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Análise Bromatológica de Ração (Protocolo)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO ANIMAL
ANÁLISE BROMATOLÓGICA
MARCHA ANALÍTICA
CURITIBA
2006
�
INTRODUÇÃO
O Laboratório de Nutrição Animal realiza análises de matérias-primas e produtos utilizados na alimentação de animais, atendendo a Universidade, os produtores de animais, as cooperativas agrícolas e os fabricantes de ração animal e suplementos. 
Esta apostila tem como objetivo orientar o estagiário sobre as normas de funcionamento do Laboratório de Nutrição Animal e fornecer a marcha analítica a ser seguida durante a realização dos ensaios.
NORMAS TÉCNICAS DE FUNCIONAMENTO DO LABORATÓRIO
LIMPEZA DOS MATERIAIS E ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO
Todo o material de laboratório deve ser impecavelmente limpo, para que não haja influência de resíduos das análises anteriores nas posteriores. Esses resíduos devem ser solúveis em água, ácidos, bases, solventes orgânicos ou em mistura sulfocrômica. 
Nunca use um recipiente ou aparelho qualquer duas vezes, sem lavá-lo antes, mesmo que ele venha a conter a mesma substância.
É conveniente sempre usar escova para a perfeita limpeza do material. Depois de limpos os materias devem ser enxaguados com água corrente, por 3 a 4 vezes, e então com água destilada, também por 3 a 4 vezes, e secados em estufa.
Quando limpos e secos, devem ser guardados nos respectivos lugares, evitando-se o contato manual quando forem vidros de análises (cadinhos, balões para extrato etéreo e funis para fósforo). Alguns materiais, depois de limpos e secos, devem ser tampados com algodão para evitar que poeiras penetrem dentro dos frascos, o que prejudica as análises.
Na limpeza de materiais de vidro com solventes orgânicos, difíceis de serem limpos, usa-se mistura sulfocrômica que limpa o resíduo por oxidação.
A mistura sulfocrômica é preparada com dicromato de potássio e ácido sulfúrico, da seguinte maneira: dissolve-se 100 g de dicromato de potássio em quantidade mínima de água e completa-se o volume até 1000 ml com ácido sulfúrico concentrado. Deve-se conservar a solução em vidro escuro, provido de rolha esmerilhada. Deve-se limpar o material com a mistura sulfocrômica e em seguida enxaguar com água várias vezes, depois passar água destilada e secar em estufa. Na falta de mistura sulfocrômica usa-se ácido clorídrico concentrado.
Devido à sua alta reatividade, na manipulação e preparo da mistura sulfocrômica deve-se observar:
O uso de luvas de borracha.
Dissolver o dicromato em água e depois adicionar o ácido, cuidadosamente, para evitar respingar, sob contínua agitação.
Não fazer esta agitação a velocidade elevada; deve ser sempre lenta para evitar espargimento.
A solução quando nova ou ativa tem cor castanho avermelhada; com o tempo e uso torna-se esverdeada, devendo ser substituída.
Para jogar a mistura fora, deve-se abrir a torneira da pia antes de derramá-la e então despejá-la aos poucos e espaçadamente.
Para a limpeza de materiais de vidro de diâmetro pequeno, tais como pipetas, pode-se encher um proveta grande (1000 ml) e colocar as pipetas dentro com o bico para cima; no fundo da proveta deve-se colocar uma esponja de nylon para amortecer a batida com o fundo da proveta.
O laboratório deve estar sempre limpo, evitando-se acúmulo de vidrarias e outros objetos de uso sobre as mesas de pias.
As amostras devem ser guardadas em armários próprios, arrumadas de tal modo que se torne fácil a localização de qualquer uma delas em determinado momento.
Quando trabalharmos com papel de filtro de análise quantitativa devemos limpar as mãos muito bem, para evitarmos erros de análises.
As gavetas devem ser constantemente arrumadas evitando-se acúmulo de materiais desnecessários e fora de uso, que deverão ser encaminhados à oficina ou ao almoxarifado.
As pastas individuais de resultados analíticos devem ficar em lugar próprio, de fácil localização para evitar que se extraviem, sendo de inteira responsabilidade do analista ao qual pertence.
REGRAS DE SEGURANÇA
Mantenha sempre limpo o local de trabalho, evitando obstáculos inúteis que possam dificultar as análises, como, por exemplo, cadeiras e banquetas no caminho em torno das bancadas.
Não trabalhe com material imperfeito, principalmente vidros que tenham arestas cortantes. Todo material quebrado deverá ser desprezado.
Sempre adicione ácidos à água, nunca água à ácidos.
Não retorne os reagentes aos vidros primitivos, mesmo que não tenham sido usados; coloque os sólidos em um recipiente especial para refugos químicos. Os líquidos, quando não forem inflamáveis, podem ser despejados na pia, com bastante água corrente.
Lubrifique os tubos de vidro, termômetros etc, antes de inseri-los em uma rolha. Proteja as mãos com luvas apropriadas ou enrolar a peça de vidro em uma toalha, nesta operação.
Tenha muita cautela quando for testar um produto químico por odor; não coloque o produto ou frasco diretamente sob o nariz.
Utilize a capela sempre que for trabalhar uma reação que liberte gases venenosos ou irritantes e nunca feche hermeticamente os aparelhos ou recipientes onde há o desprendimento de gases.
Nunca deixe sem atenção qualquer operação onde haja aquecimento ou que reaja violentamente e nunca aqueça líquidos inflamáveis diretamente na chama de Bico de Bunsen; use para isso chapas elétricas.
Improvisações são o primeiro passo a um acidente. Use o material adequado.
Feche com cuidado as torneiras de gás, evitando o seu escape.
Não deixe sobre a mesa vidros quentes, pois podem pegá-lo inadvertidamente.
Não trabalhe com inflamáveis perto dos bicos de gases acesos ou resistências elétricas ligadas.
Nunca trabalhe ou aqueça tubos de ensaio com abertura dirigida contra si ou outrem. Dirija-o para dentro da capela.
Não aqueça reagentes em sistemas fechados.
Nunca fume nem coma dentro de um laboratório.
Ligue o exaustor toda vez que houver escape de vapores ou gases no laboratório.
Antes de proceder uma reação da qual não saiba totalmente os resultados, faça uma, em pequena escala, na capela.
Tenha completa consciência da localização do chuveiro de emergência e dos extintores, sabendo como usá-los corretamente.
Não pipete líquidos cáusticos ou venenosos com a boca. Use aparelhos apropriados.
Em qualquer momento esteja consciente do que estiver fazendo.
Após trabalhar com material tóxico, devemos limpar esmeradamente as mãos, o local de trabalho e os materiais.
Use sempre calças, calçados bem fechados e guarda-pó abotoado corretamente.
Utilize luvas adequadas para pegar objetos quentes, luvas de borracha e óculos de segurança para trabalhar com produtos corrosivos.
Mantenha sempre as janelas bem abertas para ventilar o Laboratório.
Os recipientes contendo líquidos, quando se inflamam devem ser cobertos com vidros de relógio, cápsula de porcelana ou outro objeto qualquer, para que seja impedida a entrada de ar, apagando-se deste modo o fogo.
ACIDENTES
Qualquer acidente deve ser comunicado ao responsável pelo laboratório.
Corte ou ferimento mesmo leve, deve ser desinfetado e coberto com tecido limpo e seco.
Queimaduras com fogo, material quente, ácidos ou bases devem ser lavadas com muita água corrente, em temperatura ambiente. Conforme o caso é necessário buscar auxílio médico. Se os olhos forem atingidos devem ser lavados por 15 minutos em água corrente. Então deve-se buscar imediatamente auxílio médico.
Ingestão de ácidos, sais, soda, amônia e outros produtos tóxicos, deve-se ingerir muita água e jamais deve-se induzir vômito. Deve-se buscar auxílio médico imediato.
Inalação de gases ou vapores, respirar ar puro e consultar um médico.
É inútil jogar água em fogo produzido por líquidos inflamáveis que não são solúveis em água. Apague o fogo com extintores.
Nunca use extintores de líquidos em circuitos elétricos, use sempre o extintor de CO2. 
Nunca devemosperder a calma dentro de um laboratório.
CUIDADOS COM A BALANÇA
As balanças analíticas nunca devem ficar em uma posição tal que sofram a influência de vibrações e correntes de ar.
Só podemos destravar a balança para verificação de pesagem quando a porta da mesma estiver fechada, para evitar a ação das variações externas (ventos, respiração do operador, etc).
Para destravar uma balança é necessário operar com o máximo cuidado, evitando assim atritos e pancadas nos pratos da balança, que podem provocar diferença na sensibilidade da mesma.
Todos os materiais colocados na balança para serem pesados devem ser previamente tarados, evitando sempre o contato manual; para isto existem pinças e luvas adequadas.
Todas as anotações de pesagem devem ser feitas na pasta referente à análise em questão para evitar erros de cálculos.
CUIDADOS QUE O ANALISTA DEVE TOMAR PARA OBTER RESULTADOS 
 MAIS PRECISOS
As amostras e sub-amostras devem ser representativas do lote do alimento que será controlado, porque o resultado analítico depende da quantidade de amostragem. Portanto, a coleta, a sub-divisão e a homogeinização da amostra devem ser rigorosamente cuidadosas.
Os métodos não trabalhados anteriormente pelo laboratório devem ser testados antes de adotados na rotina.
A repetibilidade do resultado da análise deve ser comprovada mediante trocas de amostras com laboratórios que já tenham experiência com a análise e freqüentes repetições da análise em uma amostra considerada padrão.
Todos os itens citados nos tópicos anteriores podem influenciar indiretamente na precisão/exatidão dos resultados.
�
ANÁLISE BROMATOLÓGICA PELO MÉTODO DE WEENDE
O esquema para análise de Weende ou análise convencional, não satisfaz quanto à separação do vasto número de componentes individuais que ocorrem nos alimentos, porém, divide de uma forma grosseira os alimentos em 5 grupos:
Proteína Bruta
Fibra Bruta
Extrato Etéreo
Resíduo Mineral ou Cinza
Extrativos não nitrogenados (ENN)
Este esquema foi estabelecido na estação experimental de Weende entre 1860-1864 na Alemanha, sendo até hoje empregado com resultados satisfatórios.
DETERMINAÇÃO DA UMIDADE
Define-se como umidade a perda de peso que as amostras apresentam quando aquecidas à temperatura de 100/105(C, até peso constante.
MARCHA ANALÍTICA:
Pesar ( 3g de amostra (anota-se o peso) e colocar em um cadinho de porcelana, previamente seco, tarado e esfriado em dessecador.
Colocar o cadinho e a amostra em estufa regulada à temperatura entre 100/105(C. Deixar na estufa durante 3 horas.
Após o tempo, retirar da estufa e colocar em um dessecador.
Deixar no dessecador por 20/30 minutos para esfriar.
Retirar do dessecador e pesar.
CÁLCULO:
Umidade % = P + P’ – P” x 100 
 peso amostra em g
 	
P = Peso do cadinho
P’= Peso da amostra
P”= Peso do cadinho + amostra depois de sair da estufa
	No caso de forragens ou materiais com umidade elevada, faz-se a determinação em duas vezes, primeiro secagem em estufa a 65/70(C (pré-secagem) e, em seguida, a 100/105(C, onde:
Matéria Seca Total = Mat.Seca a 65(C x Mat Seca a 105(C
 100
DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNA BRUTA
MÉTODO KJELDAHL (MACRO):
Proteína bruta significa o nitrogênio total contido num material analisado, multiplicado pelo fator convencional 6,25. Este processo considera todo o nitrogênio do alimento na forma proteica, e que a proteína contém 16% de nitrogênio (100 ( 16 = 6,25).
REAGENTES:
ácido sulfúrico concentrado PA
mistura catalítica ( sulfato de cobre + sulfato de sódio)
solução de hidróxido de sódio a 50%
solução de ácido sulfúrico a 0,1N (fatorado)
solução indicadora (vermelho de metila 0,1% + verde de bromocresol 0,2% em álcool)
solução de ácido bórico a 4%
MATERIAL:
digestor Kjeldahl e conjunto de destilação
balões de Kjeldahl de 800 ml
copo de Becker
bureta de 50ml graduada ( 2 casas)
MARCHA ANALÍTICA:
Pesar em balança analítica (4 casas) ( 0,5g de amostra (anotar o peso) e transferir para o balão.
Adicionar ( 2g de mistura catalisadora e em seguida 20ml de ácido sulfúrico concentrado.
Colocar o balão no digestor e deixar digerir até o clareamento da mistura (verde brilhante).
Deixar esfriar em temperatura ambiente e dissolva-a com água destilada ( 300 ml.
Adicionar em um Becker 50ml de ácido bórico com indicador.
Adicionar no balão, 100ml de solução de NaOH 50% e coloque no circuito fechado de destilação.
Recolher no Becker ( 200ml do destilado.
Titular com solução de ácido sulfúrico a 0,1N (fatorado) até a viragem de verde para rosa.
CÁLCULO:
PB% = VAC x FC x 6,25 x 0,0014 x 100
 Peso amostra em g
VAC = volume do ácido gasto (0,1N)
	FC = fator de correção do ácido 
	6,25 = fator de transformação do nitrogênio em proteína
	0,0014 = peso equivalente de nitrogênio
DETERMINAÇÃO DE FIBRA BRUTA
Denomina-se fibra bruta o material orgânico não nitrogenado insolúvel em ácido e álcali diluídos ferventes.
Os glicídios no sistema de Weende estão divididos em dois grupos: uma parte insolúvel chamada de fibra bruta e uma fração solúvel denominada de extrativos não nitrogenados (ENN).
REAGENTES:
solução de ácido sulfúrico a 1,25%
solução de hidróxido de sódio a 1,25%
álcool
MARCHA ANALÍTICA:
Pesar 2g de amostra e colocar em um copo de Becker de forma alta (600ml).
Adicionar 100ml de ácido sulfúrico a 1,25%.
Deixar ferver durante 30 minutos e filtrar em papel filtro faixa preta ou em tecido bem fino.
Devolver o resíduo ao Becker e completar com 100 ml de soda 1,25% e deixar ferver por mais 30 minutos.
Filtrar em um cadinho de Gooch previamente seco e tarado e lavar com álcool.
Levar o cadinho à estufa a 100/105(C por 3 horas.
Após, retirar e colocar em dessecador para esfriar e pesar.
CÁLCULO:
FB% = P – P’ x 100 
 Peso amostra em g
P= peso do cadinho + fibra
P’= peso do cadinho vazio
DETERMINAÇÃO DO EXTRATO ETÉREO
(GORDURA BRUTA OU GRAXA)
Método: Extrator de Soxhlet
Como extrato etéreo figuram todas as substâncias solúveis nos solventes das gorduras. O conjunto todo forma um complexo heterogêneo onde figuram, além das graxas verdadeiras, glicerídios, cerebrosídios, caroteno, resinas, clorofila, etc...
	REAGENTES:
clorofórmio.
MARCHA ANALÍTICA:
Pesar 4g de amostra e colocar no cartucho de extração e feche-o com algodão.
Tarar um balão receptor.
Colocar o cartucho com a amostra no extrator e ajustar o condensador do aparelho de extração. Adicionar quantidade suficiente de clorofómio no balão através do condensador.
Extrair durante o mínimo de 6 horas.
Após completada a extração, recuperar o clorofórmio e secar o balão em estufa 100/105(C por 3 horas.
Após, retirar da estufa e colocar no dessecador, esperar esfriar e então pesar.
CÁLCULO:
EE = P - P’ x 100 
 Peso amostra em g
P= peso do balão + EE
P’= peso do balão vazio
DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO MINERAL
( CINZAS)
Resíduo mineral ou cinzas, significa o resíduo da completa combustão do material (matéria orgânica), em presença do ar.
Para a determinação da cinza, incinera-se uma quantidade de amostra em uma mufla.
A cinza tem pouca significação para a avaliação da matéria mineral, e apresenta no máximo uma orientação sobre a quantidade aproximada desse princípio, contido nesta amostra.
MARCHA ANALÍTICA:
Pegar um cadinho de porcelana, submetê-lo ao aquecimento de 600(C. Quando novo, queimar em uma mufla, por 20 minutos; quando o cadinho já foi usado, é suficiente colocá-lo em uma estufa a 100/105(C, durante 3 horas ou em uma mufla a (300(C por 15 minutos.
Esfriar o cadinho em um dessecador e pesar.
Pesar 3g de amostra no cadinho.Levar à mufla aquecendo até 500/600(C.
Deixar 3 horas na mufla, sob aquecimento, à temperatura mencionada.
Após as 3 horas, a cinza deverá ser examinada quanto a sua coloração. Se estiver branca ou cinza bem clara, o processo está encerrado, porém se o ponto não foi atingido por tratar-se de material de difícil combustão, proceder da seguinte forma: retirar o cadinho da mufla, esfriá-lo e adicionar-lhe algumas gotas de água. Secar em uma estufa e submetê-lo a novo aquecimento na mufla a 550/600(C por mais de uma hora.
Deixar o cadinho esfriar em um dessecador e pesar.
CÁLCULO:
RM% = P - P’ x 100
 Peso amostra em g
P= peso do cadinho com cinzas
P’= peso do cadinho vazio
EXTRATIVOS NÃO NITROGENADOS (ENN)
Como extrativos não nitrogenados figuram uma mistura de glicídios, caracterizam-se por serem solúveis em solução ácida e alcalina durante a técnica de determinação de fibra bruta. 
Sua determinação direta é impossível devido a sua extraordinária diversidade e da dificuldade de serem isoladas analiticamente. No sistema Weende, as dificuldades são de tal maneira que somos obrigados a obter as porcentagens da umidade, fibra bruta, proteína bruta, extrato etéreo e o resíduo mineral e daí, por diferença que é determinado o ENN.
Somam-se as percentagens acima e subtraem-se de 100. O resultado desta subtração indica a porcentagem de ENN contidos na amostra.
Portanto o seu valor esta sujeito aos erros da análise realizada para as demais frações.
SOLUÇÃO MÃE
(Determinação de Ca, P, Mg e outros minerais)
MARCHA ANALÍTICA:
Utilizar as cinzas da determinação do resíduo mineral.
Adicionar, no cadinho com cinzas, aproximadamente 10 ml de HCl 50%.
Aquecer brandamente, evitando a secagem, por 10 minutos.
Filtrar num balão aferido de 250 ml, utilizando papel filtro faixa preta. Lavar 5 a 6 vezes o cadinho, com água destilada.
Completar o volume de 250 ml com água destilada.
 Esta solução permite a determinação de todos os Macro e Micronutrientes.
DETERMINAÇÃO DE CÁLCIO
(ÓXIDO DE CÁLCIO)
MARCHA ANALÍTICA:
Pipetar uma alíquota da solução mãe (5 a 50 ml) dependendo da quantidade presumida de Ca da amostra. Colocar em copo de Becker de 400 ml e adicionar aproximadamente 150 ml de água destilada.
Adicionar NaOH 30% até a elevação do pH (13) verificando-se através do papel indicador de pH. 
Dependendo do material analisado, colocar 5 ml de trietanolamina 50% para evitar interferência de outros minerais (Fe, Mn, etc).
Adicionar pitadas de indicador calconcarboxilico 
Titular com EDTA (18,6 g/500ml) na concentração 0,1M até a viragem (marrom para verde estável) e anotar o volume gasto.
CÁLCULO:
CaO% = Gasto de EDTA x 0,0056 x 100
 diluição da amostra em g
Ca% = %CaO x 40
 56
SOLUÇÃO MÃE
(Para calcáreo e outros elementos de alto teor de cálcio)
MATERIAS E REAGENTES:
Balão volumétrico de 500 ml
5g de amostra 
25ml de ácido clorídrico
75ml de água destilada
Ferver durante 30 minutos, esfriar e filtrar
DETERMINAÇÃO DE CÁLCIO
(Precipitação para elementos de alto teor de cálcio)
MARCHA ANALÍTICA:
Pipetar uma alíquota de solução mãe (50ml) conforme o teor presumido de cálcio.
Colocar em um Becker e diluir com 50ml de H2O destilada.
Juntar uma gota de fenolftaleina (solução alcoólica 1%) e gotejar amoníaco concentrado até viragem (vermelho) agitando sempre.
Juntar 2ml de ácido cítrico (volta a cor normal).
Ferver e juntar oxalato de amônio (solução saturada) 25ml.
Deixar aquecer durante 5 minutos e repousar no mínimo 4 horas.
Filtrar em papel filtro SS faixa vermelha e lavar deslocando o material aderido nas paredes com um bastão ponta de borracha com H2O destilada.
Passar o papel para o cadinho previamente tarado e calcinar até 900(C durante 2 horas. Colocar no dessecador, esperar esfriar e pesar.
CÁLCULO:
% CaO = P - P’ x 100
 diluição da amostra em g
	P = peso do cadinho com amostra
P’= peso do cadinho vazio
% Ca = % de CaO x 40
 56
	40 = peso molecular do Cálcio
56 = peso molecular do CaO
DETERMINAÇÃO GRAVIMÉTRICA DE PENTÓXIDO DE FÓSFORO (P2O5)
PELO FOSFOMOLIBDATO DE QUINOLINA (QUIMOCIAC)
Este método baseia-se na precipitação, em meio ácido, do íon ortofosfato como fosfomolibdato de quinolina.
MARCHA ANALÍTICA:
Pipetar uma alíquota de solução mãe (5 a 50 ml) dependendo da quantidade presumida de fósforo da amostra.
Adicionar 60 ml de água destilada.
Adicionar 10 ml de ácido nítrico diluído em água na proporção de 1:1.
Ferver por 10 minutos e esfriar (marcar o tempo depois do início da fervura).
Adicionar reativo de quimociac (30 a 50 ml) dependendo da quantidade de fósforo.
Ferver por 1 minuto
Após esfriar filtrar em cadinho ou funil de placa porosa, previamente seco e tarado, secar em estufa a 105(C por 3 horas.
Esfriar em dessecador e pesar.
CÁLCULO:
% P2O5 = P - P’ x 0,03207 x 100
 diluição amostra em g
% P = % P2O5 x 62 
 142
P = peso do funil ou cadinho com resíduo
P’= peso do funil ou cadinho vazio
0,03207 = fator de conversão do precipitante P2O5
62= peso molecular do fósforo
142 = peso molecular do P2O5
�
ANÁLISE BROMATOLÓGICA PELO MÉTODO DE VAN SOEST
DETERMINAÇÃO DA FIBRA EM DETERGENTE NEUTRO (FDN)
PRINCÍPIOS:
A finalidade desta determinação é conhecer os componentes solúveis e insolúveis dos vegetais em meio detergente neutro ( pH 7,0).
O conteúdo celular (parte solúvel) é composto basicamente de proteínas solúveis, açúcares, lipídios, nitrogênio não proteico, pectina, amido e outros constituintes solúveis em H2O.
MARCHA ANALÍTICA:
Pesar 0,35g de amostra seca e moída em um tubo de ensaio de 100ml.
Adicionar 35 ml da solução neutra detergente.
Levar os tubos para o bloco digestor, tampando com bolas de gude e aquecer até a ebulição ( 125(C). Marcar 60 minutos após o início da ebulição.
Filtrar em cadinho de Gooch previamente tarado com auxílio da bomba de vácuo.
Lavar 2 vezes com água fervente e após 2 vezes com acetona.
Secar em estufa a 105(C durante 12 horas.
Esfriar em dessecador e pesar.
CÁLCULO:
% FDN = P - P’ x 100
 peso da amostra em g
P= peso do cadinho + FDN
P’= peso do cadinho vazio
DETERMINAÇÃO DE FIBRA EM DETERGENTE ÁCIDO (FDA)
	PRINCÍPIO:
A amostra quando tratada com solução detergente ácida, solubiliza o conteúdo celular, hemicelulose e a maior parte da proteína insolúvel; no entanto, o nitrogênio lignificado, lignina solúvel em álcali, lignina insolúvel, celulose e sílica, fazem parte do resíduo que é insolúvel na solução detergente ácida. Esse resíduo é chamado de fibra em detergente ácido (FDA) sendo que a maior parte de FDA é constituída de celulose e lignina.
MARCHA ANALÍTICA:
Pesar 0,35 g da amostra seca e moída e em tubo de ensaio de 100 ml.
Adicionar 35 ml da solução detergente ácida e levar os tubos ao bloco digestor, tampando com bolas de gude e aquecer até a ebulição (125(C)
Marcar 60 minutos após o início da ebulição.
Filtrar em cadinho de Gooch previamente tarado com o auxílio da bomba de vácuo.
Lavar 2 vezes com água fervente e após, 2 vezes com acetona.
Secar os cadinhos em estufa a 105(C durante 12 horas.
Esfriar em dessecador e pesar.
CÁLCULO:
% FDA = P - P’ X 100
 peso amostra em g
P= peso do cadinho + FDA
P’= peso do cadinho vazio
DETERMINAÇÃO DA HEMICELULOSE
	% HEMICELULOSE = % FDN - % FDA
DETERMINAÇÃO DE LIGNINA
PRINCÍPIO:
A maioria do vegetais superiores contém pelo menos alguma fração de lignina. O conteúdo de lignina varia de 4 a 12 % , podendo chegar nas forragens mais fibrosas a 20 % da matéria seca. É a fração menos digestível da forrageira.O termo lignina é usado para designar um grupo de substâncias com unidades (básica) químicas semelhantes. A estrutura química da lignina é muito complexa e ainda não muito definida. Butler & Bailey (1973), referem-se a lignina como um polímero, 3-metóxi fenil propenol e 3-5 dimetóxi fenil propenol, ligados em proporções variadas e em sequência casualizada, originando assim grande variedade de produtos, o que dificulta a sua exata definição.
Na determinação de lignina pelo método de permanganato deve-se levar em conta certos pigmentos, taninos ou proteínas, que são insolúveis na solução detergente ácido mas que são oxidados pelo permanganato.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÉTODO:
A lignina é oxidada por meio de solução tamponada de ácido acético e permanganato de potássio, contendo ferro trivalente e prata monovalente como catalisadores.
Os óxidos de ferro e manganês depositados são dissolvidos numa solução alcoólica contendo o ácido oxálico e clorídrico, deixando no cadinho apenas celulose e minerais insolúveis
A adição de álcool butil terciário na solução tamponada de permanganato tem como função, eliminar a resistência de algumas FDA durante a oxidação de lignina.
A solução de etanol a 80 % em água, é usada para eliminar possíveis partes de celulose, remover o MnO2 e o ácido residual.
O nitrato férrico com acetato de potássio adicionado no tampão previne a formação de ácido nítrico livre.
MARCHA ANALÍTICA:
Utilizar o cadinho contendo FDA, adicionar 21 ml da solução combinada de permanganato - tampão e com ajuda de um bastão de vidro, misturar a amostra com essa solução. Levar em bandeja esmaltada contendo água destilada suficiente para chegar ao nível da solução contida no cadinho. Marcar 90 minutos.
A cor púrpura deve estar presente durante toda a oxidação, não ocorrendo isto, filtrar e trocar por nova solução. Após 90 minutos filtrar e adicionar 21 ml de solução de desmineralização, deixar 10 minutos e filtrar novamente lavando com etanol 80 % e acetona.
Secar durante 12 horas em estufa a 105(C, esfriar em dessecador e pesar.
CÁLCULO:
% LIGNINA= P - P’ x 100 
 peso amostra em g
	P = cadinho + FDA
	P’= cadinho + celulose + cinza + sílica
DETERMINAÇÃO DA CELULOSE
PRINCÍPIO:
A celulose é um polímero linear com ligação 1,4 entre unidades de glicose. A determinação da celulose é feita mediante a incineração em mufla durante 3 horas a 500( C.
CÁLCULO:
% CELULOSE = P - P’ x 100
 peso amostra em g
	P= peso do cadinho + celulose + cinza + sílica
	P’= peso do cadinho + cinza + sílica
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DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE UREÁTICA
Aplicação em todos os produtos desengordurados de grãos de soja.
Definição: determina a atividade ureásica pela medida de variação do pH nas específicas condições da prova.
PROCEDIMENTO:
Pesar 0,200 g da amostra, transportar integralmente para um tubo de ensaio e adicionar 10 ml de solução tampão de fosfato pH 7,0. Agitar sem inverter o tubo. Tampar e colocar em banho maria a 30(C anotando o tempo.
Da mesma forma repetir a operação com o outro tubo de ensaio, porém adicionar 10 ml da solução tamponada de uréia p H 7,0.
OBS.: Para facilidade operacional, ao colocarmos os tubos no banho- maria devemos observar entre os mesmos, um intervalo de 5 minutos. Os tubos devem ser agitados sem inverter a cada 5 minutos. Retirá-los após decorrer exatamente 30 minutos da colocação de cada um deles no banho. Transferir o líquido sobrenadante de cada tubo para um Becker de 10ml individualmente, e exatamente 5 minutos após a retirada do banho-maria medir o pH de cada um deles.
CÁLCULO:
Atividade Ureásica = (pH da análise – pH em branco)
OBS.: Se na determinação do pH da análise o aparelho custa a estabelecer uma marcação firme, convém examinar o eletrodo de calomelano, pois este é freqüentemente obstruído por uma película precipitada constituída pela fração solúvel de proteína de soja.
OUTRAS ANÁLISES
TESTE DE ÉBER
Para gás sulfídrico: indicado para farinha de origem animal, exceto as de peixe.
MARCHA ANALÍTICA:
Pesar 10g da amostra não moída em um frasco Erlenmeyer de 250 ml.
Adicionar 50 ml de ácido sulfúrico a 10 %. Fechar o frasco com um pedaço duplo de papel filtro previamente embebido em solução de acetato de chumbo a 5 %, fechando perfeitamente com rolha de borracha.
Colocar em banho-maria de modo que o fundo do frasco fique 3 cm da superfície da água e aquecer por 10 minutos.
O aparecimento de mancha preta amplamente espalhada no papel filtro indica a presença de gás sulfídrico proveniente da degradação de proteínas.
Para amoníaco: indicado para farinha de peixe.
Reagentes de Éber: mistura de 50ml de ácido clorídrico concentrado e 150 ml de álcool etílico e 50 ml de éter etílico.
MARCHA ANALÍTICA:
Espalhe quantidade suficiente de amostra que cubra toda uma placa de Petri.
Mergulhe um bastão de vidro no reagente de Éber e passe sobre a amostra, tomando cuidado que o reagente não entre em contato com a amostra.
O aparecimento de uma fumaça branca e espessa indica a presença de amônia proveniente da degradação de proteína na amostra, sendo considerado Éber positivo para amoníaco.

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