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1 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s SISTEMA VISUAL Começam pela percepção e vão sendo transmitidas para centros superiores. A visão tem um detalhe, na verdade apesar do estímulo ser mesmo, existem várias vias que podem se seguir. A visão pode dar origem a percepção do estímulo (percepção visual), ela pode auxiliar na realização do movimento ocular conjugado e pode estar relacionada aos reflexos pupilares. Apesar de tudo começar com a percepção da imagem na retina, à medida que essa transmissão ocorre para centros superiores (de forma hierárquica), existem 3 vias paralelas principais acontecendo ao mesmo tempo. ANATOMIA REGIONAL Retina É a primeira estrutura que tem contato com a visão Apesar de conter receptores, já faz parte do SNC originada do diencéfalo Possui várias camadas que contém diferentes tipos de células. Algumas células são fotorreceptoras, interneurônios e células neuronais/ganglionares (servem para a transmissão do estímulo da retina para o restante da via visual) Fotorreceptores cones (fotorreceptores diurnos - características dos objetos) e bastonetes (fotorreceptores noturnos - luminosidade - periferia) Células neuronais o Células ganglionares estão distribuídas na retina e os axônios dessas células vão confluir para formar o nervo óptico Formação do disco ou papila óptica tem a característica de ser bastante esbranquiçado/pálido porque o nervo óptico não tem uma vascularização abundante ausência de fotorreceptores ponto cego Mácula contém a fóvea (focalização de imagem) ponto de maior capacidade da retina de reconhecimento do objeto tem muitos fotorreceptores (cones) Dividida pela mácula em retina nasal (medial) e temporal (lateral) Nervo Óptico É a projeção exata da retina ipsilateral (conjunto de axônios) Quiasma Óptico Contém as fibras mediais de cada retina referentes ao campo visual lateral (parte temporal) Não confundir campo da retina com campo visual inversos Campo da retina o que está sendo projetado na retina Campo visual o que existe no meio Trato Óptico Ainda é formado pelos axônios das mesmas células Vai conter as fibras laterais da retina ipsilateral e as fibras mediais da retina contralateral Toda essa informação vai do corpo geniculado lateral para o sulco calcarino no lobo occipital passando pelas radiações ópticas (fibras geniculocalcarinas) Colículo Superior Pequeno contingente de fibras que vai para os colículos superiores através do braço do colículo superior Não chega a forma um núcleo de substância cinzenta laminado cada região do colículo superior é responsável por uma região da retina (retinotopia) 2 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Coordena movimento da cabeça com a visão movimento conjugado do olhar (vertical) Recebe estímulos visuais, auditivos e sensibilidade do corpo - somática (trato espinotectal) Manda fibras para o trato tetoespinhal e também para o córtex (área cortical primária - occipital e secundária - parietal e temporal) através do tálamo - pulvinar (movimento reflexo) Núcleo Geniculado Lateral Situado no tálamo Recebe a maior parte das fibras da via visual Também é laminado Tem duas porções principais: Anterior o Ativa o tálamo e o córtex difusamente Posterior o Está relacionada com a percepção visual o Todas as fibras que vão para o córtex occipital vão através da região posterior do corpo geniculado lateral Córtex Visual Para chegar no córtex occipital existem as radiações ópticas (fibras geniculocalcarinas) Fibras que vão da porção superior do corpo geniculado até a porção superior do sulco calcarino diretamente representação inferior do campo visual Fibras que vão da porção inferior do corpo geniculado até a porção inferior do sulco calcarino dão uma voltinha para depois ir para trás alça de Meyer representação superior do campo visual Assim como o restante da via, também é laminado Estria de Gennari Entre a substância branca e a cinzenta Neurônios mielinizados dentro da substância cinzenta Existe somente no córtex visual primário e para abruptamente quando começa o córtex visual secundário ANATOMIA FUNCIONAL Percepção do estímulo pela retina fotorreceptores (cones e bastonetes) que fazem sinapses com interneurônios passam informações para as células ganglionares possuem axônios que convergem para formar a pupila óptica e depois posteriormente o nervo óptico forma o quiasma óptico e o trato óptico pode seguir dois caminhos: 1. Vai para o mesencéfalo realizar as funções de motricidade conjugada vertical e reflexo pupilar Os axônios das células ganglionares passaram pelo nervo óptico quiasma trato óptico células do colículo superior manda fibras para os músculos do oculomotor (reto superior e inferior) para coordenar o movimento conjugado do olhar Pode mandar fibras para a área pré-tectal (a frente do colículo superior), para que sejam realizados os reflexos pupilares núcleo de Edgar Westphal esfíncter da pupila e músculo ciliar reflexo fotomotor e consensual 2. Vai para o tálamo e está relacionada com a percepção do estímulo No núcleo do corpo geniculado lateral vão ter fibras que saem e formam as radiações ópticas porção superior vai para a parte superior do sulco calcarino e a porção inferior vai para a parte inferior do sulco calcarino Depois que a informação chegou ao córtex primário ela pode seguir 3 caminhos: 3 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s 1. Pode ir para a área secundária para que o objeto seja reconhecido 2. Manda fibras pelo corpo caloso que vão para o córtex occipital contralateral 3. Também está relacionada com o foco da imagem manda fibras através do corpo geniculado lateral de volta para o mesencéfalo para o colículo superior e a área pré-tectal núcleo de Edgar Westphal músculos ciliares Ativação do córtex visual secundário e das vias dorsal e ventral da visão Via dorsal Relacionada com o reconhecimento do movimento/do meio As células presentes nessa região tem uma capacidade ampla de reconhecimento células M ou células magnocelulares estão no parietal Via ventral Reconhecimento do objeto foco específico As células possuem uma capacidade bem focada de reconhecimento células P ou células parvocelulares CORRELAÇÕES CLÍNICAS 4 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Campo Visual Sobreposição entre os dois olhos Fixação de um ponto fóvea Definição de limites testar de fora para dentro Defeito no campo visual local específico da via Nervo Óptico Lesão total cegueira de um olho Lesão parcial escotoma Tumores/lesões vasculares Quiasma Óptico Metade nasal da retina campo visual temporal hemianopsia heterônima bitemporal Tumor hipofisário Trato Óptico/Corpo Geniculado Lateral Campo visual contralateral Hemianopsia homônima contralateral Tumores/lesões vasculares Radiação Óptica Hemianopsiahomônima contralateral Campo visual superior Porção medial corpo geniculado lateral Alça de Meyer lobo temporal o Quadrantopsia superior homônima contralateral Córtex Visual 1º Destruir lobo occipital hemianopsia homônima contralateral Infarto isquêmico do occipital Artéria cerebral posterior hemianopsia homônima contralateral preserva o foco Artéria cerebral média mácula perda de foco visual contralateral sem déficit no campo periférico
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