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ACESSIBILIDADE NOS TRANSPORTES PUBLICOS (2)

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ACESSIBILIDADE NOS TRANSPORTES PÚBLICOS 
 
Pereira, Gilda Maria Botão Ayres; Ms. Arquitetura e Urbanismo; Uniguaçu 
Rosa, Jéssica Geraldo; Grad. Engenharia Civil; Uniguaçu 
Tokarski, Leandro Nogatz; Grad. Engenharia Civil; Uniguaçu 
 
 
RESUMO: O presente artigo relaciona o problema dos transportes públicos e da mobilidade 
urbana no que se refere à acessibilidade. A partir disso, aponta o conceito de acessibilidade e 
mobilidade, ainda debate fatores responsáveis por não haver ou não ter eficiência na sua 
inclusão nas cidades brasileiras. Menciona então normas trazidas pela Lei de Mobilidade Urbana 
e discute, especificamente, alguns problemas generalizados dos transportes públicos. 
Palavras-chave: Transporte público; acessibilidade; mobilidade. 
 
ABSTRACT: This article relates the problem of public transport and urban mobility with regard to 
accessibility. From this, it points out the concept of accessibility and mobility, still discusses factors 
that can not be used in your company in its inclusion in Brazilian cities. It mentions the norms 
brought by the Law of Urban Mobility and specifically discusses some problems generated by 
public transportation. 
Keywords: Public transport; accessibility; mobility. 
 
1. INTRODUÇÃO 
Os meios de transportes coletivo são de muita importância nos dias atuais 
pois boa parte da população desloca-se de um lugar para o outro diariamente 
muitas vezes em longos percursos, principalmente quem mora longe de seu 
trabalho ou local de estudo e não possui outro meio de transporte, dessa forma 
o transporte coletivo também é fundamental para pessoas que são portadoras 
de necessidades especiais ou que possuem mobilidade reduzida, então precisa-
se de transportes coletivos adequados as suas necessidades de deslocamento. 
A acessibilidade nos transportes nas cidades brasileiras é um problema 
recorrente, há uma certa adaptação e inclusão por parte de algumas cidades, 
mas não é totalmente funcional. Falhas no planejamento e execução ao 
implantar programas e recursos visando tornar o transporte público acessível, 
tem sido o maior empecilho e a pauta de recentes debates. 
 
2. METODOLOGIA 
Pode-se interpretar o trabalho acadêmico como sendo o estudo de um 
tema relevante para a sociedade, feito por um acadêmico, Gil (2010, p.1) define 
pesquisa como o “procedimento racional e sistemático que tem como objetivo 
proporcionar respostas aos problemas que são propostos”. Como metodologia 
de pesquisa foi utilizada a pesquisa teórico-conceitual, sendo classificada como 
pesquisa bibliográfica. Ainda segundo Gil (2010) “a pesquisa bibliográfica é 
elaborada com base em material já publicado com o objetivo de analisar 
posições diversas em relação a determinado assunto”. 
Inicialmente, fez-se a delimitação do tema de interesse para o 
desenvolvimento desta pesquisa, buscando-se logo após a bibliografia que 
pudesse dar amparo ao trabalho. Ao longo desta pesquisa foram adotados 
alguns procedimentos metodológicos que englobam as técnicas de investigação, 
a forma de coleta e de análise dos dados, por meio de pesquisa bibliográfica, na 
qual foram utilizados dados secundários, obtidos por meio de pesquisas em 
artigos, legislações e outras publicações, citadas ao longo da pesquisa, estas, 
encontradas de modo eletrônico. 
As fontes foram as mais diversas como artigos, trabalhos monográficos, 
leis e decretos, páginas confiáveis da internet, dentre outros. Portanto, 
caracteriza-se como pesquisa bibliográfica, de acordo com Gil (2010, p. 29-31) 
a pesquisa bibliográfica elaborada com base em material já publicado é: 
“modalidade de pesquisa que inclui material impresso como livros, revistas, 
jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos”. Junior (2009, p. 49) 
adiciona, ainda, as fontes eletrônicas às definições anteriormente apresentadas, 
ao asseverar que a pesquisa bibliográfica: “É o tipo de pesquisa na qual o 
pesquisador busca em fontes impressas ou eletrônicas (CD e ou internet), ou na 
literatura cinza, as informações que necessita para desenvolver uma 
determinada teoria”. 
 
3. ACESSIBILIDADE NOS TRANSPORTES PÚBLICOS 
 
O transporte coletivo faz o diferencial na vida das pessoas principalmente 
daquelas que possuem alguma restrição de mobilidade como os cadeirantes, 
que enfrentam muitas dificuldades e desafios em seu deslocamento, entretanto, 
esses obstáculos são minimizados quando este dispõe de um serviço de 
transporte adequado às suas necessidades de deslocamento como os ônibus 
acessíveis ou adaptados. Porem a acessibilidade deve começar desde um lugar 
adequado para a pessoa com deficiência, do ponto de espera á calçada com 
rampa adequada seguindo as especificações da NBR 9050, porém ainda a 
existência de barreiras à acessibilidade estas são tão de caráter físico como: 
ruas e calçadas em mal estado de conservação figura 3, algo que dificulta e 
muitas vezes impedem o deslocamento dos cadeirantes de sua residência até o 
ponto de ônibus de forma segura, e independente, além das barreiras atitudinais 
figura 1, estas referem-se as atitudes que as pessoas tem em relação á aos 
cadeirantes sobretudo aos motoristas que param o ônibus distantes do ponto 
dificultando mais ainda o acesso dos cadeirantes. 
 
 
 
Figura 1: Barreiras atitudinais Fonte: Melo,2011 
 
 Figura 2: Ponto de espera acessível Fonte: Prefeitura de Joinville 
 
 
 
 
 
Figura 3: Obstrução de passagem Fonte: google maps 
 
Figura 4:Barreiras na calçada Fonte: Flávio Pereira/Meon 
 
 
 
A sinalização e identificação bem visível do ônibus é muito importante sendo ela 
do destino como adesivo de acessibilidade para a visualização tanto da pessoa 
com deficiência como qualquer pessoa que precise da utilização do mesmo. É 
necessário que os terminais e estações em atividade, dispõem de rampas, 
elevadores, plataformas e outras adaptações necessárias, e que os funcionários 
recebam treinamentos especiais. 
A concepção do veículo prevê rebaixamento do compartimento de passageiros, 
eliminando degraus nas portas, sem comprometer a distância da carroceria ao 
solo. A aplicação de rampas junto às portas nesse tipo de veículo permite o 
embarque mais ágil e confortável para pessoas com deficiência. A altura do piso 
do veículo em relação ao solo diminuiu pela ação dos sistemas de suspensão, 
facilitando ainda mais o acesso ao veículo. No interior, há espaços reservados e 
apropriados para cadeira de rodas, equipados com cintos de segurança, que 
garantem conforto ao usuário durante a viagem. Outros veículos tipo Padron são 
equipados com plataformas de elevação ou outro sistema que garanta a 
acessibilidade de pessoas com deficiência. Veículos articulados estão passando 
por estudos para garantir embarque em nível ou por plataforma de elevação. 
Veículos de menor porte e capacidade de transporte, do tipo mini e micro-ônibus, 
são projetados e dotados de acomodações internas e equipamentos que 
garantem a acessibilidade.(fonte: SPTrans). 
Art. 16. Os veículos de transporte coletivo deverão cumprir os requisitos de 
acessibilidade estabelecidos nas normas técnicas específicas. 
Seguindo essas especificações ficaria muito mais fácil para os portadores de 
deficiência mas temos uma lista de aspectos que devem ser estudados e 
mudados para garantir o direito de ir e vir da pessoa com deficiência são eles: 
• Qualificação de Pessoal• Adaptação dos sistemas de transporte 
• Eliminação de barreiras arquitetônicas 
• Incentivo à organização social 
• Publicação de informações e materiais de qualificação 
•Edição de normas e diretrizes 
•Realização de pesquisas e estímulo 
•Incentivo à implementação de Programas de Mobilidade da Cidade 
•Promoção de boas política 
 
 
 
 
Figura 5: Sinalização destino e Acessibilidade Fonte: Queiroz Neto 
 
 
 
Figura 6:plataforma de elevação Fonte: Jornal do Brasil 
 
 
 
 
 
 Figura 7: espaço para cadeira de rodas com cinto Fonte: Wanderley Marques de Assis 
 
 
 
 
 
 Figura 8: plataforma de elevação Fonte: Caminho da Escola 
 
 
 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Há uma grande necessidade nas cidades Brasileiras de melhorar começando 
da locomoção da pessoa com deficiência até a chegada no ponto de espera á 
adaptação dos ônibus ou maior quantidade de ônibus adaptado para pessoas 
com mobilidade reduzida, estamos caminhando a passos largos, mas é 
importante que a população também faça sua parte, não basta apenas o poder 
público fazer sua parte, na verdade não sabemos o que nos aguarda o amanhã, 
todos nós estamos sujeitos a sermos um portador de mobilidade reduzida, é 
necessário que a população faça sua parte, seja mais solidário, que entenda o 
quão é difícil uma pessoa com mobilidade reduzida passar as restrições do dia 
dia, ainda há muito preconceito e discriminação, principalmente em meios de 
transporte,na qual muitos são ignorados. É necessário que as empresas de 
ônibus façam sua parte, não apenas em colocar frota acessível, mas também 
com campanhas educativas para a conscientização maior da população. 
Em algumas empresas de ônibus vemos alguns avanços como melhor 
treinamento dos motoristas e cobradores, isso é um grande avanço, inclusive, 
no treinamento, muitos motoristas e cobradores, simulam situações que as 
pessoas de mobilidade reduzida passam, e assim se conscientizam mais, e 
entendem compreender melhor. 
O que as pessoas com mobilidade reduzida querem, não é compaixão ou dó, 
querem no mínimo respeito e querem mostrar para a população que ainda tem 
toda a dignidade e que a mobilidade reduzida, não os impede de fazer tudo o 
que uma pessoa normal está acostumada a fazer, muitos trabalham até melhor 
do que muitos que tem plena saúde, mostram competência no que fazem, então, 
o mínimo que podemos fazer é respeitá-los e honrá-los cedendo nosso lugar do 
ônibus e ajudá-los no que precisarem, pois é uma questão de cidadania e 
principalmente educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010. 184p. 
 
JUNIOR, J. M. Como escrever trabalhos de conclusão de curso: instruções para planejar e 
montar, desenvolver, concluir, redigir e apresentar trabalhos monográficos e artigos. 3. ed. 
Petrópolis (RJ): Vozes, 2009. 222p. 
 
Acessibilidade programa urbano Brasileiro no ministério das cidades – “BRASIL ACESSÍVEL” 
 
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbano. ABNT 
NBR 9050:2004. Brasília, 2006.1. 
 
Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbano. Lei 10.098 de 
19 de dezembro de 2000. Brasília, 2006.1 
 
Ministério da Educação. Constituição. Brasil, 1888 
 
MELO,M.S.R. TRANSPORTE COLETIVO URBANO E ACESSIBILIDADE NA ÁREA CENTRAL DE 
TERESINA: um instrumento na (re) organização do espaço. 
 
SILVEIRA,M.R. transporte público, mobilidade e planejamento urbano: contradições 
essenciais 
Acessibilidade nos transportes: mais cidadania que equipamentos - Gustavo // 17 de 
Maio de 2011 às 15:25

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