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Universidade Luterana do Brasil
 
Curso de direito
 
 
mateus corrêa cardoso
O papel
 do Poder legislativo e 
do 
executivo nos tratados internacionais
Guaíba
2014
/2
mateus corrêa cardoso
O papel do Poder legislativo e do executivo nos tratados internacionais
Trabalho Acadêmico apresentado à Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Direito Internacional.
orientadora: professora IASMINE CARON ALVES
Guaíba
2014/2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 Legislativo, executivo e os tratados	4
2.1 O papel do congresso na celebração de tratados	4
2.2 Procedimentos Parlamentares	5
3 Procedimentos Brasileiros para a entrada em vigor dos Tratados.	6
4 Conclusão	7
Referências	8
INTRODUÇÃO
Este trabalho é um resumo das funções dos poderes legislativo e executivo quanto aos tratados internacionais. Traz as etapas que um tratado precisa passar, desde a aprovação pela câmara, até a ratificação por parte do presidente da república. E esclarece a confusão que é feita sobre o verdadeiro poder de decisão do legislativo. Alem de trazer um resumo do artigo O Poder Legislativo e os tratados internacionais, de Valerio de Oliveira Mazzuoli
Legislativo, executivo e os tratados
Segundo o artigo 84 da Constituição Federal, é de exclusiva competência do presidente da República celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. Ao Congresso, cabe, exclusivamente, segundo artigo 49 da CF inciso I, resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos ao patrimônio nacional. O Executivo não poderá tomar qualquer decisão sem que o Congresso tenha se manifestado. Diferentemente da época do Império, quando o imperador apenas dava ciência das decisões tomadas à assembléia, hoje, o Presidente não pode deixar de remeter para apreciação do Congresso um tratado internacional. É de responsabilidade do presidente, sempre fiscalizado pelo Legislativo, presidir a política externa. Para um tratado ter algum efeito, ele precisa ser aprovado pelo Congresso, pois, se não for assinado, aprovado por uma resolução legislativa e promulgado pelo presidente do Senado, será apenas um projeto de tratado. Para a conclusão e firmação de tratados é necessária a participação do Presidente junto com o Ministro das Relações Exteriores e com o Conselho de Ministros, sempre necessitando da aprovação do Legislativo. O Judiciário só atuará depois que o tratado estiver devidamente incorporado ao ordenamento.
O presidente não poderá manifestar consentimento definitivo sem o abono do Congresso. O Congresso concordando com o ato é apenas um das fases de sua elaboração. Após a aprovação do Congresso através do Decreto Legislativo, o Executivo poderá concluir o acordo. Porém, o decreto não terá nenhum valor normativo se não houver a promulgação do Presidente.
O PAPEL DO CONGRESSO NA CELEBRAÇÃO DE TRATADOS
Ao Parlamento, cabe aprovar ou rejeitar o tratado. O Congresso só resolverá definitivamente quando rejeitar um tratado, pois assim, o Executivo fica assim impedido de ratificá-lo. A decisão de final sempre será do Chefe do Executivo, portanto, a última palavra é do presidente, não do Congresso. O Congresso não ratifica nenhum tipo de ato internacional, apenas analisa o texto e aprova através de Decreto Legislativo. O Congresso aprova e o Presidente se encarrega de ratificar.
A vigência internacional de um tratado se dá no instante em que os Estados signatários comunicam reciprocamente a existência do instrumento da ratificação e a notificação pode ocorrer por troca ou depósito dos aludidos instrumentos. Geralmente a toca ocorre em acordos bilaterais e o depósito, nas multilaterais. Após a ratificação, o ato internacional deve ser promulgado pelo Presidente para depois ser incorporado à legislação interna.
Procedimentos Parlamentares
O Parlamento recebe a mensagem do Presidente e os motivos do Ministro das Relações Exteriores para apreciação. Ela é discutida e votada separadamente, começando pela Câmara dos Deputados. Não havendo aprovação do processo, não há a necessidade de levar ao Senado. Feita a leitura no plenário, os deputados tomam conhecimento e forma-se um processo com o nome de mensagem, com número próprio e será enviado à comissão de Relações Exteriores.
A Comissão irá designar um de seus integrantes para examinar o texto, feito isso, o relatório é analisado e recebe um parecer. Esse parecer deve apresentar um projeto de decreto legislativo que será submetido à Comissão de Justiça e Redação. Aprovado o projeto, é encaminhado para votação no Plenário. Se aprovada em turno único, a redação final é apresentada pela Comissão de Constituição e Justiça. Se a redação final for aceita e aprovada, o projeto seguirá para o Senado. Lido e publicado, o projeto será despachado para a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Todas as casas poderão apresentar emendas ao projeto desde que sejam referentes ao projeto de decreto legislativo. Concluído o Exame da Comissão de Relações Exteriores por parte do Senado, o projeto será incluído na ordem do dia do Plenário. Aprovado em turno único, sem emendas, é dispensada a redação final e o texto do decreto legislativo será definitivamente aprovado. Formalizados os tratados pelos agentes diplomáticos, tornar-se-á obrigatório somente depois da ratificação do Presidente. 
Procedimentos Brasileiros para a entrada em vigor dos Tratados.
A entrada em vigor dos tratados no ordenamento jurídico só se dará após a promulgação do decreto legislativo por parte do Senado e publicação no Diário da União e no Diário Oficial da União. Atos bilaterais poderão entrar em vigor seja pela troca de informações, seja pela troca de cartas de ratificação. Para o ato multilateral entrar em vigor internamente, o decreto legislativo precisas ser ratificado. A partir da publicação, o tratado passa a integrar o acervo normativo brasileiro. A promulgação atesta que o ato internacional já existe e que foram cumpridas todas as formalidades internas. Com a publicação do tratado, dar-se-á publicidade do seu conteúdo a todos os nacionais do País e o início de sua vigência.
Conclusão
No que se refere aos tratados firmados pelo Estado Brasileiro, precisam passar por prévia aprovação do Legislativo, que analisará e fiscalizará os atos do Executivo. O Executivo não poderá dar prosseguimento ao ato antes da decisão do Congresso. Porém, o Congresso não tem o poder da decisão final. Caso aprove o tratado, dever reenviar ao Presidente, pois só ele tem o poder de ratificar ou não o tratado. Ou seja, mesmo o Congresso concordando com todos os pontos e aprovando o tratado, o Presidente ainda poderá decidir pela ratificação ou não do mesmo. A missão de presidir a política externa cabe ao Executivo, sendo de responsabilidade do Legislativo controlar e fiscalizar os atos do Executivo em prol da defesa da nação no cenário internacional.
O Congresso dá o parecer do que foi resolvido sobre o tratado através da elaboração do decreto legislativo sujeitando-o à promulgação do Presidente do Senado. Estando todos de acordo, o Congresso autoriza ou não a ratificação por parte do Executivo.
Após a ratificação, o tratado será promulgado por decreto presidencial e entrará em vigor.
Referências
Mazzuoli, Valerio de Oliveira. O Poder Legislativo e os tratados internacionais. Revista de Informação Legislativa. Brasília, Jun. 2001

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