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Aula Introdução ao Direito Tributario

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Página 1
Página 2
Página 3
Página 4
Atividade exercida pelo
Poder Público, com o fito
de arrecadar e aplicar
recursos que garantam a
realização do bem comum.
Atividade Financeira do 
Estado
[...] ideal que promove o bem-estar e
conduz a um modelo de sociedade, que
permite o pleno desenvolvimento das
potencialidades humanas, ao mesmo
tempo em que estimula a compreensão
e a prática de valores espirituais.
(HARADA, 2017, p. 26)
Página 5
Atividade Financeira do 
Estado
“É a procura de meios para 
satisfazer às necessidades 
públicas.”
(DEODATO, 1968, p.01) 
“Consiste em obter, criar, gerir e 
despender o dinheiro indispensável 
às necessidades, cuja satisfação o 
Estado assumiu ou cometeu 
àqueloutras pessoas de direito 
Público.” 
(BALEEIRO, 1969, p. 18)
“Atuação estatal voltada para obter, 
gerir e aplicar recursos financeiros
necessários à consecução das 
finalidades do Estado que, última 
análise, se resumem na realização 
do bem comum.”
(HARADA, 2017, p. 04)
Página 6
Fins da Atividade Financeira 
o Estado desenvolve inúmeras atividades, cada qual
objetivando tutelar determinada necessidade pública;
finalidade última do Estado é a realização do bem
comum;
satisfação das necessidades coletivas.
Página 7
Fins da Atividade Financeira 
 necessidades coletivas.
construções de edifícios públicos, monumentos comemorativos, cemitérios,
estádios, aeródromos, hospitais, pontes, praças e viadutos; abertura de ruas,
avenidas, estradas vicinais e rodovias; manutenção dos serviços de transportes
e comunicações; preservação e conservação de monumentos históricos e
artísticos integrados em conjuntos urbanos; defesas interna e externa;
prestação jurisdicional; assistência social; previdência social; saúde e higiene;
educação e cultura, mais uma infinidade de bens e serviços.
Página 8
Fins da Atividade Financeira 
 A atividade financeira do Estado está vinculada à satisfação de
três necessidades públicas básicas:
1) Prestação de serviços públicos;
2) Exercício regular do poder de polícia; e
3) Intervenção no domínio econômico.
Página 9
Página 10
(...) “é o ramo do direito público que rege as relações
jurídicas entre o Estado e os particulares,
decorrentes da atividade financeira do Estado no
que se refere à obtenção de receitas que
correspondam ao conceito de tributo”
(SOUZA, 1975, p. 40) 
“é o ramo didaticamente autônomo do Direito,
integrado pelo conjunto de proposições jurídico-
normativas, que correspondam, direta ou
indiretamente, à instituição, arrecadação e
fiscalização de tributos.”
(CARVALHO, 2004, p. 15)
Página 11
“ramo do direito que se ocupa das relações entre o
fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias
de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e
protegendo o cidadão contra os abusos desse
poder.”
(MACHADO, 2008, p. 49
“é ramificação autônoma da Ciência Jurídica,
atrelada ao direito público, concentrando o plexo de
relações jurídicas que imantam o ele “Estado versus
contribuinte”, na atividade financeira do Estado,
quanto à instituição, fiscalização e arrecadação de
tributos.”
(SABBAG, 2017, p. 41)
Página 12
Direito tributário comporta...
 O conjunto de normas que regulam o comportamento das pessoas de
direcionar dinheiro aos cofres públicos.
Página 13
CONCEITO DE TRIBUTO: doutrina e lei
É possível dividir a doutrina do Direito Tributário em dois grandes 
grupos:
1) Pró-contribuintes: aqueles que se encontram “pró-contribuintes”. 
2) Pró-fisco: aqueles que se encontram “pró-fisco”.
De acordo com o Prof. Ricardo Lobo Torres o conceito de tributo deve 
ser observado como dever fundamental. Para ele, a partir do 
momento em que o Estado teria direitos fundamentais a prestar ao 
contribuinte, teria o contribuinte o pagamento do tributo como 
verdadeira contraprestação.
Página 14
PRINCIPAIS DIFICULDADES
Não há (nem haverá)
uma definição precisa de
direitos fundamentais, o
que inviabiliza a
definição de uma
contraprestação.
A FALTA DE UMA DEFINIÇÃO. 
PORQUE?
A grande corrupção
impede a eficiente
prestação de serviços
públicos. Assim, não
utilizamos no dia a dia
esse conceito.
A CORRUPÇÃO. PORQUE?
Página 15
TRIBUTOS
CTN, art. 3º
“Tributo é todo prestação pecuniária compulsória. em moeda ou cujo valor nela 
se possa exprimir; que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e 
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
Página 16
Detalhando: o TRIBUTO é...
a) prestação pecuniária;
b) compulsório;
c) Instituído por meio de lei;
d) não é multa;
e) cobrado por meio de lançamento.
Página 17
FUNÇÃO DOS TRIBUTOS
FISCAL
São os arrecadatórios – aqueles que o Fisco tem por
propósito buscar recursos para realizar as suas atividades
e, assim, as suas despesas.
PARAFISCAIS
São aqueles que não são arrecadados diretamente pelo
Estado, mas aqueles que geram receita para instituições
que exercem função pública ou de apoio ao Estado, como
as de alguns conselhos de classe e outras autarquias (INSS).
EXTRAFISCAIS
São aqueles que têm como função servir de instrumento
de política econômica. Se prestam a estimular ou
desestimular a conduta dos contribuintes. Exemplos:
Impostos sobre produtos industrializados (IPI) e o Impostos
sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores imobiliários (IOF)
Página 18
COMPETÊNCIA
FEDERAL
MUNICIAL
ESTADUAL
Página 19
ESPÉCIES TRBUTÁRIAS: CLASSIFICAÇÃO
 TEORIAS:
1) Bipartite;
2) Tripartite
3) Quadripartites
4) Pentapartite ou quinquipartite
Página 20
TEORIA BIPARTITE
VINCULADOS NÃO 
VINCULADOS
 Reconhecem a existência de cinco tipos de tributos,
 Inclui os tributos em dois grandes grupos:
1) Vinculados
2) Não vinculados.
 São adeptos dessa teoria Geraldo Ataliba e Alfredo Augusto Becker.
Página 21
TEORIA TRIPARTITE
Encontrado no art. 5º do CTN
Para essa teoria os tributos são: IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE
MELHORIA
São adeptos dessa teoria Roque Antonio Carraza e Paulo de Barros
carvalho.
Página 22
TEORIA QUADRIPARTITE
considera que há quatro espécies tributárias, naturalmente,
Para BERNARDO RIBEIRO DE MORAES, os tributos são os impostos,
as taxas, a contribuição de melhoria e as contribuições especiais.
Já para RICARDO LOBO TORRES, os tributos são os impostos, as
taxas, as contribuições e os empréstimos compulsórios. Ele reúne
todo e qualquer tipo de contribuição em um único grupo.
Página 23
TEORIA PENTAPARTITE OU QUINQUIPARTITE
teoria adotada pelo STF
teoria é a que prevalece
São três etapas, seguidas em ordem, para identificar a natureza
específica de qualquer cobrança realizada pelo Estado:
1) identificar se é tributo (análise pelo conceito antes apresentado),
2) identificar o fato gerador (na forma da teoria tripartite) e, por fim, se
3) há destinação ou vinculação entre as espécies tributárias.
Página 24
TEORIA PENTAPARTITE OU QUINQUIPARTITE
 Inclui-se mais uma fase, pois é reconhecido que, na Constituição de
1988, temos referência a cinco tributos:
Impostos (Artigo 145 I CF), 
taxas (Artigo 145 II CF);
Contribuição de melhoria (Artigo 145 III CF);
 Empréstimos compulsórios (Artigo 148 CF) ;e 
Contribuições especiais (Artigo 149 CF).
Página 25
TEORIA PENTAPARTITE OU QUINQUIPARTITE
A teoria pentapartite é a adotada pelo Supremo Tribunal Federal,
vez que, segundo sua jurisprudência, os empréstimos
compulsórios (Recurso Extraordinário nº 111.954/PR, DJU
24/06/1988) e as contribuições especiais (AI-AgR 658576/RS,
Relator Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, Julgamento em
27/11/2007; AI-AgR 679355/RS, Relator Ministro Ricardo
Lewandowski, 1ª Turma,Julgamento em 27/11/2007) são
espécies tributárias autônomas, ostentando natureza jurídica
própria que as distingue dos impostos, taxas e contribuições de
melhoria.
Página 26
 TRIBUTO é GÊNERO, sendo classificados como:
a) IMPOSTOS;
b) TAXAS;
c) CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA;
d) CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS;
e) CONTRIBUIÇÕES ECONÔMICAS.
f) EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Art. 
149, CF
Página 27
 IMPOSTOS:
Diz o Artigo 16 do CTN: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa aos
contribuintes”.
 TAXA:
Está no Artigo 77 do CTN: “as taxas (...) têm como fato gerador o exercício do poder de
polícia ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público especifico e divisível,
prestado ao contribuinte, ou posto à sua disposição”. Seu parágrafo único completa: “a
taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idêntico ao imposto, nem ser
calculada em função do capital das empresas.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA:
Pode ser instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária para o contribuinte. Disposto no art. 81, CTN.
Página 28
 O QUE SÃO CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS? (art. 149, CF)
“A contribuição social é espécie tributária vinculada à atuação indireta do Estado.
HARADA (2001, p. 259)
 Divide em três subespécies:
a) Contribuições sociais em sentido estrito - destinadas ao custeio da seguridade
social (INSS, PIS, COFINS, etc.)
b) Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) - são as instituídas
com o objetivo de regular determinado mercado, para corrigir distorções (como a
CIDE sobre a importação de gasolina, diesel e gás).
c) Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas -
destinadas ao financiamento das categorias econômicas ou profissionais (OAB,
SESI, SENAI, etc.)
Página 29
 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Os empréstimos compulsórios são tributos autônomos, com cláusula de restituição,
instituídos pela União, por lei complementar, em face de três pressupostos fáticos:
(I) Calamidade pública, 
(II) Guerra externa e 
(III) investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional (art. 148, 
I e II, CF c/c art. 15, I, II e III, CTN).
Página 30
TRIBUTOS: Origem e Destino
Documentário discute como o Brasil usa o dinheiro arrecadado pelos impostos
e como as pessoas percebem o uso destes recursos em áreas como saúde e
educação.
Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/tv/materias/DOCUMENTARIOS/197839-
TRIBUTO:-ORIGEM-E-DESTINO.html
Página 31
Página 32
Página 33
1. FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
A palavra fonte significa
origem, causa, a nascente
de água. Assim como a
água brota da fonte o
Direito Tributário também
tem suas fontes materiais
e formais.
Página 34
FONTES
MATERIAIS
FORMAIS
Leis complementares
Leis ordinárias
Normas constitucionais e emendas 
constitucionais
Leis delegadas
Fontes formais secundárias
Medidas provisórias
Decretos legislativos
Resoluções
Tratados e convenções internacionais
Decretos
Página 35
3. FONTES MATERIAIS
Fontes materiais ou fontes reais do Direito Tributário são os 
pressupostos fáticos da tributação;
As riquezas ou os bens em geral, utilizados pelo legislador como
veículos de incidência tributária, como o patrimônio, a renda e
os serviços;
É o pressuposto de fato que compõe a norma jurídica
definidora do fato gerador da obrigação tributária
Página 36
Como diz o art. 114 do CTN:
a situação definida em lei como necessária e suficiente a sua ocorrência;
A situação é sempre um fato, descrito de forma abstrata e genérica na 
norma legal, que, uma vez ocorrido em concreto opera-se o fenômeno da 
subsunção do fato à hipótese legal prevista, isto é, gera a obrigação de 
pagar tributo. (HARADA, 2017, 340)
Página 37
2.3. FONTES FORMAIS:
 são os atos normativos ou conjunto de normas que dão
nascimento ao Direito Tributário.
 Vide art. 96, CTN
 As fontes formais são constituídas pelas normas constitucionais e
pelos atos normativos referidos no art. 59 da CF, quais sejam:
emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias,
leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e
resoluções. Incluem-se, também, os tratados e as convenções
internacionais, além dos decretos.
Página 38
NORMAS CONSTITUCIONAIS E 
EMENDAS CONSTITUCIONAIS
CONSTITUIÇÃO - nela estão
sistematicamente estruturados os princípios
básicos e as normas nucleares pertinentes
aos tributos, conforme se depreende ao
longo dos arts. 145 a 162, do texto
constitucional.
EMENDAS - Uma vez aprovadas
incorporam-se à Constituição, com igual
hierarquia, passando a ter a mesma força
das normas constitucionais preexistentes.
(art. 60, CF)
Página 39
LEIS COMPLEMENTARES
 Sua função precípua é “complementar”
as disposições constitucionais.
 A Lei Complementar compete, então,
estabelecer as normas gerais, regular as
limitações constitucionais e dispor sobre
conflitos de competência.
 Compete à Lei Complementar aumentar
o grau de detalhamento dos modelos de
tributação criados pela Constituição
Federal. Exemplo: definir “grandes
fortunas”. (art. 69, CF)
Página 40
LEIS ORDINÁRIAS
 É a lei ordinária que exercerá a tarefa de
criar, in abstracto, o tributo que, in
concreto, nascerá com a ocorrência do
fato gerador nela previsto.
 As leis ordinárias de cada entidade
tributante é que instituem o tributo.
OBS: excepcionalmente, a constituição
impõe a criação de tributos por Lei
complementar, como por exemplo, imposto
sobre grandes fortunas (art. 153, VII),
daquele imposto decretado, pela União, no
exercício de sua competência residual (art.
154, I), do empréstimo compulsório (art.
148) e das contribuições sociais previstas
no § 4o, do art. 195.
Página 41
LEIS DELEGADAS
 As leis delegadas só diferem das
ordinárias por seu processo legislativo.
 São elaboradas pelo Presidente da
República após obtida a delegação do
Congresso Nacional, na forma do art. 68
da CF.
 Ocupam a mesma posição hierárquica
das leis ordinárias.
Página 42
MEDIDAS PROVISÓRIAS
 As medidas provisórias surgiram na Carta
Política de 1988 (art. 62 e seu parágrafo
único) como sucedâneo à extinção do antigo
decreto-lei, previsto para as hipóteses do art.
55 da Emenda no 1/69.
 Elas são editadas pelo Presidente da
República, com força de lei, “em caso de
relevância e urgência,” expressão que, por si
só, está a exigir um acontecimento no mundo
fenomênico de um fato anormal
superveniente a exigir imediata
regulamentação normativa, incompatível com
o processo legislativo normal
Página 43
DECRETOS LEGISLATIVOS
 São instrumentos normativos de igual
hierarquia de lei ordinária, editados
privativamente pelo Congresso Nacional para
aprovação de tratados e convenções
internacionais (art. 49, I, da CF).
 Para o Direito Tributário interessa mais de
perto os decretos legislativos aprovando
convenções internacionais para evitar dupla
tributação do imposto sobre a renda, ou para
estatuir isenções recíprocas de impostos
federais, estaduais e municipais em
determinadas circunstâncias.
Página 44
RESOLUÇÕES
 As resoluções são atos normativos de
competência exclusiva do Congresso
Nacional, bem como de cada uma de suas
Casas.
 Será a Resolução, emanada do Senado
Federal, que fixará os limites das alíquotas de
certos impostos estaduais, tais como, ICMS e
o ITCMD.
Página 45
TRATADOS E CONVENÇÕES 
INTERNACIONAIS
 Os tratados e as convenções internacionais
têm grande importância no Direito Tributário
Interno, tendo em vista sua posição
hierárquica; eles situam-se acimadas leis
ordinárias, bem como são decorrência da
gradativa internacionalização das economias
que exigem normas tributárias cada vez mais
uniformes.
Prescreve o art. 98 do Código Tributário Nacional que:
“os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária 
interna e serão observados pela que lhes sobrevenha”.
Foi recepcionado pela Constituição Federal vigente que em seu art. 4º dispõe:
“A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios:
I – independência nacional; ... e
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.”
Página 46
DECRETOS
 Decretos são atos normativos a serem
editados exclusivamente pelo Chefe do Poder
Executivo.
 Visam regulamentar a para seu fiel
cumprimento.
 Não podem inovar o texto legal, quer
ampliando, quer restringindo seu alcance e
conteúdo. Têm por Limite a lei.
 É possível sustentar que o Decreto pode
instituir obrigações acessórias.
Página 47
FONTES FORMAIS 
SECUNDÁRIAS
 o Código Tributário Nacional enumera, em
seu art. 100, as fontes tida como
complementares das leis, dos tratados e das
convenções internacionais e dos decretos.
 São os fatos e atos administrativos cuja
observância pelo sujeito passivo implica a
exclusão de penalidades e da incidência de
juros moratórios representando, portanto,
uma garantia a mais para os contribuintes.
 São os instrumentos normativos de
hierarquia inferior ao Decreto, as decisões
administrativas de órgãos singulares ou
colegiados, as práticas reiteradamente
observadas pelas autoridades administrativas
e os convênios que entre si celebrem as
entidades políticas tributantes.
Página 48
Página 49
1. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
Os princípios tributários,
que regulamentam a
tributação, são
considerados, LIMITAÇÕES
CONSTITUCIONAIS AO
PODER DE TRIBUTAR.
Página 50
Página 51
Se dá em razão da soberania estatal;
Por conta do Poder de Tributar, como relevante fragmento. 
dessa.soberania.
Página 52
“o poder de tributar é, portanto, uma 
decorrência inevitável da soberania que 
o Estado exerce sobre as pessoas do 
seu território, ao qual corresponde, por 
parte dos indivíduos um poder de 
prestação ” 
(NOGUEIRA, 1973, p. 140)
“a soberania financeira, que é 
do povo, transfere-se 
limitadamente ao Estado pelo 
contrato constitucional, 
permitindo-lhe tributar e 
gastar.”
(TORRES, 2005, pp. 63-64)
2. CONCEITO 
Página 53
3. DETALHANDO...
O QUE É O PODER DE TRIBUTAR?
 Um poder de DIREITO;
 Lastreado no CONSENTIMENTO do cidadão;
 INVASÃO, do ESTADO, no PATRIMÔNIO tendente à percepção do
tributo.
 Trata-se de UMA FORÇA, INSTITUCIONALIZADA, dotada de
juridicidade.
Página 54
Página 55
1. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Os princípios constituem o escudo de proteção dos
contribuintes;
Os princípios atuam como freios que limitam o poder de
tributação do Estado.
Página 56
No dizer de Celso Antônio Bandeira de Mello (2008, p. 948-949), 
“princípio [...] é por definição, mandamento nuclear de um 
sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que 
se irradia sobre diferentes normas compondo-lhe o espírito e 
servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, 
exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema 
normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido 
harmônico. É o conhecimento dos princípios que preside a 
intelecção das diferentes partes componentes do todo unitário 
que há por nome sistema jurídico positivo”
Página 57
Sendo assim... 
 Os princípios são as proposições básicas que informam e
orientam as ciências.
 Para o Direito, o princípio é seu fundamento, a base que
irá informar e orientar as normas jurídicas.
 As normas jurídicas devem ser editadas em rigorosa
consonância com eles.
Página 58
PRINCÍPIOS 
CONSTITUCIONAIS
Arts. 150, 151 e 152Anterioridade
Legalidade
Isonomia Irretroatividade
Vedação ao 
Confisco
Não Limitação 
ao Tráfego de 
pessoas e Bens 
e a ressalva do 
pedágio
Uniformidade 
Geográfica
Proibição das 
isenções 
heterônomas
Proibição da 
tributação 
Federal
Página 59
Página 60
Marco Legal
 Art. 150, I da CF/1988
 “I – Exigir ou amentar tributo sem lei que estabeleça;”
Página 61
Descomplicando...
 Qualquer pessoas políticas de direito constitucional interno
somente poderá instituir tributos mediante expedição de lei;
 Poderá, por meio da lei, descrever a regra-matriz de incidência ou
aumentar os tributos e majorar a base de cálculo ou a alíquota.
 O veículo introdutor da regra tributária no ordenamento há de ser
sempre a lei.
Página 62
O TRIBUTO E AS LEIS ORDINÁRIA E COMPLEMENTARES
 O Consentimento emanará, como regra, de LEI ORDINÁRIA.
 A LEI ORDINÁRIA... (art. 61, CF/1988)
 É a lei comum, do dia a dia das casas legislativas;
 Para sua elaboração prescinde de quorum privilegiado de votantes.
Página 63
 Existem casos excepcionais, de tributos federais que, que avocam o
processo elaborativo desencadeado pela maioria absoluta dos
representantes do Poder Legislativo Federal, a edição de LEI
COMPLEMENTAR.
 No Brasil é juridicamente possível a criação de certos tributos por
meio de LEIS COMPLEMENTARES:
 IMPOSTO SOBRE GRANDE FORTUNAS (art. 153, VII, CF);
 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS (art. 148, I e II, CF);
 IMPOSTOS RESIDUAIS (art. 154, I, CF);
 CONTRIBUIÇÕES SOCIAL-PREVIDENCIÁRIAS RESIDUAIS (art. 195, §
4º CF c/c art. 154, I, CF)
Página 64
 A LEGALIDADE ESTRITA
 A Lei que institui o tributo deve conter elementos obrigatórios, que
estão contidos no art. 97 do CTN, a seguir expedida:
a) Alíquota
b) Base de Cálculo
c) Sujeito Passivo
d) Multa
e) Fato Gerador
Página 65
 Sendo assim...
Ficam reservadas, exclusivamente, à lei estabelecer:
1) Instituição de tributos;
2) Suspensão;
3) Extinção e exclusão do crédito tributário;
4) Cominação de penalidade;
5) Fixação de alíquotas e de base de cálculo;
6) Definição do fato gerador da obrigação principal e de sujeito
passivo.
Página 66
 Exceções ao princípio da legalidade:
O PODER EXECUTIVO tem liberdade de alterar as alíquotas dos
impostos sobre exportação, importação, produtos industrializados e
sobre operações financeiras através de decreto. (art. 153, § 1º,
CF)
Página 67
Página 68
Marco Legal
 Art. 150, III da CF/1988
 “III – Cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da
lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou; (ANTERIORIDADE ANUAL)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a
lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea
b;” (ANTERIORIDADE NONAGESIMAL)
Página 69
Para entender...
 Proclama o referido artigo que é
vedado aos entes tributantes cobrar
tributo "no mesmo exercício
financeiro em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou
aumentou".
Página 70
O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL
Determina que os Entes tributantes (Uniaõ, Estados, Municípios e
Distrito Federal) não podem cobrar tributos no mesmo exercício
financeiro em que tenha sido publicada a lei majoradora ou
instituidora do Tributo.
 Art. 150, III, “b” da CF/88
A expressão EXERCÍCIO FINANCEIRO deve ser assimilada como ANO
FISCAL, representada no Brasil, como o ANO CIVIL (período entre 1º de
Janeiro e 31 de Dezembro).
Página 71
 O legislador constituinte pode criar ou aumentar tributo a qualquer
tempo, no entanto, só poderá incidir no próximo exercício financeiro.EXEMPLOS:
 Tributo criado ou majorado em março de 2017: incidência em 1º de
janeiro de 2018;
 Tributo criado ou majorado em outubro de 2003: incidência em 1º de
janeiro de 2004.
Página 72
O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL E O ART. 104 DO CTN
 O CTN também descreve o princípio da anterioridade anual em seu art. 104.
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele
em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a
impostos sobre o patrimônio ou a renda:
I - que instituem ou majoram tais impostos;
II - que definem novas hipóteses de incidência;
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de
maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo
178.
Página 73
 Para vários doutrinadores, esse comando se encontra revogado, ou, pelo menos,
contempla incisos (I e II) “inapelavelmente derrogados”.
 Com efeito, o mencionado dispositivo choca-se com o texto constitucional hodierno – a
Carta Magna de 1988 –, uma vez que o princípio da anterioridade tributária, na esteira
constitucional, diferentemente da dicção do art. 104 do CTN:
(1) não diz respeito apenas a impostos sobre o patrimônio e a renda, referindo-se a
tributos em geral;
(2) não se atrela tão somente a “impostos”, mas a tributos em geral, ressalvados os casos
de exceção (art. 150, § 1º, CF);
(3) não se refere à “entrada em vigor” da lei, mas à sua eficácia
 Por outro lado, as Bancas Examinadoras têm considerado o
art. 104 do CTN um dispositivo aplicável, a despeito das
opiniões de inconstitucionalidade.
Página 74
O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL – Art. 150, III, “c” da CF
Passou a exigir, a partir de 2004, obediência à anterioridade anual, além
da anterioridade nonagesimal, em nítida aplicação cumulativa
garantindo-se ainda mais o contribuinte contra uma tributação
inopinada.
Página 75
1) Lei n. xxx, majorou um tributo em 15
de dezembro de 2015. Quando incidirá
tal aumento
Página 76
Página 77
 AS EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL
 O art. 150, § 1º, parte inicial, da CF enumera importante lista de
exceções ao princípio da anterioridade anual:
Art. 150. (...) § 1º. A vedação do inciso III, “b”, não se aplica aos tributos 
previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; (...) 
Página 78
 Lista de Exceções à anterioridade:
 Imposto sobre Importação (II)
 Impostos sobre Exportação (IE)
 Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI)
 Impostos sobre operações financeiras (IOF)
 Imposto Extraordinário de Gerra (IGE)
 Empréstimo Compulsório para Calamidade Pública ou Guerra Externa
(EC – Calamidade/Guerra Externa)
Página 79
PRINCÍPIO DA ISONOMIA OU DA IGUALDADE
Página 80
MARCO LEGAL
Art. 150, II da CF/1988
 A igualdade jurídica dos cidadãos é proclamada no art. 5º, I da CF, que 
afirma que:
"todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza...
Página 81
IMPORTANTES RECORTES
 A regra da igualdade (ou da isonomia) consiste senão em aquinhoar
(repartir) igualmente aos iguais e desigualmente aos desiguais, na
medida em que se desigualam.
 Tal afirmação originou-se do sábio ensinamento de Duguit, que,
reproduzindo o pensamento de Aristóteles, permitiu que a clássica
ideia da igualdade relativa fosse divulgada a nós por Ruy Barbosa
Página 82
Página 83
 A ISONOMIA TRIBUTÁRIA
 O princípio da igualdade tributária proíbe distinções arbitrárias, entre
contribuintes que se encontrem em situações semelhantes.
 Para contribuintes que estão em situações distintas é permitido
tratamento tributário diferenciado.
Página 84
Página 85
MARCO LEGAL
Art. 150, III, “a” da CF/1988
 Art. 5º, XXXVI, da CF
“XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e 
a coisa julgada;”
Página 86
 NOÇÕES IMPORTANTES
Não se pode cobrar tributo relativo a situações ocorridas antes do
início da vigência da lei que as tenha definido, ou seja, a lei sempre se
aplicará a fatos geradores ocorridos após o início da sua vigência.
Os fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que
houver instituído ou aumentado os tributos não acarretam obrigações.
A lei nova NÃO SE APLICA aos fatos geradores já consumados.
Página 87
 RETROATIVIDADE DA LEI
 O art. 106 do CTN dispõe que existem duas exceções à regra geral da 
irretroatividade:
1) No caso de lei interpretativa;
2) No caso de lei mais benéfica.
 Vide ADI-MC 605/DF, Pleno, rel. Min. Celso Mello, j. em 23-10-1991)
Página 88
 RETROATIVIDADE DA LEI
 O art. 106 do CTN dispõe que existem duas exceções à regra geral da 
irretroatividade:
1) No caso de lei interpretativa;
2) No caso de lei mais benéfica.
 Vide ADI-MC 605/DF, Pleno, rel. Min. Celso Mello, j. em 23-10-1991)
Página 89
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO
Página 90
MARCO LEGAL
Art. 150, IV, da CF/1988
“IV – Utilizar tributo com efeito de confisco”
Página 91
 O CONFISCO TRIBUTÁRIO: CONCEITO
 À luz do vernáculo, define-se confisco ou confiscação como:
“o ato pelo qual se apreendem e se adjudicam ao fisco bens 
pertencentes a outrem, por ato administrativo ou por sentença judicial, 
fundados em lei”.
 Diz respeito a apreensão da propriedade pelo Estado sem que se
ofereça ao destinatário da invasão patrimonial a compensação ou
indenização correspectivas.
Página 92
 O CONFISCO TRIBUTÁRIO: CONCEITO
 À luz do vernáculo, define-se confisco ou confiscação como:
“o ato pelo qual se apreendem e se adjudicam ao fisco bens 
pertencentes a outrem, por ato administrativo ou por sentença judicial, 
fundados em lei”.
 Diz respeito a apreensão da propriedade pelo Estado sem que se
ofereça ao destinatário da invasão patrimonial a compensação ou
indenização correspectivas.
Página 93
 O CONFISCO TRIBUTÁRIO: CONCEITO
 O princípio da vedação ao efeito confiscatório também poderia ser
denominado de princípio da razoabilidade ou proporcionalidade da
carga tributária.
 O legislador, ao se utilizar do poder de tributar que a Constituição lhe
confere, deve fazê-lo de forma razoável e moderada, sem que a
tributação tenha por efeito:
a) impedir o exercício de atividades lícitas pelo contribuinte
b) dificultar o suprimento de suas necessidades vitais básicas
c) comprometer seu direito a uma existência digna.
Página 94
 O CONFISCO TRIBUTÁRIO: CONCEITO
 O princípio da vedação ao efeito confiscatório também poderia ser
denominado de princípio da razoabilidade ou proporcionalidade da
carga tributária.
 O legislador, ao se utilizar do poder de tributar que a Constituição lhe
confere, deve fazê-lo de forma razoável e moderada, sem que a
tributação tenha por efeito:
a) impedir o exercício de atividades lícitas pelo contribuinte
b) dificultar o suprimento de suas necessidades vitais básicas
c) comprometer seu direito a uma existência digna.
Página 95
 PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
A Constituição Federal trata do princípio no art. 145, § 1.º, nos seguintes 
termos:
“Art. 145. (…) § 1.º Sempre que possível, os impostos terão caráter 
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do 
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para 
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte”.
Página 96
 Considera-se justo que cada pessoa seja solidária na medida de suas
possibilidades.
 Quem mais tem renda, quem mais possui, quem mais importa, quem
mais manifesta riqueza, TEM A POSSIBILIDADE MAIOR DE CONTRIBUIR
com a sociedade sem comprometer sua subsistência (capacidade
contributiva)
 Quemganha pouco é ISENTO de Imposto de Renda porque o Estado
reconhece que praticamente todos os seus rendimentos estão
comprometidos com suas necessidades básicas. (ausência de
capacidade contributiva)
Página 97
O CONFISCO TRIBUTÁRIO E A CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
 Toda entidade impositora que confisca, na seara tributária, vai além da
capacidade contributiva do cidadão.
 O princípio da vedação ao confisco deriva do princípio da capacidade
contributiva, atuando aquele em conjunto com este, porquanto essa
capacidade econômica se traduz na aptidão para suportar a carga
tributária sem que haja perecimento da riqueza tributável que a
lastreia, calcada no mínimo existencial.
Página 98
“No momento em que a tributação subtrai do contribuinte a capacidade 
de se sustentar e se desenvolver, afetando a garantia de atendimento às 
suas necessidades essenciais, tem -se o confisco.” (Ives Gandra, 17 )
“não se pode, em homenagem aos princípios da capacidade contributiva 
e da não confiscatoriedade, assujeitar um mesmo fato econômico à 
incidência de tantos impostos, que acabem por retirar do contribuinte o 
mínimo vital a que estamos aludindo”. (Roque Carraza)
Página 99
Página 100
1) INTRÓITO
Três diferentes institutos jurídicos podem excepcionar a regra,
que é o pagamento do tributo. São eles: a não incidência (que
abrange as imunidades); a isenção; e a fixação de alíquota zero.
O fenômeno da incidência está ligado à ocorrência na 
realidade fática da hipótese abstratamente prevista na lei 
tributária como necessária e suficiente para o surgimento da 
obrigação tributária (CTN, art. 114).
Página 101
A não incidência refere-se às situações em que um fato não é
alcançado pela regra da tributação. Tal fenômeno pode decorrer,
basicamente de três formas:
1) o ente tributante, podendo fazê-lo, deixa de definir determinada
situação como hipótese de incidência tributária.
2) O ente tributante não dispõe de competência para definir
determinada situação como hipótese de incidência do tributo,
uma vez que a atribuição constitucional de competência não abrange tal
fato. Exemplo: propriedade de uma bicicleta, que, por não ser veículo
automotor, não é fato idôneo para ensejar o nascimento de obrigação do
pagamento do IPVA.
Página 102
3) A própria Constituição delimita a
competência do ente federativo,
impedindo-o de definir determinadas
situações como hipóteses de
incidência de tributos. Neste caso, o
próprio desenho das competências
tributárias fica redefinido de forma a
obstar a própria atividade legislativa da
pessoa tributante. Trata-se do instituto
da imunidade.
Página 103
 As imunidades visam preservar valores políticos, religiosos,
sociais e éticos, colocando a salvo da tributação certas
situações e pessoas (físicas e jurídicas).
 a imunidade não exclui nem suprime competências
tributárias, uma vez que estas representam o resultado de
uma conjunção de normas constitucionais, entre elas, as de
imunidade tributária.
 norma imunitória se mostra como um sinalizador de
“incompetência tributária”,
Página 104
“A imunidade se define como “a classe finita e 
imediatamente determinável de normas jurídicas, contidas 
no texto da Constituição Federal, e que estabelecem, de 
modo expresso, a incompetência das pessoas políticas de 
direito constitucional interno para expedir regras 
instituidoras de tributos que alcancem situações específicas 
e suficientemente caracterizadas”.
(Paulo de Barros Carvalho)
Página 105
A imunidade é “obstáculo criado por uma norma da 
Constituição que impede a incidência de lei ordinária de 
tributação sobre determinado fato, ou em detrimento de 
determinada pessoa, ou categoria de pessoas.”
(Hugo de Brito Machado)
Página 106
2) ESPÉCIES DE IMUDIDADE TRIBUTÁRIA
A título de exemplo, existem imunidades relativas a:
 taxas (CF, art. 5.º, XXXIV), 
 impostos (CF, art. 150, VI), 
 contribuições para a seguridade social (CF, art. 195, § 7.º).
Página 107
IMUNIDADES
Art. 150, VI, CF
Entidade 
Políticas
(alíneas “a”)
Imunidades 
dos templos 
Religiosos
(alínea “b”)
Imunidades 
não 
autoaplicáveis
(alínea “c”)
Imunidade de 
Imprensa
(alínea “d”)
Imunidade 
Musical
(alínea “e”)
Página 108
a) IMUNIDADES DAS ENTIDADES POLÍTICAS
A imunidade das entidades políticas, também denominada
“imunidade recíproca” (ou “imunidade mútua”), está prevista
na alínea “a” do inciso VI do art. 150 da Carta Magna:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios: (...)
VI – instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; (...)
Página 109
Fundamento: Dentro do sistema federativo não existe hierarquia
entre seus integrantes, o que vigora é a isonomia. Assim, não há
possibilidade de exercício do poder impositivo tributário entre os
integrantes da federação.
Página 110
b) IMUNIDADES DOS TEMPLOS RELIGIOSOS
A imunidade dos templos religiosos demarca uma norma
constitucional de não incidência de impostos sobre os
templos de qualquer culto, está prevista na alínea “b” do
inciso VI do art. 150 da Carta Magna:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios: (...)
VI – instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto; (...)
Página 111
Fundamento: a República Federativa do Brasil é um Estado
laico, sem religião oficial, no qual vigora o princípio da
liberdade religiosa (art. 5º, VI a VIII da CF/88). A imunidade
tem por objetivo evitar benefício a determinada ordem
religiosa em detrimento das demais.
Página 112
c) IMUNIDADES NÃO AUTOAPLICÁVEIS
Está prevista na alínea “c” do inciso VI do art. 150 da Carta Magna:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios: (...)
VI – instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência 
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; (...)
Página 113
(1) os partidos políticos:
Partidos políticos (art. 150,
VI, “c”, §4º), veda a instituição
de impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços
dos partidos políticos, inclusive
suas fundações.
Fundamento: o partido
político é o instrumento de
organização política da
sociedade. É através dele que
os cidadãos podem participar
ativamente da vida política e
concorrer aos cargos eletivos
da Administração Pública.
Para resguardar seu
funcionamento impede-se
sua tributação.
Página 114
(2) os sindicatos de empregados 
O art. 150, VI, “c”, §4º, veda
a instituição de impostos
sobre o patrimônio, renda ou
serviços das entidades
sindicais.
Fundamento: objetiva
incentivar o sindicalismo,
como forma de
contraposição do poder
do capital, bem como
evitar que se estabelece
privilegio entre os
sindicatos
Página 115
(3) as instituições de educação e (4) Assistência Social
Os Art. 150, VI, “c”, §4º, e
art. 195, §7º vedam a
instituição de impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços
destas instituições.
Fundamento: incentivar as
instituições filantrópicas que
atuam em auxílio do Estado na
área de educação e assistência
social. Neste caso o benefício
somente será concedido se as
instituições cumprirem os
requisitos estabelecidos no art. 14
do CTN.
Página 116
d) IMUNIDADES DE IMPRENSA
O art. 150, VI, “d”, da CF prevê a exoneração imunitória para os impostos
que incidem sobre o livro, o jornal, o periódico e o papel destinado à
impressão de taisveículos de pensamento.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios: (...)
VI – instituir impostos sobre:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão. (...)
Página 117
Fundamento: incentivar a difusão da cultura e garantir a liberdade
de expressão.
Página 118
e) IMUNIDADE MUSICAL
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios: (...)
VI – instituir impostos sobre:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no 
Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores 
brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas 
brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos 
digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (...)
Página 119
 Emenda Constitucional n. 75 – fruto da intitulada “PEC da Música” e
publicada em 15 de outubro de 2013 – acrescentou a alínea “e” ao
inciso VI do art. 150 da Carta Magna, prevendo, assim, a imunidade
musical.
Fundamento: desonerar de impostos os fonogramas (a obra artística da
produção de som) e videofonogramas (a obra artística da produção de
imagem e som), musicais ou literomusicais, produzidos no Brasil, sem
prejuízo da extensão da imunidade tributária aos suportes ou arquivos
que os contenham.
Página 120
Página 121
1) CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é a habilidade privativa e 
constitucionalmente atribuída ao ente político 
para que este, com base na lei, proceda à 
instituição da exação (exigência) tributária. 
(SABBAG, 2017, p. 425)
Página 122
 Descomplicando: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é...
 Aptidão para criar tributos;
 Repartido entre os vários entes políticos; e
 Cada ente tem competência para impor prestações tributárias.
Página 123
No Estado Federal Brasileiro, coexistem três entidades
políticas autônomas e independentes: a UNIÃO, os
ESTADOS e os MUNICÍPIOS, além do DISTRITO
FEDERAL, que são entidades juridicamente parificadas, que
se situam no mesmo plano de igualdade, extraindo as três
entidades diretamente da Constituição Federal, seus poderes e
suas competências.
A ausência de hierarquia entre elas fez que O TEXTO MAGNO
ESTABELECESSE a repartição de competência legislativa de
cada uma, delimitando o campo de atuação de cada pessoa
jurídica de direito público interno, notadamente em matéria
tributária, que mereceu um tratamento específico em
atenção à tipicidade da Federação Brasileira, onde o
contribuinte é súdito, ao mesmo tempo, de três governos
distintos.
Página 124
2) CLASSIFICAÇÃO
C
o
m
p
et
ên
ci
a 
tr
ib
u
tá
ri
a
Privativa
Comum
Cumulativa
Especial
Residual
Extraordinária
Página 125
2.1. PRIVATIVA
Poder que têm os entes federativos para instituir os impostos que são 
enumerados exaustivamente na Constituição Federal.
A própria Constituição já determina o rol dos impostos relativos a
cada ente tributante.
 Art. 153 – enumera os impostos federais;
 Art. 155 – enumera os impostos estaduais
 Arts. 156 e 147 – enumeram os impostos municipais;
Página 126
OBSERVAÇÕES:
1. a Constituição não cria tributos; ela outorga competência tributária,
ou seja, atribui aptidão para criar tributos.
2. a Competência Privativa é o poder legiferante (criar ou elaborar leis)
das entidades tributantes, quanto à criação de tributos que lhes são
genuína e exclusivamente peculiares.
Página 127
 Incluem-se o poder para criação de outros tributos, diversos dos
impostos:
 Instituído pela UNIÃO
>> Empréstimos Compulsórios – art. 148, CF
>> Contribuições Sociais – art, 149, caput, CF
Página 128
 Instituídos pelos ESTADOS, DISTRITO FEDERAL e MUNICÍPIOS
>> Contribuições sociais para o custeio do Sistema de Previdência e
Assistência Social de seus próprios servidores – art. 149, §1º, CF.
 Instituídos pelos MUNICÍPIOS e DISTRITO FEDERAL
>> Contribuição para o custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP ou
COSIP) – art. 149-A, CF – EC n. 39/2002.
Página 129
2.2. COMUM
A COMPETÊNCIA tributária 
COMUM está relacionada aos 
tributos chamados vinculados, 
isto é, às taxas e às contribuições 
de melhoria.
a COMPETÊNCIA COMUM indica que, “de modo comum”, 
União, Estados, Municípios ou Distrito Federal, poderão 
ser os sujeitos ativos das taxas ou
contribuições de melhoria, desde que realizem os fatos 
geradores de tais gravames contraprestacionais.
Página 130
Se um Estado -membro prestar um serviço público específico e divisível –
um fato gerador de taxa (art. 79, II e III, CTN) –, despontará uma taxa
estadual; se um Município realizar uma obra pública da qual decorra
valorização imobiliária – o fato gerador de contribuição de melhoria (art.
81, CTN) –, despontará uma contribuição de melhoria municipal.
Página 131
2.3. CUMULATIVA
A competência doutrinariamente tratada por cumulativa é
prevista no art. 147 da CF/1988, nos seguintes termos:
“Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos 
estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, 
cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem 
os impostos municipais”.
 A competência cumulativa ou múltipla - prende -se ao poder
legiferante de instituição de impostos pela União, nos Territórios
Federais, e pelo Distrito Federal, em sua base territorial.
Página 132
OBSERVAÇÃO:
O ART. 147, da CF, faz menção tão somente a impostos,
porém é comando plenamente aplicável às demais espécies
tributárias, e.g., às taxas e às contribuições de melhoria.
Página 133
 EM SUMA...
 É a competência que tem a UNIÃO, nos territórios não divididos em
Municípios, criar impostos federais, estaduais e municipais.
 E o DISTRITO FEDERAL compete cumulativamente os tributos
municipais e estaduais.
Página 134
2.4. ESPECIAL
A COMPETÊNCIA ESPECIAL traduz -se no poder de instituir 
os empréstimos compulsórios (art. 148, CF) e as 
contribuições especiais (art. 149, CF), justificando -se tal 
classificação pelo fato de terem subsistido, durante largo 
período, inúmeras polêmicas acerca da natureza 
tributária desses dois tributos.
Página 135
2.4. ESPECIAL
A COMPETÊNCIA ESPECIAL traduz -se no poder de instituir 
os empréstimos compulsórios (art. 148, CF) e as 
contribuições especiais (art. 149, CF), justificando -se tal 
classificação pelo fato de terem subsistido, durante largo 
período, inúmeras polêmicas acerca da natureza 
tributária desses dois tributos.
Página 136
2.5. RESIDUAL
A competência residual ou remanescente encontra 
guarida em dois dispositivos do texto constitucional: o 
art. 154, I, e o art. 195, § 4º. A temática afia -se ao poder 
de instituir o tributo diverso daqueles já existentes.
Página 137
O art. 154, I, CF trata da competência residual para os
impostos; o art. 195, § 4º, CF dispõe acerca da
competência remanescente para as contribuições para a
seguridade social.
Página 138
 No campo dos impostos
A competência residual indica que o imposto novo deverá ser
instituído, por lei complementar, pela União, obedecendo -se
a duas limitações:
(I) respeito ao princípio da não cumulatividade; e
(II) proibição de coincidência entre o seu fato gerador ou a sua
base de cálculo com o fato gerador ou a base de cálculo de
outros impostos.
Página 139
 No campo das contribuições para a seguridade social
As contribuições para a seguridade social residuais devem
respeitar os seguintes parâmetros:
a) instituição, por lei complementar, pela União;
b) respeito ao princípio da não cumulatividade;
c) proibiçãode coincidência entre o seu fato gerador ou a sua
base de cálculo com o fato gerador ou a base de cálculo de
outras contribuições (e não de impostos!).
Página 140
2.6. EXTRAORDINÁRIA
A competência extraordinária é o poder de instituição,
pela União, por lei ordinária federal, do
imposto extraordinário de guerra (IEG), 
conforme se depreende do 
art. 154, II, da CF c/c o art. 76 do CTN.
Página 141
OBSERVAÇÃO
 O IEG poderá ser criado na situação de beligerância, na qual se vir
inserido o Brasil;
 com o intuito de gerar receitas extras à manutenção de nossas
forças armadas;
 o contexto é restritivo: guerra externa, iminente ou eclodida, e
não uma mera “guerra civil”.
Página 142
Página 143
Denominação competência Tributos Entidades Políticas
Privativa Impostos, como regra. União, Estados, Municípios e 
DF
Comum Taxas e Contribuições 
Melhoria
idem
Cumulativa Impostos em Geral União e DF
Especial Empréstimos Compulsórios 
e Contribuições Especiais
União
Residual Impostos e Contribuições
Seguridade Social
União
Extraordinária Imposto Extraordinário
Guerra
União
Página 144
Página 145
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL 
 Vínculo jurídico de natureza patrimonial entre o credor/Fazenda Pública (fisco) e o
devedor/contribuinte ou responsável
 tem por objeto uma relação de crédito-débito cuja prestação é o tributo.
Página 146
FATO GERADOR
 Identificação do momento em que nasce a obrigação tributária – que significará
definir o regime jurídico tributário aplicável.
 Determinação do sujeito passivo principal da obrigação tributária.
 Fixação dos conceitos de incidência, na incidência e isenção.
 Determinação do regime jurídico da obrigação tributária: alíquota, base de
cálculo.
 Distinção dos tributos in genere.
O FATO GERADOR DEVE ESTAR PREVISTO EM LEI!
Página 147
FATO GERADOR DA OBROGAÇÃO ACESSÓRIA
 Art. 115 do CTN.
 O fato gerador aqui também é próprio e diverso do fato gerador do tributo
 Aqui o que faz nascer o dever de pagar a multa é a prática de alguma conduta
tida como infração.
Página 148
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
 dividida em três partes: o aspecto material, o temporal e o espacial. Esses
elementos vão dizer o que precisa acontecer, quando se considera acontecido e
onde se considera acontecido.
 A hipótese de incidência é a previsão abstrata da lei enquanto o fato gerador é a
situação concreta. É como no direito penal o tipo e o crime
Página 149
Página 150
Página 151
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Tanto o CTN quanto a CF/88 preveem certas figuras tributárias.
O art. 5º do CTN dispõe que “os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”. 
 Já a CF/88, estipula em seu art. 145 o seguinte: 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
I — impostos;
II — taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
III — contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
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2. DEFINIÇÃO
O IMPOSTO é uma das espécies do gênero tributo. Diferentemente de outros
tributos, como taxas e contribuição de melhoria, é um tributo não vinculado:
 É devido pelo contribuinte independentemente de qualquer contraprestação por
parte do Estado.
 Destina-se a atender as despesas gerais da administração, pelo que só pode ser
exigido pela pessoa jurídica de direito público interno que tiver competência
constitucional para tal, não havendo que se falar em vinculação de receita.
 Todos os fatos geradores dos impostos serão situações praticadas pelo
contribuinte, e não pelo Estado, e esta é a marca principal de definição. dos
impostos.
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3. DISPOSITIVOS LEGAIS
 Art. 145, I da CF.
 Art. 16, do CTN.
“para exigir imposto de certo indivíduo, não é preciso que o Estado
lhe preste algo determinado” (AMARO, 2010, p.52)
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4. TIPOS DE IMPOSTOS
 Os impostos podem ser de competência Federal, Estadual, Municipal e
Distrital.
 Nos impostos, não há vinculação quanto ao fato gerador, o qual não se
origina de qualquer atividade estatal específica relativa ao
contribuinte; tampouco há vinculação no que se refere ao produto
arrecadado, já que a receita oriunda dos impostos deve ser vertida
para as despesas genéricas do Estado
“EU AJO; EU PAGO.”
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QUADRO-RESUMO
TIPOS DE IMPOSTOS
ENTE FEDERADO IMPOSTOS
MUNICÍPIOS
IPTU - Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza
ITBI - Impostos de transmissão de bens imóveis
ESTADOS
ITCMD - Imposto de transmissão causa mortis e doação
IPVA - Imposto sobre a propriedade de veículos automotores
ICMS - Imposto sobre circulação de Mercadorias e Serviços
UNIÃO
ITR - Imposto sobre propriedade territorial rural
IOF - Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou sobre
operações relativas a títulos ou valores mobiliários
II - Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros
IE - Imposto sobre a exportação, para o exterior, de produtos
nacionais ou nacionalizados
IPI - Imposto sobre produtos industrializados
IR - Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza
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1. CRITÉRIO MATERIAL – é o núcleo, pois é o dado central que o legislador passa a
condicionar, quando faz menção aos demais critérios.
2. CRITÉRIO TEMPORAL – é aquele no qual se encontram as coordenadas de
tempo, em que, se ocorrer o fato descrito no critério material, brotará a relação
jurídica prescrita pelo consequente.
3. CRITÉRIO PESSOAL – Ao sujeito ativo caberá o direito de recebimento da
respectiva prestação pecuniária, por outro lado, ao sujeito passivo existirá o
dever de cumprir essa prestação pecuniária.
4. CRITÉRIO ESPACIAL – local onde ocorreu o fato gerador,
5. CRITÉRIO QUANTITATIVO - na análise do critério quantitativo do consequente
da norma da hipótese de incidência que encontraremos, além da base de
cálculo, a alíquota do tributo.
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REGRA MATRIZ DO IPTU
Critério Material
Fato Gerador – ser proprietário pleno, coproprietário em casos de condomínio, fiduciário
que exerça a propriedade, enfiteuta, usufrutuário, compromissário-comprador com posse,
usuário com posse e/ou titular do direito real de habitação, possuidor com ânimo de ser
proprietário.
Critério Espacial Zona Urbana do Município (arts. 156, I da CF c/c art. 32 do CTN).
Critério Temporal É o momento de apuração, ou seja, anual (1º de janeiro de cada ano).
Critério Pessoal
Sujeito Ativo - Município da Situação do bem. (art. 156, I da CF)
Sujeito Passivo - qualquer pessoa, física ou jurídica, que seja proprietária plena do bem
predial ou territorial, ou, quem tenha o domínio útil ou qualquer tipo de posse com ânimo,
exercício ou exteriorização de tornar-se proprietário pleno. São exemplos de sujeitos
passivos do IPTU o proprietário pleno; o fiduciário que tem a propriedade; o enfiteuta
(titular do domínio útil); o usufrutuário; o possuidor com animus domini, ou seja, é a posse
da pessoa que já é ou pode ser proprietária da coisa. (art. 32 a 34 do CTN)
Critério Quantitativo
Base de cálculo – valor venal do bem imóvel (preço à vista que o imóvel alcançaria se
colocado à venda em condições normais do mercado imobiliário. (art. 33 do CTN)
Alíquota - progressiva e variável em razão do valor venal, da localização e/ou do uso do bem
imóvel. (art. 182, §4º, II c/c 156, §1º, I e II – EC n. 29/2000)
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REGRA MATRIZ DO ISS
Critério Material
Fato Gerador – é a prestação, por empresa ou profissional autônomo, com ou sem
estabelecimento fixo, de serviços constantes da listaanexa à LC n. 116/2003.
Critério Espacial Local em que se ultimou a prestação. (Lei Complementar 116/03, artigo 3º, caput)
Critério Temporal
Há de se considerar o comportamento identificado no critério material da respectiva regra-
matriz de incidência, qual seja, o comportamento prestar serviço, para fins de definição da
coordenada de tempo do mencionado fato, o que deverá ser considerado por ocasião da
conclusão da obrigação de fazer, objeto do referido comportamento.
Critério Pessoal
Sujeito Ativo – Município em que ocorreu o fato jurídico-tributário. (Art. 156, inciso III da
CF)
Sujeito Passivo – o prestador de serviço, na condição de empresa (ex. Hotel) , ou de
profissional autônomo (ex. médico, dentista, advogado, contador, ou seja, todos os
vendedores dos bens imateriais), com ou sem estabelecimento fixo.
Critério Quantitativo
Base de cálculo – a remuneração do serviço. (Artigo 7º da Lei Complementar 116/03)
Alíquota - A Lei Complementar 116/03 apenas estabelece em seu artigo 8º, inciso II a
alíquota máxima, fixando-a em 5% (cinco por cento), deixando de fazê-lo, no entanto, em
relação à alíquota mínima, o que impõe que prevaleça, para tal fim, a regra de transição
veiculada pela EC 37, que determina aos Municípios a observância de alíquota mínima de
2% (dois por cento). A EC 37 criou regra de transição em seu artigo 3º, introduzindo, entre
outros, o artigo 8850 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).
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REGRA MATRIZ DO ICMS
Critério Material
Fato Gerador: art. 155, II, da CF
a) na circulação de mercadorias;
b) na prestação de serviço de transporte (interestadual e intermunicipal);
c) na prestação de serviço de comunicação.
d) sobre a produção, importação, circulação, distribuição e consumo de combustíveis
líquidos e gasosos e energia elétrica
Critério Espacial
Todas as operações que acarretem a circulação de mercadorias dentro do território de um determinado Estado, 
será tributado pelo ICMS do respectivo Estado.
Critério Temporal O art. 12, I da LC 87/96 - no momento em que a mesma sair do estabelecimento do comerciante, salvo exceções.
Critério Pessoal
Sujeito Ativo: Estado e DF
Sujeito Passivo: a) pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias; b) importadores de
bens de qualquer natureza; c) prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal; d) prestadores
de serviços de comunicação.
OBS: Petróleo e seus derivados e Energia Elétrica (LC 87/1996)
Responsável Tributário
Critério Quantitativo
Base de Cálculo: A base de cálculo do ICMS será: a) No caso de operação de circulação de mercadoria: o valor da 
operação; b) No caso de serviço de transporte ou comunicação: o preço do serviço; c) No caso de importação de 
bens: o valor da mercadoria ou bem importado, acrescido do IPI, IOF, II e das despesas aduaneiras.
 Alíquota: Existem dois tipos de alíquotas: (Resolução 22/1989 do Senado Federal):
1) Internas: fixadas livremente pelos Estados e com valor normalmente entre 17% ou 
18%.
2) Interestaduais: são fixadas pela referida resolução.
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REGRA MATRIZ DO IR
Critério Material
Fato gerador - é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda, integrando o
produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; e de proventos de qualquer
natureza, assim entendidos como os acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de
renda. (art. 153, III, da CF e o artigo 43, do CTN)
Critério Espacial
se baseia na renda ou provento percebido no território nacional, por residentes e não residentes
no país e no exterior, sendo o limite para a aplicação desse imposto a própria soberania tributária
do Estado brasileiro.
Critério Temporal
um critério de periodicidade anual, denominado período base, ou ano-calendário. Conforme é
previsto a lei, o período se inicia no dia primeiro de janeiro com término em trinta e um de
dezembro de cada ano.
Critério Pessoal
Sujeito Ativo – União Federal, sendo que sua administração cabe à Secretaria da Receita Federal
Sujeito Passivo – pessoa física ou jurídica que adquire renda ou proventos.
Critério Quantitativo
Base de cálculo - Quando se trata de pessoa jurídica, a base de cálculo do imposto é o lucro, que
pode ser real, arbitrado e presumido. Tratando-se de pessoa física o imposto incide. Em regra.
Sobre o rendimento bruto mensal auferido pela pessoa física.
Alíquota - é definida e publicada pela a Receita Federal, órgão responsável em administrar e gerir
o imposto de renda. Varia de 7,5% a 22,5%.
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REGRA MATRIZ DO IPI
Critério Material
Fato gerador - sobre operações jurídicas praticadas com produtos industrializados. Nos
termos da Constituição, ele deve ter por hipótese de incidência o fato de alguém
industrializar produto e leva-lo para além do estabelecimento produtor, por força de um
negócio jurídico translativo de sua posse ou propriedade. (art. 46, do CTN)
Critério Espacial
1) Na hipótese de incidência prevista no inciso II ("industrializar produtos"), o critério 
espacial compreenderá todo o território nacional, já que o IPI é de competência da União.
2) Na hipótese de incidência elencada no inciso I ("importar produtos industrializados"), o 
aspecto temporal advirá em qualquer parte do território nacional em que ocorrer a entrada 
de produto industrializado estrangeiro (aeroporto, porto e fronteiras alfandegárias).
3) Na hipótese de incidência do inciso III ("arrematação de produtos industrializados"), o 
local onde ocorrer a arrematação decorrente de leilão de produtos apreendidos, inclusive 
decorrentes da pena de perdimento, ou abandonados.
Critério Temporal
Fato gerador instantâneo. a) Na saída do produto industrializado do estabelecimento
industrial; b) desembaraço aduaneiro; arrematação de produtos em leilão.
Critério Pessoal
Sujeito Ativo – União
Sujeito Passivo – a pessoa (física ou jurídica), capaz de integrar relações jurídicas do
imposto, por praticarem ou estarem prontos para realizar operações tipificadas em lei.
Critério Quantitativo
Base de Cálculo - art. 47, do CTN
Alíquota – é um imposto proporcional, sua alíquota varia de forma constante, em função da
grandeza econômica tributada. Variam de 0% a 365,63% (no caso de cigarros)
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CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
É O DIREITO QUE A FAZENDA TEM DE RECEBER O PAGAMENTO DO 
TRIBUTO. É O ELEMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA QUE 
CORRESPONDE AO DIREITO DO FISCO.
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RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA 
A) No primeiro momento, com a ocorrência do fato gerador, nasce a obrigação
tributária. Por essa obrigação tributária o fisco tem o direito de lançar, mas
para o contribuinte ou responsável já nasce a obrigação de pagar o tributo.
B) Num segundo momento, com a realização do lançamento, nasce o crédito
tributário.
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LANÇAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
 A formalização do crédito tributário pode se dar por ato do fisco ou
mesmo do contribuinte.
 o lançamento poderá ser declaratório ou constitutivo.
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LANÇAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
 A formalização do crédito tributário pode se dar por ato do fisco ou
mesmo do contribuinte.
 LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO (art. 147, do CTN ): o sujeito passivo
declara ao fisco as informações de fato indispensáveis à realização do
lançamento.
 LANÇAMENTO POR ARBITRAMENTO (art. 148, do CTN): é aquela em
que deverá ser feito com base na declaração do contribuinte.
Entretanto, essa declaração não merece confiança do fisco.
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 LANÇAMENTO DE OFICIO (art. 149, do CTN ): é aquele realizado pela
autoridade administrativa sem qualquer participação do contribuinte.
 LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: é ocorre nas hipóteses em que o
sujeito passivo presta informações ao fisco, calcula o montantedo
tributo devido e antecipa o pagamento. Caberá ao fisco apenas
chancelar tal conjunto de condutas se entender correta.
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EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
 MORTE DO DEVEDOR INSOLVENTE - temos uma situação em que o devedor
falece sem deixar patrimônio que seja suficiente para satisfazer seus
credores.
Como poderá o crédito tributário ser devidamente pago? De nenhuma forma.
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 CONFUSÃO - teremos a figura do credor e devedor conjugados na mesma
pessoa. Por algum motivo, credor e devedor se confundem, ou melhor
dizendo, são a mesma pessoa.
Seria imaginável que o credor promovesse uma execução contra ele mesmo?
Bem, situações como essa já aconteceram.
Em alguns municípios, onde não há cadastro de dívida ativa bem organizado, e
onde há convênio com o Tribunal de Justiça competente para promover a
execução fiscal eletronicamente, basta que um botão seja acionado e tudo
funciona. Até o momento em que a citação chegar à sede da prefeitura
ninguém perceberá. Será que neste caso não haverá extinção do crédito
tributário? É claro que sim! No caso da confusão, o crédito também se extingue.
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 NOVAÇÃO - uma causa de extinção da obrigação pela qual credor e devedor,
em comum acordo, decidem extinguir a obrigação anterior criando uma nova
obrigação. (art. 156, do CTN)
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PROCESSO ADMISTRATIVO 
 O processo administrativo tributário é o mecanismo colocado à disposição do sujeito
passivo para a solução de conflitos que tenham por objeto o pagamento de tributos ou o
cumprimento das chamadas obrigações acessórias.
 Tem por funções a legitimação da atividade administrativa, garantia dos direitos do
administrado, facilitação do controle da Administração Pública, fornecimento de
informações, proteção da eficácia das decisões e controle do mérito dos atos
administrativos.
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PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO 
Assegurar a efetividade da tutela buscada;
Permitir a participação dos interessados;
Definir e delimitar a atuação de juízes impondo-lhes deveres e
impedindo-lhes de praticar excessos e abusos.
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AÇÕES DE INICIATIVA DO FISCO
 EXECUÇÃO FISCAL
 CAUTELAR FISCAL
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AÇÕES DE INICIATIVA DO CONTRIBUINTE
 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
 NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA – ICMS
 TRANSFERÊNCIA CONTRATUAL DA SUJEIÇÃO PASSIVA TRIBUTÁRIA
 EMBARGOS DO EXECUTADO (OU DO DEVEDOR)
 MANDADO DE SEGURANÇA
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 AÇÃO ANULATÓRIA DE LANÇAMENTO
 AÇÃO DECLARATÓRIA
 AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO
 AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
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