Buscar

4 - Doenças Ocupacionais

Prévia do material em texto

DOENÇAS OCUPACIONAIS
Prof. Dr. Fabrício A. Menegon
Universidade Federal de Itajubá – campus de Itabira
ESS006 – Princípios de Saúde e Segurança
Conteúdo
• 1. Aspectos históricos e sociais das 
doenças ocupacionaisdoenças ocupacionais
• 2. Aspectos da legislação e políticas 
públicas em saúde do trabalhador
3. L.E.R/D.O.R.T• 3. L.E.R/D.O.R.T
2
PARTE 1
Aspectos Históricos e Sociais 
das Doenças Ocupacionais
...da medicina do trabalho à saúde ...da medicina do trabalho à saúde 
do trabalhador...
3
O adoecimento e o homem
• O adoecimento sempre provocou sentimentos de 
aflição.
• O homem sempre tentou compreender os sintomas.
• As explicações para as epidemias eram relacionadas a 
iras dos deuses.
• Quatro a cinco séculos antes de Cristo: primeiras • Quatro a cinco séculos antes de Cristo: primeiras 
teorias científicas e racionais a respeito das causas 
das doenças, relacionando-as com fatores do meio 
físico, ou sejam, as águas, os ares, o solo. 
• Século XIX: microorganismos foram descobertos.
4
Revolução Industrial
• Europa, 1770 a 1850: mudanças no 
modo de viver e de trabalhar das modo de viver e de trabalhar das 
pessoas;
• A introdução da mecanização no 
processo de produção viabilizou a 
produção durante o dia e a noite;produção durante o dia e a noite;
• Homens, mulheres e crianças 
trabalhavam de 12 a 16 horas 
consecutivas.
5
Doenças dos que trabalham
• Literatura grega: mineradores que • Literatura grega: mineradores que 
trabalhavam durante intermináveis 
horas dentro das galerias subterrâneas 
e que adoeciam dos pulmões. 
• Literatura romana: palidez dos 
mineiros buscadores de ouro, que mineiros buscadores de ouro, que 
tentavam se proteger intuitivamente, 
usando membranas de pele de bexiga 
como máscaras.
6
Doenças dos que trabalham
• Séculos XV e XVI: grandes navegações e 
descobertas de novas terras e povos.descobertas de novas terras e povos.
• Doença dos marinheiros: escorbuto. Os 
portugueses, franceses, holandeses e 
ingleses sabiam que sucos de limão e 
laranja frescos preveniam a doença.
• 1795: a marinha britânica determinou que 
todos os seus marinheiros deveriam 
receber uma cota de suco de limão.
7
Doenças dos que trabalham
• 1556: Georg Bauer – De Re Metallica –
primeira obra dedicada exclusivamente 
às doenças dos mineradores e 
primeira obra dedicada exclusivamente 
às doenças dos mineradores e 
fundidores metalúrgicos na Alemanha.
• 1700: Bernardino Ramazzini – As 
Doenças dos Trabalhadores – descreve 
as doenças dos douradores, as doenças dos douradores, 
mineradores, químicos, coveiros, 
parteiras, estanhadores, ferreiros, 
tipógrafos, escribas e notários, entre 
muitos outros. 
8
Doenças dos que trabalham
• Percival Pott (1713-1788): introduziu 
o histórico da vida profissional na o histórico da vida profissional na 
prática clínica (anamnese 
ocupacional). Discutiu a importância 
do tempo de latência das doenças. 
Ex: câncer de escroto em ex-
limpadores de chaminés
Ex: câncer de escroto em ex-
limpadores de chaminés
9
Doenças dos que trabalham
• Louis René Villermé (1782-1863): 
introduziu a descrição comparativa introduziu a descrição comparativa 
das similaridades e diferenças
– trabalho de mesma atividade, mas 
realizado em locais diferentes;
– Trabalhadores do mesmo 
estabelecimento mas em atividades estabelecimento mas em atividades 
diferentes.
10
Doenças dos que trabalham
• William Farr (1807-1883): primeiro a 
acompanhar e registrar estatísticas acompanhar e registrar estatísticas 
de mortalidade entre trabalhadores 
de diferentes ocupações, permitindo 
o estabelecimento de taxas de 
mortalidade.mortalidade.
11
Modelos de Organização do 
Trabalho e da Produção
• 1890 a 1900 - Taylorismo (Frederick Winslow
Taylor) – Administração Científica da ProduçãoTaylor) – Administração Científica da Produção
– Divisão entre os que organizam e os que realizam as 
tarefas;
– Análise científica do trabalho – estabelecimento dos 
tempos e métodos;
– Trabalhadores classificados de acordo com habilidades 
específicas (homem tipo bovino);específicas (homem tipo bovino);
– Controle estrito sobre a produção e sobre os 
trabalhadores (treinamento);
– Alienação e descaso com a saúde e o bem-estar dos 
trabalhadores.
12
Modelos de Organização do 
Trabalho e da Produção
• 1900 - Fordismo (Henry Ford) – Produção em 
MassaMassa
– Implantação da linha de produção;
– Divisão do trabalho em postos de trabalho;
– Massificação da produção. “É preciso acumular para 
depois vender”;
– Os trabalhadores eram organizados ao longo de uma 
linha de produção e executavam tarefas simples, linha de produção e executavam tarefas simples, 
fragmentadas. Não havia mobilização entre os postos 
(ex.: filme Tempos Modernos, Charles Chaplin, 1936);
– Trabalho com pouca demanda cognitiva e alienado.
13
Modelos de Organização do 
Trabalho e da Produção
• 1950 - Modelo Japonês ou Toyotismo (Taiichi 
Ohno) – Produção flexívelOhno) – Produção flexível
– Produzir somente o necessário (produção flexível);
– Multifuncionalização da mão-de-obra;
– Implantação do sistema de controle de qualidade 
total;
– Adoção do sistema Just in Time;– Adoção do sistema Just in Time;
– Personalização de produtos;
– Controle visual da produção. Existe sempre um 
supervisor para inspecionar cada etapa da 
produção;
14
Doenças dos que trabalham
Mudanças do trabalho
• Do trabalho pesado --> à • Do trabalho pesado --> à 
mecanização --> à automatização --
> à rapidez “on line”.
• Da escravidão --> às relações • Da escravidão --> às relações 
informais --> às relações formais = 
direitos --> à flexibilização das 
relações.
15
Relação trabalho-saúde
Causas de 
adoecimento e morte
Trabalho: mudanças da 
Antigüidade até hoje
Mudança do perfil de 
mortalidade e adoecimento
16
Organização do trabalho 
• Ritmo de trabalho intenso• Ritmo de trabalho intenso
• Aumento da quantidade de 
trabalho
• Pressão para produtividade
• Ausência de pausas
Atividades operacionais • Atividades operacionais 
repetitivas
• Padronização dos 
procedimentos
17
Organização do trabalho
• Jornadas prolongadas
• Pressão de chefias
• Desvalorização do 
trabalhador
• Mobiliário e 
instrumentos instrumentos 
inadequados
• Falta de flexibilidade e 
autonomia
18
O sistema músculo-esquelético e a mente entram
em fadiga no trabalho
19
Processo de adoecimento
De que as pessoas adoecem e morrem?
Depende: 
• Do gênero
• Da idade
• Da família
• Dos hábitos
• Do local de moradia• Do local de moradia
• Do trabalho
• Da classe social
20
Então ... o adoecimento é o 
produto deproduto de
Fatores individuais <---> Fatores sociais
21
E atualmente as pessoas 
adoecem e morrem de que?
• Das doenças infecto-contagiosas às:• Das doenças infecto-contagiosas às:
doenças cardiovasculares, neoplasias, danos 
decorrentes
da violência e do trabalho
• Dos microorganismos aos:
fatores sociais, econômicos e culturais
22
Situação 1 (causa�efeito)
Manganês ---> intoxicação com Manganês ---> intoxicação com 
repercussões neuropsíquicas
Mercúrio ---> intoxicação com 
repercussões neuropsíquicasrepercussões neuropsíquicas
23
Situação 2 (causas�efeitos)
• Causas ---> efeitos
Vida corridaVida corrida
Má alimentação
Pressão para produção no trabalho
Medo de demissão
Competitividade no trabalho
Movimentos repetitivos no trabalho
Posturas fixas por tempo prolongado no trabalho
Novos métodos de gestão nas empresas
Desvalorização do trabalhador
gastrite/ tensão/ ansiedade/ insegurança/ sofrimento/ stress/ 
sintomas músculo-esqueléticos24
Classificação das Patologias Relacionadas ao 
Trabalho
(Mendes & Dias, 1999)
• Grupo I: doenças diretamente causadas pela “nocividade da 
matéria manipulada”. Doenças profissionais, doenças específicas 
ou tecnopatias. Ex: silicose, asbestose, etc;ou tecnopatias. Ex: silicose, asbestose, etc;
• Grupo II: doenças produzidas pelas condições de trabalho. 
Doenças inespecíficas ou mesopatias. São doenças que existem 
na população geral, mas que podem ser produzidos pelo 
trabalho. Ex: tendinites. É necessário demonstrar em que 
condições o trabalho era realizado para se admitir que a doença 
foi causada pelo mesmo;
• Grupo III: doenças relacionadas ao trabalho. Distúrbios 
comportamentais e doenças psicossomáticas, hipertensão 
arterial sistêmica, doenças respiratórias crônicas, etc. São 
desencadeadas por conta do trabalho. Ex: asma pré-existente, 
pré-disposição a depressão. Ou seja, se a pessoa não 
trabalhasse ali, a doença não se manifestaria. 25
Classificação das doenças segundo sua 
relação com o trabalho
(Schilling, 1984)
I – Trabalho como causa 
necessária
• Intoxicação por chumbo
• Silicosenecessária
II – Trabalho como fator 
contributivo, mas não 
necessário
• Silicose
• Doença coronariana
• Doenças do aparelho 
locomotor
• Varizes de MMII
Bronquite crônica
III – Trabalho como 
provocador de distúrbio 
latente ou agravador
• Bronquite crônica
• Doenças mentais
• Dermatite de contato 
alérgica
26
Perfil de morbi-mortalidade 
ocupacional
• (acidentes e doenças relacionadas ao trabalho)
P.E.A - Brasil = 82.902.480 pessoas.
22.903.311 são formalmente registrados pela
Previdência Social – trabalhadores com carteira
assinada e que são cobertos pelo Seguro de
Acidente do Trabalho – SAT.
POPULAÇÃO SEGURADA
Brasil – Coeficiente médio de mortalidade =
14,84/100.000
Brasil – Coeficiente médio de morbidade =
1.370/100.000
27
Brasil: Incidência de Doenças Profissionais Registradas por 10.000 
segurados - 1980 a 2000
Aumento do registro e crescente dificuldade em caracterizar a natureza "ocupacional" 
(ou do trabalho) de agravos à saúde
Perfil de morbi-mortalidade ocupacional
segurados - 1980 a 2000
8
10
12
14
16
18
I
n
c
i
d
ê
n
c
i
a
 
p
o
r
 
1
0
.
0
0
0
 
s
e
g
u
r
a
d
o
s 36.648 *
Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social, 2000.
* Em números absolutos
0
2
4
6
1980 1990 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
I
n
c
i
d
ê
n
c
i
a
 
p
o
r
 
1
0
.
0
0
0
 
s
e
g
u
r
a
d
o
s
3.713 *
28
Brasil. Seguro de Acidentes do Trabalho. Evolução dos 
Acidentes fatais nos últimos 30 anos - 1970 a 2000
350 306
258
230
113
100
150
200
250
300
350
Coeficiente de 
Óbitos por 1 
milhão de 
segurados
0
50
1970 1980 1990 2000
Fonte: BEAT, INSS. A partir de 1996, os dados foram extraídos da CAT e SUB, desenvolvidos pela DATAPREV, que 
processa as informações provenientes dos postos de benefícios. 
AEPS 2000. A Previdência enfatiza que os dados são parciais, estando sujeito a correções.
29
Coeficiente de Acidentes Fatais, para grupos de 1 milhão de 
segurados, segundo países selecionados
113120
5 10
50
40
60
80
100
120
Coeficiente de 
Óbitos por 1 
milhão de 
segurados
5 10
0
20
EUA * REINO
UNIDO*
AUSTRÁLIA** BRASIL***
Fonte: Yearbook of Labour Statistics, OIT, 1999; AEPS - 2000
* 1997, ** 1996, *** 2000 30
71,6
Insuficiente cobertura (quantitativa) do Seguro 
contra Acidentes do Trabalho
71,6
31,0
24,7
20
30
40
50
60
70
80
PEA *
RGPS Segurados **
SAT **
0
10
20
COBERTURA
Fonte: * População ocupada - PNAD, 1999
** AEPS - 1999
31
Insuficiente coordenação e articulação governamental (MTE, MS/SUS, 
MPAS/INSS)
Insuficiente participação dos principais Atores Sociais: 
Trabalhadores e Empresários
Elevada Litigiosidade
Elevados custos: Custo Brasil devido a Acidentes de Trabalho
2,2 % do PIB brasileiro *
* Fonte: Informe da Previdência Social, abril de 2001, vol. 13, nº 4
32
Mercado e Economia Complexos
• Poucos postos de trabalho de alta tecnologia. A 
maioria é de trabalho repetitivo, pesado, penoso 
... E cada vez mais trabalho para menos gente.... E cada vez mais trabalho para menos gente.
• Indústria / serviços/ comércio ...
• Trabalho de rua: motoboys, vendedores, 
feirantes, ambulantes, camelôs, pesquisadores, 
guardas, ...
Trabalho domiciliar e fatores de risco para as • Trabalho domiciliar e fatores de risco para as 
famílias, inclusive crianças.
• Trabalho rural em condições precárias.
33
SITUAÇÃO DA SAÚDE DO 
TRABALHADOR
• Contra-hegemonia das idéias: • Contra-hegemonia das idéias: 
Trabalhar sim adoecer não.
• Adoecer e morrer no trabalho não 
é natural.
• Enfoque no processo de trabalho 
e em toda a sua complexidade. e em toda a sua complexidade. 
Não sobre o adoecimento 
estabelecido.
34
Quem pode dar conta?
Saúde
Previdência Social
Assistência socialAssistência social
Trabalho
Meio ambiente
Ciência e tecnologia
Agricultura
Desenvolvimento e economia
Participação popular
Sociedade
Órgãos de defesa do consumidor
ONG
Partidos/ legislativo
MPE e MPT
35
Saúde do trabalhador não é assunto só do 
setor Saúde. Deve ser objeto de política de 
Estado
Planejamento 
Transporte
Proteção ao Recursos energéticos
Reforma agrária
Trânsito
Planejamento 
econômico
Educação
Lazer
Transporte
Previdência 
Social
Segurança
Proteção à infância e à
terceira idade
Proteção à mulher
Proteção ao 
trabalhador
Controle
agrotóxicos
Recursos energéticos
Saúde do 
trabalhador
Meio Ambiente
Assistência 
social
Trabalho terceira idade
Comunicação
Controle de 
produtos químicos
Agricultura
Cultura
36
PARTE 2PARTE 2
Aspectos da Legislação e 
Políticas Públicas em 
Saúde do TrabalhadorSaúde do Trabalhador
Diretrizes Básicas
Lei nº 6.259 de 30 de outubro de 1975
Dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa 
Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de 
doenças.doenças.
Constituição da República Federativa do Brasil
Art. 200 - Ao Sistema Único de Saúde, compete, além de outras atribuições, nos termos da 
lei... II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde 
do trabalhador; ... VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do 
trabalho.
Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.
Lei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e 
sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde.
38
Diretrizes Básicas
Lei 8.213 de 24 de julho de 1991
Dispõe sobre a legislação específica sobre os acidentes de trabalho. 
Acidente tipo (típico), acidente de trajeto, doença do trabalho.Acidente tipo (típico), acidente de trajeto, doença do trabalho.
Lei nº 8.689 de 27 de julho de 1993
Dispõe sobre a extinção do Instituto Nacional de Assistência Médica da 
Previdência Social (Inamps).
Portaria nº 3.908/GM, de 30 de outubro de 1998
Estabelece procedimentos para orientar e instrumentalizar as ações e 
serviços de Saúde do Trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS).
Portaria Interministerial nº 800 de 3 de maio de 2005
Publica o texto-base da minuta de PolíticaNacional de Segurança e Saúde 
do Trabalho.
39
Política Nacional de Segurança e 
Saúde do Trabalhador
• Art. 1º Estabelecer que toda política de saúde do 
trabalhador para o SUS tenha por propósito a 
promoção da saúde e a redução da 
morbimortalidade dos trabalhadores, mediante 
ações integradas, intra e intersetorialmente, de 
forma contínua, sobre os determinantes dos 
agravos decorrentes dos modelos de agravos decorrentes dos modelos de 
desenvolvimento e processos produtivos, com a 
participação de todos os sujeitos sociais 
envolvidos.
40
Política Nacional de Segurança e 
Saúde do Trabalhador
• Art 2º Estabelecer que as ações em saúde do trabalhador 
desenvolvidas pelo SUS sejam organizadas em todos seus níveis 
de atenção, a partir das seguintes diretrizes:de atenção, a partir das seguintes diretrizes:
• I - atenção integral da saúde dos trabalhadores, envolvendo a 
promoção de ambientes e processos de trabalho saudáveis, o 
fortalecimento da vigilância de ambientes, os processos e agravos 
relacionados ao trabalho, a assistência integral à saúde dos 
trabalhadores e a adequação e ampliação da capacidade 
institucional;
• II - Articulação Intra e Intersetorial; 
III - Estruturação de Rede de Informações em Saúde do • III - Estruturação de Rede de Informações em Saúde do 
Trabalhador;
• IV - Apoio ao Desenvolvimento de Estudos e Pesquisas em Saúde 
do Trabalhador;
• V - Desenvolvimento e Capacitação de Recursos Humanos; e 
• VI - Participação da Comunidade na Gestão das Ações em Saúde 
do Trabalhador. 41
Rede Nacional de Atenção Integral 
à Saúde do Trabalhador - RENAST
• Criada pela Portaria n.º 1679/2002 do Ministério 
da Saúdeda Saúde
• Art. 1º Instituir, no âmbito do Sistema Único de Saúde, a Rede Nacional 
de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador – RENAST, a ser desenvolvida 
de forma articulada entre o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
• Parágrafo único - Deverá ser constituída, no âmbito do Ministério da 
Saúde, a Comissão Nacional de Implantação e de Acompanhamento da 
RENAST, composta por integrantes das Assessorias Técnicas de Saúde do 
Trabalhador, da Secretaria de Assistência à Saúde e Secretaria de Políticas 
de Saúde e órgãos vinculados ao Ministério da Saúde. de Saúde e órgãos vinculados ao Ministério da Saúde. 
• Art.3° Definir que, para a estruturação da Rede Nacional de Atenção 
Integral à Saúde do Trabalhador, serão organizadas e implantadas: 
• I. Ações na rede de Atenção Básica e no Programa de Saúde da Família 
(PSF). 
• II. Rede de Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) 
• III. Ações na rede assistencial de média e alta complexidade do SUS.
42
Normas Regulamentadoras
• As Normas Regulamentadoras determinam a 
adoção de medidas de segurança e de medicina adoção de medidas de segurança e de medicina 
do trabalho.
• Estipuladas pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, devem ser cumpridas por empresas 
privadas, públicas e órgãos públicos da 
administração direta e indireta, bem como pelos administração direta e indireta, bem como pelos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que 
possuam empregados regidos pela Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT).
43
Normas Regulamentadoras
• No total, são 34 NR´s
• Destaque para:• Destaque para:
– NR 4: Serviços Especializados em Eng. de Segurança e 
em Medicina do Trabalho
– NR 5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes –
CIPA
– NR 7: Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional
– NR 9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
– NR 15: Atividades e Operações Insalubres
– NR 16: Atividades e Operações Perigosas
– NR 17: Ergonomia
44
Classificação Nacional de 
Atividades Econômicas (CNAE)
• Criado pelo IBGE por meio do Decreto nº 3.500 
de 9 de junho de 2000 e revisado entre 2004 e de 9 de junho de 2000 e revisado entre 2004 e 
2006;
• Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP): na 
perícia do INSS, de acordo com a Classificação 
Internacional de Doenças (CID-10) e o CNAE, 
estabelece-se o NTEP.
Ex: CID M-72 x CNAE = doença do trabalho
Transtornos
Fibroblásticos
Ex: inflamações das 
fáscias e tecidos 
moles das mãos 45
Classificação Nacional de 
Atividades Econômicas (CNAE)
• Para cada CNAE se verifica a taxa de incidência de doenças 
e a gravidade relacionada a atividade de trabalho para se 
estabelecer o percentual a ser pago para o SAT – Seguro de estabelecer o percentual a ser pago para o SAT – Seguro de 
Acidentes do Trabalho – que pode ser 1%, 2% ou 3% do 
total da folha de pagamento da empresa;
• À partir de 2010, entrou em vigor o FAP – Fator Acidentário 
Previdenciário. Com isso, o percentual pago pelas empresas 
com relação ao SAT poderá cair em 50%, ou dobrar, caso a 
empresa comprove ou não que faz investimentos na área empresa comprove ou não que faz investimentos na área 
de saúde do trabalhador e demonstre resultados positivos.
46
Papéis e Responsabilidades
Prevenção: Ministério do Trabalho e Emprego;
Breve Evolução histórica - Legislação sobre 
Acidentes do Trabalho
Prevenção: Ministério do Trabalho e Emprego;
Fiscalização das normas de segurança: Lei 6514/ 77 e Portaria n.º 3214/ 
78 Estudo da Epidemiologia Ocupacional.
Saúde: Ministério da Saúde/Sistema Único de Saúde;
Assistência Médica ao Trabalhador Acidentado Vigilância em saúde do 
trabalhador Portaria n.º 3.120 de 1º de julho de 1998. Utilização de 
indicadores. Dados Epidemiológicos Ocupacionais.indicadores. Dados Epidemiológicos Ocupacionais.
Benefícios, Reabilitação Profissional e Serviço Social: Ministério da 
Previdência e Assistência Social/Instituto Nacional do Seguro Social.
Estudo da Epidemiologia Ocupacional e Levantamento/ estudo de CAT 
Fiscalização: registro de CAT ações regressivas.
47
Papéis e Responsabilidades
Vigilância Sanitária: secretaria ligada ao Ministério da Saúde;
Breve Evolução histórica - Legislação sobre 
Acidentes do Trabalho
Vigilância Sanitária: secretaria ligada ao Ministério da Saúde;
Fiscalização os bens de consumo e a prestação de serviços em saúde.
Vigilância Epidemiológica: secretaria ligada ao Ministério da Saúde. 
Compõe o Sistema Único de Saúde;
Monitora e estuda os eventos relacionados à saúde das populações. 
Depende da ocorrência de um evento sentinela (desencadeador) para se 
monitorar a repercussão do evento.monitorar a repercussão do evento.
Vigilância em Saúde do Trabalhador: Designada pela Portaria MS nº 
3.120/98. Setor ligado à Coordenadoria de Saúde do Trabalhador
Busca conhecer os fatores associados ao adoecimento no trabalho, propor 
melhorias, políticas, etc., para melhorar a saúde dos trabalhadores.
48
Papéis e Responsabilidades (cont.)
Breve Evolução histórica - Legislação sobre 
Acidentes do Trabalho
Papéis e Responsabilidades (cont.)
A responsabilidade civil do empregador.
A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e 
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
Constitui contravenção penal, punível com multa, o descumprimento por 
parte das empresas das normas de segurança e de higiene do trabalho.
49
Doenças Relacionadas ao Trabalho -
Manual de Procedimentos para os 
Serviços de Saúde
• Capítulo 10: Transtornos mentais relacionados ao 
trabalhotrabalho
• Capítulo 18: Doenças do sistema ósteomuscular e 
do tecido conjuntivo relacionadas ao trabalho
Portaria 1339/99
Disponível em:
http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/popup/02_0388.htm
Portaria 1339/99
Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho
Ministério da Saúde
50
PARTE 3PARTE 3
L.E.R / D.O.R.T
• As L.E.R. são Lesões por Esforços 
Repetitivos (definição mais antiga)
• A D.O.R.T. (conhecidas como 
doenças ósteomuscularesrelacionados ao trabalho) são 
responsáveis pela alteração das responsáveis pela alteração das 
estruturas ósteomusculares –
tendões, articulações, ossos, 
músculos e nervos. 
52
D.O.R.T
Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao TrabalhoRelacionados ao Trabalho
• Uma “síndrome clínica” caracterizada 
por dor crônica, acompanhada ou 
não por alterações objetivas e que se 
manifesta principalmente no 
pescoço, cintura escapular e/ou pescoço, cintura escapular e/ou 
membros superiores em decorrência 
do trabalho.
• INSS/1998
53
L.E.R / D.O.R.T
• Resultado dos desequilíbrios entre as • Resultado dos desequilíbrios entre as 
exigências das tarefas por parte da 
organização e as capacidades 
motoras do trabalhador dentro das 
suas possibilidadessuas possibilidades
54
55
Exemplos: no micro ...
torção
dorsal
abdução extensão 
56
no micro ...
extensão do
pescoço
Tensão nos
ombros
punho
extendido
monitor muito
baixo e próximo flexão acentuada
57
L.E.R / D.O.R.T
tendinite, tenossinovite, sinovite, 
peritendinite, epicondilite, dedo em peritendinite, epicondilite, dedo em 
gatilho, cistos, síndrome do túnel do 
carpo, síndrome do túnel ulnar, 
outras síndromes músculo-
esqueléticas, cervicalgia, síndrome 
miofascial, síndrome simpático 
esqueléticas, cervicalgia, síndrome 
miofascial, síndrome simpático 
reflexa, lombalgia e outros
58
Siglas Utilizadas
• LER – Lesões por Esforços Repetitivos
• DORT – Distúrbios Osteomusculares • DORT – Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho
• CTD – Cumulative Trauma Disorders
• MSTD – Musculoskeletal Trauma Disorders
• LTC – Lesões por Traumas Cumulativos
• DCO – Doença Cervicobraquial 
Ocupacional
• SSO – Síndrome da Sobrecarga 
Ocupacional
59
Histórico das LER/DORT
• 1700 - Ramazzini - "doença dos escribas e notários“;
• 1920 - Doença das tecelãs;
• 1960 – Primeira epidemia de LER/DORT do mundo: Japão. • 1960 – Primeira epidemia de LER/DORT do mundo: Japão. 
Causada pela intensificação do trabalho provocada pelo Modelo 
Japonês de Produção. Manifestou-se inicialmente em caixas de 
supermercado e digitadores;
• Em 1964 o governo japonês aprovou uma lei que determinava um 
máximo de 40.000 toques em uma jornada de 5 horas de trabalho 
de digitação (entrada de dados). A Austrália, na década de 1970, 
estabeleceu 10.000 toques/hora, com o máximo de 4 horas/dia de 
trabalho.
• Década de 80 – Universalização do problema 
– Várias profissões
• Histórico das Epidemias de LER/DORT no mundo: Japão (1960), 
Austrália (1970), EUA (1990), Brasil (1992);
• Movimentos repetitivos ou grande imobilização postural -
Fenômeno Mundial 
60
Fonte: MAENO et al. (2006) 61
Fonte: relatório do NUSAT/INSS – MG, 1996 In: SALIM, C. A. Doenças do Trabalho: exclusão, 
segregação e relações de gênero. São Paulo Perspec. 17(1): 11-24, 2003.
62
Fonte: relatório do NUSAT/INSS – MG, 1991 – 1998. In: SALIM, C. A. Doenças do Trabalho: 
exclusão, segregação e relações de gênero. São Paulo Perspec. 17(1): 11-24, 2003.
63
Fonte: relatório do NUSAT/INSS – MG, 1994 – 1998. In: SALIM, C. A. Doenças do Trabalho: 
exclusão, segregação e relações de gênero. São Paulo Perspec. 17(1): 11-24, 2003. 64
Diagnóstico de LER/DORT
• Quem faz o diagnóstico?• Quem faz o diagnóstico?
–O médico assistente;
–O médico perito da Previdência 
Social (INSS);
–O médico perito da justiça;–O médico perito da justiça;
–O médico de empresa.
65
Diagnóstico de LER/DORT
• O diagnóstico de LER/DORT é 
importante pois, por definição, importante pois, por definição, 
evidencia-se sua etiologia.
• O diagnóstico bem feito é 
condição para condutas corretas: 
terapêuticas, preventivas e terapêuticas, preventivas e 
demais encaminhamentos.
66
O que se considera para o 
diagnóstico?
– História clínica da doença atual, 
detalhada;detalhada;
– Pesquisa sobre os demais aparelhos;
– Comportamentos a hábitos relevantes;
– Antecedentes pessoais e familiares;
– História ocupacional;
– Exame físico detalhado;
– Exames complementares, se 
necessários
67
Concepção dos
equipamentos
Organização 
da produção
DETERMINANTES
Ambiente 
físico
Sensibilidade 
individual
Fatores 
psicossociais
insatisfação
percepção negativa
do trabalho
Fatores biomecânicos
esforço
posturas
gestos
repetitividade
FATORES DE RISCO
Organização 
do trabalho
Concepção das 
ferramentas
68
Músculo-tendinoso
Funcional
Osteo-articular
Compressão
Cervicalgias Artroses
Síndrome do desfiladeiro torácico
Principais localizações das Lesões por Esforços Repetitivos
Tendinites
Artrose
Síndrome do Túnel do cárpio
Síndrome de Guyon
Músculos
Ligamentos
Tendões
Discos, articulações
Tenossinovites
Epicondilite
Tendinites
Nervo ciático
Meniscos
Higromas
Adaptado de Meyer & Dyevre
In: Assunção, A.A. (1998) 69
LER / DORT
• Não resultam de lesões súbitas;
• Resultam de traumatismos de fraca intensidade e • Resultam de traumatismos de fraca intensidade e 
repetidos durante longos períodos sobre as 
estruturas musculoesqueléticas normais ou 
alteradas;
• Os sinais clínicos são variáveis. Em geral: dor 
associada de maneira mais ou menos 
pronunciada a um desconforto no curso da pronunciada a um desconforto no curso da 
atividade profissional;
• Os gestos e movimentos causadores de lesão 
podem ser de atividades extra-profissionais.
70
contrações
estáticas
trabalho
repetitivoposturas
esforços 
musculares
intensos
Trabalho
atrito do tendão
dilacerações na
inserção músculo-tendão
compressão 
do nervo
isquemia
tissular
acúmulo de fadiga
recuperação insuficiente
das contrações musculares
degeneração das fibras musculares
inflamação dos tecidos 
músculo-esqueléticos
diminuição da
condução 
nervosa
inserção músculo-tendão
aumento da pressão intramuscular
aumento produção de métabolitos tóxicos
diminuição dos nutirentes
das contrações musculares
Tecido músculo-esquelético
(Assunção, 1998)
•limitação da amplitude do movimento
•perda da força muscular
•perturbações da percepção sensorial
dor
fadiga muscular
edema
parestesiasLER
71
Contração muscular
• aumento da pressão intra-muscular levando a • aumento da pressão intra-muscular levando a 
compressão dos vasos sangüíneos 
intramusculares;
• nutrição dos músculos ativos pode ser 
temporariamente perturbada;
• principalmente quando o nível de força é 
elevado.
72
Contração muscular
Condições estáticasCondições estáticas
• déficit de oxigênio
• o músculo funciona em condições anaeróbias
• a fadiga pode surgir
• esta fadiga está condicionada pelo repouso
• cuja duração deverá ser proporcional às pressões • cuja duração deverá ser proporcional às pressões 
sofridas
73
Modificações bioquímicas do 
músculo hipersolicitado
• Acúmulo de lactato;
• Insuficiência de glicogênio;• Insuficiência de glicogênio;
• Modificações das concentrações iônicas intra e
extra-celulares.
74
As principais pressões que 
afetam o tendão
• Força de tração exercida pelo músculo;• Força de tração exercida pelo músculo;
• Atrito;
• Compressão contra os tecidos 
adjacentes durante a passagem ao nível 
• Compressão contra os tecidos 
adjacentes durante a passagem ao nível 
das articulações.
75
Pressões sobre os tendões
• Esforço de cisalhamento - O tendão 
pode ser submetido a esforços de 
compressão que agem compressão que agem 
perpendicularmente ao eixo de fibras;
• Isquemia - durante a compressão dos 
tendões pode haver lesão dos vasos tendões pode haver lesão dos vasos 
situados na região adjacente.
76
• Uma abdução de 30 graus do ombro 
provoca uma isquemiaparcial nos vasos 
situados anteriormente, os quais irrigam, 
entre outros, os tendões;
• A insuficiência de líquido sinovial pode ser 
devido à sua diminuição pelas bainhas ou à 
qualidade nutritiva desse líquido, como 
conseqüência dos processos inflamatórios;
• Quando as perturbações perduram, as 
arteríolas e as vênulas se hipertrofiam, o 
número dos fibrócitos aumenta e o tecido 
conjuntivo prolifera.
77
lesão
Trauma agudo Uso repetitivo
resposta 
inflamatória
fraqueza,
atividade
dor
repouso
rigidez
Gross, Fetto & Rosen; 2000
78
Exigências 
mecânicas
Mudança dos 
modos 
operatórios
Estratégias individuais
Estratégias coletivas Fracionamento 
das operações
Deformações
das operações
Fadiga
MicrotraumasDeformações
tissulares
Microtraumas
Rupturas
Alterações isquêmicas
Compressões (Assunção, 1998)
79
Questão
Por que as 
alterações do 
humor no curso 
Hipóteses
• a dor da perda da saúdehumor no curso 
das DORT?
• a dor da perda da saúde
• a dor da decepção ao ser 
excluída do ambiente de 
trabalho 
• a dor do não reconhecimento
• a dor da humilhação no lócus 
da perícia médica - precisa da perícia médica - precisa 
provar aquilo que aflige
• doí porque dói e dói porque 
tem que provar que dói
80
Causas das D.O.R.T
• Diminuição do aporte sanguíneo à região
• Repetitividade e/ou força dos • Repetitividade e/ou força dos 
movimentos quanto na atividade 
estática das estruturas envolvidas
• Trauma ou microtrauma - formação de 
processos inflamatórios locaisprocessos inflamatórios locais
• A LER/DORT se manifesta clinicamente por 
um sintoma subjetivo e peculiar a cada 
indivíduo que é a DOR
81
Sintomas da D.O.R.T
• Desconforto, tensão, rigidez ou dor nas 
mãos, dedos, antebraços e cotovelos
• Mãos frias, dormência ou formigamento
• Redução da habilidade (destreza manual)
• Perda de força ou coordenação nas mãos
• Dor capaz de interromper o movimento 
82
Fatores agravantes
• Falta de apoio de níveis superiores para 
uma atuação adequadauma atuação adequada
• Diagnóstico impreciso e acompanhamento 
inadequado durante o tratamento médico 
• Readaptação ao trabalho deficiente
• Posto de trabalho inadequado
83
Prevenção D.O.R.T
• Organização do trabalho (ritmos, pausas, 
rodízios, divisão de tarefas, trabalho em rodízios, divisão de tarefas, trabalho em 
grupo, etc)
• Ergonomia
• Suporte social no trabalho
• Programas internos de saúde e bem-estar
Monitoramento adequado dos indicadores • Monitoramento adequado dos indicadores 
de saúde e adoecimento
• Equipe de saúde atuante no contexto do 
trabalho
84
Ações para D.O.R.T
• Incentivar o trabalhador a prestar atenção • Incentivar o trabalhador a prestar atenção 
em sintomas e limitações, mesmo que 
pequenas, e orientá-lo a procurar logo o 
auxílio
• Propiciar aos médicos que atendem aos 
trabalhadores um diálogo com a empresa trabalhadores um diálogo com a empresa 
nos casos que houver necessidade de 
mudar as características do posto de 
trabalho
85
Ações para D.O.R.T
• Treinamento da equipe de saúde –• Treinamento da equipe de saúde –
Atendimento adequado ao 
trabalhador 
• Amparo ao trabalhador com D.O.R.T
– tratamento e reabilitação – tratamento e reabilitação 
• Política de prevenção - Evitar o 
adoecimento dos trabalhadores
86
Bibliografia
ASSUNÇÃO, A.A. De la déficience à la gestion collective du travail: les troubles musculo-
squelettiques dans la restauration collective. Paris: École Pratique des Hautes Études, 1998. 
(Thèse de Doctorat d'Ergonomie).
GROSS, J; FETTO, J.; ROSEN, E. Exame musculoesquelético. Porto Alegre, Artmed Editora, 
2000.
INTERNATIONAL LABOUR OFFICE. Yearbook of Labour Statistics. ILO, 1999.
MENDES, R. Patologia Do Trabalho. 2 ed. São Paulo, Editora Atheneu, 2002.
MAENO, M.; SALERNO, V.; ROSSI, D. A. G.; FULLER, R. (Org.) Lesões por esforços 
repetitivos, distúrbios ósteomusculares relacionados ao trabalho, dor relacionada ao 
trabalho. Protocolos de atenção integral à saúde do trabalhador de complexidade 
diferenciada. Brasília, Ministério da Saúde/Secretaria de Atenção à Saúde/Departamento de 
Ações Programáticas Estratégicas/Área Técnica de Saúde do Trabalhador. 2006, 49p.
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Anuário Estatístico da Previdência Social. 1999.
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Anuário Estatístico da Previdência Social. 2000.MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Anuário Estatístico da Previdência Social. 2000.
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Informe da Previdência Social. Abril de 2001, vol. 
13, nº 4.
SALIM, C. A. Doenças do Trabalho: exclusão, segregação e relações de gênero. São Paulo 
Perspec. 17(1): 11-24, 2003.
RAMAZINNI, B. As doenças dos trabalhadores. 2 ed. São Paulo: Fundacentro, 1999.
ZILBOVICIUS, M. Modelos para a produção. Produção de modelos. São Paulo: Anna/Blume 
FAPESP, 1999.
87

Outros materiais