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EXECELÊNTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE 
VITÓRIA-ES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GERSON, brasileiro, solteiro, médico, portador da carteira de identidade nº ________, 
expedida pelo ________, inscrito no CPF nº ________, residente e domiciliado à rua 
________________________, Vitória/ES, vem por seu advogado que para efeitos do 
art. 39, I, CPC, indica o endereço profissional à rua ________________________, à 
presença de Vossa Excelência propor: 
 
 
AÇÃO REVOCATÓRIA PARA ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO 
 
Pelo Rito Comum, em face de BERNARDO, nacionalidade, viúvo, profissão, portador 
da carteira de identidade nº ________, expedida pelo ________, inscrito no CPF nº 
________, residente e domiciliada à rua ________________________, Salvador/BA, 
pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
 
 
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
Requer o Autor, nos termos da lei nº 1.060 de 1950, que lhe seja deferido os benefícios 
da justiça Gratuita, tendo em vista em que o mesmo não pode arcar com as custas 
processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. 
 
 
 
DOS FATOS 
 
Gerson, brasileiro, solteiro, medico, residente em Vitoria/ES, é credor de Bernardo, 
viúvo, residente em Salvador /BA, conforme nota promissória no valor de R$80.000,00 
(oitenta mil reais), já vencida em 10/10/2016. Ocorre que, Bernardo, dias após o 
vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fez uma doação, de seus dois 
imóveis, um localizado em na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, 
ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00 , para sua filha Janaina , menor 
impúbere, residente em Macaé /RJ, com sua genitora, com cláusula de usufruto vitalício 
em seu favor do próprio Bernardo , além da cláusula de incomunicabilidade, conforme 
Certidão de Ônus Reais. Cumpre salientar que as dívidas de Bernardo ultrapassam a 
soma de R$ 400.000,00, sendo certo que o imóvel doado para sua filha está alugado 
para terceiros. 
 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
Excelência, o negócio jurídico do caso ora sob aná lise, não deixa dúvidas sobre 
passividade de anulação, visto tratar-se de patente meio ilícito utilizado pelo devedor 
com o fito de resguardar os imóveis de uma possível execução judicial, proveniente, 
pois, das inúmeras dívidas que o Réu possui. Tanto é que as doações se deram, de 
modo impudico, a crescente -se, logo após o vencimento da dívida contraída, tornando 
-se insolvente. Restando em nítida fraude contra os credores, sujeitando-se, assim, a 
anulação das transações, em consonância ao que dita o artigo 158 d o código civil pátrio. 
Nesse sentido: 
 
 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, 
se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, 
ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, 
com o lesivos dos seus direitos. (CC) 
Cumpre ressaltar que o negócio jurídico também está e ivado do vício de nulidade, 
haja vista a flagrante simulação da doação o corrida a menor impúbere, com o 
estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício para o Réu, mantendo este, o 
domínio de fato sobre os bens, e que outro objetivo não seria tal cláusula, se não 
burlar a justiça e os direitos dos credores, em uma ação executiva judicial. Nesse senti 
do expõe o artigo 167 do código civil: 
 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, m as subsistirá o que se 
dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
 § 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
 I - Aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas 
daquelas às quais realmente se conferem , ou transmitem; (CC ) 
 
Deste modo, por todo exposto, requer o Autor, a anulação do negócio jurídico gratuito 
que o correra no caso aqui discutido, tendo em vista o claro objetivo de ferir o direito do 
credor. 
 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto requer a Vossa Excelência: 
a) A citação do réu para responder a presente sob pena de revelia e confissão se 
não o fizer; 
b) A intimação do réu para audiência de conciliação; 
c) Seja concedido o benefício da GRATUIDADE DA JUSTIÇA; 
d) Que seja julgado procedente o pedido de anulação do negócio jurídico; 
e) O reconhecimento do título extrajudicial que deu início a ação proposta. 
f) A condenação do réu ao pagamento de honorários e custas processuais. 
 
 
DAS PROVAS 
 
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas em especial, documental, 
documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu. 
 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
 Dá-se a causa o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
 
 
00/00/0000 
Advogado 
OAB/

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