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Avaliação em História e Geografia

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CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DA HISTÓRIA E GEOGRAFIA 
Rio de Janeiro- 2011
 AVALIAR OU DIAGNOSTICAR?
 
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TEMAS DA AULA
Tópico 1- Avaliação como medida
 Tópico 2- Avaliação como diagnóstico
Tópico 3- Avaliação em História e Geografia 
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Tópico1- AVALIAÇÃO COMO MEDIDA
 
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Por que a avaliação deve funcionar como um aparelho de tortura medieval?
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Perrenoud (1999), na introdução de seu livro Avaliação, publicado pela editora Artmed, Porto Alegre afirma que a avaliação não é uma tortura medieval. 
Afirma que é uma invenção nascida com os colégios do século XVII e tornada indissociável do ensino de massa que conhecemos desde o século XIX, com a escolaridade obrigatória.
Perrenoud
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Algum dia teria havido, na história da escola, consenso sobre a maneira de avaliar ou sobre os níveis de exigência?
O tema avaliação mexe com os educadores de todos os níveis, pois deixa à mostra a ignorância de alguns alunos para melhor celebrar a excelência de outros.
Por isso, quando se resgata as lembranças de escola, algumas pessoas associam a avaliação a uma experiência gratificante, construtiva; outras, ao contrário , lembram de uma sequência de humilhações.
Essa situação continua se repetindo. Há uma inércia no sistema e as notas, estão aí e bem vivas em inúmeros sistemas escolares.
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Nos últimos anos, a questão da avaliação tem sido objeto de pesquisa. Estudos mostram a insatisfação dos professores e de outros profissionais envolvidos com o tema.
Principalmente com as práticas tradicionais, nas quais o sentido político da avaliação está ligado à questão do poder. 
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Seu caráter autoritário relaciona-se ao controle e ao enquadramento dos indivíduos nos parâmetros estabelecidos pela sociedade.
Até hoje, a coação explicita, através de instrumentos disciplinadores- a prova, por exemplo- acontece. Ela mede principalmente o que o aluno não sabe, sem se preocupar com seus avanços e conquistas.
Nesse processo, alunos e professores ficam em campos separados, os primeiros tentando preservar sua liberdade e tranquilidade e os professores esforçando-se para fazê-los trabalhar “para o seu bem”. 
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A avaliação pedagógica tradicional é um jogo de gato e rato, um confronto de estratégias e de contra/estratégias. 
É muito difícil , nestas condições, criar uma relação verdadeiramente cooperativa entre professores e alunos, porque em algum momento os primeiros vão julgar os segundos, às vezes com rigor.
A avaliação nessa perspectiva torna-se classificatória e reduz-se a um momento final do processo de ensino-aprendizagem, limitando a categorizar o aluno em função de uma nota. 
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Segundo, Vasconcellos (1995) , a grande preocupação do professor é saber quanto o aluno merece e a do aluno é saber quanto precisa para passar. 
A nota também é usada para manter a disciplina e moldar atitudes de acordo com os padrões desejáveis pelo professor.
Celso Vasconcelos
Cria-se um contrato pedagógico conflitual. 
Tal contrato só pode entravar a evolução em direção às novas pedagogias, à escola ativa, à responsabilização do aluno por sua própria aprendizagem. 
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A avaliação classificatória desconsidera importantes itens que fazem parte das características de uma aprendizagem correta, como:
os impactos da diversidade sócio-cultural do aluno na forma de aprender; 
a sua necessária participação no processo de produção do conhecimento numa perspectiva de investigação e questionamento constantes; 
o dinamismo do conhecimento produzido pelo homem, particularmente no contexto das grandes transformações científicas e tecnológicas etc.
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 AUGUSTO COMTE 
Uma mudança nesse quadro requer outra visão do processo pedagógico ou seja, repensar itens como: o que ensinar, para que ensinar e como ensinar.
 Isso significa superar a visão estática e classificatória, trabalhar a favor da permanência do aluno na escola e desenvolver um ensino efetivo e significativo.
QUAL A RELAÇÃO ENTRE ESSE TIPO DE AVALIAÇÃO E A DESISTÊNCIA EM FREQÜENTAR A ESCOLA?
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 TÓPICO 2- AVALIAÇÃO COMO DIAGNÓSTICO
	
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Que médico classificaria seus pacientes, de menos doente ao mais gravemente atingido? 
Que médico pensaria em administrar um tratamento coletivo para os doentes com sintomas semelhantes, sem antes verificar as característica físicas dos pacientes ? 
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Ao contrário, ele determina, para cada um de seus doentes, um diagnóstico individualizado, estabelecendo uma ação terapêutica sob medida. 
A avaliação diagnóstica tem o sentido de uma avaliação transformadora. 
Não se limita ao momento final do processo: ela o acompanha em sua trajetória de construção cotidiana.
 Busca identificar os padrões culturais dos alunos que chegam às escolas identificando os elementos necessários para ampliar esses padrões, através de uma relação de diálogo no dia-a-dia das práticas de ensino. 
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Torna-se um instrumento de investigação e problematização com o objetivo de ampliar perspectivas. 
 Considera o princípio da contradição. 
 Inclui a problematização das situações do cotidiano.
Exige a reflexão , passo a passo, das ações e das manifestações dos alunos, para que não se instale um trabalho didático em verdades prontas, adquiridas e pré-fabricadas.
Deve ser um meio de fornecer informações sobre o processo de construção do conhecimento tanto para o professor, em sua ação pedagógica, como para o aluno, em seu desempenho.
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 ESQUEMA GERAL
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Isso requer uma atitude de companheirismo entre professor e aluno, ambos participando de todas as fases do processo educativo.
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O sistema educacional, muitas vezes, apresenta dificuldades, para colocar em prática essa forma de avaliação. 
São leis, pareceres, resoluções que regem a organização do ensino nas escolas e exigem do professor notas, conceitos e cumprimento dos conteúdos. 
Entretanto, antes de ser um empecilho, esses procedimentos devem constituir um desafio para o professor organizar-se e numa ação coletiva, alterá-los.
A bandeira de luta seria a mudança do seu caráter terminal para um enfoque contínuo, diagnóstico com o desenvolvimento de uma postura cooperativa privilegiando a compreensão e formação da consciência crítica de todos.
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Mas Como fazer uma avaliação dessa maneira? 
A forma de se organizar uma avaliação diagnóstica deve ser precedida de uma discussão que explicite para onde se quer ir através das seguintes perguntas:
-Que tipo de escola se quer?
-O que pretende essa escola?
-A quem serve essa escola?
-Qual é a responsabilidade social dessa escola?
-Que homens e mulheres se deseja formar?
-Quais os conhecimentos necessários à vida em sociedade?
A partir daí, serão organizados os conteúdos e a avaliação virá num processo claro e contínuo.
 
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Por que a postura de trabalho dentro da linha da avaliação diagnóstica confirma a necessidade de um ambiente de encontros e trocas entre a equipe da escola e professores e alunos?	
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Tópico 3- Avaliação em História e Geografia 
Em Geografia e História como nas demais áreas da primeira fase do Ensino Fundamental deve-se considerar, simultaneamente:
-o que a criança já consolidou; 
-o que está em fase de construir.
 A avaliação apresenta-se, então, a partir de duas dimensões: 
-a que identifica o nível de aprendizagem dos objetivos curriculares; 
-a que expressa os diferentes momentos da criança frente a esses objetivos.
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Os objetivos não serão alcançados de uma vez. 
Eles possuem um percurso, visto que a criança, não sobrepõe conhecimentos, mas estabelece relações cada vez mais complexas, até chegar à generalização dos conceitos. 
O professor deverá diagnosticaresse percurso.
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 Esse diagnóstico será conseguido a partir de um trabalho contínuo no qual devem estar presentes as seguintes ações:
- utilização de muitas atividades em grupo;
- prática da auto-avaliação dando a oportunidade ao aluno de avaliar o seu próprio desempenho;
-prática da avaliação em grupo na qual o aluno aprende a criticar construtivamente a sua produção;
- de atividades individuais;
- de desafios como jogos, dramatizações etc.
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Para que isso seja possível cabe ao professor estabelecer um compromisso de carinho e respeito com a trajetória de seu grupo e de cada um de seus alunos, sem, no entanto, confundir carinho e respeito com excesso de benevolência. 
Nesse processo fazem parte a crítica, o estímulo e os desafios dados pelo professor os quais farão com que cada criança perceba a possibilidade de enriquecer seu trabalho a cada dia, na troca de informações com seu grupo e meio social e principalmente na pesquisa permanente.
Quanto aos conteúdos a serem avaliados, os Pârâmetros Curriculares Nacionais, mostram que os mesmos são meios para que os alunos desenvolvam as capacidades de produzir bens culturais, sociais e econômicos e deles usufruir.
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Karl Marx
Friedrich
 Engels
Para que a aprendizagem possa ser significativa é preciso que os conteúdos sejam analisados e abordados de modo a formarem uma rede de significados. 
Se a premissa de que compreender é apreender o significado, e de que para apreender o significado de um objeto ou de um acontecimento é preciso vê-lo em suas relações com outros objetos ou acontecimentos, é possível dizer que a ideia de conhecer assemelha-se à de tecer uma teia. 
Tal fato evidencia os limites dos modelos lineares de organização curricular que se baseiam na concepção de conhecimento como "acúmulo" e indica a necessidade de romper essa linearidade.
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A seleção de conteúdos, pela equipe escolar, deve levar em conta sua relevância social e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno. 
Esses dois critérios podem guiar as escolhas que precisam ser feitas, em função das capacidades que se pretende desenvolver e da ampla gama de assuntos possíveis de serem tratados no âmbito de cada área de conhecimento.
É importante deixar claro que, na escolha dos conteúdos precisa-se incluir conteúdos de natureza conceitual — que têm sido tradicionalmente predominantes — mas também dos de natureza procedimental e atitudinal.
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Os conteúdos de natureza conceitual, que envolvem a abordagem de conceitos, fatos e princípios, referem-se à construção ativa das capacidades intelectuais para operar com símbolos, signos, ideias, imagens que permitem representar a realidade. 
Seriam exemplos: 
caracterizar o Brasil Colônia em seu aspecto administrativo (História); 
Identificar as características econômicas das regiões em que o seu estado foi dividido. (Geografia).
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A segunda categoria de conteúdos relaciona-se àqueles de natureza procedimental. Os procedimentos expressam um saber fazer, tomar decisões e realizar uma série de ações, de forma ordenada e não aleatória, para atingir uma meta. Estão presentes nos projetos de ensino, pois realizar uma pesquisa, desenvolver um experimento, fazer um resumo, construir uma maquete, são proposições de ações presentes nas salas de aula. 
Seriam exemplos: 
Ler uma linha de Tempo sobre a moda do séc. XX (História);
 Identificar no mapa as vias de acesso à escola. (GEO)
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A terceira categoria diz respeito aos conteúdos de natureza atitudinal, que incluem normas, valores e atitudes, que permeiam todo o conhecimento escolar. A não compreensão de atitudes, valores e normas como conteúdos escolares faz com que estes sejam comunicados sobretudo de forma inadvertida — acabam por serem aprendidos sem que haja uma deliberação clara sobre esse ensinamento. 
Seriam exemplos: 
Discutir em sala : O Brasil foi descoberto ou invadido pelos portugueses? (História);
Planejar uma campanha de uso correto do espaço da escola (Geografia).
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