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Contabilidade e Análise 
de Custos
Marcelo dos Santos
São Paulo
Rede Internacional de Universidades Laureate
2015
Contabilidade e Análise 
de Custos
Marcelo dos Santos
São Paulo
Rede Internacional de Universidades Laureate
2015
© Copyright 2015 da Laureate. É permitida a reprodução total ou parcial, 
desde que sejam respeitados os direitos do Autor, conforme determinam 
a Lei n.º 9.610/98 (Lei do Direito Autoral) e a Constituição Federal, art. 5º, 
inc. XXVII e XXVIII, “a” e “b”. 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Sistema de Bibliotecas da UNIFACS Universidade Salvador - Laureate 
International Universities)
C416s
 Santos dos, Marcelo
Contabilidade Gerencial, Marcelo dos Santos
Salvador: UNIFACS, 2015.
36 p.
ISBN 
1. Contabilidade, 
Marcelo dos Santos. II. Título. 
 CDD: 326.3
CAPÍTULO 1 – Contabilidade Gerencial
Introdução.................................................................................................................................09
1.1. Contabilidade.......................................................................................................................09
1.2. Objeto e Objetivo da Contabilidade ......................................................................................10
1.2.1. Usuários da Contabilidade ................................................................................................10
1.2.2. As Funções e o Papel do Controller dentro das Organizações.................................................11
1.3. Objeto da Contabilidade Gerencial.........................................................................................12
1.4. Demonstrações Econômico-Financeiras...................................................................................15
1.5. Análise Vertical e Horizontal...................................................................................................19
1.5.1. Análise Vertical...................................................................................................................19
1.5.2. Análise Horizontal...............................................................................................................22
1.6. Índices Financeiros – Analisando as Demonstrações Financeiras.................................................25
1.6.1. Índices de Liquidez.............................................................................................................27
1.6.2. Índices de Atividade............................................................................................................29
1.6.3. Índices de Endividamento....................................................................................................30
1.6.4. Índices de Rentabilidade......................................................................................................32
Síntese.......................................................................................................................................35
Referências.................................................................................................................................36
Sumário
09
Para tomar decisões, um gestor utiliza parâmetros objetivos e subjetivos, mas quanto mais 
for subsidiado por dados confiáveis, melhor será o resultado.
A Contabilidade Gerencial fornece dados para que o gestor adote a melhor solução para 
os problemas que afligem a organização, índices para processos orçamentários e projeções 
para planejar a curto e longo prazo o futuro da empresa. 
Estudaremos os índices financeiros a partir das demonstrações econômico-financeiras 
geradas pela Contabilidade e a forma como esses índices podem auxiliar na tomada de 
decisão das organizações. Nós os dividiremos em três partes:
1. Introdução das características e conceitos do patrimônio das organizações; 
2. Apresentação das principais demonstrações contábeis brasileiras;
3. Apresentação das ferramentas de análises financeiras. Como verificar e utilizá-las no 
planejamento de custos da organização. 
Veremos também como realizar as análises vertical e horizontal de um relatório.
A Contabilidade Gerencial é sucinta e tenta, ao mesmo tempo, ser abrangente para 
se ajustar e acompanhar as mudanças tecnológicas, atender às novas necessidades e 
abordagens dos gestores e de outras áreas funcionais das organizações.
O que é Contabilidade?
Trouxemos algumas definições apresentadas por organizações ou em congressos. 
Em 1924, no 1º Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado entre os dias 17 e 27 de 
agosto, no Rio de Janeiro, foi apresentado o seguinte conceito: 
“Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de 
registro relativas à administração econômica” (Ribeiro, 2009 p.2).
A resolução nº 785/95 do CFC (Conselho Federal de Contabilidade) aprovou a NBCT-1 
(Norma Brasileira da Contabilidade), que conceitua:
“A Contabilidade, na sua condição de ciência social, cujo objeto é o patrimônio, busca, 
por meio da apreensão, da quantificação, da classificação, do registro, da eventual 
sumarização, da demonstração, da análise e relato das mutações sofridas pelo patrimônio 
da entidade particularizada, a geração de informações quantitativas e qualitativas sobre 
ela, expressas tanto em termos físicos, quanto monetários.”
O IPECAFI (Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Finanças) propõe o 
seguinte conceito na estrutura conceitual básica da Contabilidade:
Capítulo 1Contabilidade Gerencial
Introdução
1.1 Contabilidade
10 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade e Análise de Custos
“A Contabilidade é objetivamente um sistema de informação e avaliação destinado a prover 
seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de 
produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização” (Iudícibus, 2006 p. 50).
Há muito tempo, conceitos importantes são trazidos e estudados, mas como a Contabilidade está 
presente no seu dia a dia?
A Contabilidade está presente em situações 
muito simples: quando vamos ao mercado 
ou à feira; quando recebemos os nossos 
salários, pró-labores ou outros valores; 
quando programamos os pagamentos de 
todas as contas; ou até quando pensamos em 
investir em alguma coisa, uma viagem, um 
carro, uma faculdade, etc.
Quando você vai ao mercado ou à feira, 
você observa os valores dos produtos, avalia 
se houve aumento de algum preço?
Quando pensa em investir em um 
imóvel ou carro, pensa em como vai 
pagá-lo? Será à vista ou parcelado? Sofrerá algum reajuste? Qual será o índice?
Se em nosso dia a dia a Contabilidade está presente e tem importância fundamental, imagine no 
mundo corporativo!
Com os conceitos trazidos, podemos compreender que a Contabilidade enquanto ciência busca 
aprimorar as formas de mensuração do patrimônio das organizações. Como aplicação prática, 
ela elabora as demonstrações econômico-financeiras, que são os objetos da análise dos seus 
usuários, com base nas informações da organização.
Quais são o objeto e o objetivo da Contabilidade?
Primeiro, você sabe qual é a diferença entre objeto e objetivo?
Objeto é algo concreto, como um livro, uma xícara, um teclado. Objetivo é algo abstrato, como 
uma meta a ser alcançada.
A Contabilidade tem como objeto o patrimônio da organização, seja pública ou privada. O seu 
objetivo é mensurar de forma quantitativa (expresso em moeda corrente) e qualitativa (classificação) 
o patrimônio das organizações, por meio das demonstrações econômico-financeiras. 
Todos nós somos usuários da Contabilidade.
As organizações também são usuárias da Contabilidade. Elas possuem o objeto, no caso, o 
patrimônio, e geralmente têm o objetivo de lucrar.
Dentro das organizações, como podemos classificaros usuários?
Figura 1: Contabilidade no dia a dia. Fonte: www.shutterstock.com.br , 2015
1.2. Objeto e objetivo da Contabilidade
1.2.1 Usuários da Contabilidade
11
Classificamos como usuários aqueles indivíduos que possam necessitar de informações do 
patrimônio, tais como:
• Gestores (diretores, gerentes, conselho administrativo e fiscal, etc.);
• Investidores diretos (sócio-administradores);
• Investidores indiretos (proprietário de ações adquiridas em bolsa);
• Possíveis investidores;
• Empregados da organização;
• Entidades financeiras (bancos);
• Fornecedores;
• Clientes;
• Estado (SRFB - Secretaria da Receita Federal do Brasil, CVM – Comissão de Valores Imobiliários, 
entre outros);
• Sociedade. 
Muitos podem ser considerados usuários da Contabilidade nas organizações e todos estão 
ligados ao objeto e ao objetivo, mas existem algumas funções estratégicas. São usuários com 
papel-chave neste cenário.
O Gerente de Controladoria da organização - ou simplesmente Controller - é uma das peças-
chave dentro de uma empresa e um grande utilizador da Contabilidade como ferramenta de 
planejamento.
O Controller atua nas áreas de controladoria e finanças. Ele tem suas funções baseadas na 
coordenação e direção de atividades ligadas ao planejamento operacional e estratégico da 
organização.
1.2.2 As Funções e o Papel do Controller dentro 
das Organizações
Figura 2: O papel do Controller. Fonte: www.
shutterstock.com.br, 2015
12 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade e Análise de Custos
O Controller organiza e traduz dados contábeis e financeiros, a fim de analisar o desempenho da 
empresa, auxiliar na gestão de caixa, no controle dos ativos, no planejamento fiscal, na análise 
financeira de projetos, na análise de riscos, entre outras atividades.
Cabe à controladoria a organização e otimização dos fatores econômicos, de forma que a soma 
sinérgica das partes seja maior que o todo, garantindo a perpetuação da empresa ao longo do 
tempo.
Até meados dos anos de 1950 e 1960, o Controller era aquela pessoa que preparava os 
demonstrativos contábeis e financeiros e traduzia esses documentos para o conselho de 
administração e eventuais investidores. Entretanto, na época atual ele trabalha focado em 
planejamento e controle.
No que tange ao planejamento, o Controller atua na elaboração de cenários e previsões que 
auxiliam a tomada de decisão dos gestores da organização. Cabe a esse profissional a elaboração 
do planejamento estratégico da companhia e também o controle dentro do planejamento 
operacional. No cotidiano da empresa, ele é a peça principal da Contabilidade Gerencial.
Qual é o objeto da Contabilidade Gerencial?
A Contabilidade Gerencial surgiu depois da Revolução Industrial. Até aproximadamente 1960, 
o foco era a determinação de custos, controles financeiros, confecção e acompanhamento de 
orçamentos. De 1960 a 1985, a Contabilidade Gerencial se transformou em uma poderosa 
ferramenta de planejamento e controle.
Na segunda metade da década de 1980, seus esforços foram direcionados à redução do 
desperdício nas organizações, por meio de técnicas para gerenciamento de custos e análise de 
procedimentos dentro das companhias. 
Na década de 1990 também na segunda metade, a Contabilidade Gerencial centralizou energias 
na criação de bases sólidas, a fim de gerar valor para os acionistas e clientes.
Atualmente, a Contabilidade Gerencial tem como público-alvo o interno, visando o planejamento 
e o controle, assim como fornecer direcionamento e permitir a avaliação das ações da companhia. 
Ela tem como ênfase a análise de decisões e visa à perpetuação da organização ao longo do 
tempo.
A Contabilidade Gerencial não é obrigatória como a Contabilidade Financeira. Em comparação, 
podemos afirmar que a Contabilidade Financeira oferece informações sobre eventos passados, 
enquanto a Contabilidade Gerencial se preocupa com os eventos capazes de afetar a companhia 
no futuro.
A Contabilidade Gerencial fornece diversas informações que podem melhorar os processos de 
gestão dentro das organizações. Os dados podem ser utilizados para controlar as atividades na 
rotina de trabalho, planejar o futuro da companhia, melhorar a utilização de recursos dentro da 
corporação, avaliar e medir diversos níveis de desempenho, tornar o processo de tomada de 
decisão menos subjetivo e tornar as comunicações interna e externa mais eficientes. 
1.3 Objeto da Contabilidade Gerencial
13
A Contabilidade Gerencial se entrelaça à Contabilidade de Custos, porque fornece informações 
sobre a capacidade de produção, a precificação, entre outros itens. A Contabilidade de Custos 
é o ramo que coleta e organiza dados sobre despesas, a fim de auxiliar a elaboração e a venda 
de produtos e serviços.
Pois bem, o objeto da Contabilidade é o patrimônio. 
Mas o que é o patrimônio da organização?
Para a Contabilidade, o patrimônio é o conjunto 
de bens, direitos e obrigações de uma organização 
que pode ser expresso em valor monetário.
Figura 3: Contabilidade Gerencial e Contabilidade de Custos. Fonte: www.shutterstock.com.br, 2015
Você sabe por que a Contabilidade estuda e controla os patrimônios das empresas? 
Um dos objetivos dessa ciência é fornecer informações sobre as alterações que ocorrem 
com o objeto, isto é, o patrimônio. A Contabilidade possibilita explicar os fenômenos 
patrimoniais, construir modelos de prosperidade e efetuar análises. Ela também permite 
prever e projetar os exercícios seguintes. Para saber mais, leia o artigo “A utilização 
das informações geradas pelo sistema de informação contábil como subsídio aos 
processos administrativos nas pequenas empresas”. Disponível em: http://www.fae.edu/
publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v3_n3/a_utilizacao_das_informacoes.pdf
NÃO DEIXE DE LER...
Figura 4: Patrimônio. Fonte: www.shutterstock.com.br , 2015
14 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade e Análise de Custos
Vamos descrever as características dos componentes do patrimônio:
• Bens: são elementos que podem ser expressos em valor monetário e satisfazem as necessidades 
dos indivíduos e das organizações. Eles podem ser classificados em duas categorias:
1. Tangíveis: são bens palpáveis, que possuem forma corpórea, como edifícios, dinheiro em 
espécie, mercadorias, computadores, entre outros. Eles podem ser classificados como Imóveis e 
Móveis: 
Imóveis: são bens que não podem ser transferidos de um lugar para o outro sem que as 
estruturas sejam alteradas, tais como casas, apartamentos, etc.;
Móveis: são bens que podem ser movimentados sem que as estruturas sejam alteradas, 
tais como veículos, avião, computadores, etc.
2. Intangíveis: são bens que não possuem forma corpórea, mas possuem valor monetário, 
como marcas, patentes, fundos de comércio adquirido, etc.;
• Direitos: são valores que a organização tem a receber de outros indivíduos ou organizações, 
como saldo positivo na conta bancária, aplicações financeiras, duplicatas, tributos a recuperar, 
etc.;
• Obrigações com terceiros: são as dívidas da organização com outros indivíduos ou 
empresas, como duplicatas, empréstimos, financiamentos, salários e dividendos a pagar; 
• Obrigações com os sócios: são todas as dívidas da empresa com os seus investidores 
(sócios ou acionistas), como o investimento na organização (capital social) e os lucros gerados.
Os componentes do patrimônio na Contabilidade são registrados nos seguintes grupos:
O cálculo que deve ser seguido é:
PL = (Bens + direitos – Obrigações), ou seja,
Ativo – Passivo = PL
Como vimos, o Patrimônio Líquido (PL) é o conjunto de obrigações com os investidores. Para 
determiná-lo, temos mais duas situações, como:
1ª. Se o resultado da equação for igual a 0 (zero), significa que os investidores ainda não 
recuperaram o investimentointegral ou que os prejuízos acumulados já consumiram o investimento 
realizado. 
2ª. Se o resultado for negativo (-), significa que os investidores estão devendo a organização.
Por fim, entendemos que a Contabilidade faz parte do nosso dia a dia e permite que os usuários 
com cargos-chave dentro das organizações tenham assertividade na tomada de decisões. A 
diferença entre objeto e objetivo. O objeto da Contabilidade é o patrimônio, enquanto o objetivo 
está relacionado ao patrimônio líquido.
Em um sistema capitalista, os usuários com cargo-chave estão sempre munidos de relatórios e 
demonstrações econômico-financeiras, a fim de avaliar a rentabilidade e os demais indicadores 
15
das organizações. 
Sabemos que as demonstrações econômico-financeiras auxiliam o gestor, mas como conceituá-
las?
As demonstrações econômico-financeiras são 
ferramentas da Contabilidade que transmitem aos 
usuários as informações sobre o patrimônio da 
organização. 
As Normas Brasileiras de Contabilidade, inseridas 
na Lei 6404/76 (com alterações pela lei 11.638/07 
e pela lei 11.491/09), definem como obrigatória 
a publicação das seguintes demonstrações 
econômico-financeiras:
• Balanço Patrimonial;
• Demonstração do Resultado do Exercício;
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
• Demonstração do Fluxo de Caixa;
• Demonstração do Valor Adicionado;
• Notas Explicativas. 
Entenderemos quais os objetivos e características de cada um desse demonstrativos. 
Balanço Patrimonial (BP) - Tem como objetivo demonstrar o patrimônio de forma estática, 
segundo os Bens, Direitos e Obrigações. Nesse demonstrativo, são apresentados os componentes 
patrimoniais:
• No Ativo: os Bens e Direitos;
• No Passivo: as obrigações com terceiros;
• No Patrimônio Líquido: as obrigações com Investidores. 
NÃO DEIXE DE VER...
“Capitalismo, uma História de Amor”, dirigido por Michael Moore, é um documentário 
sobre o capitalismo e as crises recentes nos EUA. O filme aponta as fragilidades e os 
problemas do sistema capitalista e questiona a dominação indireta dos governos pelos 
atores do sistema financeiro. Assista ao trailer em 
http://www.youtube.com/watch?v=1tI1RTAQc2M
1.4 Demonstrações Econômico-Financeiras
Figura 5: Demonstrações Econômico-Financeiras. Fonte: www.shutterstock.com , 2015
16 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade e Análise de Custos
Veja abaixo o Balanço Patrimonial da empresa Itautec S.A (Tabela 1):
Demonstração do Resultado Exercício (DRE) - Tem por objetivo apresentar o patrimônio de forma 
dinâmica. Nessa demonstração, são registradas as operações de receita, custos e despesas. Ao 
final de cada exercício, o valor apurado deve ser transferido para o Patrimônio Líquido de acordo 
com o resultado:
• Positivo: é transferido para a conta de Reserva de Lucros;
• Negativo: é transferido para a conta de Prejuízos acumulados. 
Veja abaixo a DRE da empresa Itautec S.A. (Tabela 2): 
Tabela 1- Balanço Patrimonial da empresa Itautec S.A. (Valores dados em milhões de reais). Disponível em: < http://www.itautec.com.
br/iPortal/pt-BR/636aa011-2460-40c3-aab7-61532fb36834.htm> acesso em 16 abr 2015
Tabela 2 - Demonstração de Resul-
tado do Exercício da empresa Itautec 
S.A. (Valores em milhões de reais). 
Disponível em: <http://www.itautec.
com.br/ iPor ta l /p t-BR/60c13405-
7d73-4ef9-8e47- f8399247b20e.
htm> acesso em 16 abr 2015.
17
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - Tem por objetivo analisar as movimentações 
das origens e aplicações do Disponível como Caixa (depósito à vista e aplicações de liquidez 
imediata). 
Veja a DFC da empresa Itautec S.A. (Tabela 3):
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) - Apresenta as variações incorridas 
no Patrimônio. Destas variações, podemos destacar:
• O aumento do capital por meio de investimento dos sócios;
• O aumento das reservas de lucros (geração de lucro demonstrado no DRE);
Tabela 3 - Demonstração do Fluxo de Caixa da empresa Itautec S.A. (Valores em milhões de reais). Disponível 
em: <http://www.itautec.com.br/iPortal/pt-BR/d843ac73-1021-41ec-8357-3237480373b5.htm >Acesso em 16 
abr 2015.
18 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade e Análise de Custos
• A distribuição de lucros aos investidores;
• A constituição de reservas (legal, de contingência, estatutária);
• E muitas outras variações do Patrimônio Líquido. 
Veja a DMPL da empresa Itautec S.A. (Tabela 4): 
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) - O objetivo é demonstrar a agregação de valor na 
organização, a partir da diferença entre o valor de produção e o valor de bens e serviços por 
terceiros, aplicados no processo de produção. 
Veja a DVA da empresa Itautec S.A. (Tabela 5):
Tabela 4 - Demonstração das mutações do patrimônio líquido da empresa Itautec S.A. (Valores em milhões de 
reais). Disponível em:< http://siteempresas.bovespa.com.br/dxw/FrDXW.asp?moeda=L&tipo=2&data=31/12/20
08&razao=ITAUTEC%20S.A.%20%20GRUPO%20ITAUTEC&site=C&pregao=ITAUTEC&ccvm=12530> acesso em 
16 abr 2015.
Tabela 5: Demonstração do Valor Adicionado da em-
presa Itautec S.A. (Valores em milhões de reais). Dis-
ponível em: < http://siteempresas.bovespa.com.br/
dxw/FrDXW.asp?moeda=L&tipo=2&data=31/12/2
008&razao=ITAUTEC%20S.A.%20%20GRUPO%20IT
AUTEC&site=C&pregao=ITAUTEC&ccvm=12530 > 
acesso em 16 abr 2015.
19
Notas explicativas - São notas e quadros complementares, que visam garantir a clareza da situação 
patrimonial apresentada nas demonstrações econômico-financeiras. Essas notas auxiliam os 
usuários para o completo entendimento das demonstrações.
Observamos que as demonstrações econômico-financeiras são ferramentas importantes para 
a Contabilidade Gerencial. Por meio delas, o usuário tem acesso a todas as informações do 
patrimônio da organização e garante assertividade na hora de tomar decisões.
A análise horizontal é também chamada de análise temporal. Ela verifica o crescimento ou 
a redução das contas do Balanço Patrimonial e do Demonstrativo do Resultado do Exercício ao 
longo do tempo. Com ela, é possível, por exemplo, analisar se um aumento de receita de vendas 
de um período para outro acompanha o aumento do lucro ou se a estrutura de custos necessita 
de ajustes e absorve parte do lucro.
Por meio da análise vertical, verifica-se a estrutura do Balanço Patrimonial e o Demonstrativo 
de Resultado do Exercício, isto é, se há muitos recursos imobilizados no Ativo Permanente ou se 
empréstimos de curto prazo superam o Patrimônio Líquido. 
As análises vertical e horizontal têm por objetivo apresentar, por meio de índices, os detalhes 
dos demonstrativos econômico-financeiros, como, por exemplo, o aumento das despesas 
administrativas. 
A partir dos índices gerados pela análise vertical, identificamos se a sua participação em 
relação à receita permanece a mesma que aquela apresentada no período anterior.
Na análise horizontal, podemos identificar se este aumento foi proporcional ao aumento da 
receita. 
Você sabia que a análise vertical pode ser feita em qualquer demonstração financeira?
Sim, mas saiba que ela alcança sua plenitude quando realizada na Demonstração do Resultado 
do Exercício.
No Balanço Patrimonial, a análise vertical abrange cálculos de percentuais de todas as contas.
Nessa análise, também é possível entender quanto representa o Ativo Circulante disponível em 
relação ao total do Ativo. 
Existe alguma associação entre a estrutura de atributos da Contabilidade Gerencial 
utilizada nas organizações brasileiras de médio e grande porte e a sua aderência 
conceitual no desenvolvimento do planejamento? Para saber mais, leia o artigo “Análise 
do Relacionamento entre a Contabilidade Gerencial e o Processo de Planejamento das 
Organizações Brasileiras”, disponível no link:http://www.anpad.org.br/periodicos/arq_pdf/a_706.pdf
NÃO DEIXE DE LER...
1.5 Análise Vertical e Horizontal
1.5.1 Análise Vertical 
20 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade e Análise de Custos
Veja abaixo o Balanço Patrimonial da empresa Itautec com a Análise Vertical (Tabela 6):
Figura 6: Análise Vertical. Fonte: www.shutterstock.com.br , 2015
21
Observe que o grupo disponível em 2007 representa 7,17% do total do Ativo. Este percentual foi 
obtido da seguinte forma: 
Disponível / (Total do Ativo) x 100, ou seja, 76,7 / 1.069,6 * 100 = 7,17%
Por meio dos percentuais, a análise vertical proporciona a mensuração da composição dos 
grupos patrimoniais. Isso nos permite saber quais são os itens mais relevantes em relação aos 
passivos e identificar a participação de cada item no total das obrigações. 
O principal objetivo da análise vertical é destacar a importância de cada conta na demonstração 
financeira a que pertence. Por exemplo: se uma empresa possui elevados empréstimos, a partir 
da análise vertical podemos saber quanto isso representa do total do Passivo e, assim, mensurar 
os riscos.
Outra informação que pode ser extraída da análise vertical é a comparação entre a 
representatividade de cada conta patrimonial de um ano para o outro. 
Perceba que os valores monetários do Ativo Circulante aumentaram em 2008.
Este grupo diminuiu a sua participação em relação ao total do Ativo, passando de 78,1% em 
2007 para 74,51% em 2008. Em contrapartida, a empresa aumentou suas obrigações no Passivo 
Circulante de 36,9% em 2007 para 39,06% em 2008. Este aumento ocorreu em maior relevância 
no grupo de Instituições Financeiras, que passou de 6,13% em 2007 para 14,47% em 2008.
 
Podemos considerar que as obrigações com as instituições financeiras são remuneradas por 
juros. Portanto, o aumento neste grupo representa um crescimento das despesas com juros e 
também do risco da organização. 
Estas considerações têm como base os percentuais obtidos pela análise vertical do Balanço 
Patrimonial. Agora, vamos ver como funciona a análise da DRE (Demonstração do Resultado do 
Tabela 6: Balanço Patrimonial da empresa Itautec com a análise vertical. Disponível em: <: http://www.itautec.
com.br/iPortal/pt-BR/636aa011-2460-40c3-aab7-61532fb36834.htm > acesso em 16 abr 2015
22 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade e Análise de Custos
Exercício).
 
Observe a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) da empresa Itautec com a Análise 
Horizontal (Tabela 7):
O cálculo dos percentuais na DRE considera como parâmetro a receita líquida. Logo, para saber 
quanto o custo dos produtos vendidos representa da receita líquida em 2007, basta dividir:
- (1.215,1 / 1.524 * 100) = 79,73%.
Nesta fórmula, inserimos o sinal de negativo pelo fato do valor do custo dos produtos vendidos 
provir de uma conta negativa. Com este sinal, temos o índice de participação desta conta em 
relação à receita líquida de vendas.
Em valores monetários, a receita líquida aumentou, mas observe que a rentabilidade da 
organização diminuiu de 6,6% em 2007 para 2,27 % em 2008. O motivo foi um aumento 
substancial do custo dos produtos vendidos. Em 2007, este custo era de 79,73%, mas passou 
para 82,49% em 2008. Nas despesas financeiras, estes custos representavam em relação à 
receita bruta 0,58% em 2007 e em 2008 foi de 3,3%.
A análise vertical é um processo comparativo onde se extrai relacionamentos percentuais 
entre itens pertencentes a uma mesma demonstração financeira de um ano. A finalidade 
é dar uma ideia da representatividade de um item ou subgrupo de uma demonstração 
financeira relativamente a um determinado total ou subtotal tomado como base. 
Tomando como exemplo, obtemos os valores percentuais de cada item pelo ativo total 
que corresponde a 100%. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_
de_demonstrativos_financeiros> Acesso em 19 de junho de 2015.
A Análise Horizontal tem como objetivo estabelecer a relação dos demonstrativos econômico-
Tabela 7: DRE da empresa Itautec com a análise vertical. Disponível em: < http://www.itautec.com.br/iPortal/pt-
BR/60c13405-7d73-4ef9-8e47f8399247b20e.htm> acesso em 16 abr 2015
1.5.2 Análise Horizontal
23
1.5.2 Análise Horizontal
financeiros entre um período e outro, geralmente partindo do ano atual em comparação com o 
ano anterior.
Veja abaixo o Balanço Patrimonial da empresa Itautec com a Análise Horizontal. (Tabela 8):
Figura 7: Análise Horizontal. Fonte: www.shutterstock.com.br,2015
Tabela 8: Balanço Patrimonial da empresa Itautec com a Análise Horizontal. Disponível em: <http://www.itautec.
com.br/iPortal/pt-BR/636aa011-2460-40c3-aab7-61532fb36834.htm> acesso em 16 abr 2015
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A análise horizontal se propõe a apresentar a variação das contas patrimoniais e de resultado 
entre um ano e outro. Observe que, no Passivo, a conta das instituições financeiras cresceu 65% 
em relação ao ano anterior. Este cálculo foi obtido da seguinte forma:
(saldo do ano atual / saldo do ano anterior) -1
Instituições Financeiras = (108,04 (2008) / 65,8 (2007)) – 1 = 65,24%
Esta conta aumentou três vezes mais que o seu grupo. O passivo aumentou em 19,91%, já o 
Ativo Circulante aumentou 8,08% entre 2007 e 2008. As contas que mais influenciaram neste 
aumento foram Clientes, com 23,18%, e Estoques, com 8,16%.
Como vimos, a análise horizontal consiste na comparação entre os valores de uma mesma conta 
ou de grupo de contas em diferentes períodos.
Agora, veja abaixo a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) da empresa Itautec com a 
Análise Horizontal (Tabela 9):
Na DRE, a análise horizontal é calculada da mesma forma, isto é, comparando a conta do ano 
atual com a do ano anterior. 
Na demonstração acima, observamos que a receita líquida de vendas cresceu em 17,23% e 
o lucro líquido diminuiu em 59,74%. Para explicar este resultado, temos que identificar quais 
contas o influenciaram. 
Observe que os custos dos produtos vendidos aumentaram 21,29%, quase 5% a mais que a 
receita. O mesmo ocorreu com as despesas com vendas, despesas gerais e despesas financeiras. 
Com base nesta análise, os usuários das informações contábeis podem concluir quais são os 
fatores que levaram à redução do lucro líquido da organização.
A análise horizontal é realizada com a utilização de índices. 
Tabela 9: Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) da empresa Itautec. Disponível em: < http://www.itautec.
com.br/iPortal/pt-BR/60c13405-7d73-4ef9-8e47-f8399247b20e.htm> acesso em 16 abr 2015
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“Só se gerencia aquilo que se mede”. A frase é de um autor desconhecido e explica grande parte 
do gerenciamento moderno das organizações, 
deixando claro que existe uma parte não 
quantitativa dentro da administração de 
empresas. 
A criação de indicadores para o 
acompanhamento de itens em suas diversas 
áreas é de fácil entendimento. Eles podem ser 
transformados em gráficos, a fim de garantir 
o acompanhamento dos resultados ao longo 
do tempo e permitir a previsão de uma 
grande gama de itens gerenciáveis dentro da 
organização.
O principal objetivo da administração financeira 
é a maximização do valor da organização, que 
pode ser mensurado pelo valor das ações. Nas 
empresas que não possuem ações negociadas (sociedades limitadas), esse valor representa o 
fundo de comércio. Para que este objetivo seja alcançado, precisamos analisar as demonstrações 
financeiras por meio dos índices financeiros.
Como objetivo de uma empresa, temos também a sua perpetuação ao longo do tempo. É o 
princípio da continuidade, que está dentro dos princípios gerais da Contabilidade.
A maximização do lucro líquido ou do lucro por ação não é o objeto principal dos gestores 
financeiros, mas estes valores devem ser considerados,porque influenciam no peso da organização. 
Outro benefício da análise das demonstrações financeiras é a possibilidade de estimar resultados 
futuros. As previsões são fundamentais para que os investidores selecionem da melhor maneira 
os seus investimentos.
As tabelas a seguir são compostas por indicadores financeiro, observe:
Balanço Patrimonial da empresa Itautec S.A. (Tabela 10)
1.6 Índices Financeiros - Analisando as 
Demonstrações Financeiras
Figura 8: Indicadores. Fonte: www.shutterstock.com.br , 2015
Você sabe o que é um índice financeiro? Nas organizações, este termo é muito comum. 
Índices financeiros são indicadores gerados a partir das demonstrações financeiras. 
Eles possibilitam a análise da organização, permitindo que gestores e administradores 
identifiquem os pontos fortes e os pontos a serem aprimorados. 
NÓS QUEREMOS SABER!
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Tabela 10: Balanço Patrimonial da empresa Itautec. Disponível em: < http://www.itautec.com.br/iPortal/pt-
BR/636aa011-2460-40c3-aab7-61532fb36834.html> acesso 16 abr 2015
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Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) da empresa Itautec S.A. (Tabela 11)
Os índices de liquidez demonstram a capacidade da organização de honrar com as suas 
obrigações.
Tabela 11: Demonstração de Resultados do Exercício da empresa Itautec. Disponível em: <http://www.itautec.com.
br/iPortal/pt-BR/60c13405-7d73-4ef9-8e47-f8399247b20e.htm> acesso 16 abr 2015
1.6.1 Índices de Liquidez 
Figura 9: Liquidez e Obrigações. Fonte: www.shutterstock.com.br , 2015
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Para este grupo de índices, temos quatro tipos de liquidez: geral, corrente, seca e imediata. 
Abaixo, vamos apresentar as características de cada uma delas:
Liquidez Geral (LG) - Representa a capacidade da empresa de pagar todas as suas dívidas, 
de acordo com a fórmula: 
LG = (Ativo Circulante + Ativo Não Circulante RPL)
(Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)
Cálculo da Liquidez geral em 2007: (835,4 + 82,2) / (394,7 + 251,9) = 1,42
Cálculo da Liquidez geral em 2008: (902,9 + 181,6) / (473,3 + 285,2) = 1,43
Observe que, analisando este índice, podemos afirmar que a empresa possui para cada R$ 1,00 
de obrigações, R$ 1,42 em 2007 e, em 2008, R$ 1,43 de bens e direitos do Ativo Circulante 
e Não Circulante Realizável em Longo Prazo. Mas o resultado não identifica se houve ou não 
alteração no grupo de Ativo e Passivo. Este índice apenas informa quanto a empresa tem para 
pagar as suas dívidas totais. 
Liquidez Corrente (LC) - Representa a capacidade da empresa de pagar as suas obrigações de 
curto prazo em até um ano. Para isso, são comparadas as obrigações do Passivo Circulante com 
os bens e direitos do Ativo Circulante. A forma de calcular é: 
LC = ( Ativo Circulante )
 (Passivo Circulante)
Cálculo da Liquidez corrente em 2007: (835,4) / (394,7) = 2.12
Cálculo da Liquidez corrente em 2008: (902,9) / (473,3) = 1,91
Este índice nos indica a capacidade de pagamento das obrigações em até um ano. Podemos 
observar que, em 2007 e 2008, a Itautec reduziu a sua Liquidez Corrente em R$ 0,20 para cada 
R$ 1,00 de obrigações registradas no Passivo Circulante. 
Liquidez Seca (LS) - Representa a capacidade de honrar com as obrigações que devem ser 
pagas em até um ano, em comparação com os bens e direitos disponíveis no Ativo Circulante, 
deduzidos dos estoques. Este índice é fundamental para empresas que possuem um estoque 
relevante e que levam muito tempo para serem liquidados (produzir, vender, entregar e receber 
= ciclo operacional). A forma de calcular é: 
LS = ( Ativo Circulante - Estoques)
 (Passivo Circulante)
Cálculo da Liquidez corrente em 2007: (835,4 – 326,0) / (394,7) = 1,29
Cálculo da Liquidez corrente em 2008: (902,9 – 355,2) / (473,3) = 1,16
Mesmo após a dedução do estoque, ou seja, os ativos que levam mais tempo para serem 
liquidados, a Itautec continua com um valor a mais de bens e direitos em relação às suas 
obrigações. Para cada R$ 1,00 de dívidas, a empresa tinha R$ 1,29 de recursos em 2007 e R$ 
1,16 em 2008.
Precisamos ressaltar que esses indicadores, quando analisados separadamente, apontam 
29
medidas, mas não podem ser considerados “bons” ou “ruins”. O ideal é que estejam acima de 
R$ 1,00. Quanto maior esse valor, melhor, mas tudo dependerá do ramo e do sub-ramo em que 
a empresa opera. Esta classificação também está relacionada ao índice médio de cada setor da 
economia. 
Estes índices apresentam a quantidade de dias com que os ativos são convertidos em vendas ou 
em disponível (caixa, bancos e aplicação de liquidez imediata) ou a liquidação dos passivos.
Os índices deste grupo são: 
• Giro de estoque;
• Prazo médio de recebimento;
• Prazo médio de pagamento.
Giro de estoque (GEST) - Indica a média de liquidez dos estoques da empresa. É calculado da 
seguinte forma:
GEST = Custo dos produtos vendidos 
 Estoques
Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) - Indica a média de recebimento das 
contas a receber. Esse índice auxilia a criação de políticas fornecimento de crédito e de metas de 
cobrança. Ele é calculado da seguinte forma:
1.6.2 Índices de Atividade
Figura 10: Índices de Atividades. Fonte: www.shutterstock.com.br, 2015
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 PMRV = Contas a receber 
(Vendas Anuais / 360)
Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC) - Indica a média de vencimentos do contas a 
pagar. É calculado da seguinte forma:
Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC) - Indica a média de vencimentos do contas a 
pagar. É calculado da seguinte forma:
 PMPC = Contas a pagar 
(Compras Anuais / 360)
Os índices de atividade são utilizados pelos gestores das organizações para a tomada de decisões 
e para o estabelecimento de políticas, entre as quais prazos de pagamento e recebimento, 
controle de estoques, metas de cobrança, entre outras. Os cálculos dependem de informações 
internas que normalmente não são divulgadas nos demonstrativos financeiros da organização, 
como, por exemplo, o custo dos produtos separado dos custos com serviços, o valor das contas 
a receber (apenas de vendas) e o valor das compras efetuadas. A Itautec disponibilizou no seu 
site, uma lista com esses indicadores já calculados .
Os Índices de Endividamento têm como 
objetivo apresentar a estrutura de capital 
da empresa, isto é, a composição e 
proporção das obrigações com terceiros 
(Passivos –Circulante e Não Circulante) e 
as obrigações com os sócios ou acionistas 
(Patrimônio Líquido). 
Para este grupo de índices, temos a 
Participação do Capital de Terceiros, 
a Composição do Endividamento, a 
Imobilização do Patrimônio Líquido e a 
Imobilização dos Recursos Não correntes.
Participação do Capital de Terceiros (PCT) - Representa o quanto do total da estrutura de 
capital provém de terceiros (o Passivo). O cálculo é: 
PCT = Capital de Terceiros x 100
 Patrimônio Líquido
Participação do capital de terceiros em 2007: (394,7 + 251,9) / (423) = 152,86%
Participação do capital de terceiros em 2008: (473,3 + 285,2) / (453,1) = 167,40%
1.6.3 Índices de Endividamento 
Figura 11: Índices de Endividamento. Fonte: www.shutterstock.
com.br, 2015
 A lista de indicadores da Itautec está disponível no link: http://www.itautec.com.br/iPortal/pt-BR/9e42a403-5b46-493d-a2d6-dcb58ada7367.htm
31
Estes percentuais apontam que a Itautec possuía de capital de terceiros de R$ 1,52 em 2007 e, 
em 2008, R$ 1,67 para cada R$ 1,00 de Patrimônio Líquido. Assim, podemos observar que a 
participação do capital de terceiros aumentou quase 15% entre 2007 e 2008.Composição do Endividamento (CE) - Representa o quanto as obrigações de terceiros de 
curto prazo (até um ano) participam do capital de terceiros. Este índice pode indicar o risco da 
empresa, caso a maior parte de suas obrigações estiver no Passivo Circulante. Para afirmar isso, 
é preciso verificar outros índices, como os de liquidez. A fórmula para o cálculo é:
CE = Passivo Circulante x 100. 
 (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)
Composição do Endividamento em 2007: (394,7) / (394,7 + 251,9) = 61,04%
Composição do Endividamento em 2008: (473,3) / (473,3 + 285,2) = 62,40%
Com estes índices, podemos concluir que a composição do endividamento da Itautec teve uma 
variação de pouco mais de 1% entre 2007 e 2008. Em valores monetários, houve um aumento 
do capital de terceiros para 111,9 milhões que pouco modificou a participação das obrigações 
de curto prazo.
Imobilização do Patrimônio Líquido - Representa quanto dos recursos próprios (Patrimônio 
Líquido) estão aplicados no ativo permanente . Se todo o Patrimônio Líquido estiver imobilizado, 
a empresa precisará do capital de terceiros para realizar as suas operações. A fórmula para o 
cálculo é:
IPL= Ativo não Circulante Investimento + Imobilizado + Intangível x 100 
(Patrimônio Líquido)
Imobilização do Patrimônio Líquido em 2007: (19,3 + 113,3 + 19,4 + 0) / (423) = 35,93%
Imobilização do Patrimônio Líquido em 2008: (0,3 + 118,2 + - + 8,8) / (453,1) = 28,10%
Estes porcentuais indicam que apenas 35,93% em 2007 e 28,10% em 2008 do Patrimônio 
Líquido estavam imobilizados no Ativo. A outra parte dos recursos próprios está aplicada no Ativo 
Circulante e no Não Circulante realizável em longo prazo.
Imobilização dos recursos não correntes - Representa o quanto das obrigações de 
terceiros de longo prazo (Passivo Não Circulante) e das obrigações próprias (Patrimônio Líquido) 
estão imobilizadas no Ativo. A fórmula para o cálculo é:
IRNC = Ativo não Circulante Investimento + Imobilizado + Intangível x 100
 (Passivo Não Circulante + Patrimônio Líquido)
Imobilização dos Recursos não correntes em 2007: (19,3 + 113,3 + 19,4 + 0) / (251,9 + 423) 
= 22,52%
Imobilização dos Recursos não correntes em 2008: (0,3 + 118,2 + 0 + 8,8) / (285,2 + 453,1) 
= 17,25%
 O Ativo Permanente representa os bens e direitos que a empresa não tinha como objetivo negociar. Por exemplo, os investimentos Imobilizado, Intangível e Diferido. A Lei 11.491/09 excluiu esta nomenclatura. Por isso para calcularmos este 
índice utilizaremos os seguintes subgrupos do Ativo Não Circulante: Investimento, Imobilizado e Intangível.
32 Laureate- International Universities
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Podemos concluir que para cada R$ 1,00 de obrigações do Passivo Não Circulante e do 
Patrimônio Líquido, apenas 22,52% em 2007 e 17,25% em 2008 foram imobilizados no ativo. A 
outra parte dos recursos próprios está aplicada no Ativo Circulante e Não Circulante Realizável 
em Longo Prazo. Para a empresa, isto demonstra a capacidade de gerenciar as suas obrigações, 
porque parte dos seus bens e direitos são financiados por recursos não correntes, reduzindo o 
risco da organização.
Os índices de rentabilidade têm como objetivo demonstrar a rentabilidade dos recursos investidos, 
apresentando o nível de sucesso econômico da organização. Neste grupo de índices, temos: o 
Giro do Ativo, a Margem Líquida, a Rentabilidade do Ativo e a Rentabilidade do Patrimônio 
Líquido.
Giro do Ativo - Relaciona as vendas líquidas com o Ativo. Este índice representa o volume de 
venda em relação ao Ativo. O seu cálculo é:
GAT = Vendas Líquidas 
 Ativo
Giro do Ativo em 2007: 1.524,0 / 1.069,6 = 1,43
Giro do Ativo em 2008: 1.786,6 / 1.211,8 = 1,47
Para cada R$ 1,00 investido, a Itautec obteve um geral de vendas de R$ 1,43 em 2007 e R$ 1,47 
em 2008. Este índice indica a capacidade de empresa de girar o seu investimento. A Itautec girou 
quase uma vez e meia o seu o ativo nos últimos dois anos.
Margem Líquida - Indica a rentabilidade da empresa em relação às vendas líquidas, isto é, 
1.6.4 Índices de Rentabilidade
Figura 12: Índices de Rentabilidade. Fonte: www.shutterstock.com.br, 2015
33
quanto é a rentabilidade para cada R$ 1,00 de vendas. O seu cálculo é: 
 ML = Lucro líquido 
 Vendas Líquidas
A Margem Líquida em 2007: (100,6 / 1.524) x 100 = 6,60%
A Margem Líquida em 2008: (40,5 / 1.786,6) x 100 = 2,27%
Observe que a rentabilidade para cada R$ 1,00 de vendas líquidas foi de R$ 0,066 em 2007 
e de R$ 0,0227 em 2008. Com estes índices, identificamos uma redução de mais de 4% na 
rentabilidade das vendas líquidas. Outro aspecto é que, embora com um aumento real nas 
vendas líquidas, o lucro líquido foi menor, devido à redução da rentabilidade nos últimos dois 
anos.
Rentabilidade do Ativo - Indica a rentabilidade do investimento da empresa. Este índice 
aponta a rentabilidade para cada R$ 1,00 investido na empresa. O seu cálculo é: 
RAT = Lucro líquido
 Ativo
Cálculo da rentabilidade do ativo em 2007: (100,6 / 1.069,6) x 100 = 9,41%
Cálculo da rentabilidade do ativo em 2008: (40,5 / 1.211,8) x 100 = 3,34%
 
Para R$ 100,00 investido na empresa (Ativos), a rentabilidade foi de 9,41% em 2007 e de 3,34% 
em 2008. 
Rentabilidade do Patrimônio Líquido - Indica a rentabilidade do investimento dos sócios 
ou acionistas na empresa. Este índice aponta a rentabilidade para cada R$ 1,00 do Patrimônio 
Líquido. O seu cálculo é: 
 RPL= Lucro líquido 
 Patrimônio Líquido
Cálculo da rentabilidade do ativo em 2007: (100,6 / 423,0) x 100 = 23,78%
Cálculo da rentabilidade do ativo em 2008: (40,5 / 453,1) x 100 = 8,94%
Podemos observar que, nos últimos índices de 2008, a Itautec apurou uma rentabilidade muito 
menor do que a apurada em 2007. O fato está claro em todos os índices e precisaria ser objeto 
de uma nota explicativa, a fim de demonstrar quais as ocorrências que resultaram na diminuição 
da rentabilidade. Outro passo da análise seria verificar se a redução ocorreu apenas com a 
Itautec ou com todas as empresas deste setor. 
Índice Preço Lucro - Demonstra quanto os investidores estão dispostos a pagar por lucros 
apurados nos demonstrativos financeiros. O cálculo é feito da seguinte forma: 
IPL = Preço por ação 
 Lucro por ação
Índice Preço Lucro em 2007: (58,3 / 8,55) = 6,82
Índice Preço Lucro em 2008: (30 / 3,48) = 8,62
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Este índice deve ser comparado com a média do setor. Se ele estiver acima da média, significa 
que a empresa apresenta menor risco que o mercado e os investidores pagam mais pelo seu 
lucro. Se for o contrário, o investimento nesta empresa possui maior risco que o risco do mercado.
35
Neste capítulo, você observou as principais características da Contabilidade e das demonstrações 
econômico-financeiras.
Com as ferramentas de análise financeira, você aprendeu as análises vertical e horizontal. 
A análise vertical é uma ferramenta que, por meio dos percentuais, proporciona a análise da 
representatividade de cada conta patrimonial e do resultado em relação ao seu grupo. 
A análise horizontal apresenta, por meio da comparação entre o ano atual e o anterior, a 
variação em cada conta e grupo patrimonial. 
Essas ferramentas se relacionam. Enquanto uma aponta a relevância da conta no seu grupo, a 
outra apresenta a variação desta conta de um período a outro, facilitando a identificação de 
características de empresa e possíveis problemas. 
Por fim, de forma detalhada, foi abordada a interpretação dos índices financeiros nas 
demonstrações econômico-financeiras. Eles apresentam a importância e a variação de cada 
componente do patrimônio.Estes tópicos não são as únicas ferramentas de análise financeira, mas fazem parte do grupo de 
informações utilizado na avaliação de uma organização. 
O objetivo da Contabilidade Gerencial é ligar as ações dos gestores à lucratividade. Por meio 
dela, é possível saber quais ações podem levar uma organização ao cumprimento da meta.
SínteseSíntese
36 Laureate- International Universities
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BRIGHAM, Eugene F. Administração Financeira: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2001. 
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 10º ed. Pearson Education do 
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Parisi, C.; Megliori, E. Contabilidade Gerencial. 1ª ed. Atlas, 2011
ReferênciasBibliográficas

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