dificuldades. Os resultados obtidos e que serão também coletados a partir 
do questionário deverão ser apresentados neste trabalho juntamente com as impressões 
dos alunos a respeito da forma como o conteúdo foi apresentado, como também de que 
maneira ele vem fazendo uso das mídias de comunicação para sua aprendizagem, seja 
como forma de esclarecimentos de dúvidas e de conteúdos de escola, bem como para 
pesquisa escolar e pessoal. 
Houve grupos distintos de alunos nesse processo: de um lado um grupo que 
desde o início do ano estava recebendo o conteúdo explicado em seus detalhes, com 
exemplos e demonstrações e de outro aqueles que têm melhor acesso às mídias de 
comunicação e, portanto, como aquelas provindas de ambientes virtuais, haja vista a 
informação de que nem todo o aluno tem acesso fácil e rápido à internet dada suas 
condições financeiras para tal. Neste caso, os alunos da Escola B recebem os conteúdos, 
já os alunos da Escola C e da Escola D, recebem os conteúdos de forma comum e 
tradicional conforme a rede de ensino já se coloca e por residirem mais próximos aos 
centros urbanos, possuem maior acesso às redes de internet. 
Por fim, será realizada a Discussão dos Resultados que serão interpretados, 
analisados, tabulados e organizados por cada integrante do grupo. Esta análise será feita 
para verificar se os objetivos da pesquisa foram alcançados, como também para 
comparar e confrontar dados em relação aos alunos da rede pública presencial, 
semipresencial e particular. 
 
 
11 
 
1.4.2. Instrumentos apresentados na Metodologia: 
A modalidade escolhida para realização deste trabalho foi estudo de caso. Os 
instrumentos utilizados paracoleta de dados e informações foram dois questionários 
(vide anexos 1 e 2), um dirigido aos docentes e outro aos discentes, que visavam 
contemplar os assuntos necessários para elaboração do mesmo e que atendesse aos 
objetivos estabelecidos. 
Os dados coletados foram compilados e apresentados em gráficos para melhor 
visualização dos resultados objetivando manter a fidedignidade das informações, 
seguido de uma explanação dos mesmos. 
 
2. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 
 
Os avanços tecnológicos mudaram a concepção das pessoas em diversos aspectos. A 
sociedade sedenta de informação e buscando dinamizar seu tempo, cede cada vez mais 
espaços as novidades do mundo globalizado. Podemos observar isso em um simples 
caminhar pelas ruas, quando avistamos pessoas conectadas a ambientes virtuais de 
alguma forma. No campo educacional também não é diferente. 
Com o crescimento massivodas mídias de comunicação e informação, percebemos 
que a cada dia que passa nossos alunos chegam com mais informações. Mas, muitas 
dessas informações adquiridas por eles na maioria das vezes são excessivas. 
Sabemos que há muitas ideias veiculadas que são míticas, falsas, infundadas ou 
deturpadas, não agregando valor ao saber, mas sim dificultando a construção do 
mesmo. É necessário se perceber até que ponto esse conhecimento massivo e midiático 
dessa nova Sociedade da Informação, onde diariamente crianças, adolescentes, jovens e 
adultos são bombardeados por informações com uma velocidade cada vez maior pelos 
mais diferentes meios de comunicação, facilita e contribui na aprendizagem, pois um 
conhecimento de fontes confiáveis auxiliará o aluno na ampliação de sua visão de 
mundo, promovendo uma formação sadia e mais afinada com a realidade. 
Em seu livro Cibercultura, LÉVY (1999) já sinalizava para o impacto das 
tecnologias sobre a construção da inteligência coletiva denominando tal fato de “veneno 
e remédio da cibercultura”. 
12 
 
Tal afirmativa provém do fato de que as mídias que hoje conhecemos e utilizamos 
possuem um enorme potencial para bons resultados, aprimoramento do tempo, etc.. No 
entanto, a mesma pode ser extremamente destrutiva caso não a utilizemos 
adequadamente. A veiculação de informações de maneira rápida muitas das vezes é 
imatura, precoce e inconsequente. O Dr. Ryon Braga, em seu estudo “O excesso de 
Informação – A neurose do século XXI” (BRAGA, 2004), não põe em xeque os 
benefícios que a tecnologia da informação tem proporcionado a todos permitindo 
“acessar, em tempo real, informações sobre quase tudo que existe no mundo e poder 
estabelecer contato direto com as fontes de informações”. No entanto, ele aponta que a 
cada dia somos atingidos por novas informações e não conseguimos absorvê-las 
tamanho é o seu volume, sem falar das futilidades, superficialidades e inverdades que as 
acompanham. 
Compreendendo a necessidade de entender mais sobre esse assunto, este trabalho 
objetiva investigar o uso de diferentes mídias na sociedade de informação e como estes 
se infiltram no campo educacional. Pretende também apresentar alguns indicativos e 
ideias que possam orientar a otimização dessa explosão das mídias na sociedade de 
informação e seu impacto na aprendizagem. 
Surge assim, a necessidade de resgatarmos todo o processo de aprendizagem 
desenvolvido pelos alunos na Educação a Distância como um marco na diferenciação 
das relações tempo-espaço e professor-aluno. 
 
2.1.Planejamento, Implementação e Gestão da EAD 
 
A Educação a Distância é um segmento cujo ensino está centrado no aluno. Este 
passa a ter a sua autonomia diante do aprendizado. Os alunos interagem com seus 
professores-tutores, em geral, por meio virtual através do uso de tecnologias. 
Considerando regiões em que o acesso à educação torna-se difícil, a educação a 
distância passa a exercer um papel importante no campo educacional rompendo com as 
consequências do distanciamento. 
 Com isso, projetos de ensino a distância ganharam um importante papel no 
campo educacional. Não só aqueles que estão distantes geograficamente o procuram, 
como também aqueles que estão nos grandes centros. Constantemente pessoas estão à 
procura de formação e nem sempre os horários de cursos presenciais são compatíveis 
13 
 
com os horários dessas pessoas. Portanto, a EAD tornou-se uma saída para quem quer 
formação cumprindo com carga horária compatível as suas necessidades. 
 A partir disso, as universidades e outros institutos profissionalizantes passaram a 
desenvolver cada vez mais projetos de EAD em busca dessa clientela que são de 
diferentes segmentos da sociedade, como: funcionários de empresas que necessitam 
requalificação, pessoas interessadas na sua graduação ou em outra graduação, que visam 
expandir e ampliar seus conhecimentos em Cursos de Pós-Graduação e outras mais. 
 Apesar de o número de alunos para cursos em EAD ter crescido ao longo dos 
últimos anos, ainda encontramos resistências a esse segmento de ensino. O preconceito 
por parte de muitas pessoas a respeito dele ainda é grande. E, no geral, há aqueles que 
não acreditam que consigam estudar sendo autor de seu próprio processo de ensino. 
Porém, quanto mais a EAD se expande, mais esse preconceito tende a cair. 
 Os avanços tecnológicos trouxeram outra roupagem a EAD. As ferramentas 
encontradas atualmente nos ambientes virtuais possibilitam maior troca de informações 
e maior precisão quanto ao ensino. Tanto que há professores de ensino presencial que 
fazem uso de diversos recursos midiáticos para complementar e renovar suas aulas, o 
que fez com que os alunos passassem a se sentir mais confortáveis perante o variado de 
opções para adquirir conhecimento. 
 Com isso, pode-se considerar que essa geração que faz uso dos recursos 
midiáticos e ferramentas provindas da internet possa mudar ainda mais esse quadro de 
resistência, fazendo com que mais pessoas acreditem nesta modalidade de ensino e a 
valorizem mais. 
 
2.2. Ambientes Virtuais e as Mídias de Comunicação 
 
Segundo Santos e Okada (2003), os novos paradigmas epistemológicos apontam 
para a criação de espaços que privilegiem a co-construção do conhecimento, o alcance 
da consciência ético-crítica decorrente da dialogicidade, ou seja, que se concerne à arte 
do diálogo; assim como da interatividade e intersubjetividade. Isto significa uma nova 
concepção de ambiente de aprendizagem - comunidade de aprendizagem que se 
constituam como ambientes virtuais de aprendizagem. 
 
As tecnologias digitais de comunicação e informação estão 
possibilitando muitas mudanças. As redes não só de máquinas e de informação, 
14 
 
mas principalmente de pessoas e de comunidades estão permitindo configurar 
novos espaços de interação e de aprendizagem. Qualquer usuário de qualquer 
ponto pode não só trocar informações, mas reconstruir significados, rearticular 
ideias tanto individualmente quanto coletivamente; e, assim, partilhar novos 
sentidos com todos os usuários da rede. (SANTOS E OKADA, 2003) 
 
 
A tradicional sala de aula, onde o instrucionismo é evidenciado com alunos 
reproduzindo conhecimentos fragmentados e sem nenhuma contextualização deve ser 
combatida, afim de que possa ocorrer uma verdadeira aprendizagem. 
 Na área educacional, podemos afirmar que quando estamos interagindo com 
outros sujeitos e objetos técnicos construindo uma prática de significação podemos 
tanto virtualizar quanto atualizar este processo. Então, virtualizar é problematizar, 
questionar, é processo de criação. 
O ambiente virtual é um espaço repleto de significação onde seres humanos e 
objetos técnicos interagem potencializando assim, a construção de conhecimentos, a 
aprendizagem.É um conjunto de elementos técnicos e principalmente humanos e seu 
feixe de relações contido no ciberespaço com uma identidade e um contexto específico 
criado com intenção clara de aprendizado. O trabalho colaborativo e participação online 
são características fundamentais. É fundamental existir a interatividade entre os 
participantes através da comunicação online, construção de pesquisas, descobertas de 
novos desafios e soluções. O conteúdo deve ser fluido, dinâmico e estruturado pelos 
indivíduos do grupo. 
Precisamos desafiar os educadores, comunicadores e designers a criarem e 
gerirem novas formas e conteúdos para que tenhamos no ciberespaço mais do que 
depósitos de conteúdo, mas de fato AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem). Enfim, 
oportunizar a co-construção e autoria interativa do conhecimento e da aprendizagem 
livre, plural e gratuita. 
Seguindo a visão de Kenski (2006) as mídias requerem um severo cuidado desde 
o ato de escolha até mesmo na sua manutenção. De início, a escolha das mídias usadas 
deve estar ligada ao projeto pedagógico do curso e estas podem ser usadas de diferentes 
formas de acordo com os objetivos propostos em cada módulo, ou seja, uma mesma 
mídia pode ser reutilizada, recriando-se as atividades para que haja uso diferenciado 
delas a partir de outro enfoque. 
 É necessário que haja uma atenção especial sobre elas, sobretudo no que diz 
respeito a sua manutenção. Conforme nosso conhecimento prévio, o ambiente virtual de 
15 
 
aprendizagem deve funcionar independente do horário, salvo em períodos de 
manutenção em que alunos são informados com antecedência. Por tal motivo, é 
necessário que as mídias estejam sempre em funcionamento durante o decorrer de seu 
uso durante alguma atividade. As atividades do curso não podem ser suspensas. 
 Ao adotar cursos online, as instituições devem realizar parâmetros para a análise 
de escolhas de mídias que resultarão em um plano de mídias. Este deve levar em conta 
diversos aspectos como: os custos que as instituições arcarão com o desenvolvimento de 
tal projeto, bem como da forma de acesso por parte do corpo discente e seu conteúdo. 
 O ambiente virtual oferece um variado de opções de ferramentas que enriquecem 
o aprendizado do aluno. Não é tarefa difícil esclarecer alguma dúvida a respeito de um 
conteúdo através da internet, em sites de vídeos é fácil encontrar uma aula sobre o 
assunto. E ainda assim há outras formas de se esclarecer isso: um blog, um e-mail de 
contato com algum professor virtual, um site de slides explicativos e etc. O uso das 
mídias educativas, quando bem empregadas, garantem que os objetivos e resultados 
previstos para o curso sejam mais facilmente alcançados. 
 As mídias potencializam a educação, permitindo que esta saia da sala de aula e 
interaja com outros espaços sociais e culturais, proporcionando a manutenção do 
conhecimento, além de integrá-la ao dia-a-dia do estudante e ao mercado de trabalho. 
Lévy (1999) sinaliza o papel das tecnologias intelectuais, como favorecedoras de 
novas formas de acesso à informação e de novos estilos de raciocínio e de construção do 
conhecimento e que toda essa interação só é possível graças ao uso do ciberespaço 
definido por ele como: 
[...] o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos 
computadores e das memórias dos computadores. Essa definição inclui o 
conjunto dos sistemas de comunicação eletrônicos (aí incluídos os conjuntos de 
redes hertzianas e telefônicas clássicas), na medida em que transmitem 
informações. Consiste de uma realidade multidirecional, artificial ou virtual 
incorporada a uma rede global, sustentada por computadores que funcionam 
como meios de geração de acesso. (LÉVY, 1999, p.92) 
 
A nova sociedade do conhecimento traz muitos desafios e questionamentos para 
o campo educacional. Segundo Márcio Balbino “A educação precisa repensar seus 
métodos curriculares e preparar seus docentes tanto para se apropriarem das novas 
tecnologias de informação e comunicação quanto para a prática da educação a distância 
que se vê viabilizada”. 
16 
 
Percebe-se diante da literatura exposta, para que o papel do professor seja 
repensado, e ele assumaa função de mediador do conhecimento. O espaço educacional 
também é repensado: a sala de aula é redimensionada e alcança o ciberespaço através 
dos AVAS (ambientes virtuais de aprendizagem) se torna ilimitado e sem fronteiras. 
Alunos adquirem mais autonomia em sua aprendizagem e podem interagir com 
estudantes de outras regiões e de outros países. Galerias, museus, exposições do outro 
lado do mundo e até mesmo o espaço podem ser visualizados e visitados em tempo real. 
De acordo com Silva (2001), os desafios da Sociedade de informação são 
inúmeros e inserir as tecnologias de informação e comunicação no campo educacional 
implica em riscos e desafios: 
 
“Informação é poder, isso implica dizer que ela é fator multiplicador e 
medida de avaliação do poder.” (Silva, 200, p. 5) 
 
 
Essa afirmativa nos remete a Bobbio (1999) ao classificar o poder conforme o 
meio empregado para a sua manifestação: poder econômico (riqueza), ideológico 
(saber) e político (força). 
 
O que tem em comum estas três formas de poder é que contribuem 
conjuntamente para instituir e para manter sociedades de desiguais divididas 
em fortes e fracos com base no poder político, em ricos e pobres com base no 
poder econômico, em sábios e ignorantes com base no poder ideológico. 
Genericamente, em superiores e inferiores. (BOBBIO,. p.83). 
 
 
Isso significa dizer que sem estar elencadaa algo que contribua para o 
crescimento, a informação não tem valor e sem que todos tenham acesso a ela, se torna 
elemento de dominação e alienação, sobre o qual diz Zanirato (2010): 
 
Iniciativas de inclusão digital, fomentadas por meio de parcerias entre 
governo, empresas e sociedade civil, como implantação de terminais de acesso 
à internet, só serão eficientes se vierem acompanhadas de ferramentas para o 
combate ao analfabetismo digital. (ZANIRATO p. 1) 
 
 
Construir indivíduos pensantes e criativos é o grande desafio frente ao uso das 
tecnologias de informação e conhecimento. É necessário então desenvolver neles o 
senso crítico, o acesso à informação com discernimento do que é certo ou errado, do que 
17 
 
é verdadeiro ou falso, do que acrescenta ou do que é apenas perda de tempo. Só assim 
teremos uma sociedade capacitada a enfrentar os novos desafios que surgirão de toda 
essa revolução tecnológica. 
 
2.3. Apresentações dos dados obtidos a partir da aplicação dos questionários 
 
Para um trabalho desse porte não adianta apenas realizar pesquisas nas 
bibliografias mencionadas. É necessário ir além e realizar pesquisas de campo. Então, as 
escolas aqui mencionadas para a aplicação dos trabalhos e questionários passaram a 
representar um papel importante para o nosso trabalho. 
Os dados obtidos durante o processo de aplicação dos questionários serão 
comparados e as respostas serão ordenadas, organizadas, analisadas e interpretadas. 
Com isso, caracterizaremos o que é típico entre todos os grupos: alunos e professores, o 
que cada grupo distinto nos apresentou em comum em suas respostas. Seja os seus 
afetos ou desafetos a respeito das atividades realizadas e possíveis críticas quanto ao uso 
ou a carência de recursos. 
Dando ênfase ao fato de os questionários também apresentarem perguntas 
fechadas, haverá resultados que serão apresentados em forma de tabela justamente para 
dar maior visualização aos dados obtidos e com isso compará-los. Assim também será 
possível visualizar dados novos de forma mais clara. 
Após isso será feita a descrição dasdiferenças apresentadas. Trata-se da 
aplicação de questionários com respostas abertas e fechadas, portanto, cada um terá 
como manifestar suas visões sobre as atividades realizadas e os resultados obtidos com 
base nas avaliações. Além disso, também serão revisadas as variantes durante o decorrer 
do processo, ou seja, as variações apresentadas pelos alunos e professores durante a 
aplicabilidade do trabalho. A partir daí, será possível manifestar nossas ilações e críticas 
a respeito do que as mídias educativas representam para esses grupos através dos dados 
obtidos. 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Após coletarmos os dados, eles foram compilados e dispostos em gráficos com a 
finalidade de melhor visualizar e analisar os resultados obtidos, a fim de se chegar a um 
consenso. 
18 
 
Abaixo estão dispostos os gráficos representando as informações obtidas a partir 
dos questionários aplicados: 
 
 
Gráfico 1a – alunos com internet em casa 
 
 
 
Gráfico 2a – alunos que acessam internet na escola 
 
 
O primeiro gráfico (1a) apresenta o quantitativo dos alunos que possuem internet 
em casa e o segundo (2a), o quantitativo de alunos que acessam a internet na escola, 
visto sabermos que a mesma possui sala de informática equipada com 15 computadores 
ligados a internet. 
72% 
28% 
Alunos que possuem internet em casa 
 
SIM NÃO
35% 
65% 
Alunos que acessam ou já acessaram a internet na escola 
 
SIM NÃO
19 
 
Percebemos pela análise dos mesmos que o número de alunos que possuem 
internet em casa é muito grande e talvez isso possa refletir no segundo gráfico que 
revela o baixo uso do ambiente virtual na escola. 
 
 
Gráfico 3a – principais mídias educativas utilizadas pelos alunos 
 
 
Na análise do gráfico 3a percebemos que, apesar dos inúmeros recursos 
midiáticos disponíveis a que nossos alunos têm acesso em nossos dias, o livro impresso, 
que na Escola A é denominado Fascículo, ainda detêm a preferência do público 
colegiado. Muitos alegam não possuir notebooks ou tablets ou terem medo de ostentá-
los em público, no entanto, a grande maioria revela preferência pelo livro impresso 
devido à facilidade de manuseio e de estudo em vários locais. 
Continuando a análise do gráfico vemos que os ambientes virtuais vêm em 
segundo lugar na preferência do colegiado, devido à facilidade de encontrar nele 
recursos midiáticos como vídeos, textos e exercícios que auxiliam o aluno na 
aprendizagem e do mesmo poder ser acessado em casa, no trabalho, em lan-houses e 
nos smartphones. 
O material fotocopiado (xerox), também é muito bem aceito pelo público e no 
gráfico ele está contabilizado como material impresso. 
60% 36% 
1% 1% 
1% 1% 
Mídias Educativas 
Livros Impressos Material de Internet DVD CD Slides E-books
20 
 
Vale lembrar que a Escola A recebeu livros novos no início e no meio do ano 
letivo de 2014, ressaltando que antes desse novo material, os fascículos antigos, 
denominados apostilas eram xerox. Os CDs, DVDs, E-books e slides juntos formam 
menos de 5% da preferência de estudo dos alunos da Escola A. 
 
 
Gráfico 4a – preferência de esclarecimento de dúvidas pelos alunos 
 
Dentre as formas de esclarecimento de dúvidas pelos alunos, observamos no 
gráfico 4a que a preferência continua sendo a consulta ao professor, fato que 
atribuiremos aqui a dois fatores: primeiro muitos alunos tem dificuldades em acessar o 
AVA, pois tem pouco domínio dos recursos midiáticos e, segundo e mais relevante, a 
Escola A tem por regra que se o aluno perder por duas vezes a prova de um mesmo 
Fascículo só poderá fazer nova tentativa com a autorização do professor, o que força o 
aluno a vir a escola e esclarecer dúvidas de forma presencial. 
 
 
8% 
2% 
35% 55% 
Formas de esclarecimento de dúvidas 
sites da internet e-mails aos colegas ou professores
aulas de sites como o youtube presencial com o professor
50% 
8% 
8% 
7% 
20% 
7% 
Ferramentas da internet mais acessadas para estudo 
Vídeos do youtube Apresentação de slides
Blogs de textos explicativos Chats educativos
21 
 
Gráfico 5a–ferramentas de internet para estudo preferidas pelos alunos 
 
Em relação às ferramentas da internet mais acessadas para o estudo, podemos 
ver no gráfico 5a que os vídeos do Youtube ocupam o primeiro lugar, seguido pelos 
sites de conteúdos escolares. As outras ferramentas dividem quase que igualitariamente 
o resto da preferência dos alunos. 
 
Gráfico 6a – utilização de internet para estudos e pesquisas 
 
 
No gráfico 6a percebemos que muitos alunos assinalam que utilizam sempre ou 
quase sempre a internet para suas pesquisas escolares, mas, analisando este mesmo 
gráfico, podemos constatar que há também um grande número que raramente ou 
nuncafazem esse uso . 
 
 
 
 
Gráfico 7a – principais meios de acesso à internet utilizado pelos alunos. 
 
Percebemos no gráfico 7a que a maioria do acesso a internet pelos alunos se dá 
por meio do celular, o que atribuímos a facilidade de transporte e acesso ao mesmo. Em 
30% 
30% 
20% 
20% 
Frequência de uso da internet para pesquisa de trabalhos 
escolares 
Sempre Quase sempre Raramente Nunca
15% 
45% 
30% 
10% 
Aparelhos de acesso à internet 
Tablet Telefone celular Computador desktop Netbook
22 
 
segundo temos o computador desktop, seguido pelo tablet, que tem crescido também na 
preferência dos usuários. Em último lugar vem o netbook que, devido ao seu alto custo, 
conquistou pouco público nas escolas brasileiras. 
Tamanha variação nos índices da pesquisa deve-se ao fato antes citado e aqui 
relembrado da diversidade de público que compõe a escola A. 
 No questionário aplicado aos professores, foram também coletados e compilados 
vários dados que estão disponibilizados nos gráficos abaixo, mostrando um perfil dos 
novos professores-tutores que agora fazem parte do quadro de profissionais da escola A. 
 
 
Gráfico 1b – uso dos AVAS pelos professores 
 
 
 
Gráfico 2b- edição dos AVAS pelos professores 
 
De acordo com o quadro de tabulação acima, verificamos que a maioria dos 
professores quase não utiliza o ambiente virtual da escola. 
10% 
15% 
75% 
Utiliza o ambiente virtual com seus alunos? 
frequentemente raramente nunca
10% 
25% 
65% 
Edita o ambiente virtual para incluir atividades? 
frequentemente raramente nunca
23 
 
No gráfico 1b fica claro que a utilização do ambiente com os alunos pelos 
professores é quase nula. 
No gráfico 2b observamos que alguns professores até editam o ambiente, 
incluindo atividades e outras mídias, porém ainda não inseriram a tecnologia no seu 
cotidiano escolar. 
 
Gráfico 3b – retorno aos alunos nos AVAS 
 
 
 
 
Gráfico 4b- incentivo dos professores ao uso dos AVAS pelos alunos 
 
 
Nas salas virtuais da Escola A o aluno faz seu login, acessa o material impresso, 
os vídeos, resolve os exercícios e atividades propostas, consultam suas notas e colocam 
suas dúvidas para os professores. Analisando os resultados compilados pelo 
5% 
5% 
90% 
Corrige as atividades dos alunos e responde suas dúvidas no 
ambiente virtual? 
frequentemente raramente nunca
5% 
5% 
90% 
Há alguma pontuação ou bônus para incentivar os alunos ao uso 
dos ambientes virtuais? 
frequentemente raramente nunca
24 
 
questionário dos professores observamos no gráfico 3b que a maioria deles não dão 
feedback para as atividades realizadas pelos alunos no ambiente virtual e não 
respondem as dúvidas colocadas, desmotivando o aluno a utilizar o ambiente. Aliás, 
eles não procuramincentivar com alguma pontuação ou bônus o uso do mesmo pelos 
alunos (gráfico 4b). 
Observamos que a resistência contra a inserção das mídias se dá mais pelos 
professores antigos do estado que não dominam os recursos tecnológicos e não 
demonstram interesse em fazê-lo. Os professores novos e que já utilizam esses recursos 
em escolas particulares o fazem sem maiores problemas, mas, como eles não são a 
maioria, o resultado na pesquisa se dá ainda como negativo ou pouco relevante. 
A tendência é que, com a aposentadoria desses professores antigos e a constante 
capacitação que vem sendo feita pelos órgãos responsáveis pela implantação do projeto 
na escola A, em breve o número de profissionais envolvidos, e que possivelmente 
possam aderir ao mesmo, cresça e os objetivos desenhados para a melhoria e a inserção 
da escola A na modalidade EAD sejam alcançados. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente trabalho nos permitiu perceber que, independente de toda a evolução 
tecnológica pela qual estamos passando, a utilização dos conteúdos midiáticos e dos 
AVAS na educação passa antes de tudo por uma nova formação cultural, que consiste 
em criar o hábito de utilização dessas ferramentas. 
Para que isso ocorra é importante que haja um rompimento com o passado 
academista que ainda persiste em dominar nossas escolas imputando aos professores o 
papel de grande detentor do saber para que estes atuem como mediadores do ensino. 
Destarte, estes também devem estar preparados tendo pleno conhecimento dos recursos 
e das ferramentas que regem o ensino a distância, filtrando os conteúdos que serão 
utilizados e indicando aos alunos sites confiáveis e de prestígio, pois há um perigo 
constante de que fatos insignificantes, errôneos e mentirosos se tornem atrativos e 
verossímeis aos alunos que utilizam as mídias como meio educacional, fazendo com 
que haja um ruído na comunicação e permitindo que os mesmos adquiram um falso 
conhecimento. 
25 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação à distância na internet: 
abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. São Paulo: 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2003. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/ep/v29n2/a10v29n2.pdf>.Acesso em: 20 abr. 2014 
 
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Transformações no trabalho e na 
formação docente na educação a distância on-line. Em Aberto, v. 23, p. 67-77, 2010. 
Disponível em: <http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/179/ 
1354>. Acesso em: 20 abr. 2014. 
 
BOBBIO, Norberto. Estado, Governo, Sociedade: Para Uma Teoria Geral da Política. 
Paz e Terra. 2007. 13ª Ed. 
 
BRAGA. Dr. Ryon. O excesso de informação: A neurose do Século XXI. Disponível 
em: <http://www.mettodo.com.br/pdf/O%20Excesso%20de%20Informacao.pdf>. 
Acesso em: 15 abr. 2014. 
 
PESTANA, Maria Cláudia et al . Desafios da sociedade do conhecimento e gestão de 
pessoas em sistemas de informação. Ci. Inf.,Brasília , v. 32, n. 2, Aug. 2003 . 
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
19652003000200009>. Acesso em: 28 out 2014. 
 
CAVALCANTE, Márcio Balbino. A Educação Frente às Novas Tecnologias: 
Perspectivas e Desafios. Disponível em:<http:// www. profala.com/ 
arteducesp149.htm>.Acesso em: 20 abr. 2014. 
 
CORREIA, Edvania Santos. As Mídias no Contexto Escolar. Disponível em: 
<http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/as-midias-no-contexto-escolar.html>. 
Acesso em: 20 abr. 2014. 
 
CRUZ, Marcus Vinicius Maia da ET ali. Informática e Educação – pontos negativos. 
Disponível em: http://wiki.icmc.usp.br/images/4/43/Inform% C3% A1tica_e_Educa% 
C3%A7%C3%A3o_%E2%80%93_Pontos_Negativos.pdf . Acesso em: 15 abr. 2014. 
26 
 
DEMO, Pedro. Professor do Futuro e Reconstrução do conhecimento. São Paulo: 
Vozes, 2004. 
DIAS, Glenda. Ambientes Virtuais e Mídias de Comunicação. Disponível em: 
<http://httphotlink.blogspot.com.br/2012/07/ambientes-virtuais-e-midiasde.html>. 
Acesso em: 21 abr. 2014. 
 
DORIGONI, Gilza Maria Leite e SILVA, João Carlos da.Mídia e Educação: o uso das 
novas tecnologias no espaço escolar. Disponível em: http://design.org.br/ 
artigos_cientificos/1170-2.pdf. Acesso em: 14 abr.2014. 
 
KENSKI, Vani Moreira. Gestão e Uso das Mídias em Projetos de Educação à 
Distância. Revista E-Curriculum, São Paulo, v. 1, n. 1, dez. - jul. 2005-2006. 
 
KENSKI, V. Novas tecnologias, o redimensionamento do espaço e do tempo e os 
impactos no trabalho docente. Revista Brasileira de Educação, n. 8. São Paulo: Ação 
Educativa/Anped, 1998. Disponível em: http://www.conhecer.org.br/download/ 
INFORMATICA%20EDUCATIVA/leitura%20anexa%203.pdf. Acesso em: 09 
jul.2014. 
 
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo, Editora 34, Ltda.1999. Disponível em: 
<http://pt.scribd.com/doc/11036046/Cibercultura-Pierre-Levy>. Acesso em: 22 
abr.2014. 
 
MEDEIROS, Marilú Fontoura de. et al. A produção de um ambiente de 
aprendizagem em educação à distância com o uso de mídias integradas: a PUCRS 
Virtual. In: Congresso Internacional de Educação a Distância, 2001. Brasília. Anais do 
Congresso. 2001. Disponível em<http://www.ead.pucrs.br/biblioteca/artigo/Abed_ 
AmbientesAprendizagem.pdf>. Acesso em: 22 abr.2014. 
 
MEHLECKE, Querte T.C.; TAROUCO, Liane M.R. Estudando ambientes de suporte 
para educação à distância: uma mediação para aprendizagem cooperativa online. 
Artigo publicado no I Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação– 
27 
 
CINTED 2003. Disponível em: <http://www.cinted.ufrgs.br/eventos/ 
cicloartigosfev2003/palestras03index.html>. Acesso em: 22 abr. 2014. 
 
MESQUITA, José Alegre. A escola na Sociedade do Conhecimento:A educação na 
sociedade de informação e da comunicação. Disponível em: <http://www.netprof.pt/ 
PDF/parte2.pdf>. Acesso em: 22 abr.2014. 
 
MORAN, José Manuel. Como utilizar a Internet na educação. Ci. Inf.,Brasilia , v. 26, 
n. 2, May 1997 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0100-
19651997000200006&script=sci_arttext>. Acesso em:28 out 2014. 
 
NETO, Antonio Simão. Comunicação e Interação em Ambientes de Aprendizagem 
Presenciais e Virtuais. Paraná: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2011. 
Disponível em: <http://reposital.cuaed.unam.mx:8080/jspui/bitstream/123456789/ 
2982/1/2-br-Antonio%20Sim%C3%A3o%20Neto.pdf>. Acesso em: 20abr.2014. 
 
SÁ, Jussara Bittencourt de e MORAES, Heloisa JuncklausPreis. Mídia e Educação: 
reflexões, relatos e atuações. Disponível em: <http://www.uff.br/feuffrevistaquerubim/ 
images/arquivos/artigos/mdia_e_educao_jussaraa_bittencourt_de_s__revista_querubim.
pdf >. Acesso em: 22abr.2014. 
 
SANTOS, Edméa O. OKADA, Alexandra. A construção de ambientes virtuais de 
aprendizagem:por autorias plurais e gratuitas no ciberespaço.In: ANPED, 2003, Poços 
de Caldas. Novo governo, novas políticas, 2003. Disponível em: 
<http://people.kmi.open.ac.uk/ale/papers/a06anped2003.pdf>. Acesso em: 22abr.2014. 
 
SANTOS, Edméa O. Educação online para além da EAD: um fenômeno da 
cibercultura. In: X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia, 
2009, Braga-PT: Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho, 
2009. Disponível em: <http://www.educacion.udc.es/grupos/gipdae/documentos/ 
congresso/Xcongresso/pdfs/t12/t12c427.pdf>. Acesso em: 22abr.2014. 
 
SILVA, Alzira Karla Araújo da.A Sociedade da Informação e o Acesso a Educação: 
uma interface necessária a caminho da cidadania. Disponível 
28 
 
em:<http://www.ies.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/view/295> Acesso em: 
22abr.2014. 
 
TORNERO, José Manuel Pérez e FIDALGO, Joaquim.Comunicação e Educação na 
Sociedade de Informação: Novas Linguagens e Consciência Crítica. Coleção 
Comunicação. Porto Editora, 2007. 
 
VIEIRA, Maria Alexandra Nogueira. Educação e Sociedade da Informação: Uma 
perspectiva crítica sobre as TIC num contexto escolar. Braga, 2005. Disponível em: 
<https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/3276/1/Tese_Educacao_Sociedad
e_Informacao_AV.pdf>. Acesso em: 14 abr.2014. 
 
ZANIRATTO, Bianca Giordana. O impacto da Tecnologia as Informação na 
Comunicação.Unesp – Bauru. Disponível em: <http://webcache.googleu 
sercontent.com/search?q=cache:cZAXLOLBkfgJ:encipecom.metodista.br/mediawiki/i
mages/5/5c/GT6Texto005.pdf+&cd=9&hl=pt-R&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 22 
abr.2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
ANEXO 1 
Questionário pedagógico institucional destinado aos alunos: 
 
1) Você tem acesso a rede de internet na escola? ( ) Sim ( ) Não 
 
2) Você tem acesso a rede de internet em casa? ( ) Sim ( ) Não 
 
3) Para qual(is) finalidade(s) costuma acessar a internet?_________________________ 
 
4) Quais mídias educativas você tem acesso? 
 
( ) Livro ( ) CDs ( ) DVDs ( ) Material da internet ( ) E-books ( ) Slides ( ) 
Xerox 
 
5) Qual delas prefere mais? Por quê?________________________________________ 
 
4) O conteúdo apresentado pelo seu professor é auto explicativo? Você consegue 
dominar o assunto só lendo o que está presente no material didático? Por quê? 
______________________________________________________________________ 
 
5) Em caso de dúvidas, costuma reler os conceitos apresentados no material didático? 
( ) Sim ( ) Não 
 
6) Se as dúvidas persistem, qual outra forma de esclarecê-la? 
 
( ) Verificando em sites da internet ( ) Estudando em aulas de sites como o Youtube. 
( ) Enviando e-mails aos colegas ou professores ( ) Outro: ___________________ 
 
7) Qual(is) ferramenta(s) da internet mais acessa para estudar? 
 
( ) Vídeos do Youtube ( ) Blogs de textos explicativos ( ) Sites de conteúdos 
escolares( ) Apresentação de slides ( ) Chats educativos ( ) Enciclopédia do 
Wikipédia 
 
8) Por qual motivo assinalou a(s) opção(ões) acima?____________________________ 
 
9) Em qual(is) aparelho(s) costuma fazer acesso à internet? 
 
( ) Computador desktop ( ) Tablet ( )Telefone celular ( ) Notebook 
 
10) Costuma realizar pesquisas para trabalhos escolares na internet com que frequência? 
 
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca 
 
11) Já entregou algum trabalho via internet? ( ) Sim ( ) Não 
 
12) Você procura conhecimentos para enriquecimento próprio na internet através das 
ferramentas listadas? Como isso funciona? 
______________________________________________________________________ 
30 
 
ANEXO 2 
 
Questionário diagnóstico destinado aos professores: 
 
1) Sua escola possui ambiente virtual próprio? ( ) Sim ( ) Não 
2) Você o utiliza com seus alunos? ( ) Raramente ( ) Frequentemente ( ) Nunca 
3) Você edita o ambiente para incluir atividades, orientações e disponibilizar outras 
mídias? ( ) Raramente ( ) Frequentemente ( ) Nunca 
4) Você corrige as atividades dos alunos e responde suas dúvidas no ambiente 
virtual? ( ) Raramente ( ) Frequentemente ( ) Nunca 
5) Há alguma pontuação ou bônus para incentivar os alunos ao uso dos ambientes 
virtuais? ( ) Raramente ( ) Frequentemente ( ) Nunca 
6) Como escolhe as mídias educativas que pretende usar em seu roteiro de aula? 
______________________________________________________________________ 
 
 
7) Como os alunos se manifestam perante elas? 
______________________________________________________________________ 
 
 
8) Como costuma avaliar seus alunos perante o uso de mídias educativas? Como nota 
que seus objetivos foram alcançados? 
______________________________________________________________________ 
 
 
9) Qual mídia mais chama a atenção dos alunos? Qual eles mais manifestam interesse? 
______________________________________________________________________ 
 
 
10) Costuma ter algum problema relacionado a recursos tecnológicos para a aplicação 
de alguma mídia educativa? Relate. 
______________________________________________________________________ 
 
 
11) Encontra dificuldades para inserir mídias educativas em seu trabalho? Relate. 
______________________________________________________________________

Continue navegando