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Fundamentos do Planejamento Administrativo

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Fundamentos do Processo Administrativo: Planejamento (resumo)
Fundamentos de Planejamento
Planejamento: é a função da administração “responsável pela definição dos objetivos da organização e pela concepção de planos que integram e coordenam suas atividades” (SOBRAL; PECI, 2013), ou seja:
define o que deve ser feito ( objetivos;
define como deve ser feito ( planos. 
Passado ( ambiente estável ( necessidade menor de planejamento.
Hoje ( dinamismo ambiental ( necessidade maior de se preparar para enfrentar o futuro.
Sem o planejamento, a organização andaria à deriva; é a base de todas as outras funções administrativas.
Objetivos: propósitos, resultados, intenções futuras que as organizações pretendem alcançar ao longo de determinado período de tempo. Especificam os estágios futuros que a organização busca atingir.
Os administradores do topo planejam os objetivos e a estratégia da organização, os gerentes do nível tático estabelecem os objetivos de sua unidade/departamento da organização e os supervisores do nível operacional definem os objetivos para seu grupo de trabalho.
Planos: guias que indicam o que deve ser feito, especificando os recursos e as ações necessárias para alcançar os objetivos. Estabelecem os meios para alcançá-los. São a tradução formal do planejamento em documentos que estipulam como os objetivos devem ser alcançados, descrevendo como os recursos devem ser alocados, quais atividades devem ser realizadas e quais os meios de controle.
Vantagens e Benefícios do planejamento formal:
proporciona senso de direção;
focaliza esforços;
maximiza a eficiência;
reduz o impacto do ambiente;
define parâmetros para o controle;
atua como fonte de motivação e comprometimento;
potencializa o autoconhecimento organizacional;
fornece consistência.
Críticas ao planejamento formal com alto grau de formalidade:
não responde aos desafios de um ambiente dinâmico;
cria rigidez e inibe a flexibilidade organizacional;
inibe a criatividade, inovação e ousadia.
2.	Tipos de Planos
Quanto à abrangência, os planos podem ser:
estratégicos: foco na organização como um todo e forte orientação externa. De modo geral, os objetivos são gerais e os planos poucos específicos quanto a atividades e recursos necessários. Longo prazo.
Táticos/funcionais/administrativos: traduzem os objetivos gerais em específicos de uma unidade organizacional. Foco em unidades/departamento da organização. Definem as principais ações a empreender de cada unidade. Médio prazo.
operacionais: foco em tarefas rotineiras. Definem procedimentos e processos específicos. Objetivos especificam os resultados esperados de grupos ou indivíduos. São constantemente adaptados diante de novos desafios. Curto prazo.
Em termos de horizonte temporal, os planos podem ser:
longo prazo (geralmente 3 ou mais anos);
médio prazo (geralmente 1 ano);
curto prazo (períodos curtos e variáveis: dias, semanas ou meses).
Quanto ao grau de especificidade, os planos podem ser:
gerais: diretrizes gerais. O que importa é o objetivo final. Podem criar maior flexibilidade.
específicos: objetivos e atividades claramente definidos. Focam na forma, no processo. Podem criar maior rigidez.
3.	O Papel dos Objetivos no Planejamento
Hierarquia de Objetivos
Nível estratégico: missão (razão de ser da organização, o negócio da organização, declaração escrita que descreve o propósito, os valores, os princípios e as linhas orientadoras) e visão (o que a organização pretende ser no futuro; desafio; fornece direção geral). Os objetivos estratégicos se referem à organização como um todo.
Nível tático: os objetivos táticos correspondem aos resultados esperados para as principais unidades organizacionais (departamento/divisão).
Nível operacional: os objetivos operacionais definem os resultados específicos esperados de grupos e indivíduos.
Objetivos operacionais possibilitam o alcance dos objetivos táticos. Esses sustentam a realização dos objetivos estratégicos da organização.
Características dos Objetivos Eficazes: precisam ser bem definidos e devem se específicos (clareza quanto aos resultados esperados); mensuráveis (especificados de forma quantitativa); desafiadores, porém alcançáveis; definidos no tempo; coerentes; hierarquizáveis (prioridade entre eles); comunicados a todos os envolvidos. Instrumentos de controle e avaliação também devem ser definidos. Os membros da organização precisam saber dos benefícios do cumprimento dos objetivos.
Sistema de Definição de Objetivos
abordagem tradicional centralizada ( do topo para a base da organização (administradores formulam os objetivos, colaboradores devem segui-los).
abordagem descentralizada ( envolvimento de todos os membros organizacionais no processo de definição dos objetivos. Esse novo sistema é chamado de APO (Administração por Objetivos).
4.	Administração Estratégica
Estratégia é o caminho que a organização escolhe para conseguir sobreviver, buscando vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, oferecendo, dessa forma, mais valor a seus clientes. Estratégia ( superar o concorrente.
Início do século XX: o conceito de estratégia não parecia relevante. Crescimento ( estratégia como formulação de política de negócios (regras e procedimentos organizacionais, restrito ao ambiente interno da organização). Após a Segunda Guerra Mundial: crescimento e diversificação das organizações ( planejamento estratégico. Meados da década de 70: crise econômica mundial (petróleo; taxas de juros, inflação; entrada dos produtos japoneses nos mercados norte-americano e europeu) ( falta de rapidez e flexibilidade na resposta às mudanças ambientais. Surge o conceito de administração estratégica.
Administração Estratégica: um tipo específico de planejamento. Consiste no conjunto de decisões e ações que visam proporcionar uma adequação competitivamente superior entre a organização e seu ambiente, de forma a permitir que a organização alcance seus objetivos. 
A administração estratégica pressupõe a gestão integrada, equilibrada e abrangente dos recursos e ferramentas disponíveis. Deve haver a participação e comprometimento de todos os membros organizacionais. É uma abordagem contemporânea que busca combinar formulação estratégica com implementação e controle, ou seja, é um processo dinâmico e flexível que permite detectar continuamente novas oportunidades e ameaças. 
Administração estratégica: combinação da criatividade do pensamento estratégico com as metodologias próprias do planejamento estratégico ( organização com estratégias mais adequadas a um ambiente competitivo e turbulento.
Processo da Administração Estratégica: é uma sequencia: planejamento estratégico (a. diagnóstico da situação atual; b. análise estratégica e c. formulação estratégica) ( d. implementação estratégica ( e. controle estratégico. O processo é retroativo, já que a informação coletada no controle estratégico é utilizada em novos processos de planejamento estratégico.
Diagnóstico da situação atual: identificação da missão, visão, objetivos e estratégias. Deve haver coerência.
Análise estratégica (análise interna/análise do ambiente interno e análise ambiental/análise do ambiente externo): identificação de fatores internos e externos que possam afetar o desempenho competitivo das organizações.
b.1	Análise interna/análise do ambiente interno: consiste na análise dos recursos e das capacidades da organização (desempenho da organização). Os administradores coletam informações sobre fatores internos: situação financeira, qualidade dos produtos e serviços, imagem da organização, qualidade e competência dos administradores, cultura organizacional etc. Essa análise deve identificar recursos e competências que são únicos à organização, diferenciando-a de seus concorrentes e oferecendo, assim, mais valor aos seus clientes (pontos fortes). Também deve identificar
as desvantagens em relação aos concorrentes (pontos fracos).
b.2	Análise ambiental/análise do ambiente externo: identificação dos fatores externos que podem afetar o desempenho da organização: análise do microambiente/ambiente de tarefa (clientes, fornecedores, concorrentes, agentes reguladores) e do macroambiente/ambiente geral (variáveis econômicas, políticas, tecnológicas, legais, demográficas, culturais etc.). Essa análise deve avaliar o impacto, positivo (oportunidade) ou negativo (ameaça), desses fatores sobre o desempenho da empresa.
b.3	Análise SWOT (S: strengths/pontos fortes; W: weaknesses/pontos fracos; O: opportunities/oportunidades; T: threats/ameaças) é uma ferramenta gerencial para estudar, de forma integrada, o processo de análise estratégica (pontos fortes e fracos ( análise do ambiente interno; oportunidades e ameaças ( análise do ambiente externo).
Formulação estratégica: com base na análise estratégica dos ambientes interno e externo, os administradores definem os novos objetivos estratégicos (se for necessário, missão e visão devem ser revistas) e formulam estratégias que assegurarão o alcance desses objetivos.
Implementação estratégica: a implementação precisa ser bem conduzida pelos administradores do topo. Esses devem acompanhar a execução do plano estratégico, direcionando os recursos para o alcance dos objetivos estratégicos. É necessário comunicar e divulgar a estratégia a todos os membros.
Controle estratégico: etapa final: os administradores buscam monitorar a implementação estratégica, avaliando se o desempenho da organização está de acordo com os objetivos estratégicos, adotando medidas de correção, se necessário.
Referências Bibliográficas
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8. ed. rev. atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013.
GESTÃO CONTEMPORÂNEA
AULA 5: 16 de setembro de 2014 (terça)
AULA 5: 17 de setembro de 2014 (quarta)

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