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Animais Bilaterais Professores: Maria Júlia Martins Silva Animais Bilaterais: o que muda? n Simetrial radial Simetria bilateral Bilateral: lados direito e esquerdo são imagem espelhada um do outro Bilateral: metade dorsal diferente da ventral Bilateral: metade anterior diferente da posterior n Diblásticos Triblásticos (Mesoderme) Diblásticos Triblásticos ( Diblásticos) (Triblásticos) Menor especialização celular Maior especialização celular Animais Bilaterais: o que muda? n Organização bilateral (amplamente adotado no Reino Animal) n Aparecimento do ânus sistema digestório completo (a partir do filo Nematoda) • Triblásticos, com mesoderma bem desenvolvido (disponibilizando tecidos, órgãos e sistemas) n Cefalização n Centralização do sistema nervoso (escada-de-corda) n Boca na frente. Neurônios organizados em cordões longitudinais n Sistema nervoso concentra-se anteriormente (Cérebro) n Musculatura circular e longitudinal mais comum; também dorso-ventral e oblíqua n Sistema excretor Cefalização Cordão nervoso lateral Nervo transversal Gânglio cerebral Sistema Excretor Núcleo da célula Flama Cílios Células tubulares Compartimentação n Animais compactos cavidades e epitélios n Cavidades permitem especializações, consistem em espaço para novos órgãos, musculatura, sistema nervoso. n Cavidades criam um novo meio extracelular, mais simples, mais fácil controlar do que o meio intracelular . Útil, por exemplo, para desenvolvimento de gônadas n Cavidades são muito mais especializadas em animais bilaterais: • Tubo digestivo • Celoma • Sistema vascular (vasos sangüíneos) Tubo Digestivo n Boca faringe (intestino anterior), estômago (intestino médio), intestino (intestino posterior) e ânus n Passagem unidirecional do alimento permite especialização: a digestão ocorre em etapas n Epiderme pode revestir intestino anterior e posterior em alguns grupos (logo, gastroderme apenas no estômago) Celoma e Sistema Vascular n Animais pequenos acelomados n Difusão ou osmose faz todo transporte n Sistemas de transporte de fluidos internos em animais grandes animais celomados n Difusão não atende necessidades de transporte n Humanos: vísceras no celoma; mesotélio é chamado de peritôneo. Vasos sangüíneos – Invertebrados n Sem epitélio próprio (oposto em vertebrados) n Delimitados pela membrana basal de células de tecidos adjacentes n Entre epitélios n entre epiderme e mesoderme n entre gastroderme e mesoderme Pseudoceloma e classificação n Espaço entre cavidade gástrica e a parede do corpo, sem epitélio n Preenchido com líquido ou subst. gelatinosa n Historicamente, define os Aschelminthes n Protostômios (blastoporo boca) n Deuterostômios (blastoporo ânus) Filo Platyhelminthes FILO PLATELMINTOS (platy= chato; helminto= verme) n Simetria bilateral n CLASSES: Turbellaria, Trematoda, Monogenea e Cestoda. n São acelomados. n Possuem protonefrídios (células flama) TURBELLARIA (vida livre) Ex. planárias TREMATODA (endoparasitas) Ex. Schistosoma mansoni, Fasciola hepatica CESTODA (endoparasitas) Ex. Taenia solium, T. saginata. MONOGENEA (ectoparasitas de peixes) Características Gerais n SIMETRIA BILATERAL: n •TRIBLÁSTICOS/ACELOMADOS n •CORPO ACHATADO DORSOVENTRALMENTE n •TUBO DIGESTIVO (QUANDO PRESENTE) SEM ÂNUS n •EXCREÇÃO POR PROTONEFRÍDIOS n •HERMAFRODITAS (EXCETO S. MANSONI) n •ESPERMATOZÓIDES BIFLAGELADOS n •REVESTIMENTO POR EPIDERME CILIADA (VIDA LIVRE) OU TEGUMENTO (PARASITAS) n •SISTEMA NERVOSO GANGLIONAR CLASSE TURBELLARIA (planárias) 3.000 espécies terrestres, água doce, marinhas Classe Turbellaria n Achatados dorsoventralmente. n Células glandulares usadas para fixação, secreção de muco e outras funções secretoras. n Rabdito ( típico de turbelários). São secreções tubulares cobertas por membrana; quando se dissolvem formam muco. n Possuem um tecido conectivo (parênquima) entre a parede muscular e o intestino. n Células de reposição epidérmica - migram do parênquima para a epiderme, substituindo outras células que sofreram danos. n Neoblastos – regeneração n Células parenquimáticas fixas - fazem contato entre outras células e os tecidos n Cromatóforos - cores. Anatomia da Planaria Classe Turbellaria - Cavidade digestiva ou intestino dos turbelários é tipicamente um saco cego, e a boca é utilizada tanto para a ingestão como para a liberação de excretas; - A parede do intestino tem camada única e é composta de células fagocitárias e glandulares. Classe Turbellaria n A epiderme coberta por cílios - mais desenvolvidos na superfície ventral do animal. n Camadas musculares abaixo da epiderme = uma camada de músculos circulares se situa abaixo de músculos longitudinais. D u a s s é r i e s d e m ú s c u l o s diagonais que formam um ângulo reto de um para o outro. n Locomoção através de ondas peristálticas (contração alternada de músculos longitudinais e circulares). n Tecido parenquimatoso com estruturas genitais e o canal alimentar ==> os músculos, parênquima, estruturas genitais e e x c r e t o r a s t e m o r i g e m mesodérmica. Classe Turbellaria n O canal alimentar é um saco cego sem ânus. Suas ramificações servem para aumentar a superfície de contato e não apresentam diferenciação em regiões específicas. n A osmorregulação e talvez a excreção de nitrogênio são feitas por células flama que se localizam no interior de um sistema de tubos muito ramificados (tubos protonefridiais), que se abrem no exterior através de nefridióporos. n Cada célula flama é composta por um sistema propulsivo flagelar e uma rede de ultrafiltragem na parede. Classe Turbellaria n Os Turbellaria possuem elementos nervosos centrais bem desenvolvidos. Possuem uma concentração de células nervosas ("cérebro") com 2 cordões nervosos longitudinais, que se conectam com a rede nervosa geral por ramificações delicadas, e entre estes estão conexões transversais. n Possuem várias células sensoriais espalhadas na superfície do corpo e conectadas ao sistema nervoso. n Muitas são quimiorreceptoras ou receptores mecânicos. Possuem 2 grupos de células sensoriais conhecidas como órgãos auriculares nos lados da "cabeça" (receptores do paladar). Possuem 2 olhos típicos (células receptoras de luz que se situam em taças de células de pigmento). Classe Turbellaria n Todos os Turbellaria são hermafroditas. Em alguns, existe um átrio genital comum na parte posterior ventral do animal. Dentro dele abre-se um duto vaginal formado pela união de 2 ovidutos, que saem de um par de ovários na parte anterior do corpo, próximos a uma série de glândulas vitelinas, que dão alimento ao ovo. Possuem também uma série de testículos nas laterais do corpo, que são drenados por pequenos dutos em um par de vasos deferentes,e se unem para formar um pênis muscular antes de se abrir no átrio genital. n A fecundação interna é regra entre os Turbelários. Como hermafroditas, devem ser chamados de "simultâneos", uma vez que os óvulos e espermatozoides ficam maduros na mesma época em cada indivíduo. Assim a copulação é mútua e o esperma é trocado na fecundação cruzada. n Alguns Turbellaria se reproduzem assexuadamente por fissão possuindo grande poder deregeneração. Geralmente qualquer pedaço de cerca de 10% do total do corpo pode se regenerar em um adulto completo. Classe Trematoda n São endoparasitas de todas as classes de vertebrados. São achatados dorso-ventralmente; apresentam uma ventosa oral em volta da boca e uma ventosa ventral. n O corpo é coberto por um tegumento não ciliado, que envolve camadas de músculos circulares, longitudinais e diagonais. O tegumento dá proteção especial contra as enzimas do hospedeiro. As trocas gasosas são feitas através do tegumento. n A boca é circundada pela ventosa oral, que é usada para fixação e ajuda no transporte de alimento. Segue-se uma faringe bulbosa e um esôfago curto, que leva a 2 cecos intestinais cegos que se estendem para baixo ao longo do corpo. n São anaeróbicos facultativos. n Possuem protonefrídios; tipicamente possuem um par de tubos coletores longitudinais que se abrem em um único nefridióporo posterior. Fasciola hepatica Classe Trematoda n Possuem um par de gânglios cerebrais anteriores dos quais cordões nervosos longitudinais se estendem posteriormente. n Possuem dois testículos, dos quais saem 2 espermodutos que se unem anteriormente em uma vesícula seminal antes de entrar no saco do cirro; este saco possui uma vesícula seminal interna, glândula prostática e um cirro eversível, que se abre no átrio genital. n O único gonóporo se abre no átrio genital; possuem um ovário único e ovitudo que se une a um pequeno saco (oótipo). Neste ponto o oviduto recebe um duto do receptáculo seminal e um duto dos vitelários. O oótipo é circundado por glândulas unicelulares (glândulas de Mehlis) importantes na formação da cápsula do ovo. Saindo do oótipo, o útero corre anteriormente para o átrio genital e o gonóporo. n Durante a copulação a troca de esperma é mútua ( fecundação cruzada. n Schistosoma mansoni ( ao contrário dos demais, são dióicos e o macho e a fêmea permanecem pareados por toda a vida. Classe Trematoda n O desenvolvimento é indireto com 2 estágios infectantes. n Possui 2 ou mais hospedeiros ( o primeiro é tipicamente um moluscos gastrópode; se possuir um segundo hospedeiro é geralmente um artrópode e o hospedeiro definitivo é um vertebrado). n O ciclo de vida : um adulto coloca seus óvulos em cápsulas que deixam o hospedeiros pelas fezes. Os ovos podem ser ingeridos ou, em ambientes aquáticos, um miracídio sai do ovo e penetra no molusco e se transforma em um esporocisto com células germinativas. n Cada célula germinativa se divide em outros esporocistos ou em rédias, que também possuem células germinativas - cada uma se desenvolve em uma cercária, que sai do molusco e nada livremente. A cercária pode se encistar em um artrópode, peixe ou vegetação que será comida pelo hospedeiro definitivo. Transforma-se em metacercária. Cercaria Redia Classe Monogenea n São ectoparasitas principalmente de vertebrados aquáticos; possuem um órgão chamado opistátor, que tem ganchos e ventosas. n Não tem hospedeiro intermediário; a larva é um oncomiracídio. Classe Cestoda n São endoparasitas; possuem uma região cefálica anterior (escólex) adaptada para se fixar no hospedeiro. Após o escólex possuem um pequeno pescoço que é proliferativo e dá origem ao corpo (estróbilo). O estróbilo é formado por proglotides (segmentos) sem os órgãos e sistemas. n O escólex geralmente tem forma de botão, com ventosas e ganchos para fixação; o pescoço produz as proglótides por crescimento mitótico seguido de uma constrição transversal; através da cadeia de proglótides se estendem o sistema nervoso, o protonefridial e a musculatura longitudinal. n Cada proglótide tem um sistema reprodutivo completo; o poro genital é comum para o sistema masculino e feminino; as proglótides maduras, geralmente no final do animal, saem para o exterior pelas fezes do hospedeiro. Classe Cestoda n Taenia saginata (solitária) parasitas do homem, podendo chegar a 3 m; O hospedeiro intermediário é o boi. As cápsulas dos ovos são comidas pelo boi junto com a vegetação. No intestino do boi, a oncosfera, com três pares de ganchos, sai do intestino e chega à musculatura pela corrente sanguínea. n Neste local a oncosfera se desenvolve em um cisticerco (possui um escólex invaginado). Ao comer a carne do boi infectada, o homem se infecta , a escólex evagina, produz progótides e o ciclo continua. n Taenia solium – parasita do homem; infecta carne de porco. Echinococcus Cisticerco Proglotide
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