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Ecossistemas aquáticos marinhos Principais diferenças entre ecossistemas terrestres e aquáticos A água tem várias características que tem um profundo efeito nos organismos aquáticos: - A alta densidade permite que partículas e organismos permaneçam suspensos na água, com isso, todo ambiente marinho está envolto por uma comunidade flutuante, o plâncton. Esta comunidade flutuante possibilitou a evolução de organismos filtradores; - Os animais de água doce têm concentração de sal maior do q a da água circundante. Assim, são chamados “hipertônicos” e tendem a ganhar água do ambiente e perder solutos (substâncias dissolvidas que influenciam a difusão das moléculas da água). Eles eliminam o excesso pela urina. Seus rins retém sais na medida certa; - Os animais marinhos têm uma concentração de sal menor do que a da água / ambiente circundante. Por isso, são chamados “hipotônicos”. Ao perderem água p/a água do mar, precisam beber água salgada p/ substituí-la. Eles excretam o excesso de sais pelos rins e guelras; - Como os organismos aquáticos estão envoltos pela densa e viscosa água, eles não precisam de estruturas de sustentação como esqueletos e celulose; - Os produtores primários no ambiente aquático estão confinados as camadas superficiais onde existe penetração de luz; - A velocidade do som no ar a 20 o C é 346 m/seg. enquanto que na mesma temperatura, na água do mar é 1.518 m/seg.. Na água doce é 1.435 m/s. Animais aquáticos usam o som para monitorar seus movimentos, procurar comida, escapar de predadores, etc. compensando desta forma a limitada visão no ambiente aquático; - A água contém uma grande quantidade de matéria orgânica dissolvida (MOD), que é fonte energética alimentar; - O meio aquático permite que tanto o gameta masculino como o feminino sejam móveis, possibilitando uma fecundação externa. Não existe polinizadores; - No ambiente aquático, a maior parte dos produtores primários (algas unicelulares) e dos herbívoros são microscópicos. Estes herbívoros possuem a habilidade de remover completamente os autótrofos; - As cadeias alimentares aquáticas tendem a ser mais complexas e com mais níveis tróficos que as cadeias alimentares terrestres. Ecossistemas Aquáticos Marinhos - Ecossistemas Oceânicos e Ecossistemas Costeiros. Geografia e geomorfologia dos oceanos Os oceanos cobrem 71% da superfície terrestre. Em torno de 61% do Hemisfério Norte e 81% do Hemisfério Sul. Os oceanos foram separados em: Oceano Pacífico, Atlântico, Indico, Ártico e Austral ou Antártico. Existem ainda corpos d’água menores, que são chamados de mares (ex: Mediterrâneo, do Caribe, etc.) e possuem características oceanográficas distintas dos oceanos devido a uma circulação mais restrita. Os continentes formam as margens laterais das bacias oceânicas. Partindo da terra, as principais divisões geomorfológicas encontradas são: - Costa (Parte da terra firme em contato com o mar e modificada pela ação deste); - Plataforma continental (Área contígua à costa, possuindo uma inclinação pouco acentuada); - Talude continental (Inicia-se onde a plataforma continental sofre um aumento na inclinação); - Elevação continental ou Sopé continental (Segue-se ao talude, onde diminui novamente a inclinação); - Fundo Abissal ou Planície abissal (A inclinação é mínima e podemos encontrar várias feições topográficas: Cordilheiras mesoceânicas, fossas oceânicas, montes submarinos, ilhas vulcânicas, vales e cânions). Principais ecossistemas aquáticos marinhos Divisões do Ambiente Marinho O ambiente marinho pode ser dividido em dois grandes domínios: Bentônico, que compreende a totalidade do substrato oceânico, Pelágico, que corresponde à massa d’água total situada acima do leito submarino. Produção Primária: é fundamental p/a sustentação de todas as formas de vida na natureza e para a estruturação de todos os ecossistemas, pois através desse processo viabiliza-se fluxos de energia e matéria entre o mundo abiótico e os organismos vivos. No mar, a atividade fotossintética é realizada por diversos tipos de organismos, entre eles: - Fitoplâncton - Cianobactérias - Microalgas bentônicas - Macroalgas - Plantas vasculares - Associações simbióticas envolvendo algas (presentes nos corais). A produção primária anual média de águas costeiras é superior àquela observada em águas oceânicas, devido às maiores concentrações de nutrientes. As regiões costeiras contribuem com 90% do total da produção pesqueira mundial. Várias espécies de valor comercial estão sendo sobrexploradas!!! Pesquisar quais. Ecossistemas Costeiros Entremarés (Região localizada entre o nível mais alto das marés até o mais baixo das marés, portanto, sujeito a ação das marés). Condições Ambientais do entremarés As marés afetam os organismos, pois parte do tempo ficam expostos ao ar e depois submersos, agindo sobre o relógio biológico dos organismos. As altas temperaturas podem causar dissecação dos organismos expostos ao sol. As ondas podem agir: - Diretamente: efeito mecânico, spray salino. - Indiretamente: aumenta o oxigênio dissolvido e diminui a penetração de luz. A salinidade pode variar bastante, devido a chuvas durante as marés baixas, nas poças de maré, etc. Adaptações dos organismos ao entremarés - São resistentes à perda de água. - Procuram microhabitats (fendas, buracos, etc.). - Se cobrem com conchas e detritos. Respiração: - Órgãos respiratórios em cavidades. - Cavidade do manto funciona como pulmão. - Peixes do entremarés possuem guelras reduzidas e podem respirar pela pele (cutânea). Alimentação: Geralmente se alimentam apenas na maré cheia, para não dessecarem. Reprodução: Geralmente desova nas marés altas e larvas planctônicas. Costão Rochoso ou Costa Rochosa: Densamente povoado c/ topografia variada e alta riqueza de espécies. Costa Arenosa - O que define as praias é: - Tamanho das partículas (grãos); - Ação das ondas - Inclinação. Ondas pequenas = grãos pequenos = pouca inclinação (Dissipativa). Ondas grandes = grãos grandes = muita inclinação (Reflectiva). Estuários - Um estuário pode ser definido como: Um corpo de água costeira, semi-fechado, que tem uma conexão com o mar aberto, no seu interior a água do mar é misturada c/a água doce proveniente de drenagem terrestre. Características físico-químicas dos estuários Salinidade: Grande variabilidade, pois as marés altas quando penetram no estuário levam águas com salinidades altas e nas marés baixas estas salinidades recuam devido ao aporte de água doce continental. O substrato apresenta variações menores de salinidade quando comparado com a coluna d´água. Substrato: A baixa energia favorece a deposição de partículas finas (silte/argila). Estes substratos possuem uma grande quantidade de matéria orgânica, vindos tanto do continente como do mar. Temperatura: Varia mais que nas regiões adjacentes, por ser um volume de água menor e mais raso. Ação de ondas e correntes: Por ser um local abrigado e raso, a ação das ondas é mínima, as correntes de maré e o fluxo dos rios são as principais correntes dos estuários. Turbidez: É grande nos estuários, devido a grande quantidade de material em suspensão, limitando a produção primária fitoplanctônica. Oxigênio: Na coluna d’água, é abundante (ventos, profundidade rasa, fluxo dos rios, etc.), mas no substrato é limitada devido a alta quantidade de matéria orgânica e ação bacteriana. Composição Faunística: Espécies marinhas, dulcícolas e estuarinas. Muitas espécies migram para os estuários procurando alimento, abrigo e área para reprodução. A diversidade é baixa devido às fortes variações ambientais, porém a biomassaé grande. Ecossistema manguezal O manguezal é um ecossistema costeiro, localizado no entremarés, característico de regiões tropicais e subtropicais. É constituído de espécies vegetais típicas (mangues), além de micro e macroalgas, adaptadas à flutuação de salinidade. Apresenta condições propícias para alimentação, proteção e reprodução de muitas espécies animais, sendo considerado importante transformador de nutrientes em matéria orgânica e gerador de bens e serviços. Bens e Serviços prestados pelo manguezal - Fonte de detritos (matéria orgânica) para as águas costeiras adjacentes, constituindo a base de cadeias tróficas de espécies de importância econômica e/ou ecológica. - Área de abrigo, reprodução, desenvolvimento e alimentação de espécies marinhas, estuarinas, límnicas e terrestres. - Proteção da linha de costa contra tempestades. - Fonte de recreação e lazer, associada a seu alto valor cênico. - Fonte de alimento e produtos diversos, associados à subsistência de comunidades tradicionais que vivem em áreas vizinhas aos manguezais. Recifes de corais Comunidades construídas exclusivamente por atividade biológica de organismos que secretam carbonato de cálcio (corais, algas calcáreas e outros). Embora os corais possam ser encontrados também em águas mais geladas, é nos trópicos, entre as isotermas de 20 o C, que eles conseguem se desenvolver melhor. Existem dois tipos de corais: - Zooxantelados ou Hermatípicos (corais que produzem recifes; mais encontrados nos trópicos). - Azooxantelados ou Ahermatípicos (corais que não formam recifes, também são encontrados em áreas mais geladas). Fatores Limitantes: Temperatura: A temperatura média anual ideal é entre 23 e 25 o C. Profundidade: Acima de 50-70 metros de profundidade, sendo que se desenvolvem melhor em profundidades acima de 25 metros. Luz: Importante fator, pois as zooxantelas necessitam de luz para realizarem fotossíntese. Salinidade: Os corais não toleram salinidades muito baixas. Sedimentação: Não toleram locais com alta turbidez, pois prejudica a fotossíntese e a captura de alimento. Ação de ondas: Se desenvolvem melhor em locais com ondas moderadas. As ondas trazem oxigênio, evita a sedimentação e renova o plâncton. Exposição ao ar: Não toleram muito tempo exposição ao ar. Estrutura dos Corais A maioria é colonial, porém cada indivíduo é um pólipo. O esqueleto de carbonato de cálcio é externo. Alimentação: Os corais são carnívoros, usam seus tentáculos com nematocistos para capturar zooplâncton à noite, porém esta alimentação só corresponde a 5-10% do total, o restante é produzido fotossinteticamente. Referências: http://adm.online.unip.br/frmConsultaConteudo.aspx, em 2 mar 2014.
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