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tintas naturais uma alternativa para a pintura artística

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B 9 2 8t B ueno, M aria L uci na B usato
T intas naturais : um a alternativa para a pintura artĺ stica P asso
F undo, G ráfica E d D a U niversidade de P asso F undo , 19 8 9
p 6 2
1 P intura art ĺ stica ıT ĺtuıo
C D U : 7 5
A ssessoń a E ditoń al T ânia M ariza K uchenbecker R ösing
T eıisa F urıanetto G raeff
Z elir Salete L ago B usato
F otografıas : D eoclides C zam ansk
i
capa
E xerc ĺcio no 14 (detalhe 19 8 7 )
D a autora
A gradecim entos a
B ranca A im i Severo e T ania R egina de S M M achado pelas
orientaç õ es recebi das
M aria V irginia D B aron, S antos D ias A rribas e T ania M K
R osi ng peıo apoio e estím ulo
Z eıir S L ago B usato e T elisa F urlanetto G raeff pela
cuidadosa revisão deste trabalho
cerâm ica com figuras negras sobre fundo verm elho h argiıa e, m ais
tarde
, 
invertendo se o processo, figuras verm eıhas sobre fundo negro .
O s rom anos dem onstravam preferência especiaı por luzes e
cores contrastantes E xtra ĺ am a fam osa cor púrpura do caracoı
m arinho
, usada peıos im peradores O verde gris era obtido através
da corrosão de pıacas de cobre ; o azul Indigo, do indigueiro
N a Idade M édia
, em seu perĺ odo iniciaı, predom inavam o
m osaico
, o ícone e a m iniatura A pintura era notada em afrescos e
P equenos ıivros O m otivo geraı 0 arte, nesse perĺ opdo, era o
cristianism o que surgiu , tim idam ente, na técnica dos afrescos nas
catacum bas do im pério R om ano
N o período gótico, os coloridos vitrais ocupavam espaç os nas
P aredes das catedrais
, entretanto a pintura sobre m adeira, retábulos
e aıtares portáteis ganhavam espaç o A técnica era praticam ente a
m esm a da iıum inura
, em que se concentram porm enores com
fundos dourados
, acentuando se as cores das pinturas e, ao m esm o
tem po , criando um a iıusão de espirituaıidade espaciaı N o final
desse perĺ odo , foi im portante o surgim ento de artistas com o
Stepham L ochner e Sim one M artini e
, o m aior de todos, G iotto quefixou
, em suas figuras, um naturalism o m uito hum ano
A s técnicas m ais com um ente utiıizadas eram a têm pera,
preparada com pigm entos dissoıvidos em clara de ovo
, para faciıitar
sua adesão ao suporte, geraım ente m adeira e
, 
a encáustica
O R enascim ento é um dos períodos m ais prof ícuos em term os
de pintura, atingindo o conceito de arte m aior e neıe surgem grandes
m estres hum anidade cıássica A introduç ão 8 tinta a óıeo
, por
volta do século X V , vinda dos países baixos, segundo a tradiç ão do
pintor V an E ych, tornou essa técnica m ais econòm ica e cô m oda que
a têm pera, porque soıucionou o problem a de secagem das tintas,
com o acréscim o do óleo de linhaça A m adeira foi substitu ĺ da pela
tela previam ente preparada
T am bém foram utilizados
, no m esm o período, a sangū(nea,
que é um cré naturaı (aım agre) cuja cor averm eıhada, preparado
co ◆ o um lápis ; pinceı, pena ponta de prata, espécie de estiıete
1 1
incutir na criança e no adolescente o prazer que deriva do processo
da pesquisa e da produçäo art ísti ca.
Para a artista M aria L ucina cuja atuaı fase é refıexo de sua
pesquisa em busca de alternativas, alm eja se, a satisfaç ão de um a
resposta a um trabaıho de aıtíssim o padrão , que, sem dúvida, há de
ocupar lugar destacado no panoram a das artes plásticas do B rasiı,
M aria G oretti B ettencourt
1 3
IN T R O D U ÇÃ O
A pintura encontra se entre as m a
is prim itivas m anifestaç
õ es
artlsticas do hom em
A m otivaç ão para tal atividade levou o a cons
tantes buscas e
descobertas de m eios e de instrum entos capazes de au
xiliálo nas
execuç ĉį es pictö ricas C om o exem plo, citam os a evoıuç ão das 
tintas
que perm itiu a am pıiaç ão de opç ões Inicialm ente, era
m feitas de
form a artesanal e, posteriorm ente, em escala 
industrial, seguindo ,
em geral, a seguinte seqiiēncia : ( 1 ) tintas naturais, (2 ) têm p
era, (3 )
öıeo , (4 )
"
gouache
"
, 
(5 ) aquareıa, (6 ) pastel, (7 ) tintas acrĺ licas
todas de bel lssim as cores e efeitos, guardadas as especificidades e as
caracterlsti cas próprias de sua procedência
N o decorrer do tem po em que vim os trabalhando com pintura,
tivem os a oportunidade de exercitar várias delas, percebendo suas
qualidades ; entretanto a idéia de pesquisar tintas com eıem entos da
natureza há m uito nos atraía, faıtando, apenas, a possibilidade de
concreti zaç ão
E ste trabalho surgiu , portanto, de necessidades com o as
referidas a seguir
a) am pliar os conhecim entos sobre os m ateriais de pintu ra,
investigando os pigm entos naturais para a preparaç ão de tintas
b) m inim izar o custo das tintas em reıaç ão às industrializadas
c) facilitar a sua obtenç ã o principalm ente nas zonas de difĺ cil
acesso probıem a evidenciado por alguns aıunos de C ursos de
Férias L icenciatura em E ducaç ão A rtística H abiıitaç ão em
A rtes P lásticas da U P F
A partir do segundo sem estre de 19 8 2 , iniciam os esse trabaıho
com m uitas dúvidas, já que era m ĺ nim a a bibliografia dispon ĺ veı
sobre o assunto
E m 1 9 8 5 , a aquisiç ão do livro
" M ateriais P opulares na
E ducaç ão A rtĺ stica" de José H ercuıano trouxe novo im pulso a esse
nosso i ntento M uitas testagens foram realizadas em
' : atelier" antes
de serem propostas aos alunos S abíam os que surgiriam dificuıdades
1 5
C R ıA T IV ıD A D E E T R A B A L H
O P A R A A B U S C A D E
T IN T A S N A T U R A ıS
para que se tenha um a visão precisa đ proposta deste estudo,
dois aspectos de fundam entaı im port
ância precisam ser exam ina
dos : criatividade e trabalho
Sabe se que o ser hum ano é criativo por excelência por ser a
criatividade um a potenciaıidade inata, bastando exercitála, através
de oportunidades, de experiências de vida, para que se m anifeste
A criatividade propicia o ato criador, ou seja, a expressão de
sentim entos, em oç õ es, idéias e pensam entos do ser hum ano
existe, no ato criador, um a intencionaıidade de busca. de
transform aç ão da m atéria que gera novas totaıidades
ım provisando, expıorando m ateriais do am biente pessoal,
haverá a possibiıidade ĺ m par de o indiv ĺ duo exercitar a im aginação
e a fantasia, estabelecendo se, dessa m aneria, relaç õ es interiores e
exteriores com o m undo que o cerca
C riatividade é a exteriorizaç ão do potenciaı criativo do ser
sensíveı " é o encontro do ser hum ano intensam ente consciente
com o seu m undo " 1
O trabalho é um a necessidade vitaı
, através dele o hom em
concretiza seus ideais e se realiza em plenitude
" N o T rabalho
, o hom em intui A ge, transform a
, 
configura, intuindo O cam inho em toda a
tarefa será novo e necessariam ente diferente A o
criar
, ao receber sugestões da m atéria que está
sendo ordenada e se altera sob suas m ãos
, 
nesse
processo configurador o indivfduo se vê diante de
encruzilhadas A todo instante, eıe terá que se
perguntar : sim ou nao
, 
faıta algo, sigo, paro 2
T M A Y
, 
R oııo A coragem de criar R io de J aneiro , N ova F ronteira 1 9 7 5 p 5 3
¢ O S T R O W E R
, 
F aya C riatividade e processos de criaç ãa petrópoıis V ozes 1 37 7 p 7 0
17
Z - P ıG M E N T O S N A T U R A ıS E A G L U T ıN A N T E S inform · ç ö e$
nece$ *lrias
D eıde os prım órdioı da arte, aı corei eram com portas por
eı* m entoı extrafdos dos reino$ vegetaı, anim aı e m ineral fontes
inesgotáveis de pigm entos orglnicos e InorgĮ nicor.
P or tintaı naturais entendem se, portanto, ai tintas obtidas da
natureza S ão com o as dem ais, com poıtıı, balicam ente, P or
pigm entos e agıutinantes, possuindo caracterlsticas de opacidade ou
de transparência
T intas transparentesıäo aqueıaı sem elhantes àı aniıinas que se
dissoıvem na água ou nos agıutinantea, coıorindo os sem form ar
pasta
A s tintas opacas ıao form adas por pö $ que, adicionados aos
aglutinantes, form am m assas m ais ou m enos espessas
O s pigm entos que podem ser extraldos da natureza e/ou
produzidos em laboratórios, são os responsáveir peıa cor da tinta
O s pigm entos vegetai$ säo extraídos de folhas. Fıores, frutos,
sem entes, ra lzes, troncos, através de diversos processos S ão m enos
resistentes do que os pigm entos m inerais, pois a aç ão do calor, da
um idade, do ar e dos gases da atm osfera causam ıhes m odificaç õ es
e, até m es m o, degeneraç õ es
O s pigm entos m inerais m ais com uns são os óx ; dos de ferro e as
ocas, variando do am arelo ao verm eıho arroxeado até o quase preto,
dependendo do m aior ou m enor grau de oxidade do m ineraı
A s ocas são pigm entos m inerais
"
A s ocas são encontradas em
bancos m aıs ou m enos de um ou dois m etros de espesssura. D e
form aç ão lam inar horizontaı argiıosa S ão m ais ou m enos finas,
m ac as e friáveıs S ão variaveım ente pardas, rosadas, verm elhas,
am areıas e de diversos tons debranco
" 3
3 F E R R E IR A , H w culano M · rırlıb papu/a r na educ · ç õo artl$ tTca M ınas G eraiı,
C oordenadoria de C ułtun do G ov D e M iıu ı G eraiı, 1 9 8 3 p 4 4
1 9
c) V erm eıhos sem entes revestidas de polpa verm elha
tom ate ( L ycopersicom esculentum )
m istura de m arcela e beterraba
d) C arm ins : beterraba ( B eta vulgaris)
cascas de jabuticaba (M yrciaria truntiflora)
e) V erdes : erva m ate ( Ilex paraguaryensis)
folhas diversas
f) A zuis : feijão preto ( P haseolussp)
cam painha ( lpom om ea sp )
g) R oxos : 
cascas de uva ( V itis vinifera )
h) B rancos : giz (carbonato de cálcio)
gesso (sulfato de cálcio)
cascas brancas de ovos, m o ĺ das
i) P retos : carvão
fu ligem
ossos e sem entes calcinados
D M arrons café ( C offea arabica )
m adeiras diversas : canjarana, cedro, louro,
pessegueiro , pinho , caviúna, im buia e
outras
I) O cres : ocas e terras preparadas
E xistem
, em outras regiõ es do B rasil
, outros vegetais dos qua
is se
extraem cores : ( 1 ) verm elho, do pau brasiı que produz um a tinta
verm eıha vibrante m uito usada peıos indĺ genas para colorir o corpo(2 ) ĺ ndigo ou anil
, extra ĺ do das folhas do anileiro quando estão
m aduras
2 2
4
I I
d) ıixaç äo : m adeiras 
com o cedro, pessegueiro , 
ıouro e outras
säo transform adas e
m pós m uito finos 
de diversas cores, quando
' ixadas E stes pós po
derão ser usados puros nos ag
lutinantes ou
associados entre si.
O m esm o poderá ocorrer com 
as tintas ı ĺ quidas, de cujas
m isturas entre si surgirão outras 
interessantes, bastando, para isso,
que os diluentes sejam os m esm os, 
isto é, água com água, álcool com
áıcooı
A s tintas naturais ı ĺ quidas, através de sobreposiç ões da m esm a
cor ou de outras com binadas, perm item a realizaç ão de dois ou m ais
trabaıhos ao m esm o tem po E nquanto um seca, o outro
eıaborado
P ara avivar a cor verde, obtida da erva m ate fervida, basta
acrescentar um pouco de cinza proveniente da com bustão da
m adeira, a fim de que se obtenha um verde lum inoso
O m esm o ocorre com a água colorida da m aceraç ão do feijão
preto å quaı pode se acrescentar um pouco de aıů m em de potássio
e a cor será a de um roxo intenso O ácido tartárico , contudo,
transform a o roxo em carm im
A seleç ão dos m ateriais poderá ser iniciada várias sem anas ou
até m eses antes de seu uso
, 
facilitando enorm em ente o preparo dastintas E xem pıo disso são as infusĉies no áıcooı com pétalas defıores
, urucum . M adeiras diversas e/ou a preparaç ão de pósprovenientes dem adei ras variadas
, 
fuligem , tijolos e outros
A s m aceraçòes com feijão , erva m ate e/ou cocç ão combeterraba
, poderão ser preparadas
, no inverno
, 
dois ou três diasantes do seu uso N o verão
, porém , a aç ão do calor faz as tintasferm entarem E m vista disso
, aconselha se o seu preparo na vésperaou três a quatro dias antes de seu uso
, caso elas perm aneç amevaporando em recipiente am pıo e raso
4 F E R R E iR A
, H erculano , op cit , p 4 4
2 4
preparaç ão de um a 
base, entretanto o m esm o nio ocorre com
tecidos e papéis co
loridos com o o pardo e outros, os quais
necessitam de preparaç
ão prévia D uas capas de tinta plástica branca
serão suficientes para for
m ar boa base aqueıa que recebe tanto os
em pastes, quanto as 
tintas I ĺ quidas
5 3 U tensíıios
A seıeç ão de m atériasprim as 
bem com o o preparo das tintas
exigem certa quantida
de de utensĺ lios espec ĺ ficos para determ ina
das atividades : vidros, pratos, pene
iras, vasilhas, coıheres, panos,
caixas utensĺ lios utiıizados no preparo 
de tintas pastosas e
I ĺ quidas
5 4 1 m perm eabiıizantes
A pós as pinturas estarem conc
ıu ĺ das e as tintas com pletam ente
secas, podem ser im perm e
abilizadas para não desm erecerem
parciaım ente
A cera de abelha, a parafina puras ou a
ssociadas a um
soıvente form ando pasta podem ser passa
das sobre as pinturas,
avivando suas cores, conservando as
A s coıas plásticas e os vernizes sintéticos s
ão bons fixadores e
estabiıizantes das cores, tendo ainda a vantagem 
de evitarem a
form aç ão de m icroorganism os cuja proliferaç ão é tão co
m um nas
tintas orgânicas
6 T O X IC ıD A D E
S abe se que alguns vegetais são perniciosos à saúde qua
ndo
ingeridos ou em contato com a pele E xem plos d
isso sã o , entre
outros, a folhagem C om igo N inguém pode (D ieffenbac
ha P icta)
cuja seiva é venenosa podendo até provocar a m orte e o O ıeandr
o
(N erium O leander) tam bém cham ado de E spiradeira que se
caracteriza por possuir fıores e foıhas aıtam ente tóxicas
R ecom enda se o cuidado de selecionar vegetais näo prejud
i
ciais que ofereç am a certeza de boas condiç ões de uso
D eve se ter
, 
tam bém
, 
m uito cuidado com as tintas em infu
são
no áıcooı que, por se tornarem inflam áveis, devem ser m
antidas
ıonge do calor e das cham as
2 6
P rıncipalm ente quando se considera a existência de grande nů m ero
de alunos com carência financeira do que decorre a dificuldade de
acesso às tintas industriaıizdas A im portância das tintas naturais
cresce
, ainda m ais, pela satisfaç ão proporcionada através de sua
P roduç ão e pel os efeitos inesperados que viabilizam .
P ara o artista pıástico que se ıanç a a um trabaıho m ais
duradouro
, ainda restam questionam entos referentes à fixaç ão de
certas cores e à durabiıidade de aıgum as tintas I ĺ quidas
S em dĹıvida, em bora tenham sido dados os prim eiros passos,
existe
, 
ainda
, um cam inho a percorrer e, no decorrer do m esm o,
certam ente outras soıuçōes serão encontradas
P ode se dizer que com a m esm a faciıidade com que o hom em
se adapta às circunstâncias đ vida, tam bém se adapta aos
m ateriais
E ıe é criativo
, 
receptivo e aberto a m udanç as o que Ihe perm ite
a visão đ pintura nio apenas no espaç o universal, com o tam bém na
realidade de seu tem po, através da busca de alternativas, à procurade algo novo ou recriado
, 
visando sem pre novas soıuçōes
2 8
F ig 1
E xerc ĺ cio no 1 ( 1 9 8 3 ) D im : 1 8 × 2 1 cm
T itulo : T E S T E IN IC IA L
T intas extra ĺ das de café, erva m ate, gerâ nio , carvao
D iıuente : água
A gıutinante : nenhum
lm perm eabilizante : nen
hum
S uporte : papel sulfite
3 0
·
42
Fig 2
E xerc ĺcio np 2 (19 8 4 )
T intas : E xtra idas de carvão, terra, ocas, beterraba, ų ru cum , gerânio,
pétalas de rosa, feijäo preto, canjaraqie outrasm adeiras
D iluentes : água e/ou álcool
A glutinantes : nenhufn
I m perm eabilizante : r) enhum
Suporte : papeı sulfiteepapeı canson
3 2
F ig 3
Ëxerc ĺ cio n9 2 4 (19 8 8 )
T E S T E D E C O R E S
S uporte : C anson e S ulfite
lm perm eabilizantes : cera
, cola e/ou verniz
A glutinantes clara de ovo
, coıa plástica
3 4
S
< R g. 4
E xeR fclo np 3 119 8 4 ) D im 2 3 × 3 2 cm
T f tuıo F A C E
T intas : Ë xtrafdas de café, carväo, canjarana, gır* iło.
terra
D iıuente : água
A gıutłnante : coıa pıästica
ım permeabiıłzante : nenhum
N poıŢe papeı canson
3 6
X · li
鱸龚繆
3 9
4 1
F ig 7
E xercĺcio n9 13 (19 8 6 )
T ĺ tuıo : P R ıM A V E R A
T intas : extraĺ das đ flordo cam po, urucum , fuligem (infusio no
álcooı)
, 
beterraba (cocç ão), feijão pretó (m aceraç ão), ocas e
calcinato de cáıcĹo (coıa)
A glutinantes : cıara do ovo, cola plástica incolor para infusão e cola
plástica ıeitosa para os dem ais
S uporte : sulfite
lm perm eabilizante : verniz brilhante
4 2
D im : 9 7 × 6 7 cm
F ig 8
E xerc ĺ cio np 1 7 (19 8 7 ) D im : 6 8 × 4 8 cm
T ĺ tulo : C E N A D E IN V E R N O
T intas canjarana, flordo cam po , urucum / fuligem (
infusão no
áıcool), feijão preto (m aceraç ão)
A glutinantes : cola pıástica inco
ıor para as infusĉ)es,
poıvilho e cıara de ovo para a m aceraç
ão
I m perm eabilizante : verniz brilhante
S uporte : papel suıfite
4 4
gom a de
F ig 9
E xerc ĺ cio np 15 (19 8 7 ) D im : 4 2 × 3 2 cm
T ĺ tulo : F IG U R A S
T intas : canjarana e fuıigem (infusão no 
álcool), m adeiras diversas
em pó
A glutinantes : cola pıástica 
incolor para as infusðes ; cola plástica
ıeitosa para os pós
ı m perm eabilizante : verniz br
iıhante
S uporte : papeı dupıex
4 6
4 9
Fig 1 1
Exercĺcio np 2 3 (19 8 7 ) D im : 10 0 × 6 7 cm
T ítulo : C O N T E X 'T U R A S V ı
T intas : carvão, canjarana, urucum , flordo cam po, cim ento, caïcina
to de cálcio
D iluentes : água e álcool
A glutiņ ante : cola plástica
I mperm eabilizante : verniz brilhante
Suporte : papeı suıfite e xerox sobre papel suıfite
50
5 1
5 3
F ig 1 3
E xerc ĺ cio np 3 0 ( 19 8 9 )
T ĺ tulo : M A N C H A S I
T intas : feijão preto (tons L : d ; u a ıııcıcravau pu íd , piıra o5 tons
m ais escuros m aceração com aıūm en de potássio),
ipom ea, urucum e fuligem em infusão no álcool
aglutinantes : cıara de @ vo para as m aceraçōes e cola pıastica
incolor para aś infusões no álcool
S uporte : papel vergê branco
I ¡ perm eabilizanteī verniz sintético fosco
5 4
D im : 6 7 × 4 8 cm
9 0 1
5 5
阁
陜
艮
5 7

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