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Dois Tratados sobre o Governo

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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 02
RELAÇÃO COM O PRIMEIRO TRATADO .............................................................. 04
DO ESTADO DE NATUREZA .................................................................................. 04
DO ESTADO DE GUERRA ...................................................................................... 05
DA ESCRAVATURA ................................................................................................. 06
DA PROPRIEDADE ................................................................................................. 06
DA SOCIEDADE POLÍTICA OU CIVIL ..................................................................... 08
DO PRINCÍPIO DAS SOCIEDADES POLÍTICAS .................................................... 11
DOS FINS DA SOCIEDADE POLÍTICA E DO GOVERNO ...................................... 12
DAS FORMAS DE UMA SOCIEDADE POLÍTICA ................................................... 14
DA EXTENSÃO DO PODER LEGISLATIVO ........................................................... 14
DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E FEDERATIVO ............................. 15
DA TIRANIA ............................................................................................................. 15
DA DISSOLUÇÃO DO GOVERNO .......................................................................... 16
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 17
INTRODUÇÃO
Considerado um dos mais importantes pensadores da doutrina liberal, John Locke nasceu em 1632, na cidade de Wrington, Somerset, região sudoeste da Inglaterra. Era filho de um pequeno proprietário de terras que serviu como capitão da cavalaria do Exército Parlamentar. Mesmo tendo origem humilde, seus pais tiveram a preocupação de dar ao jovem Locke uma rica formação educacional que o levou ao ingresso na academia científica da Sociedade Real de Londres.
Antes desse período de estudos na Sociedade Real, Locke já havia feito vários cursos e frequentado matérias que o colocaram em contato com diversas áreas ligadas às Ciências Humanas. Refletindo a possibilidade de integração dos saberes, o jovem inglês nutriu durante toda a sua vida um árduo interesse por áreas distintas do conhecimento humano. Apesar de todo esse perfil delineado, não podemos sugerir que Locke sempre teve tendências de faceta liberal.
Quando começou a se interessar por assuntos políticos, Locke inicialmente defendeu a necessidade de uma estrutura de governo centralizada que impedisse a desordem no interior da sociedade. Sua visão conservadora e autoritária se estendia também ao campo da religiosidade, no momento em que ele acreditava que o monarca deveria interferir nas opções religiosas de seus súditos. Contudo, seu interesse pelo campo da filosofia modificou paulatinamente suas opiniões.
Um dos pontos fundamentais de seu pensamento político se transformou sensivelmente quando o intelectual passou a questionar a legitimidade do direito divino dos reis. A obra que essencialmente trata desse assunto é intitulada “Dois Tratados sobre o Governo” e foi publicada nos finais do século XVII. Em suas concepções, Locke defendia o estabelecimento de práticas políticas que não fossem contras as leis naturais do mundo.
Além disso, esse proeminente pensador observou muitos de seus interesses no campo político serem tematizados no interior de seu país quando presenciou importantes acontecimentos referentes à Revolução Inglesa. Em sua visão, um poder que não garantisse o direito à propriedade e à proteção da vida não poderia ter meios de legitimar o seu exercício. Ainda sob tal aspecto, afirmou claramente que um governo que não respeitasse esses direitos deveria ser legitimamente deposto pela população.
No que se refere à propriedade, Locke se utiliza de argumentos de ordem teológica para defender a sua própria existência. Segundo ele, o mundo e o homem são frutos do trabalho divino e, por isso, devem ser vistos como sua propriedade. Da mesma forma, toda riqueza que o homem fosse capaz de obter por meio de seu esforço individual deveriam ser, naturalmente, de sua propriedade.
Interessado em refletir sobre o processo de obtenção do conhecimento e a importância da educação para o indivíduo, Locke foi claro defensor do poder transformador das instituições de ensino. De acordo com seus ensaios, o homem nascia sem dominar nenhuma forma de conhecimento e, somente com o passar dos anos, teria a capacidade de acumulá-lo. A partir dessa premissa é que o autor britânico acreditava que as mazelas eram socialmente produzidas e poderiam ser superadas pelo homem.
O reconhecimento do legado de Locke ocorreu quando ele ainda era vivo. Durante a vida, teve a oportunidade de ocupar importantes cargos administrativos e exerceu funções de caráter diplomático. Na Inglaterra, chegou a ocupar o cargo de membro do Parlamento e defendeu o direito dessa instituição indicar os ministros que viessem a compor o Estado. Respeitado por vários outros representantes do pensamento liberal, John Locke faleceu em 1704, na cidade de Oates, Inglaterra.
DESENVOLVIMENTO
RELAÇÃO COM O PRIMEIRO TRATADO 
Locke volta a contestar no primeiro capítulo de seu tratado, as teses do filósofo Sir Robert Filmer, defensor constante do Absolutismo, alicerçado em bases divinas. 
Como havia exposto no primeiro tratado, Adão não tinha em qualquer hipótese ou por direito, ou por doação divina, a autoridade sobre seus filhos e sobre o mundo, e se o teve, isso é impossível de se estender e determinar até a atualidade, o que leva Locke à busca de reiterado entendimento da legitimidade do domínio e poder de determinados indivíduos sobre outros.
Dessa forma, Locke estabelece em seus conceitos-chave, que é o de poder político, que seria o direito de fazer leis com pena de morte e, consequentemente, todas as penalidades menores para regular e preservar a propriedade, e de empregar a força da comunidade na execução de tais leis e na defesa da comunidade de dano exterior; e tudo isso tão-só em prol do bem público.
O ESTADO DE NATUREZA
Para compreender o poder político e suas origens, Locke nos diz que devemos saber como convivem os homens em seu estado de natureza, ou seja, do modo em que se achariam naturalmente sem nenhum tipo de subordinação, estado no qual ninguém se obriga para com outro ou se subordina, havendo apenas uma reciprocidade de inter-relações, como nos explica ao citar:
“Oferecer-lhe algo que lhe repugne ao desejo deve necessariamente afligi-lo em todos os sentidos tanto quanto a mim; de sorte que, se pratico o mal, devo esperar por sofrimento...” 
(Richard Hooker, teólogo inglês e defensor da igualdade natural dos homens)
Pelas premissas de Hooker, Locke nos afirma novamente a assertivade que no estado de natureza todos são iguais e providos das mesmas faculdades, subordinados apenas a Deus, nenhum deles deve prejudicar ao outro na vida, na saúde, na liberdade ou nas posses, são propriedade daquele que os fez, destinados a durar enquanto a ele (aprouver) e não uns aos outros, e sendo todos providos de faculdades iguais, não há a possibilidade de supor-se qualquer subordinação entre os homens. 
Dentro da perspectiva do estado de natureza, Locke reconhece o direito de qualquer um castigar a transgressão e perturbação de sua tranquilidade por outro, no intuito de cessar a violação de sua paz na medida em que esta foi infringida, o que é direito coletivo, haja vista a inexistência de superioridade ou jurisdição de uns sobre outros.
Percebe-se a ligação da mencionada faculdade à lei de Talião “olho por olho, dente por dente” (Código Hamurabi), ou da infração a uma pessoa do mesmo dano que haja causado a outra. Assim temos a confirmação dessa similaridade na referência de Locke ao “talionato”, quando diz:
“Todos tem direito de castigar o ofensor, tornando-se executoresda lei da natureza.” (John Locke, 1689)
Por fim Locke critica o absolutismo ao sustentar ser melhor viver em estado de natureza, no qual o homem se subordina somente a si, a viver sobre o domínio de um monarca com o poder centralizado em si e que manda nos outros da maneira que lhe desejar, o que não concretiza um pacto no qual lhe é outorgado o poder, pois como ele afirma: 
“Todos os homens estão naturalmente no estado de natureza e nele permanecem, até que, pelo próprio consentimento, se tornem membros de alguma sociedade política.” (John Locke, 1689)
DO ESTADO DE GUERRA
É um estado de inimizade destruição que sobreveio de desentendimento de indivíduos no estado de natureza que declaram guerra entre si, podendo contar com o auxílio de terceiros que queiram vir se juntar à causa. 
Locke reconhece essa possibilidade ao afirmar que temos o direito de declarar guerra àquele que me a declara, como o permite a lei natural, por não se restringir a qualquer tipo de convenção.
Desta forma afirma que a tentativa de dominação ou escravização é algo que dá oportunidade ao estado de guerra, uma vez que no estado de natureza todos são livres: 
“Aquele que tenta colocar a outrem sob poder absoluto põe-se em estado de guerra com ele...” (John Locke, 1689)
Na sequência o mesmo faz a diferenciação entre estado de natureza e estado de guerra (algo inexistente na concepção hobbesiana, na qual os dois são praticamente os mesmos). O primeiro ocorre quando os homens vivem entre si em gozo de suas liberdades sem maiores problemas:
“Quando os homens vivem juntos conforme a razão, sem um superior na Terra que possua autoridade para julgar, verifica-se propriamente o estado de natureza.” (John Locke, 1689)
Portanto, o ato de se infringir as mencionadas regalias quando em vivência no estado natural, àquele que teve seu patrimônio dilapidado, cabe o direito de declarar guerra a seu agressor, devido à inexistência de quaisquer órgãos reguladores das atipicidades cometidas, o que não ocorre quando da existência de um pacto social que garanta a resolução do conflito de modo imparcial e isso que deve ser buscado pelos indivíduos para que o estado de guerra acabe de forma definitiva.
DA ESCRAVATURA
A respeito da escravidão Locke vai nos trazer a ideia de que:
 “A liberdade natural do homem fundamenta em estar livre de qualquer poder superior na Terra, e não sob a vontade ou autoridade legislativa do homem, tendo somente a lei da natureza como regra.” (John Locke, 1689)
Dessa forma, podemos dizer que também no estado social, o homem deve se subordinar somente àquele poder cujo consensualmente aprovou estando livre para fazer tudo o que não é defeso por tal poder.
Quanto à escravidão, é clara a repulsa de Locke a tal modo de domínio, gerador de infinitos conflitos e ninharias. Para ele, só existe uma possibilidade do mencionado modus vivendi. Podemos ter o exemplo de um cidadão que cometeu alguma falta gravíssima passível de pena de morte, casos em que Locke, reconhece a possibilidade de escravização: [1: Modus Vivendi: os casos em que a pessoa perde o seu direito à vida.]
“Aquele a quem a entregou, quando o tem entre as mãos, demorar em toma-la, empregando-o em seu próprio serviço...” (John Locke, 1689)
DA PROPRIEDADE
Locke considera em seguimento ao Gênesis que Deus deu a Terra aos homens em comum, para que estes se utilizassem desta para a subsistência e conveniência. 
“Embora a terra e todas as criaturas inferiores sejam comuns a todos homens, cada homem tem uma propriedade em sua própria pessoa; a esta ninguém tem qualquer direito senão a ele mesmo.” (John Locke, 1689)
Nota-se que Maquiavel anteriormente nos deixou ensinamentos neste sentido, ao dizer no cap. XIX de sua obra “O Príncipe” que para que não seja odiado por seus súditos, o Príncipe jamais deve usurpar os bens e patrimônio destes: 
“Quando os súditos têm seu patrimônio e honra respeitados, vivem geralmente satisfeitos” (Nicolau Maquiavel)
Em continuidade, Locke nos diz que aquele espaço ao qual o indivíduo incorporou para si através do trabalho é de sua propriedade exclusiva e não lhe pode ser contestada (salvo problema de escassez), pois se necessitássemos do consentimento de todos para apropriarmo-nos de uma macieira, por exemplo, morreríamos de fome.
“É a tomada de qualquer parte do que é comum com a remoção para fora do estado em que a natureza o deixou que da início à propriedade.”(John Locke)
Assim o é também com a terra: 
“A extensão de terra que um homem lavra, planta, melhora, cultiva, cujos produtos usa, constitui sua propriedade.” (John Locke, 1689)
Locke ressalta a importância do trabalho nesse sentido, ou seja, de incorporação de maior propriedade, algo que foi demasiado crucial âmbito do protestantismo, que incorpora tal conduta à preceitualização divina: 
“Aquele que em obediência a esta ordem de Deus, dominou, lavrou e semeou a terra, anexou-lhe por este meio algo que lhe pertença...” (John Locke, 1689)
Nota-se que Max Weber, em sua obra “A Ética protestante e o espírito do Capitalismo” fez uma abordagem muito importante nesse sentido, ao afirmar que a mencionada conduta (do trabalho como importante para a dignificação do homem), foi muito importante no âmbito do desenvolvimento do Capitalismo, à medida em que concorreu para o desenvolvimento econômico-social por ter o trabalho como base importante em sua doutrina.
Quanto aos problemas relativos à escassez das terras, Locke considera impossível tal contestação, pois o espaço dado por Deus a cada um dos homens para usufruto é mais do que suficiente para sua satisfação, e no caso de desacordo com qualquer outro homem, é passível de modificação, podendo aquele que teve sua propriedade disposta a terceiro, trocá-la por outra tão quão produtiva quanto a anterior.
Retornando à questão do trabalho, Locke nos chama a atenção não só para o acúmulo de propriedade, mas também para sua valorização: 
”Considere qualquer um a diferença que existe entre um acre de terra plantado e um acre da mesma terra em comum sem qualquer cultura e verificará que o melhoramento devido ao trabalho constitui a maior parte do valor respectivo... A grande arte do governo consiste no aumento de terras e no uso acertado delas.” (John Locke, 1689)
Ao longo do tempo, com o crescimento populacional, a escassez passou a ser eminente, o que culminou em pactos e leis fixando os limites dos respectivos territórios, dando ênfase à legitimidade de sua posse.
Na sequência Locke nos explica o surgimento do dinheiro, advindo da necessidade de se acumular bens sem o problema da fungibilidade, ou seja, sem o perecimento de seus bens com o tempo. 
Nota-se que o processo se iniciou com a permuta ou troca, que aos poucos foi substituída pelas moedas que eram fabricadas com uma liga de ouro e prata e tem esses registros inicialmente no século VI a.C. Tanto os monarcas como os aristocratas, as cidades e as instituições começaram a cunhar moedas com seu sinete de identificação para garantir a autenticidade do valor metálico da moeda.
DA SOCIEDADE POLÍTICA OU CIVIL
Deus criou o homem e achou que não era conveniente que ele estivesse só, deu-lhes fortes obrigações de necessidade, conveniência e inclinação para conduzi-lo a sociedade. Sendo a primeira sociedade entre o homem e sua mulher, que deu início à que há entre pais e filhos; Que com o tempo veio a formar o que há entre senhor e servidor, onde todas estas sociedades vieram a juntar-se para formar uma única família, estavam ainda longe de constituir uma sociedade política, como veremos se considerarmos os diferentes fins, vínculos e limites de cada uma delas.
Sociedade Conjugal é formada por um pacto voluntário entre homem e mulher. Consistindo sobretudo na comunhão e no direito ao corpo um do outro, sendo necessária para seu fim principal a procriação, trazendo apoio e assistência mútuas, assim como uma comunhão de interesses, para sua progênie comum, que tem o direito de ser alimentada e sustentada por eles, até que seja capaz de prover às própriasnecessidades.
Onde a procriação deverá ser a perpetuação da espécie e tal conjunção entre macho e fêmea deve durar, mesmo depois da procriação, o tempo necessário para a alimentação e sustento dos filhos, que devem ser mantidos por aqueles que o geraram, até que sejam capazes de mover-se e prover-se por si mesmos. A esta regra vemos que as criaturas inferiores obedecem prontamente, sendo diferente o tempo de união a depender do animal.
Na raça humana, macho e fêmea permanecem unidos mais tempo do que entre as outras criaturas, porque a mulher é capaz de conceber e muitas vezes fica de novo grávida e dá a luz muito antes que o rebento anterior tenha saído da dependência da ajuda dos pais para o seu sustento e seja capaz de mover-se por si mesmo. No que não se pode deixar de admirar aí a sabedoria do grande Criador que, tendo dado ao homem a capacidade de previsão e de planejar para o futuro, bem como de suprir as necessidades presentes, tornou necessário que a sociedade entre homem e mulher fosse mais duradoura do que entre machos e fêmeas de outras criaturas.
Apesar das obrigações impostas à humanidade tornem laços conjugais mais sólidos e duradouros, não deixaria de perguntar por que esse pacto pelo qual se asseguram a procriação e a educação e se cuida da herança não pode ser determinável, seja por consenso, seja por uma certa época ou mediante certas condições, do mesmo modo que qualquer outro pacto voluntário, não havendo necessidade alguma na natureza da coisa nem nos seus fins de que seja sempre por toda a vida; quero dizer, para aqueles que não estejam sob restrição alguma de nenhuma lei positiva que ordene que todos os contratos desse tipo sejam perpétuos.[2: Essa cautelosa insinuação de uma possível justificação do divórcio era excessiva para o bispo Elrington, que afirma: “Fazer a união conjugal determinável por consentimento é introduzir um promíscuo concubinato.” Locke estava disposto a ir bem adiante, como se constata das anotações em seu diário referentes a 1678, 1679 e 1680, sob o título Atlantis. Sugere ele que “aquele já está casado pode desposar outra mulher com sua mão esquerda (...) Os vínculos, duração e condições do matrimônio da mão esquerda serão exatamente aqueles expressos no contrato de casamento entre as partes” (Diário, 1678, 199). Sobre essas anotações de Locke sob o título de Atlantis, ver De Marchi, 1955.]
Contudo o marido e a mulher, embora tenham uma única preocupação comum, terão entendimentos diferentes, de modo que haverá ocasiões que vontades diferentes, sendo necessário que o governo recaia em alguma parte, pois a esposa tem, em muitos casos, liberdade para separar-se dele, se o direto natural ou o contrato entre eles no estado de natureza, seja segundo os costumes e leis do país em que vivem. O magistrado civil não limita o direito ou o poder de um ou outro para tais fins, a saber, a procriação e o apoio e o auxílio mútuos enquanto estiverem juntos, mas apenas decide acerca de qualquer controvérsia que a respeito deles possa surgir entre marido e mulher.
A Sociedade entre pais e filhos está claro ser ela bem diferente de uma sociedade política.
Senhor e servidor são nomes aplicados a pessoas de condições bem diferentes; pois um homem livre faz-se servidor de outro vendendo-lhe por um certo tempo o serviço que se dispõe a fazer em troca da remuneração que deverá receber, cabendo ao senhor um poder apenas temporário sobre ele, e não maior que o estabelecido no contrato entre ambos. Há porém um tipo peculiar de servidor que chamamos de escravos, sujeitos ao domínio absoluto e poder arbitrário de seu senhor, não sendo capazes de posse nenhuma e não podem ser considerados parte da sociedade civil. [3: Escravdão: comparar com II, § 24 e referências. Aqui, Locke acrescenta a idéia de que os escravos estão à margem da sociedade civil. Não se pode esquecer que os “servidores” mencionados neste parágrafo incluíam várias categorias atualmente classificadas como trabalhadores agrícolas ou industriais, e o fato de Locke e todos os seus contemporâneos considerem-nos sob autoridade doméstica revela a existência de pressupostos sócias muito diferentes; comparar com II, § 69 (“aprendiz”).]
Sociedade política pode existir ou subsistir sem ter em si o poder de preservar a propriedade e para tal, de punir os delitos de todos os membros dessa sociedade, onde apenas existirá sociedade política onde cada qual de seus membros renunciou a esse poder natural, colocando-o nas mãos do corpo político em todos os casos que não o impeçam de apelar à proteção da lei por ela estabelecida. Desse modo, é fácil distinguir quem está e quem não está em sociedade política. Aqueles que estão unidos em um corpo único e têm uma lei estabelecida comum e uma judicatura à qual apelar, com autoridade para decidir sobre as controvérsias entre eles e punir infratores, estão em sociedade civil uns com os outros. Porém quem não tem em comum uma tal possibilidade de apelo na Terra vivem ainda em estado de natureza, sendo cada qual, onde não houver outro juiz por si mesmo e executor (o que constitui o perfeito estado de natureza).
Assim a sociedade política passa a ter o poder de estabelecer qual punição, segundo seu julgamento, caberá a diversas transgressões cometidas entre membros dessa sociedade, como punir qualquer dano cometido contra qualquer um de seus membros por alguém que não pertence a ela, e tudo isso para a conservação da propriedade de todos os membros dessa sociedade, surgindo a partir de então a origem dos poderes legislativos e executivos da sociedade civil, que julgam, segundo as leis vigentes, em que medida devem ser punidos os delitos cometidos no seio do corpo político e também determinam mediante julgamentos 
DO PRINCÍPIO DAS SOCIEDADES POLÍTICAS
A única maneira pela qual uma pessoa qualquer pode abdicar de sua liberdade natural e revestir-se dos elos da sociedade civil é concordando com outros homens em juntar-se e unir-se em uma comunidade, para viverem confortável, segura e pacificamente uns com os outros, num gozo seguro de suas propriedades e com maior segurança contra aqueles que dela não o fazem parte. Quando qualquer número de homens consentiu desse modo em formar uma comunidade ou governo, são por esse ato logo incorporados e formam um único corpo político, no qual a maioria tem o direito de agir e deliberar pelos demais, onde é necessário que esse corpo se mova na direção determinada pela força predominante, que é o consentimento da maioria. Portanto, vemos que nas assembleias que têm poder para agir segundo leis positivas que nenhum número é fixado por essa lei que lhes confere o poder, o ato da maioria passa por ato do todo e é claro determina pela lei da natureza e da razão, o que é o poder do corpo inteiro.
Por conseguinte, o que inicia e de fato constitui qualquer sociedade política não passa do consentimento de qualquer número de homens livres capazes de uma maioria no sentido de se unirem e incorporarem a uma tal sociedade. É isso que dá início a qualquer governo legítimo no mundo.
Mas se olharmos para trás, tão longe quanto o permita a História, para a origem das sociedades políticas, vê-las em geral sob o governo e a administração de um único homem. Acredito também que onde quer que uma família fosse numerosa o bastante para subsistir por si mesma e continuar completa e reunida, sem misturar-se com outras, tal como sucede amiúde onde quer que haja muita terra e pouca gente, o governo teve início comumente com o pai, tendo pela lei da natureza o mesmo poder que todos os demais homens para punir, como julgasse conveniente, quaisquer delitos contra essa lei, podendo assim punir seus filhos transgressores mesmos quando fossem homens e tivessem saído de sua pupilagem, fazendo dele efetivamente o legislador e o governante de todos quantos permanecessem unidos a sua família.
Se portanto, precisavam de alguém que os governasse, dado que dificilmente se pode evitar um governo entre homens que vivem juntos, quem seria mais adequado para exercê-lo que aqueleque era o pai comum de todos, a menos que a negligência, a crueldade ou qualquer outro desvio de mente ou corpo o tornasse inadequado para tal. Assim se procedia da mesma forma se um pai morria e deixava um herdeiro menos adequado para o governo, as pessoas usavam sua liberdade natural para estabelecer aquele a quem julgassem mais adequado e mais capaz de governar todos.
“O poder público de toda sociedade está acima de cada alma nela contida, e o uso principal de tal poder é outorgar leis a todos quantos sob ele estejam, leis estas a que em tais casos devemos obediência, a menos que seja demonstrada alguma razão pela qual necessariamente a lei da razão ou de Deus determine o contrário.” (Richard Hooker, Pol. Ecl., L. 1, Sec. 16)
A outra objeção que encontro ao início das sociedades políticas do modo que mencionei é a seguinte: Tendo todos os homens nascido sobre um governo ou outro, é impossível que qualquer deles fosse jamais livre e tivesse a liberdade de unir-se a outros e dar início a um novo governo, ou fosse jamais capaz de fundar um governo legítimo.
De modo que de acordo com este princípio deles mesmos, ou bem todos os homens como quer que tenham nascido são livres, ou bem existe apenas um príncipe legítimo um único governo legítimo no mundo.
Portanto submeter-se as leis de qualquer país, viver tranquilamente e usufruir dos privilégios e da proteção deste, não faz de um homem um membro dessa sociedade. Trata-se apenas de uma proteção local e de uma homenagem devida por todos aqueles que não se encontrando em estado de guerra, ingressam nos territórios pertencentes a qualquer governo em todas as partes às quais se estende a força de suas leis, como é o caso dos estrangeiros.
DOS FINS DA SOCIEDADE POLÍTICA E DO GOVERNO
O principal objetivo para os homens unirem-se em sociedades políticas e submeterem-se a um governo é portanto a conservação de sua propriedade. Para tal fim o estado de natureza carece de uma série de fatores.
De uma lei estabelecida, fixa e conhecida, recebida e aceita mediante o consentimento comum enquanto padrão da probidade e da improbidade e medida comum para solucionar todas as controvérsias entre eles. 
Além disso, carece o estado de natureza de um juiz conhecido e imparcial, com autoridade para solucionar todas as diferenças de acordo com a lei estabelecida. O estado de natureza frequentemente carece de um poder para apoiar e sustentar a sentença quando justa e dar a ela a devida execução. Portanto, é assim que os homens (não obstantes todos os privilégios do estado de natureza), dada a má condição em que nele vivem, rapidamente são levados a se unirem em sociedade. As inconveniências a que se vêem expostos em razão do exercício irregular e incerto do poder que cada um detém de castigar as transgressões de terceiros impelem-nos a se refugiarem sob as leis estabelecidas de um governo e a nele buscarem a conservação de sua propriedade.
“No início, uma vez estabelecido algum tipo de regimento, é possível que nada então se houvesse mais cogitado acerca da maneira de governar, mas tudo fosse permitido à sabedoria e ao discernimento daqueles que deveriam governar, até que a experiência mostrou a grande inconveniência de tal para todas as partes, de modo que aquilo que haviam concebido como remédio na verdade apenas agradava o mal que deveria curar. Perceberam que viver segundo a vontade de um único homem se convertera na causa da miséria de todos. Isso obrigou alguns deles a adotar leis pelas quais todos os homens pudessem conhecer antecipadamente seu dever e as penalidades decorrentes da sua transgressão.” (Richard Hooker, Pol. Ecl., L.I, Sec. 10)
Pois no estado de natureza, para omitir sua liberdade no que toca aos prazeres inocentes, tem o homem dois poderes: Ao primeiro poder, ou seja, o de fazer tudo quanto considere adequado para a preservação de si e do resto da humanidade, ele renuncia para que seja regulado por leis elaboradas pela sociedade, na proporção que o exijam a conservação de si mesmo e do restante da sociedade e em segundo lugar renuncia por completo ao poder de castigar e empenha sua força natural para assistir o poder executivo da sociedade, segundo a lei desta o exija.
Assim, todo aquele que detenha o poder legislativo, ou supremo, de qualquer sociedade política está obrigado a governa-la segundo as leis vigentes promulgadas pelo povo, e de conhecimento deste e não por meio de decretos extemporâneos; por juízes imparciais e probos, a quem cabe solucionar as controvérsias segundo tais leis; e a empregar a força da comunidade, no solo pátrio, apenas na execução de tais leis e externamente para evitar ou reprimir injúrias estrangeiras, garantir assim a comunidade contra incursões ou invasões. Tudo deve estar dirigido a paz, a segurança e o bem público do povo.
DAS FORMAS DE UMA SOCIEDADE POLÍTICA
A comunidade com a maioria do poder em suas mãos desde o momento em que os homens se uniram em sociedade pode empregar tal poder para baixar leis para a comunidade e fazer executar essas mesmas leis por meio de funcionários por ela mesma designados, caso em que a forma de governo que se tem é uma perfeita democracia. Ou pode depositar o poder de elaborar leis nas mãos de um pequeno número de homens seletos e de seus herdeiros ou sucessores, quando então se tem uma oligarquia. Ainda nas mãos de um único homem, quando se tem uma monarquia, quando nas mãos dele e de seus herdeiros, tem-se uma monarquia hereditária; se para ele apenas durante sua vida, mas, quando de sua morte, o poder apenas de designar um sucessor retorna à maioria, tem-se uma monarquia eletiva. Conforme todos esses modos, a comunidade pode adotar formas compostas e mistas de governo, segundo julgar conveniente.
A sociedade política refere-se não a uma democracia ou qualquer forma de governo, mas qualquer comunidade independente referida pelos latinos através do vocábulo civitas, a que, em nosso vocabulário, o termo que melhor corresponde, é sociedade política (commonwealth), o que não ocorre com nossos termos comunidade (community) ou cidade (city), uma vez que podem existir comunidades subordinadas em um governo e entre nós, o termo cidade carrega uma noção muito diversa da de uma sociedade política.
DA EXTENSÃO DO PODER LEGISLATIVO
“Eu asseguro tranquilamente que o governo civil é a solução adequada para as incoerências do estado de natureza” (John Locke, 1689)
Esse poder tem como objetivo representar de forma equitativa e justa o direito da população.
Deve legislar de acordo com a necessidade de seu povo, não poderá usar de seu poder para formular leis arbitrárias. O Poder Legislativo, pode ser exercido por um ou por mais cidadãos, no entanto, esse(s) representante(s) deve(m)ser escolhido(s) por seu povo.
O poder legislativo deve seguir algumas regras, tais como:
Não pode exercer um poder maior do que foi lhe dado e seu maior objetivo é preservar os direitos súditos.
Jamais deverá agir de forma arbitrária. A necessidade do seu povo deve ser sanada.
Não poderá tirar dos indivíduos suas propriedades, ou lançar impostos sem o consentimento de seu povo. Deve sempre assistir seu povo.
Por fim, não pode transferir seu poder de elaboração a outros, pois só o povo tem legitimidade para fazer. 
DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E FEDERATIVO
Como já foi dito anteriormente, o poder legislativo é aquele que tem como obrigação legislar e legitimar o direito de seu povo. No entanto, esse poder é temporal e necessita de um poder fixo para executar e assegurar as leis. 
Poder executivo: Tem como objetivo acompanhar a execução; eficácia e o cumprimento das leis. Atua dentro na comunidade, é um poder interno.
Poder Federativo: Locke fala sobre o poder federativo como sendo aquele que tem obrigação de assegurar a sociedade fora dela. É um poder capaz de criar alianças e todas as transações com todas as pessoas e sociedades políticas externas. Poder externo.
DA TIRANIA
Locke diz que a tirania é o exercício do poder além do poder. É aquele que governapara seu próprio bem sem visar o bem comum. O Príncipe vai além do direito estabelecido pelas leis, o mesmo ultrapassa todos os limites em busca do seu bel prazer.
Uso o seu poder de forma arbitrária e egocêntrica. O governo deve ceder as suas vontades.
Onde acaba a lei começará sempre a tirania. Locke também resalta que a tirania não acontece apenas em Monarquias. Qualquer forma de governo que seu governante ultrapasse as leis estabelecidas, e haja de forma arbitrária estará condizendo com a tirania.
O rei ilegítimo é o rei tirano, sem limites.
O rei legítimo é aquele que busca o bem comum, o bem de seu povo:
“Sempre preferirei o bem do público e de toda a sociedade, ao elaborar leis e constituições, a quaisquer fins privados e particulares meus...” (John Locke)
DA DISSOLUÇÃO DO GOVERNO
O contrato foi quebrado, o governo é arbitrário e nada mais visa o bem comum.
As pessoas revoltam-se e buscam melhorias. Querem de volta seus direitos naturais, voltam ao estado de natureza, pois esse é a única forma de apoio e direito justo neste momento. Os princípios do Contrato Social foram quebrados, não há porque continuar em um governo civil. A dissolução acontece por tais fatores:
O príncipe tira o direito do legislador;
O Príncipe age de forma arbitrária;
O Governo chega passa para a mão de um estrangeiro que não pensa no bem de todos, não conhece a necessidade do povo, povo esse que não é seu.
CONCLUSÃO
Locke era um contratualista, de maneira que ele também acreditava que o homem vivia em seu estado original uma vida em estado de natureza. Cada homem era o seu próprio juiz, e a propriedade privada encontrava sua existência e limitação pelo trabalho humano, mas como começaram a surgir problemas para a delimitação do tamanho da propriedade, e a necessidade de um poder independente para ser o juíz dos homens, nasceu, assim, o governo, ou Estado.
Ele foi um grande defensor da liberdade individual, sendo contrário à escravidão. Acreditava que o casamento era um contrato em que marido e mulher se uniam em busca da melhor criação para os filhos. A mulher tem o direito de romper esse contrato, e de criar os filhos sozinha, se assim a lei consentir. O grande objetivo dos pais é criar um adulto saudável, para que se torne um cidadão livre; no entanto, os filhos devem respeito aos pais por toda a vida.
O filósofo inglês acredita que o homem só é verdadeiramente livre quando vive sob leis que limitem à sua liberdade. O cidadão tem o direito de matar o ladrão que invada à sua propriedade, da mesma forma que o Estado pode aplicar a pena de morte para preservar o todo da sociedade. Nisso Locke não estava sendo original. Mas a grande contribuição desse filósofo para a política pode ser resumida assim:
A forma de governo deve ser uma monarquia temperada, com a separação de poderes entre o executivo, o legislativo e o judiciário, mas o legislativo tem a primazia sobre os outros poderes. O poder legislativo é limitado pelo poder da população, não podendo, portanto, criar leis que empobreçam, escravizem e destruam os cidadãos. A lei do legislativo deve respeitar a lei da natureza, que é a de preservar os direitos naturais do homem. Esse poder deve garantir o direito à propriedade e não pode criar impostos sem o consentimento da população. Entretanto, Locke admitia que em certas ocasiões o executivo tenha preponderância, porque as leis do legislativo frequentemente não acompanham à evolução da sociedade.
Os poder legislativo deveria ser vigiado pelo povo, e qualquer tentativa de criação de leis que atentassem contra a propriedade privada e o direito à vida do cidadão, poderia resultar em uma justificada rebelião contra àqueles a quem o povo concedeu o poder.
Foi Locke que realmente conseguiu livrar a população da tirania do rei absoluto e da religião unida ao Estado. No século XIII, São Tomás de Aquino também defendeu uma forma de governo parecida com a de Locke, inclusive com algum poder que limitasse a ação do rei ou governante. O problema é que ele não definiu bem que poder seria esse, mas todos acreditavam, inclusive o papa, que seria a igreja quem limitaria esse poder. 
Essa foi a diferença dos países protestantes para os católicos: Locke criou uma monarquia em que o rei e a população estavam submetidos ao poder legislativo, e esse ao povo. O objetivo desse governo era garantir as liberdades individuais, não permitindo que a população caísse sob o poder de um tirano ou de um governo externo. A igreja protestante aceitou essa separação de poderes com naturalidade, sem que houvesse a necessidade de se tomar alguma medida.

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