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Resumo de imaginologia do coração e pericárdio

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Alessandra Rocha Lima
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IMAGEM DO CORAÇÃO E PERICÁRDIO
A avaliação crítica dos achados nos exames de imagem dessa região não é possível sem prestar atenção aos pulmões, já que esses dois sistemas orgânicos refletem as alterações um no outro.
A radiografia torácica, que consiste em uma incidência posteroanterior (PA) e uma lateral esquerda (LAT) (os termos PA e lateral esquerda se referem à direção do feixe de raios X pelo corpo do paciente antes de alcançar o cassete radiográfico). 
Em geral, as radiografias torácicas são obtidas com alta quilovoltagem e miliamperagem com o objetivo de minimizar o tempo de exposição e o movimento cardíaco. 
Quando possível, a distância entre a fonte do tubo de raios X e o filme deve ser de, pelo menos, 1.80 m para diminuir a magnificação e a distorção.
O exame é idealmente realizado com o paciente em inspiração máxima. Quando é obtida na fase expiratória da respiração, pode parecer que o paciente tem cardiomegalia, congestão vascular e até mesmo edema pulmonar.
O tamanho normal da silhueta cardíaca pode ser determinado pelo índice cardiotorácico, uma medida obtida na incidência PA (o índice é calculado pela divisão do diâmetro cardíaco transverso (medido de cada lado) pelo maior diâmetro do tórax). O valor médio normal em adultos é de 0,50, embora até 60% possa ser considerado dentro da normalidade
O índice cardiotorácico não pode ser confiavelmente usado na projeção AP do tórax, pois o coração sofre magnificação. O tamanho do paciente e o grau de expansão pulmonar também devem ser levados em conta.
Uma abordagem em PA:
Começar pelo lado direito superior do mediastino, imediatamente lateral à coluna vertebral e abaixo da clavícula direita, a sombra curva de tecidos moles representa a borda direita da veia cava superior (VCS). A borda da VCS forma uma interface com o pulmão e não deve ser confundida com a linha paratraqueal direita. 
Abaixo da VCS, encontra-se a margem cardíaca direita formada pelo átrio direito. A borda cardíaca inferior, ou base do coração, constitui a área logo acima do diafragma, composta principalmente pelo ventrículo direito, embora tenha alguma contribuição da sombra ventricular esquerda. 
O ventrículo esquerdo forma a maioria do ápice do coração, o qual aponta para a esquerda da coluna.
O componente mais proeminente e reconhecível da artéria pulmonar direita, o ramo descendente, é observado logo à direita da margem cardíaca superior, descendendo inferiormente. Em geral, pode ser acompanhada com facilidade até ramificar-se. 
A artéria pulmonar esquerda não é tão bem definida, porém é possível observar sua origem acima e lateral ao apêndice atrial esquerdo um pouco antes de se ramificar.
Quando aumentado, o tronco pulmonar pode ser observado sobreposto à artéria pulmonar esquerda e enchendo o espaço normal entre a artéria pulmonar esquerda e o arco aórtico transverso
. A aorta se origina posteriormente e à direita do tronco pulmonar, e a borda de sua porção ascendente da pode geralmente ser vista sobreposta na porção inferior da VCS. A maior parte do arco transverso não pode ser visualizada (ar) cruzando o mediastino. Entretanto, é possível visualizar a aorta descendente e transversa distal à esquerda do mediastino conforme faz a volta inferiormente. A margem esquerda da aorta torácica descendente deve ser acompanhada até embaixo no hiato da aorta.
O átrio esquerdo repousa imediatamente inferior à traqueia, porém, em ge- ral, não é visualizado
Coluna, as costelas, os tecidos moles adjacentes e os conteúdos abdominais superiores devem ser analisados.
Abordagem em perfil:
Atrás do esterno, existe uma área radiotransparente chamada de espaço retroesternal. Essa região representa o pulmão interposto entre a parede torácica e a margem anterior da aorta ascendente. Toda densidade presente dentro do espaço retroesternal pode ser decorrente de massa mediastinal anterior ou de alterações pós-cirúrgicas.
A borda anterior da sombra cardíaca é composta principalmente pela parede anterior do ventrículo direito. O aumento ventricular direito também pode invadir o espaço retroesternal.
A margem posterior da silhueta cardíaca é formada pelo átrio e ventrículo esquerdos.
Posterior e inferior ao ventrículo esquerdo, encontra-se uma sombra linear de tecido mole que conduz ao coração, formada pela veia cava inferior (VCI).
Arco aórtico transverso no filme lateral normal do tórax como uma sombra curva suave, que se origina anteriormente, cruza o mediastino de maneira semilunar e, depois, des- cende posteriormente como uma sombra linear sobreposta aos corpos vertebrais.
A artéria pulmonar esquerda (APE) produz uma sombra curvilínea similar logo abaixo do arco aórtico, antes de se ramificar.
Abaixo da APE, o brônquio lobar superior esquerdo/principal esquerdo pode ser visto (projetado em axial) como uma transparência arredondada.
A artéria pulmonar direita (APD) é vista voltada para baixo como uma estrutura de tecidos moles de forma oval anterior ao brônquio intermediário e abaixo e anterior à artéria pulmonar esquerda.
A ecocardiografia utiliza ultrassonografia de alta frequência para avaliar o coração e os grandes vasos.
O exame fornece a tradução dinâmica da anatomia dos grandes vasos cardíacos e, quando combinado com a técnica Doppler, produz também informações a respeito do fluxo sanguíneo do coração e dos grandes vasos (hemodinâmica).
A ecocardiografia é útil na avaliação de função ventricular, doença cardíaca valvular, doença do miocárdio, doença pericárdica, massas intracardíacas e anormalidades aórticas. Com a tecnologia Doppler, é possível analisar a função da câmara cardíaca, a função valvular e os shunts intracardíacos observados com frequência nos casos de doença cardíaca congênita.
Uma pequena porcentagem de pacientes possui janelas acústicas ruins que podem degradar bastante a qualidade da imagem. Essa desvantagem pode ser evitada com a colocação de uma sonda de ultrassonografia no esôfago, um procedimento chamado de ecocardiografia transesofágica (ETE). A ecocardiografia transesofágica produz consistentemente imagens do coração e grandes vasos, porém envolve um pouco de desconforto e risco para o paciente.
A cintilografia, requer uma injeção intravenosa de compostos radioativos que tem afinidade com o miocárdio. Esses compostos se localizam nas áreas doentes ou danificadas, e um detector de radiatividade como a câmera gama pode fazer imagens da sua distribuição.
A tomografia por emissão de pósitron (PET) com F18-FDG (F18 -fluordesoxiglicose) é uma ferramenta eficaz que vem se mostrando promissora na avaliação da viabilidade miocárdica em pacientes com doença conhecida da artéria coronária e no exame de doença infiltrativa metabolicamente ativa.
Rubídio-82 e a amônia marcada com ni- trogênio-13 têm sido utilizados como agentes para PET para avaliar a perfusão miocárdica
As principais indicações da TC cardíaca são avaliação das artérias coronárias em sujeitos cujos resultados do teste de esforço com cintilografia foram indeterminados, caracterização ou confirmação de anomalias cardíacas ou coronárias.
Utilizam a medida de cálcio nas artérias coronárias detectadas na TC sem contraste sincronizada por ECG para estratificar o risco de eventos cardiovasculares futuros
A administração de contraste é obrigatória quando existem questões relacionadas à anatomia cardíaca intrínseca.
A principal desvantagem da TC para obtenção de imagens cardíacas na atualidade é o uso de radiação ionizante.
Técnicas para reduzir a exposição à radiação: limitação da distância de exame, modo pulsado dos raios X para restringir a exposição durante a sístole, gating prospectivo em vez de retrospectivo, reconstrução de dados sobrepostos e modulação do feixede raio X com base no tamanho do paciente.
As principais indicações para RM são doença cardíaca congênita e suspeita de massas intracardíacas, disfunção valvular, doença pericárdica e anormalidades aórticas.
RM tem a capacidade de avaliar a função e a movimentação cardíaca, distinguir infarto de isquemia, ajudar a determinar a recomendação de revascularização e medir fluxo por meio de válvulas ou coarctações.
Angiografia após a introdução do cateter em um vaso periférico (em geral, a veia ou artéria femoral ou axilar), o angiógrafo, sob visualização fluoroscópica, posiciona o cateter na região de interesse, injeta material de contraste para confirmar sua localização e, em seguida, injeta quantidades maiores de material de contraste para os propósitos diagnósticos. Essa injeção de material de contraste pode ser gravada em vídeo, registrada na forma de radiografia digital ou padrão ou armazenada digitalmente.
As radiografias obtidas após a introdução revelam o caminho do cateter percorrendo o curso ou da veia jugular interna ou da subclávia, passando pela veia braquiocefálica.
Os cateteres venosos centrais intratorácicos são usados principalmente para monitoração da pressão venosa central (PVC), manutenção da nutrição adequada, distribuição de medicações e hemodiálise.

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