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A vida ativa nas atividades da vida

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A vida ativa nas atividades da vida
por Emerson Batista
Outro dia estava conversando com algumas alunas do Ensino Médio e uma delas me fez a seguinte indagação: Como a Educação Física pode ser importante na faculdade que eu pretendo cursar? Excelente pergunta. Respondê-la pode parecer simples. Muitos são os argumentos que podemos utilizar nesta tentativa. Difícil será convencer esta aluna a ponto de modificar seus hábitos regulares. Tornar a atividade física uma prática habitual em sua vida.
Seria mais fácil responder a pergunta se ela fosse formulada da seguinte maneira: Como a Educação Física pode ser importante na minha vida? Muitas vezes esquecemos que estamos na escola não somente pela necessidade de prestarmos um vestibular para entrarmos em uma Universidade. Os conhecimentos adquiridos na escola – e eles nem sempre estão relacionados a conceitos teóricos – nos serão úteis na nossa vida dentro e fora do âmbito escolar. Soares et alii (1993, p. 212)* nos diz que
“Temos que considerar que o conhecimento é um dos modos de apropriação do mundo pelo homem, apropriação esta que somente se torna possível mediante a atividade humana.”
Samba, frevo e salsa exigem muito das pernas e glúteos. Já o rock (anos 50/60) e o tango utilizam muitos movimentos de braço e uma boa dose de flexibilidade. De qualquer forma, a dança no geral (não só as de salão, mas o ballet, o jazz, etc), movimenta todo o corpo, trabalhando força, flexibilidade, ritmo e coordenação motora.
A aluna, na sua indagação, está fazendo uma projeção desta disciplina e de sua importância em sua vida. Sua preocupação não é imediatista. Preocupa-lhe o futuro.
Sua dificuldade em encontrar respostas à suas dúvidas, segundo acredito, está na maneira como a Educação Física é perspectivada no contexto escolar. Querer compreender a importância da Educação Física para a sua formação profissional é um erro. Seria melhor pensar na relevância desta para a sua atuação profissional. Imaginemos por exemplo um médico, durante uma cirurgia com duração aproximada de seis a oito horas. Não gostaria de ser o paciente se ele não apresentasse uma condição física satisfatória para manter, com a precisão adequada, durante todo o tempo os movimentos necessários para a realização desta tarefa.
Não quero dizer com isto, muito pelo contrário, que a Educação Física na escola deva se preocupar apenas com a aptidão física dos alunos. Mas sim, possibilitar a eles ao longo do seu programa a oportunidade de entender a importância da prática regular de atividades físicas e fazer com que adquiriram o hábito de praticá-las ao longo de suas vidas.
A importância de adotarmos uma vida mais ativa não é nenhum segredo e isto ninguém discute. Nosso objetivo, com este artigo, não é relacionar os benefícios oferecidos à saúde através da prática de atividades físicas. Esta importância, está cada vez mais difundida na sociedade moderna (Ou você ainda tem dúvidas?). Apesar disto, Guedes (1994, p. 68)* afirma que vivemos
“(...) Em uma sociedade, onde uma significativa proporção de pessoas adultas contribuem substancialmente para o aumento das estatísticas de distúrbios orgânicos, provocados pelas doenças degenerativas, em conseqüência da falta de hábitos de vida saudáveis, principalmente no que se relaciona com a atividade motora (...).”
Objetivamos relacionar a Educação Física e a prática de exercícios com a realização satisfatória das exigências motoras solicitadas nas tarefas diárias. Estas tarefas associam-se não somente com uma determinada atuação profissional mas também nas pequenas solicitações do dia-a-dia. Amarrar um cadarço é um bom exemplo. Repare como as pessoas de idade avançada têm preferência por calçados sem cadarço. Veja quantas situações como esta, presentes na nossa vida, podem se tornar com o tempo mais complicadas e comumente encontradas. Isto pode ser evitado se assumirmos, desde cedo, hábitos de vida mais ativos.
Façamos agora uma pequena experiência: Pense na sua profissão (ou aquela que você deseja exercer). Quais são as exigências motoras (movimentos necessários) para sua prática se efetuar de maneira mais satisfatória? Reflita como a adoção de uma vida mais ativa poderá contribuir na sua atuação profissional e na melhora da sua qualidade de vida.
Se você concluir que poucas são as exigências motoras solicitadas no seu dia-a-dia, esta já é uma excelente razão para começar a praticar atividades físicas regularmente. Ou você tem dúvidas que vivendo uma vida na qual as exigências motoras são mínimas, muitos serão os distúrbios orgânicos adquiridos em conseqüência de uma vida tão sedentária?Concluímos que, muito provavelmente, os conceitos aprendidos durante as aulas de Educação Física pouco venham a contribuir na formação acadêmica dos alunos durante o curso de graduação. Terá uma grande contribuição no processo, pois muitas são as exigências motoras utilizadas no seu dia-a-dia como estudante. Mas sem dúvida, terão ainda um papel fundamental na medida em que os hábitos e conhecimentos adquiridos nestas aulas estarão presentes durante toda as sua vida. E assim, passam a ter grande relevância no processo escolar e podemos entender como a Educação Física pode ser importante na faculdade que pretendemos cursar e na manutenção da saúde e de uma melhor qualidade de vida em todas as fases da vida.
Referência Bibliográfica:
Soares, C. L., Taffarel, C. N. Z. & Escobar, M. O. (1993) Educação Física escolar na perspectiva do século XXI. In Educação Física e esportes - perspectivas para o século XXI. (pp 211-224)Campinas, SP: Papirus.
Guedes, D. P. (1994). Implementação de programas de Educação Física escolar direcionados à promoção da saúde. Revista Bras. Saúde esc., 3 (1- 4). P. 67 – 75.

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