Buscar

Resumo Anatomia do Baço, Fígado, Vesícula e Pâncreas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 2º Período 
RESUMO ANATOMIA – BAÇO, PÂNCREAS, FÍGADO E VESÍCULA BILIAR 
 
BAÇO 
- O baço é massa oval, geralmente arroxeada, carnosa, que tem aproximadamente o mesmo tamanho e o mesmo formato da mão fechada. 
- É relativamente delicado e considerado o órgão abdominal mais vulnerável. 
- O baço está localizado na parte superolateral do quadrante abdominal superior esquerdo (QSE) ou hipocôndrio, onde goza da proteção da 
parte inferior da caixa torácica. 
- Como o maior dos órgãos linfáticos, participa do sistema de defesa do corpo como local de proliferação de linfócitos (leucócitos) e de 
Vigilância e resposta imune. 
- No período pré-natal, é um órgão hematopoético (formador de sangue), mas após o nascimento participa basicamente da identificação, 
remoção e destruição de hemácias antigas e de plaquetas fragmentadas, e da reciclagem de ferro e globina. 
- O baço atua como reservatório de sangue, armazenando hemácias e plaquetas, e, em grau limitado, pode garantir um tipo de 
“autotransfusão” em resposta ao estresse da hemorragia. 
- O baço é uma massa vascular (sinusoidal) de consistência mole, com uma cápsula fibroelástica relativamente delicada. 
- A fina cápsula é recoberta por uma camada de peritônio visceral, que circunda todo o baço, exceto o hilo esplênico, por onde entram e 
saem os ramos esplênicos da artéria e veia esplênicas. 
- É capaz de sofrer expansão acentuada e alguma contração relativamente rápida. 
- O baço é um órgão móvel, embora normalmente não desça abaixo da região costal; está apoiado sobre a flexum esquerda do colo. 
- Apesar de suas funções úteis, o baço não é um órgão vital (não é necessário para manter a vida). 
 
RELAÇÕES DO BAÇO 
- Anteriormente: o estômago 
- Posteriormente: a parte esquerda do diafragma, que o separa 
da pleura, do pulmão e das costelas IX a XI 
- Inferiormente: a flexura esquerda do colo 
- Medialmente: o rim esquerdo. 
 
- A face diafragmática do baço tem a superfície convexa para se 
encaixar na concavidade do diafragma e nos corpos curvos das 
costelas adjacentes. 
- O baço normalmente contém muito sangue, que é expelido 
periodicamente para a circulação pela ação do músculo liso 
presente em sua cápsula e nas trabéculas. 
- O grande tamanho da artéria (ou veia) esplênica indica o volume de sangue que atravessa os capilares e seios esplênicos. 
- A fina cápsula fibrosa esplênica é formada por tecido conjuntivo fibroelástico, não modelado e denso, que é mais espesso no hilo 
esplênico. 
- Internamente, as trabéculas (pequenas faixas fibrosas), originadas na face profunda da cápsula, conduzem vasos sanguíneos que entram 
e saem do parênquima ou polpa esplênica, a substância do baço. 
- O baço toca a parede posterior do estômago e está unido à curvatura maior pelo ligamento gastroesplênico e ao rim esquerdo pelo 
ligamento esplenorrenal. 
- Esses ligamentos, que contêm vasos esplênicos, estão fixados ao hilo esplênico em sua face medial. 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO BAÇO 
- A irrigação arterial do baço provém da Artéria Esplênica, o maior ramo do tronco celíaco. 
- Entre as camadas do ligamento esplenorrenal, a artéria esplênica se divide em cinco ou mais ramos que entram no hilo esplênico. 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 2º Período 
DRENAGEM VENOSA DO BAÇO 
- A drenagem venosa do baço segue pela Veia Esplênica, formada por várias tributárias que emergem do hilo esplênico. 
- Recebe a VMI e segue posteriormente ao corpo e à cauda do pâncreas na maior parte de seu trajeto. 
- A veia esplênica une-se à VMS posteriormente ao colo do pâncreas para formar a Veia Porta. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DO BAÇO 
- Os vasos linfáticos esplênicos deixam os linfonodos no hilo esplênico e seguem ao longo dos vasos esplênicos até o linfonodos 
pancreáticoesplênicos no trajeto para os linfonodos celíacos. 
 
INERVAÇÃO DO BAÇO 
- Os Nervos Esplênicos, derivados do plexo celíaco, são distribuídos principalmente ao longo de ramos da artéria esplênica e têm função 
vasomotora. 
 
PÂNCREAS 
- É uma glândula acessória da digestão, alongada e retroperitoneal. 
- Situa-se atrás do estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda. 
- O mesocolo transverso está fixado à sua margem anterior. 
- O pâncreas produz: 
 Secreção exócrina (suco pancreático produzido pelas células acinares): que é liberada no duodeno através dos ductos 
pancreáticos principal e acessório. 
 Secreções endócrinas (glucagon e insulina, produzidos pelas ilhotas pancreáticas): que passam para o sangue. 
 
 
DIVISÕES DO PÂNCREAS 
- O Pâncreas é dividido em quatro partes: 
 Cabeça: parte expandida da glândula que é circundada pela curvatura em forma de C 
do duodeno à direita dos vasos mesentéricos superiores logo abaixo do plano 
transpilórico. Em seu trajeto para se abrir na parte descendente do duodeno, o ducto 
colédoco situa-se em um sulco na face posterossuperior da cabeça ou está inserido em 
sua substância. 
 Colo: curto e está situado sobre os vasos mesentéricos superiores, que deixam um sulco em sua face posterior. 
 Corpo: prosseguimento do colo e situa-se à esquerda dos vasos mesentéricos superiores. 
 Cauda: situa-se posteriormente ao rim esquerdo, onde está intimamente relacionada ao hilo esplênico e à flexura esquerda do 
colo. A cauda é relativamente móvel e passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal junto com os vasos esplênicos. 
 
OBS: 
- O Ducto Pancreático Principal começa na cauda do pâncreas e atravessa o 
parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas. 
- O ducto pancreático principal e o ducto colédoco geralmente se unem para formar a 
ampola hepatopancreática. 
- Esfíncteres (músculos lisos) que controlam o fluxo da bile e de suco pancreático para 
a ampola e impedem o refluxo do conteúdo duodenal para a ampola hepatopancreática: 
 Músculo esfíncter do ducto pancreático. 
 Músculo esfíncter do ducto colédoco. 
 Músculo esfíncter da ampola hepatopancreática. 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 2º Período 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO PÂNCREAS 
- A irrigação arterial do pâncreas provém, principalmente, dos ramos da artéria esplênica, que é muito tortuosa. 
- Várias artérias pancreáticas formam diversos arcos com ramos pancreáticos das artérias gastroduodenal e mesentérica superior. 
- Até 10 ramos da artéria esplênica irrigam o corpo e a cauda do pâncreas. 
 
- As artérias pancreaticoduodenais superiores anterior e posterior, ramos da artéria gastroduodenal, e as artérias 
pancreaticoduodenais inferiores anterior e posterior, ramos da AMS, formam arcos anteriores e posteriores que irrigam a cabeça do 
pâncreas. 
 
DRENAGEM VENOSA DO PÂNCREAS 
- A drenagem venosa do pâncreas é feita por meio das veias pancreáticas correspondentes, tributárias das partes esplênica e mesentérica 
superior da veia porta; a maioria delas drena para a veia esplênica. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DO PÂNCREAS 
- Os vasos linfáticos pancreáticos acompanham os vasos sanguíneos. 
- A maioria dos vasos termina nos linfonodos pancreaticoesplênicos, situados ao longo da artéria esplênica. Alguns vasos terminam nos 
linfonodos pilóricos. 
 
INERVAÇÃO DO PÂNCREAS 
Os nervos do pâncreas são derivados dos nervos vago e esplâncnico abdominopélvico que atravessam o diafragma. 
 
 
FÍGADO 
- É a maior glândula do corpo e, depois da pele, o maior órgão. 
- No feto maduro – no qual também atua como órgão hematopoiético – é 
proporcionalmente duas vezes maior. 
- Com exceção da gordura, todos os nutrientes absorvidos pelo sistema 
digestório são levados primeiro ao fígado pelo sistema venoso porta. 
- Além de suas muitas atividades metabólicas,o fígado armazena glicogênio e 
secreta bile, um líquido amarelo-acastanhado ou verde que ajuda na 
emulsificação das gorduras. 
- A bile sai do fígado pelos ductos biliares - ductos hepáticos direito e esquerdo 
-- que se unem para formar o ducto hepático comum, que se une ao ducto 
cístico para formar o ducto colédoco. 
 A produção hepática de bile é contínua; no entanto, entre as refeições ela se acumula e é armazenada na vesícula biliar, que também 
concentra a bile por meio da absorção de água e sais. 
- Quando o alimento chega ao duodeno, a vesícula biliar envia a bile concentrada pelas vias biliares até o duodeno. 
- Outras funções do fígado são: Metabolismo dos carboidratos, metabolismo dos lipídios, metabolismo das proteínas, processamento de 
fármacos e hormônios, excreção da bilirrubina, excreção de sais biliares, armazenagem, fagocitose e ativação da vitamina D. 
 
RELAÇÕES DO FÍGADO 
- O fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do abdome, onde é protegido pela caixa torácica e pelo diafragma. 
O fígado ocupa a maior parte do hipocôndrio direito e do epigástrio superior e estende-se até o hipocôndrio esquerdo. 
- O fígado move-se com as excursões do diafragma e na postura ereta sua posição é mais baixa devido à gravidade. Essa mobilidade facilita 
a palpação. 
- O fígado tem uma face diafragmática convexa (anterior, superior e algo posterior) e uma face visceral relativamente plana, ou mesmo 
côncava (posteroinferior), que são separadas anteriormente por sua margem inferior aguda, que segue a margem costal direita, inferior ao 
diafragma. 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 2º Período 
- A face diafragmática do fígado é lisa e tem forma de cúpula, onde se relaciona com a concavidade da face inferior do diafragma, que a 
separa das pleuras, pulmões, pericárdio e coração. 
- Quatro ligamentos prendem o fígado ao diafragma: 
 Ligamento coronário anterior direito, 
 Ligamento coronário anterior esquerdo, 
 Ligamento coronário posterior direito, 
 Ligamento coronário posterior esquerdo. 
- A união dos dois ligamentos coronários esquerdos forma o ligamento triangular esquerdo. 
- A união dos direitos forma o ligamento triangular direito. 
- A projeção destes para fora do fígado formam, respectivamente, o apêndice fibroso esquerdo e direito. 
- Existem recessos subfrênicos - extensões superiores da cavidade peritoneal - entre o diafragma e as faces anterior e superior da face 
diafragmática do fígado. 
 Os recessos subfrênicos são separados em recessos direito e esquerdo pelo ligamento falciforme, que se estende entre o 
fígado e a parede anterior do abdome. 
- A parte do compartimento supracólico da cavidade peritoneal imediatamente inferior ao fígado é o recesso sub-hepático. 
- O recesso hepatorrenal (bolsa de Morison) é a extensão posterossuperior do recesso sub-hepático, situada entre a parte direita da face 
visceral do fígado e o rim e a glândula suprarrenal direitoS. 
 O recesso hepatorrenal é uma parte da cavidade peritoneal dependente da gravidade em decúbito dorsal; o líquido que drena da 
bolsa omental flui para esse recesso. 
OBS: Lembre-se de que normalmente todos os recessos da cavidade 
peritoneal são apenas espaços virtuais, contendo apenas líquido peritoneal 
suficiente para lubrificar as membranas peritoneais adjacentes. 
- A face diafragmática do fígado é coberta por peritônio visceral, exceto 
posteriormente na área nua do fígado, onde está em contato direto com o 
diafragma. 
 A área nua é demarcada pela reflexão do peritônio do diafragma para 
o fígado, como as lâminas anterior (superior) e posterior (inferior) 
do ligamento coronário. 
 Essas lâminas encontram-se à direita para formar o ligamento 
triangular direito e divergem para a esquerda a fim de revestir a área 
nua triangular. 
 A VCI atravessa um profundo sulco da veia cava na área nua do 
fígado. 
 
- A face visceral do fígado também é coberta por peritônio, exceto na fossa da vesícula biliar e na porta do fígado - uma fissura 
transversal por onde entram e saem os vasos (veia porta, artéria hepática e vasos linfáticos), o plexo nervoso hepático e os ductos hepáticos 
que suprem e drenam o fígado. 
 Ao contrário da face diafragmática lisa, a face visceral tem muitas fissuras e impressões resultantes do contato com outros órgãos. 
- Duas fissuras sagitais, unidas centralmente pela porta do fígado transversal, formam a letra H na face visceral: 
 Fissura sagital direita: é o sulco contínuo formado anteriormente pela fossa da vesícula biliar e posteriormente pelo sulco da 
veia cava. 
 Fissura umbilical (sagital esquerda) é o sulco contínuo formado anteriormente pela fissura do ligamento redondo e 
posteriormente pela fissura do ligamento venoso. 
- O ligamento redondo do fígado é o remanescente fibroso da veia umbilical, que levava o sangue oxigenado e rico em nutrientes da 
placenta para o feto. 
- O ligamento redondo e as pequenas veias paraumbilicais seguem na margem livre do ligamento falciforme. 
- O ligamento venoso é o remanescente fibroso do ducto venoso fetal, que desviava sangue da veia umbilical para a VCI, passando ao 
largo do fígado. 
- O omento menor, que encerra a tríade portal (ducto colédoco, artéria hepática e veia porta) segue do fígado até a curvatura menor do 
estômago e os primeiros 2 cm da parte superior do duodeno. 
- A margem livre e espessa do omento menor estende-se entre a porta do fígado e 0 duodeno (o ligamento hepatoduodenal) e envolve as 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 2º Período 
 
- Além das fissuras, as impressões na face visceral refletem a relação do fígado com: 
 Lado direito da face anterior do estômago (áreas gástrica e pilórica). 
 Parte superior do duodeno (área duodenal). 
 Omento menor (estende-se até a fissura do ligamento venoso). 
 Vesícula biliar (fossa da vesícula biliar). 
 Flexura direita do colo e colo transverso direito (área cólica). 
 Rim e glândula suprarrenal direitos (áreas renal e suprarrenal). 
 
LOBOS ANATÔMICOS DO FÍGADO 
- O fígado é dividido em dois lobos anatômicos e dois lobos acessórios 
pelas reflexões do peritônio a partir de sua superfície, as fissuras formadas em 
relação a essas reflexões e os vasos que servem ao fígado e à vesícula biliar. 
- Esses “lobos” superficiais não são lobos verdadeiros como o termo geralmente 
é usado em relação às glândulas e têm apenas relação secundária com a 
arquitetura interna do fígado. 
- O plano essencialmente mediano definido pela fixação do ligamento falciforme 
e a fissura sagital esquerda separa um lobo hepático direito grande de um 
lobo hepático esquerdo muito menor. 
- Na face visceral inclinada, as fissuras sagitais direita e esquerda passam de 
cada lado dos – e a porta do fígado transversal separa – dois lobos acessórios: 
 Lobo quadrado: anterior e inferiormente. 
 Lobo caudado: posterior e superiormente. 
SUBDIVISÃO FUNCIONAL DO FÍGADO 
- Embora não haja demarcação distinta interna, onde o parênquima parece contínuo, existe uma divisão em partes independentes do ponto 
de vista funcional, a parte direita e a parte esquerda do fígado (partes ou lobos portais), cujos tamanhos são muito mais semelhantes 
do que os dos lobos anatômicos; a parte direita do fígado, porém, ainda é um pouco maior. 
- Cada parte recebe seu próprio ramo primário da artéria hepática e veia porta, e é drenada por seu próprio ducto hepático. 
- Na verdade, o lobo caudado pode ser considerado um terceiro fígado; sua vascularização é independente da bifurcação da tríade portal 
(recebe vasos de ambos os feixes) e é drenado por uma ou duas pequenas veias hepáticas, que entram diretamente na VCI distalmente às 
veiashepáticas principais. 
- O fígado pode ser ainda subdividido em quatro divisões e depois em oito segmentos hepáticos cirurgicamente ressecáveis, sendo 
casa um dele servido independentemente por um ramo secundário ou terciário da tríade portal, respectivamente. 
 
Segmentos Hepáticos (cirúrgicos) do fígado 
- Funcionalmente, o fígado é dividido em dois hemi-fígados (direito e esquerdo), os quais, por sua vez, são divididos em setores e 
segmentos, tendo como elementos de definição os pedículos portais e as veias hepáticas; 
- São absolutamente individualizados no que diz respeito aos fluxos portal e arterial, drenagem biliar e drenagem venosa, sendo, portanto, 
funcionalmente distintos (cada um deles é servido independentemente por um ramo secundário ou terciário da tríade portal); 
- Os fígados direito e esquerdo são separados pela fisura portal principal, também conhecida como linha de Cantlie (fossa da vesícula 
até VCI); 
- Os fígados direito e esquerdo são divididos em outras duas porções cada um (quatro “pedaços”), por duas outras fissuras, direita e 
esquerda, respectivamente; 
- Essas fissuras correspondem internamente ao curso das veias hepáticas; 
- Uma linha transversa, na parte média dos setores anterior e posterior direito que se projeta no nível do hilo hepático divide estes setores 
em segmentos superiores e inferiores; 
- Oito segmentos, contados no sentido horário, em algarismos romanos; 
- Como unidade individualizada, cada segmento pode ser removido, isolada ou associadamente a outros, sem prejuízo de irrigação, 
drenagem e até das funções dos demais. 
 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 2º Período 
 
Segmento I = setor dorsal ou segmento dorsal ou lobo de Spiegel 
Segmento II = setor lateral 
Segmento III = porção medial do setor medial 
Segmento IV = porção lateral do setor medial 
Segmento V = porção inferior do setor anterior 
Segmento VI = porção inferior do setor posterior 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO PÂNCREAS 
- O fígado, como os pulmões, tem irrigação dupla (vasos aferentes): 
 Venosa (dominante) 
 Arterial (menor) 
- O sangue da Artéria Hepática, que representa apenas 20 a 25% do sangue recebido pelo fígado, é distribuído inicialmente para estruturas 
não parenquimatosas, sobretudo os ductos biliares intra-hepáticos. 
- A artéria hepática, um ramo do tronco celíaco, pode ser dividida em artéria hepática comum, do tronco celíaco até a origem da artéria 
gastroduodenal, e artéria hepática própria, da origem da artéria gastroduodenal até a bifurcação da artéria hepática. 
- Na porta do fígado, ou perto dela, a artéria hepática e a veia porta terminam dividindo-se em: 
 Ramo direito: supre a parte direita do fígado. 
 Ramo esquerdo: supre a parte esquerda do fígado. 
 
DRENAGEM VENOSA DO FÍGADO 
- A Veia Porta traz 75% a 80% do sangue para o fígado. 
- O sangue porta, que contém aproximadamente 40% mais oxigênio do que o sangue que retorna ao coração pelo circuito sistêmico, 
sustenta o parênquima hepático (hepatócitos). 
- A veia porta conduz praticamente todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório para os sinusoides hepáticos. A exceção são os 
lipídeos que são absorvidos pelo sistema linfático e passam ao largo do fígado. 
- A veia porta, curta e larga, é formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica, posteriormente ao colo do pâncreas. 
- As Veias Hepáticas, formadas pela união das veias coletoras que, por sua vez, drenam as veias centrais do parênquima hepático, 
abrem-se na VCI logo abaixo do diafragma. 
- A fixação dessas veias à VCI ajuda a manter o fígado em posição. 
DRENAGEM LINFÁTICA DO FÍGADO 
- O fígado é um importante órgão produtor de linfa. 
- Em um quarto e metade da linfa recebida pelo ducto torácico provém do fígado. 
- Os vasos linfáticos do fígado ocorrem como linfáticos superficiais na cápsula fibrosa do fígado, e como linfáticos profundos, que 
acompanham as ramificações da tríade portal e veias hepáticas. 
- Os vasos linfáticos superficiais drenam para os linfonodos hepáticos dispersos ao longo dos vasos e ductos hepáticos no omento menor. 
- Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos hepáticos drenam para os linfonodos celíacos que, por sua vez, drenam para a cisterna 
do quilo (saco dilatado no interior do ducto torárico). 
 
INERVAÇÃO DO FÍGADO 
- Os nervos do fígado são derivados do Plexo Hepático, o maior derivado do plexo celíaco. 
- O plexo Hepático acompanha os ramos da artéria hepática e da veia porta até o fígado. 
 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 2º Período 
DUCTOS BILIARES 
- Os ductos biliares conduzem bile do fígado para o duodeno. 
- A bile é produzida continuamente pelo fígado, armazenada e concentrada na vesícula biliar, que a libera de modo intermitente quando a 
gordura entra no duodeno. 
 A bile emulsifica a gordura para que possa ser absorvida na parte distal do intestino. 
- O tecido hepático normal, quando seccionado, é tradicionalmente descrito como um padrão de lóbulos hepáticos hexagonais quando visto 
em pequeno aumento. 
- Cada lóbulo tem uma veia central que atravessa seu centro, do qual se irradiam sinusoides (grandes capilares) e lâminas de hepatócitos 
em direção a um perímetro imaginário extrapolado das tríades portais interlobulares adjacentes (ramos terminais da veia porta e artéria 
hepática, e ramos iniciais dos ductos biliares). 
- Embora comumente sejam considerados as unidades anatômicas do fígado, os “lóbulos” hepáticos não são entidades estruturais; em vez 
disso, o padrão lobular é uma consequência fisiológica dos gradientes de pressão e é alterado por doença. 
- Como o ducto biliar não é central, o lóbulo hepático não representa uma unidade funcional como ácinos de outras glândulas. 
- Entretanto, o lóbulo hepático é um conceito firmemente estabelecido e é útil para fins descritivos. 
- Os hepatócitos secretam bile para os canalículos biliares formados entre eles. 
 Os canalículos drenam para os pequenos ductos biliares interlobulares e depois para os grandes ductos biliares coletores da tríade 
portal intra-hepática, que se fundem para formar os ductos hepáticas direito e esquerdo. 
- Os ductos hepáticos direito e esquerdo drenam as partes direita e esquerda do fígado, respectivamente,. 
- Logo depois de deixar a porta do fígado, esses ductos hepáticos unem-se para formar o ducto hepático comum, que recebe no lado 
direito o ducto cístico para formar o ducto colédoco, que conduz bile para o duodeno. 
 
DUCTO COLÉDOCO 
- Antes chamado de ducto biliar comum, forma-se na margem livre do omento menor pela união dos ductos císticos e hepático comum. 
- O ducto colédoco desce posteriormente à parte superior do duodeno e situa-se em um sulco na face posterior da cabeça do pâncreas. 
- No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com o ducto pancreático. 
- Esses ductos seguem obliquamente através da parede dessa parte do duodeno para formar uma dilatação, a ampola hepatopancreática. 
- O músculo circular ao redor da extremidade distal do ducto colédoco é mais espesso para formar o músculo esfíncter do ducto colédoco. 
 
- Irrigação Arterial do Ducto Colédoco: 
 Artéria Cística (irriga a parte próxima do ducto). 
 Artéria Hepática Direita (irriga a parte média do ducto). 
 Artéria Pancreáticoduodenal superior posterior e Artéria Gastroduodenal (irrigam a parte retroduodenal do ducto). 
- Drenagem Venosa do Ducto: 
 A drenagem venosa da parte proximal do ducto colédoco e dos ductos hepáticos geralmente entra diretamente no fígado. 
 A Veia Pancreáticoduodenal superior posterior drena a parte distal do ducto colédoco e esvazia-se na veia porta ou em uma 
de suastributárias. 
- Drenagem Linfática: 
 Os vasos linfáticos do ducto colédoco seguem até os linfonodos císticos perto do colo da vesícula biliar, o linfonodo do forame 
omental e os linfonodos hepáticos. 
 Os vasos linfáticos eferentes do ducto colédoco seguem até os linfonodos celíacos. 
 
 
 
 
 
 
Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 2º Período 
VESÍCULA BILIAR 
- Situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. 
- Essa fossa rasa está situada na junção das partes direita e esquerda do fígado. 
- A vesícula biliar piriforme consegue armazenar até 50ml de bile. 
- O peritônio circunda completamente o fundo da vesícula biliar e une seu corpo e colo ao fígado. 
- A face hepática da vesícula biliar fixa-se ao fígado por tecido conjuntivo da cápsula fibrosa do fígado. 
 
PARTES DA VESÍCULA BILIAR (TRÊS) 
 Fundo: extremidade larga e arredondada do órgão. 
 Corpo: parte principal, que toca a face visceral do fígado, o colo transverso e a parte superior do duodeno. 
 Colo: extremidade estreita e afilada, oposta ao fundo e voltada para a porta do fígado; normalmente faz uma curva em forma de 
“S” e se une ao ducto cístico. 
DUCTO CÍSTICO 
- Une o colo da vesícula biliar ao ducto hepático comum. 
- A túnica mucosa do colo forma a prega espiral (válvula espiral). 
- A prega espiral ajuda a manter o ducto cístico aberto; assim, a bile pode ser facilmente desviada para a vesícula biliar quando a 
extremidade distal do ducto colédoco é fechada pelo músculo esfíncter do ducto colédoco. 
- A prega espiral também oferece resistência adicional ao esvaziamento súbito de bile quando os esfíncteres estão fechados e há aumento 
súbito da pressão intra-abdominal, como ao espirrar ou tossir. 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DA VESÍCULA BILIAR 
- A irrigação arterial da vesícula biliar e do ducto cístico provém principalmente da Artéria Cística. 
 A artéria cística normalmente origina-se da artéria hepática direita entre o ducto hepático comum, o ducto cístico e a face visceral 
do fígado, o trígono cistohepático (triangulo de Calot). 
 
DRENAGEM VENOSA DA VESÍCULA BILIAR 
- A drenagem venosa da vesícula biliar e do ducto cístico flui pelas veias císticas. Essas veias pequenas, em geral múltiplas, entram 
diretamente no fígado ou drenam através da veia porta para o fígado, depois de se unirem às veias que drenam os ductos hepáticos e a 
parte proximal do ducto colédoco. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DA VESÍCULA BILIAR 
- A drenagem linfática da vesícula biliar se faz para os linfonodos hepáticos, frequentemente através dos linfonodos císticos localizados 
perto do colo da vesícula biliar. Os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos seguem até os linfonodos celíacos. 
 
INERVAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR 
- Os nervos para a vesícula biliar e ducto cístico seguem ao longo da artéria cística a partir do plexo nervoso celíaco, nervo celíaco e 
nervo frênico direito.

Outros materiais