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COLETA DE MATERIAIS BIOLÓGICOS MARIANA M. PARAIZO SARTORI BIOMÉDICA – CRBM6: 0751 ▪ Fornece subsídios para que os médicos possam confirmar ou rejeitar um diagnóstico e/ou monitorar um paciente em tratamento; ▪ Uma importante etapa, pois se houver algum erro pode haver um erro no diagnóstico do paciente ▪ Procedimentos são padronizados; ▪ Passam por constantes controle de qualidade ▪ Equipamentos; ▪ Insumos; ▪ Amostras; ▪ Procedimentos; ▪ Equipe técnica. ▪Conjunto de atividades planejadas e sistemáticas; ▪Servirão para garantir que o seu produto ou serviço atenda aos requisitos da qualidade; ▪Os laboratórios clínicos devem ter a missão de diagnóstico produzir resultados de exames que sejam de real utilidade para se fazer corretamente o prognóstico, acompanhar a terapia, evolução e prevenção de enfermidades. ▪Padronização ▪ Desde processos internos, muitas vezes anteriores a análise laboratorial, passando pelos processos analíticos até os serviços que serão destinados aos clientes, como a emissão de um laudo. ▪ Isto visa controlar e garantir a qualidade dos serviços prestados. ▪O objetivo do controle de qualidade de um teste analítico é garantir a confiabilidade de cada determinação realizada em uma amostra de paciente. ▪ 13 DE OUTUBRO DE 2005 ▪ Considerando a necessidade de normalização do funcionamento do Laboratório Clínico e Posto de Coleta Laboratorial; ▪ Considerando a relevância da qualidade dos exames laboratoriais para apoio ao diagnóstico eficaz; ▪ Definir os requisitos para o funcionamento ▪ Dos laboratórios clínicos ▪ Postos de coleta laboratorial públicos ou privados ▪ Que realizam atividades na área de análises clínicas, patologia clínica e citologia. ▪ Dois métodos de controle da qualidade são essenciais aos laboratórios clínicos: ▪Controle interno da qualidade → CQI ▪Controle externo da qualidade → CQE “CALIBRADOR” ▪ Matriz: ▪ Os padrões aquosos não são adequados para sistemas automáticos; ▪ São produzidos calibradores multiparamétricos em matriz protéica. ▪ O desempenho varia de acordo com a metodologia empregada devido ao efeito matriz. ▪ A utilização de calibradores deve seguir a recomendação do fabricante. ▪ Análise de amostras controle ▪ Que possuem valores conhecidos ▪ Devem ser analisados nas mesmas baterias onde são dosadas as amostras dos clientes. ▪ Os valores esperados são conhecidos ▪ Resultados são comparados com os valores prévios para monitorar o desempenho. ▪ Amostras Controle: ▪ Monitorar a estabilidade e a reprodutibilidade de um sistema analítico nas condições de uso na rotina ▪ Tem concentrações determinadas ▪ Apresenta propriedades (químicas e físicas) semelhantes às do desconhecido. ▪ Duas amostras controle: ▪ Com níveis diferentes de concentração ▪ (normal e patológico) ▪ Informações tenham validade na verificação da manutenção dos níveis desejados de controle. ▪ São soluções disponíveis, comercialmente (forma líquida/congelada/liofilizada) EXEMPLOS DE MATERIAIS DE CEQ Acompanhamento de Resultados NCCLS GP27-A: A using proficiency testing to improve the clinical laboratory Item Resultado Laboratório (Res) Valor Alvo (M) Diferença (Res - M) Limite Aceito (10% - 6mg/L) % Dif./Limite ID (ControlLab) 95_3 A 195 185,2 9,8 18,5 53 0,53 95_3 B 164 165,8 -1,8 16,6 -11 -0,11 95_3 C 244 235,6 8,4 23,6 36 0,36 95_3 D 73 78,3 -5,3 7,8 -68 -0,68 95_3 E 48 55,0 -7,0 6,0 -117 -1,17 Glicose (mg/dL) * resultado inaceitável ▪ Laboratórios realiza o controle do processo utilizando materiais fornecidos pelos programas de controle das sociedades profissionais: ▪ Sociedade Brasileira de Análises Clínicas e Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBAC e SBPC ) ▪ Ensaios diários dos controles, coletando os dados e enviando-os para serem processados pelos gestores dos programas. ▪ Amostras idênticas são distribuídas entre os laboratórios ▪ Os resultados são então comparados. ▪ Dessa forma, os próprios padrões internos do laboratórios são avaliados. ▪ FASE PRÉ- ANALÍTICA ▪ Preparo do paciente; ▪ Coleta; ▪ Manipulação; ▪ Armazenamento da amostra, até o momento em que o exame por processado. ▪ FASE ANALÍTICA ▪ Controle de qualidade; ▪ Determinação analítica gerando o resultado. ▪ FASE PÓS – ANALÍTICA ▪ Aprovação e liberação do resultado gerado; ▪ Emissão do laudo pelo profissional habilitado. ▪ Seguir os POP`s de atendimento; ▪ Identificação correta do paciente e dos exames; ▪ Orientação ao paciente; ▪ Preparo do paciente – DIETA, JEJUM, ATIVIDADE FÍSICA ▪ Horário de coleta ▪ Obtenção das amostras (Coleta) ▪ Tipos de amostras ▪ Processamento das amostras ▪ Armazenamento das amostras ▪ Transporte Pedido médico de exame Preparo do paciente Obtenção da amostra Procedimento de análise Pós-análise Resultado Pré-analítico Erro: ~60-70% Analítico Erro: ~20-30% Pós-analítico Erro: ~10% ▪Coleta da amostra ▪Quantidade adequada ▪ Identificação do paciente e da amostra ▪ Informações sobre o quadro clínico ▪Registro do paciente e da amostra ▪Tipo de tubo para coleta ▪Viabilidade da amostra ▪ JEJUM ▪ Varia de acordo com a análise ▪ Habitualmente de 8 a 12 horas ▪ Triglicerídeos → 12 a 14 horas ▪ Não passar de 16 horas ▪ Idosos e crianças (bebês) pode ser em alguns casos 1 a 2 horas ▪ Atividade física ▪ Aumenta a atividade sérica de algumas enzimas ▪ Pode persistir de 12 a 24 horas ▪ Preferível a coleta em condições basais ▪ Garroteamento ▪ Ideal: 1 a 2 minutos; ▪ + de 2 minutos → estase venosa levará a alterações metabólicas Garrote aplicado por + 2 minutos % de elevação Lipídeos totais 4,7 Proteínas totais 4,9 Colesterol 5,1 Ferro 6,7 Bilirrubina 8,4 AST 9,3 Potássio -6,2 ▪ Álcool ▪ Causar alterações significativas e quase imediatas na concentração plasmática de glicose, de ácido láctico e de triglicérides ▪ O uso crônico é responsável pela elevação da atividade da gama glutamiltransferase, entre outras alterações. ▪ Tabago ▪ Causa de elevação na concentração de hemoglobina, nos números de leucócitos e de hemácias e no volume corpuscular médio, ▪ Além de outras substâncias, como adrenalina, aldosterona, antígeno carcinoembriônico e cortisol. ▪ Por fim, causa também a redução na concentração de HDL-colesterol. ▪ Sexo ▪ Diferenças hormonais ▪ Parâmetros sanguíneos e urinários → concentrações distintas ▪ Idade ▪ Maturidade funcional dos órgãos e sistemas metabólicos e massa corporal ▪ Posição ▪ Move da posição supina para a posição ereta; ▪ Níveis de albumina, colesterol, triglicérides, hematócrito, hemoglobina → Esse aumento pode ser de 8 a 10% da concentração inicial. ▪ Alguns medicamentos podem interferir no resultado dos exames laboratoriais; ▪ Nem sempre podem ser interrompidos para a realização dos exames ▪ Produzir resultados Falso positivos ▪ Interpretação errônea sobre o acometimento do paciente por um problema de saúde que ele não apresenta ou insucesso terapêutico ▪ Produzir resultados Falso negativo ▪ Risco de não tratamento de um problema de saúde, que pode se agravar gerando complicações futuras ao paciente, médico e laboratório ▪Informações já padronizadas como período de jejum → quando necessário ▪Informações de todos os medicamentos utilizados pelo paciente nos últimos 10 dias antes da realização do exame, bem como o tempo de uso pelo paciente ▪ É a punção de uma veia com a finalidade de obter amostra de sangue para análise ou infundir fluídos, sangue e medicamentos ▪ O sangue é um dos mais significativostecidos do corpo que fornece informações sobre o estado de saúde do cliente 90% água 10% soluto ▪ Visibilidade ▪ Calibre ▪ Trajeto ▪ Elasticidade ▪ Palpação 1. Requisição com os exames a ser realizados 2. Cadastramento dos exames 3. Separação dos tubos corretos 4. Separação do matéria a ser utilizado 5. Orientação ao paciente 6. Coleta 7. Processamento correto da amostra ▪ Seleção da veia ▪ Facilmente palpável; ▪ Local sem edemas, hematomas, contusões ▪ Local sem múltiplas punções; ▪ Uso de bolsa de água quente; ▪ Não aplicar tapinhas no local a ser puncionado; ▪ Não soprar o braço após a coleta; ▪ Retirar objetos do braço do paciente a ser puncionado; ▪ Coletar a quantidade adequada ▪ Umedece o algodão no memento da coleta ▪ Álcool etílico 70% ▪ Friccionar do centro pra fora ▪ Esperar secar – 30 segundos ▪ Não assoprar ▪ Não tocar na região COLETA COM SERINGA COLETA A VÁCUO ▪ CITRATO DE SÓDIO ▪ EDTA ▪ HEPARINA ▪ FLUORETO DE SÓDIO ▪ Indicado para exames de Coagulação. ▪ Não deve-se utiliza-lo para dosagens bioquímicas pois promove perda d’água com a diluição do plasma. ▪ Utilizado para testes de coagulação, nos quais se adiciona cálcio ao plasma para permitir a atividade das enzimas da coagulação ▪ Ao quelar o cálcio plasmático, leva à formação de sais insolúveis, o que impede a formação de coágulos. ▪ Em meio laboratorial, os tubos que contém o anticoagulante Citrato de Sódio são identificados pela cor de tampa Azul claro. ▪ Indicado para exames ligados à área da Hematologia ▪ Recomendado para Tipagem Sanguínea ▪ Tem função ativa de preservação de Plaquetas ▪ Em meio laboratorial, os tubos que contém o anticoagulante EDTA são identificados pela cor de tampa Lilás ou Roxa. ▪ Um anticoagulante natural extraído do Fígado ▪ Ativa a antitrombina III → inibe a atividade de diversos fatores da coagulação, incluindo a trombina. ▪ Atua na trombina impedindo a transformação do fibrinogênio em fibrina. ▪ Tendo atividade anticoagulante por no máximo oito horas ▪ Não resulta em Hemólise ▪ Indicado para Gasometria ▪ Não é recomendado para teste de coagulação e hemograma. ▪ Em meio laboratorial, os tubos que contém Heparina são identificados pela cor de tampa Verde ▪ Indicado para exames de Glicemia por sua capacidade de ser um inibidor enzimático, conservando a glicose. ▪ Ao quelar o cálcio plasmático, leva à formação de sais insolúveis, o que impede a formação de coágulos. ▪ Em meio laboratorial, os tubos que contém o anticoagulante Fluoreto de Sódio são identificados pela cor de tampa Cinza. ▪ Exames sorológicos (Que necessitam do Soro Sanguíneo) não utilizam coagulantes pois os mesmos podem gerar interferências no resultado final. ▪ Grande parte das análises bioquímicas ▪ Técnica – hemólise ▪ Garrote >2 minutos ▪ Amostra insuficiente ▪ Tubo incorreto ▪ Local de coleta inadequado ▪ Coleta mal realizada ▪ Centrifugação – Coagulo ▪ “liberação dos constituintes intracelulares para o plasma ou soro`` ▪ Tapinhas ▪ Agitação ▪ Garroteamento prolongado ▪ Agulhas finas ▪ Inserir agulha da seringa na tampa do tubo de coleta ▪ Inserir a amostra rapidamente no cubo 1. Qual o objetivo do controle de qualidade laboratorial? 2. Explique o que é controle de qualidade interno e externo? 3. Em qual fase acontecem os maiores erros dentro do laboratório? 4. Cite pelo menos 4 fatores de variação que podem alterar um exame laboratorial? 5. Qual é a correta ordem dos tubos para coleta? a) Amarelo-azul-roxo--hemocultura- cinza- verde b) Azul-amarelo-cinza-roxo-verde-hemocultura c) Hemocultura-azul-roxo-amarelo-verde-cinza d) Hemocultura-azul-amarelo-verde-roxo-cinza e) Hemocultura-azul-amarelo-verde-cinza-roxo 6. Qual os anticoagulantes e tipos de exames de cada tubo?
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