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1 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Compilação de Correlações Clínicas – Neuroanatomia – 1º Bimestre 1. Embriologia O período fetal é importantíssimo para a formação e desenvolvimento do sistema nervoso central. Fatores externos como substâncias teratogênicas, irradiação, alguns medicamentos, álcool, drogas e infecções congênitas podem afetar diretamente diversas etapas deste desenvolvimento. 1º Trimestre Podem afetar a proliferação neural, resultando na redução do nível de neurônios e microcefalia. 2º/3º Trimestres Podem interferir na fase de organização neural Redução do número de sinapses 1.1. Defeitos de Fechamento O fechamento da goteira neural para formar o tubo neural é uma etapa importante para o desenvolvimento do sistema nervoso, e ocorre muito precocemente na gestação (com 22 dias). Os defeitos de fechamento do tubo neural são relativamente comuns, um em cada 500 nascimentos, ocasionando grave comprometimento funcional. O uso de ácido fólico de rotina nas mulheres com intenção de engravidar vem reduzindo a incidência dos distúrbios de fechamento do tubo neural. Espinha Bífida Meninge, dura-máter e medula normais Porção dorsal da vértebra não fechada Assintomática Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e retardo mental 2 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Melingocele Déficit ósseo maior A dura-máter sobressai como um balão Requer correção cirúrgica Mielomeningocele Além da dura-máter, parte da medula e das raízes nervosas é envolvida Mesmo após a correção cirúrgica, irão permanecer déficits neurológicos variáveis de acordo com o nível e extensão da lesão. Podem ocorrer desde distúrbios no controle vesical até a paraplegia 3 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s 1.2. Distúrbios de Migração Neural Em algumas situações os neurônios não terminam sua migração ou fazem de forma anômala. Isto gera grupos de neurônios ectópicos que tendem a apresentar alta excitabilidade e potencial epileptogênico. Eplepsia De difícil controle Muitas vezes intratáveis com medicamentos Podem ter como último recurso interversão cirúrgica Duplo córtex cerebral – Heterotopia em faixa 4 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s - Heterotopia - Nódulos periventriculares bilaterais - Corno posterior esquerdo dilatado - Displasia cortical - Lisencefalia - Falta de sucos e giros 5 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Hidrocefalia Acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR) Obstrutiva: obstrução em alguma via de passagem Comunicante: desequilíbrio em a velocidade de produção de LCR e a capacidade de absorção Aumento progressivo da pressão craniana (PC) Fontanela abaulada Sonolência/vômitos 2. Tecido Nervoso Os neurônios e fibras nervosas podem estar envolvidos em doenças e procedimentos médicos. 2.1. Doenças Desmielizantes São duas as patologias mais frequentes decorrentes da desmielização de fibras nervosas: a esclerose múltipla e a síndrome de Guillain-Barré. Esclerose Múltipla (Sistema Nervoso Central) Ocorre progressiva destruição das bainhas de mielina de feixes de fibras nervosas do encéfalo, da medula e do nervo óptico Cessa a condução saltatória levando a diminuição da velocidade dos impulsos nervosos até sua destruição completa Acomete simultaneamente diversas áreas do sistema nervoso Os sintomas incluem incoordenação motora, fraqueza e dificuldades de visão 6 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s De origem autoimune, é progressiva com surtos sintomáticos e períodos de remissão que evoluem ao longo dos anos Não tem cura, uso de imunossupressores Síndrome de Guillain-Barré (Sistema Nervoso Periférico) Dismielização de origem autoimune Acomete os nervos periféricos Ausência de contração da musculatura esquelética Causa fraqueza muscular progressiva seguida de paralisia Após quadro infeccioso necessita de suporte respiratório Origem autoimune, uso de imunossupressores 2.2. Infecções Raiva Causa graves distúrbios emocionais e hidrofobia No nível das terminações sensitivas livres, da placa motora e das terminações automicas, as fibras nervosas perdem seus envoltórios e não são protegidas por barreiras Progressão por fluxo axoplasmático Varicela Vírus Zoster Alojado no gânglio sensitivo, pode permanecer inativo por anos Reativado podem aparecer erupções no território sensitivo do gânglio Causa dor intensa 7 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Infecção pelo vírus da varicela-zoster 2.3. Eplepsias Alteração na excitabilidade de neurônios, em geral envolvendo canais iônicos de sódio e cálcio Ocorrem alterações nos mecanismos inibitórios Resultante de fatores genéticos ou desconhecidos, bem como decorrer de uma lesão cerebral prévia Podem ser focais ou generalizadas, dependendo da área cerebral que gera a atividade elétrica anormal Tratamento com medicamentos antiepiléticos que atuam estabilizando a atividade nos canais iônicos ou aumentando a atividade inibitória 3. Coluna Vertebral Raio X da coluna lombar - Fratura do corpo da vértebra - Fratura comum de cinto de segurança 8 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Corte axial de tomografia (Vértebras lombares) - Fratura do processo transverso - Fratura do pedículo - Fragmento do corpo no canal - Fratura da parte posterior e anterior do corpo - Fratura do pedículo - Fragmento do corpo no canal Corte sagital - Fratura de L1 - Achatamento do corpo - Perda de mais de 50% da altura do corpo - Faceta articular aberta - Lesão de ligamento posterior 9 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s 4. Crânio Ressonância Magnética - Fratura entre T11 e T12 - Disco vertebral destruído - Lesão do ligamento longitudinal anterior e posterior - Lesão da medula pelo corpo vertebral Raio X de Crânio - Sutura lambdoide (posterior) por transparência - Fratura de crânio 1 0 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s 4.1. Cranioestenose Fechamento precoce das suturas. Dificulta o crescimentodo crânio. Escafocefalia (fechamento da sutura sagital) Plagiocefalia (fechamento da sutura coronal) 1 1 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Braquicefalia (fechamento bilateral da sutura coronal) Plagiocefalia Posterior (fechamento da sutura lambdoide) 1 2 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s No caso de hipertensão intracraniana há edema, o nervo óptico incha ocasionando um aspecto borrado na borda pupila Trigonocefalia (fechamento da sutura metatópica) 5. Meninge Hipertensão intracraniana Como o crânio é completamente fechado o aumento de pressão leva a um aumento de volume. Compressão de estruturas adjacentes e aumento difuso da pressão O cérebro tende a compensar o pouco espaço tirando alguma coisa do crânio: primeiro o liquor, depois o sangue venoso e posteriormente não entra mais sangue venoso. Fundo de olho 1 3 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Hematoma Epidural/Extradural Pode causar herniação cerebral (hérnia do cíngulo, hérnia do úncus, hérnia da tonsila) Paciente com AVC isquêmico - Inchaço do cérebro por morte celular criando hérnia - É preciso fazer uma craniectomia descompressiva 1 4 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s - Está abaixo da dura-máter - Normalmente existe lesão cerebral associada Hematoma Subidural 1 5 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s - Sangramento no sulco Hematoma Subaracnóideo - Esse hematoma pode ser tornar crônico e ir se liquefazendo, se misturando com o liquor
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