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Aula 04 D.Aplic

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25/03/2018 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2312149&classId=897662&topicId=2120790&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f034&enableForum=
Direito Penal Aplicado I
Aula 4 - Fato Típico. Conduta
INTRODUÇÃO
Nesta aula analisaremos os preceitos principais do fato típico, levando em conta o conceito analítico de crime.
Abordaremos os componentes do fato típico, em especial a conduta.
Além disso, estudaremos a conduta e as teorias que explicam a sua existência e conheceremos as teorias de conduta
de cunho naturalístico, �nalístico e social, as causas de exclusão da conduta e as espécies de condutas.
OBJETIVOS
25/03/2018 Disciplina Portal
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Identi�car os elementos que compõem o fato típico;
Analisar as condutas e de�nir as teorias dotadas;
Reconhecer como a conduta ou a ausência re�ete na con�guração do crime;
Listar os principais aspectos das condutas dolosas e culposas.
25/03/2018 Disciplina Portal
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FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS
Dentre os elementos que a compõe, vamos aprofundar nossos estudos no fato típico.
Inicialmente é importante conceituar o que venha a ser fato típico e a melhor de�nição é a que aponta se tratar de um
comportamento humano que se amolda perfeitamente aos elementos constantes do modelo previsto na lei penal.
A primeira característica do crime é ser um fato típico, descrito, como tal, em uma lei penal. Um acontecimento da vida
que corresponde exatamente a um modelo de fato contido em uma norma penal incriminadora, ou seja, a um tipo. 
Entretanto, antes de a�rmar que estamos diante de um fato típico, devemos analisá-lo e decompô-lo em suas faces
mais simples, para veri�car, com certeza, se entre o fato e o tipo existe relação de adequação exata, �el, perfeita,
completa, total e absoluta. 
Essa relação é a tipicidade (subsunção do fato à norma penal incriminadora). 
Os elementos do fato típico são:
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Só haverá fato típico se existir todos os
elementos que o compõe. Do contrário,
estaremos diante de um fato atípico e,
portanto, irrelevante ao direito penal.
CONDUTA
Considera-se conduta a ação ou omissão humana consciente e voluntária dirigida a uma �nalidade.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ESSAS DUAS TEORIAS?
25/03/2018 Disciplina Portal
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Não importa, nesse primeiro momento, qual
seja a �nalidade, mas que ela exista sempre.
Em algumas situações, essa �nalidade é dirigida à produção de um dano a algum bem jurídico, em outras o �m pode
ser a obtenção de um resultado permitido ou não proibido. Mas, sempre, haverá uma �nalidade, sempre a vontade
humana terá um conteúdo, não importa com qual natureza.
ELEMENTOS DA CONDUTA
VONTADE
A conduta, ademais, deve re�etir um ato voluntário, isto é, algo que seja o produto de sua vontade consciente. 
Nos chamados “atos re�exos” (como o re�exo rotuliano (http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/atos-re�exos.htm)) e na
coação física irresistível (“vis absoluta”), ocorrem atos involuntários e, por isso mesmo, penalmente irrelevantes. 
Quando se trata de “atos instintivos”, o agente responde pelo crime, pois são atos conscientes e voluntários — neles há sempre
um querer, ainda que primitivo e ímpeto.
FINALIDADE
Pressupõe um agir destinado a um �m, seja ele de ordem lícita ou ilícita.
EXTERIORIZAÇÃO
Só haverá conduta se ocorrer a exteriorização do pensamento, mediante um movimento corpóreo ou abstenção indevida de
um movimento que era exigível. 
A�nal, vale dizer, o Direito Penal não pune o pensamento, por mais imoral, pecaminoso ou “criminoso” que seja. O Direito Penal
pune condutas. 
Signi�ca que, enquanto a ideia delituosa não ultrapassar a esfera do pensamento, por pior que seja, não se poderá censurar
criminalmente o ato. 
Se uma pessoa, em momento de ira, deseja conscientemente matar seu desafeto, mas nada faz nesse sentido, acalmando-se
após, para o direito penal a idealização será considerada irrelevante. 
Pode-se falar, obviamente, em reprovar o ato do ponto de vista moral ou religioso, nunca porém à luz do Direito Penal.
CONSCIÊNCIA
Só entram no campo da ilicitude penal os atos conscientes. Se alguém pratica uma conduta sem ter consciência do que faz, o ato
é penalmente irrelevante. 
Exemplo: fato praticado em estado de sonambulismo ou sob efeito de hipnose.
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EXCLUSÃO DA CONDUTA
Só existe conduta quando houver vontade do agente. 
A experiência da vida mostra algumas situações em que o homem, sem vontade, movimenta-se ou abstém-se de
movimento, dando causa, com uma dessas atitudes, a alguma lesão a um bem jurídico penalmente protegido. 
São hipóteses em que se pode até ter movimento humano, mas não se tem fato típico. 
São elas:
• Caso fortuito ou força maior 
• Coação física irresistível 
• Movimentos re�exos 
• Estado de inconsciência
CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR
São acontecimentos imprevisíveis e inevitáveis, que fogem da vontade do ser humano. 
Se não há vontade, não há dolo nem culpa. 
Pode ocorrer por fato de terceiros, como greve de ônibus, ou por fato da natureza, como inundação.
COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL
Igualmente ocorre a ausência de vontade quando incide sobre alguém uma força
física externa irresistível, a qual, atuando materialmente sobre a pessoa, não pode ser vencida, de modo a não lhe
deixar qualquer opção de movimento corporal. Trata-se de uma força absoluta, a que não se pode resistir. 
Essa tem que ser tão forte a ponto de eliminar totalmente a possibilidade de resistência da pessoa. 
A força deve ser física e absoluta. Deve atuar materialmente, concretamente, sobre o corpo do homem e não apenas
sobre sua mente, e deve ser de tal intensidade, que seja impossível a ele contrapor-se, de modo a, pelo menos,
neutralizá-la ou diminuí-la, tornando-a resistível. 
A doutrina chama essa circunstância de vis absoluta, pois não há vontade, não há conduta e, consequentemente, não
há fato típico, e, por isso, o fato não é crime.
MOVIMENTOS REFLEXOS
Movimento re�exo é uma reação motora em consequência da excitação dos sentidos. 
O movimento corpóreo não se deve ao elemento volitivo, mas ao �siológico. 
Em movimentos do corpo ditados pelos re�exos naturais, também não se pode falar na existência de vontade. 
Conforme já foi analisado ao abordarmos o conceito de “vontade”.
ESTADO DE INCONSCIÊNCIA
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Fonte da Imagem: Shutterstock
Dois exemplos de ausência de consciência são sonambulismo e a hipnose, onde também não há conduta, por falta de
vontade nos comportamentos praticados em completo estado de inconsciência.
O agente encontra-se absolutamente privado da possibilidade de saber qualquer coisa. É como se ele estivesse cego,
surdo, mudo e em sono profundo. Logo, não pode querer nada. 
Durante o sono, no sonambulismo não se pode a�rmar que o agente tenha agido, porque, em qualquer dessas
hipóteses, não se pode concluir pela existência de mínima vontade.
Ausente, pois, a consciência, ausente a
vontade e, de consequência, a conduta,
ainda quedessa situação decorra qualquer
lesão a qualquer bem jurídico. Não havendo
conduta, não há fato típico, e sem este não
há o crime.
ESPÉCIES DE CONDUTAS
Existem duas espécies de condutas: ação e omissão.
AÇÃO
Ação é a conduta positiva, que se manifesta por um movimento corpóreo, ou seja, traduz uma norma de “não fazer”. A maioria dos
tipos penais descreve condutas positivas (“matar”, “subtrair”, “constranger”, “falsi�car”, “apropriar-se” etc.). Entretanto, nesses
crimes, chamados comissivos, a norma é de cunho proibitiva. 
Exemplo: “não matarás”, “não furtarás” etc.
OMISSÃO
Omissão é a conduta negativa, que consiste na indevida abstenção de um movimento. Nos crimes omissivos, a norma penal é
mandamental ou imperativa: em vez de proibir alguma conduta, ela determina uma ação, punindo aquele que se omite, ou seja,
exige um “fazer”.
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OMISSÃO PENALMENTE RELEVANTE
Teorias da omissão 
Para explicar a relação da omissão com o resultado surgem duas teorias:
VOCÊ SABIA?
Uma questão interessante repousa no caso da omissão imprópria (ou comissivo por omissão), pois o tipo penal
descreve uma ação, mas a omissão do agente acarreta a sua responsabilidade penal pela produção do resultado. Essa
regra está contida no art. 13, § 2º, do CP. 
Para que alguém responda por um crime comissivo por omissão, é necessário que, nos termos do art. 13, § 2º, do CP,
tenha o dever jurídico de evitar o resultado.
As hipóteses em que há o citado dever jurídico são as seguintes:
Dever legal ou imposição legal 
Quando o agente tiver, por lei, obrigação de proteção, cuidado e vigilância. 
Exemplo: Pai com relação aos �lhos; diretor do presídio no tocante aos presos etc.
Dever de garantidor ou “garante” 
Quando o agente, de qualquer forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado (não apenas
contratualmente). 
É o caso do médico plantonista; do guia de alpinistas; do salva-vidas, com relação aos banhistas; da babá, para com a
criança.
Ingerência na norma 
Quando o agente criou, com seu comportamento anterior, o risco da ocorrência do resultado. 
Exemplo: O nadador exímio que convida para a travessia de um rio uma pessoa que não sabe nadar torna-se obrigado
a evitar seu afogamento. A pessoa que joga um cigarro aceso em matagal obriga-se a evitar eventual incêndio.
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