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AV2 de Eletro

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Resumo para AV2 de Eletro
TENS: técnica de neuroestimulação sensorial superficial, utilizado no tratamento da dor. Apesar do Tens provocar contrações musculares, sua principal indicação é para o controle da dor. É uma corrente alternada do tipo baixa frequência.
Classificação da fibra nervosa – é dividida nos tipos A e C.
Tipo A – subdivididas em alfa, beta, gama e delta. O estímulo chega mais rápido por serem fibras mielinizadas.
Tipo C – são de pequeno diâmetro e são as fibras da dor, são fibras não mielinizadas que conduzem impulsos com baixa velocidade. 
As fibras nervosas aferentes do grupo III e IV (fino calibre – A dor rápida e C dor lenta) transmitem principalmente a informação dolorosa.
As fibras do grupo I e II (grosso calibre - A) conduzem as informações de tato e pressão e possuem maior velocidade de condução. Esta diferença de velocidade de informação sensorial pode ser verificada por exemplo, quando uma pessoa ao sofrer um corte de navalha no braço, a primeira sensação sentida é a de tato. Porque é a sensação que é conduzida pelas fibras de grosso calibre e a velocidade de condução é muito mais rápida.
MECANISMO DE AÇÃO DO TENS:
A - Teoria das Comportas – segundo Melzach e Wall a entrada dos impulsos dolorosos no sistema nervoso central seria regulada por neurônios e circuitos nervosos existentes na substância gelatinosa da medula espinal, que funcionaria com um “portão”, permitindo ou não, a entrada dos impulsos dolorosos.
Esta teoria estabelece que pela medula entram informações pelas fibras de grosso calibre (tato e pressão) e pelas fibras de fino calibre (sensação de dor). Quem determina o que passa entre as fibras é uma substância chamada de Substância gelatinosa de Rolando (portão da dor).
Essa substância faz o mecanismo conhecido como “inibição pré-sináptica” (filtra as informações que chegam através das fibras de grosso e de fino calibre). 
Se passarem mais impulsos pelas fibras de grosso calibre haverá um efeito facilitatório nas comportas proporcionando um mecanismo de “fechamento” para a passagem dos impulsos dolorosos (fino calibre);
Se chegarem mais impulsos pelas fibras de fino calibre, haverá um efeito inibitório nas comportas, e teremos a passagem da sensação dolorosa.
A estimulação de grande número de fibras aferentes Aß após estímulos táteis no mesmo seguimento, ativa interneurônios produtores de encefalinas que inibem as fibras C da dor. 
Virtualmente, todas as pessoas conhecem e fazem uso do mecanismo da teoria das comportas, mesmo que de maneira inconsciente. O fato de massagear um local onde, em virtude de uma pancada por estar sentindo dor. A massagem estimula as fibras aferentes Aß, que por sua vez levam a uma analgesia do local dolorido.
B – Peptídeos Opióides Endógenos – são substâncias envolvidas na regulação de vários processos fisiológicos do sistema nervoso central, atuando como neuro-hormônios e neurotransmissores, sendo classificado em três grandes grupos: encefalinas, dinorfinas e endorfinas. Age no líquido céfalo raquidiano para haver diminuição da dor. 
Pesquisadores demonstraram um aumento nos peptídeos Opióides (encefalina e endorfina) no LCR diante de uma estimulação nervosa transcutânea de baixa frequência.
Características dos geradores:
Forma de onda: pode ser monofásica (contínua) ou Bifásica (alternada).
Cada posição equivale um tempo ou a frequência, aumentar até que o paciente tenha contração, vai depender do tipo selecionado.
Regime de Trabalho: seleciona a forma de emissão de corrente pelo aparelho. Normalmente apresenta 3 modos: 
Normal – convencional, acupuntura, breve e intenso
Burst – trens de pulso
VIF – variação na frequência e intensidade.
TENS CONVENCIONAL: é o mais utilizado, seu período de analgesia é curto e é mais indicado para pacientes com quadro agudo e na área dolorosa. Deixar no mínimo para obter sensação de parestesia e não de contração. Age na teoria das comportas.
Freq. De pulso – alta (50 a 100Hz)
Intensidade – confortável
Mínimo – 40’ a 50’
Início do alívio – 20’
Duração do alívio – 20 a 2h (curto)
Sensação – ligeiro formigamento ou parestesia sem contração muscular
TENS ACUPUNTURA – pode ser utilizado sobre os pontos de acupuntura ou em volta da dor. Provoca um tempo de analgesia mais prolongado quando comparado com o convencional. Devem ser visíveis as contrações ritmadas, utilizado em dores crônicas. Não age na teoria das comportas e sim através da liberação do líquido céfalo raquidiano.
Freq. De pulso – baixa (1 a 4Hz)
Intensidade – moderada ou forte (técnica da ponta dos dedos)
Mínimo – 45’
Início do alívio – 20’ a 30’ até uma hora
Duração do alívio – 2 a 6h
Sensação – contrações musculares rítmicas (visíveis)
TENS BREVE E INTENSO – oferece uma curta duração de alívio da dor, é recomendada para redução da dor antes ou durante os exercícios de reabilitação, pois ajuda na retirada do bloqueio da articulação. Deve ser utilizada por curtos períodos de tempo utilizando máxima intensidade tolerada pelo paciente. Também trabalha com a teoria das comportas. 
Freq. De pulso – alta (100 a 150 Hz)
Intensidade – forte
Mínimo – 15’ a 20’ 
Início do alívio – 10’ a 15’
Duração do alívio – pequena, apenas durante a estimulação 
Sensação – fasciculações musculares não rítmicas ou contrações tetânicas
TENS BURST OU TENS DE PULSO – é uma mistura do tens convencional com o tens acupuntura. Possui período de analgesia prolongado pois os tens que utilizam freqüências baixas (entre 1 e 4 Hz) tem sua ação mais prolongada devido a liberação de beta-endorfinas. Trabalha na liberação do LCR.
Freq. De pulso – alta (100 Hz)
Freq. De modulação – 1 a 4 Hz – pode vir modulada em valores fixos e com variação durante a terapêutica
Intensidade – variável de forte a fraco
Mínimo – 40’
Início do alívio – 10’ a 30’ / Duração do alívio – 20’ a 6h
Sensação – contrações musculares rítmicas, acompanhadas de parestesia. Utilizado em caso subagudo e crônico ou para estimulação muscular. Pode ser comparado com o FES e Corrente Russa.
VIF – variação na frequência e intensidade. Utilizadas nas correntes empregadas em longos períodos de estimulação. Consegue-se retardar a acomodação. Substituindo o método convencional.
Indicações do Tens:
Dor aguda – principalmente pós operatória (freq. Alta, intensidade baixa):
Pós traumática – cotovelo de tenista, entorses ligamentares do joelho, contusões do ombro, entorses do cotovelo, entorses lombares, tendinites, contusões de costelas, lesões do manguito rotador, etc.
Dor ocasional aguda – procedimentos abdominais como colicistectomia (cirurgia da vesícula biliar), laparotomia (opera estruturas e órgãos intra-abdominais a céu aberto), toracotomia (abertura da cavidade torácica para examinar órgãos internos).
Dor crônica – a duração deve ser usualmente de 30 a 60 min. Podendo chegar a 24h. freq. Baixa. Intensidade alta.
Contra-indicações do Tens:
*Paciente com marca passo cardíaco / cardiopatas;
*Dores não diagnosticadas ou de origem desconhecida, pois pode mascarar um importante quadro álgico;
Técnicas de Aplicação dos Eletrodos:
Sobre os dermátomos, sobre os miótomos, sobre os pontos de acupuntura, sobre os pontos motores, sobre um trigger points (pontos gatilho miofasciais).
Pode-se colocar um eletrodo na saída da dor e outro no final. Para dor de cabeça usar o método convencional ou VIF.
O conhecimento dos dermátomos e miótomos permite ao clínico localizar as lesões que afetam a medula e os nervos espinais.
Disposição dos eletrodos: pode-se colocar um eletrodo na saída da dor e outro no final.
Em caso de dor de cabeça, utilizar o método convencional ou VIF.
Estimulação dos pontos motores, de acupuntura e gatilho – muitas vezes podem coincidir.
Estimulação da região dolorosa dentro dos limites ou ao redor da área de dor – ex. no pós operatório de cirurgias abdominais.
Estimulação do Dermátomo – consiste na colocação do eletrodo na raiz do nervo correspondente da medula espinal e outro eletrodo na terminação distal do dermátomo. 
Colocaçãogeral dos eletrodos:
Colocação contra-lateral – consiste na colocação dos eletrodos no lado oposto do corpo perto do local onde a dor se origina no lado ferido. 
Estimulação da medula espinal – estimula a raiz do nervo associado a dor. O eletrodo deve ter colocação paralela paravertebral ou entre os processos espinhosos. Em lesões faciais, pode-se estimular a coluna cervical superior.
Estimulação do trajeto nervoso – ex. colocação proximal e distal ao longo do trajeto do nervo ulnar.
Colocação particular dos eletrodos:
Uni ou bilateral – são colocados de um lado só ou em ambos os lados, usa-se um ou dois canais.
Colocação proximal – um ou dois canais acima do nível da lesão.
Colocação distal – colocação de pelo menos um eletrodo na periferia da dor referida, de modo a garantir a parestesia, através de toda a região dolorosa.
Colocação Linear – eletrodos de forma proximal (A) e distal (B) são colocados em áreas ao longo da distribuição da dor. Técnica bastante usada para dores irradiadas. Ex. cervicobraquialgia (dor na coluna cervical com irradiação para o braço, devido a compressão de raízes nervosas que saem dessa região) e lombociatalgia (dor na região lombar que pode ser associada a dores ciáticas que irradiam para glúteo, coxa, perna e/ou pé). 
Colocação cruzada – chamada de interferencial, são dois canais ou quatro eletrodos que passam pela área da dor. 
Miótomo relacionado a dor – colocado em grupos musculares distantes quando a estimulação é intolerável a dor.
Contíguo – eletrodo posicionado na vizinhança do local dolorido por uma incisão corte cirúrgico, etc 
Colocação transcraniana ou transcerebral – um ou dois canais nas fossas temporais a uma polegada anterior e superior a orelha.
Considerações Finais: mesmo que localizemos o local da dor, o ideal é trabalhar todo o dermátomo. 
	Modo
	Period. De analgesia
	Fase
	Área
	Freq. De pulso
	Duração do pulso
	Intensidade
	Tempo
	Convencional
	Curto
	Aguda
	Da dor
	Alta 50 a 100Hz
	Estreito 20 a 80us
	Parestesia sem contração muscular
	40 a 50 min.
	Acupuntura
	Prolongado
	Crônica
	Pontos de acupuntura
	Baixa 1 a 4 Hz
	Largo 150 a 230 us
	Contrações musculares rítmicas (visível)
	45 min.
	Breve e intenso
	Curto
	Durante a cinesioterapia
	No local da mobilização
	Alta 100 a 150 Hz
	Largo 150 a 250 us
	Forte contrações musculares
	Durante a mobilização
	Burst
	Prolongado
	Analgesia, tonificação
	Local
	Alta 100 Hz
	Largo 200 us
	Forte (contração muscular) fraco (analgesia)
	40 min.
	VIF
	Igual
	Ao
	convencional
	
	
	
	
CORRENTE RUSSA: a corrente russa pode ser definida como uma corrente alternada de média frequência que pode ser modulada por rajadas de bursts e é utilizada para fins excitomotores.
Foram observados dois tipo de fibras musculares: fásicas ou branca, e tônicas ou vermelhas, sendo as brancas de velocidade e as vermelhas de sustentação.
Músculos requisitados para produzirem níveis de força rápidos e altos por breves intervalos contêm uma alta porcentagem de unidades fadigáveis fortes e de contração rápida.
Músculos que são requisitados para produzirem níveis moderados de tensão por longos períodos de tempo, contêm uma alta porcentagem de fibras musculares resistentes a fadiga.
Freq. Portadora da corrente – 2500 Hz e 4000 Hz. É uma corrente de média freq. Que vai gerar a corrente de baixa freq. Para estimulação muscular.
Ciclo – rajada de burst 
Porcentagem do ciclo – corresponde a quantidade de corrente dentro da rajada. Pode ser de 20, 30 ou 50%. Quanto maior a porcentagem de corrente dentro do ciclo, mais agressiva ou com maior intensidade o paciente vai sentir a corrente.
Freq. De modulação – corrente de baixa freq. Que será utilizada para a estimulação muscular. A modulação da freq. Vai obedecer a característica da fibra (fásica ou tônica) e a porcentagem do ciclo vai obedecer a situação do paciente (estado de saúde, fase da doença, etc).
Tempo de contração (tempo On) – é a sustentação da estimulação ou o tempo que vai ficar passando corrente para o paciente.
Tempo de repouso (tempo Off) – quando não há contração. 
Regime de emissão de corrente pelos canais:
Modo sincronizado – quando a corrente é emitida em todos os canais ao mesmo tempo de acordo com o tempo On e tempo OFF.
Modo recíproco –quando a corrente é emitida em um grupo de canais enquanto o outro grupo fica desligado e vice-versa. Utilizado no trabalho de contração de músculos antagonistas.
Modo seqüencial – quando a emissão é feita em seqüencial nos canais, utilizado para drenagem linfática.
Modo contínuo – quando a corrente é emitida em todos os canais ao mesmo tempo, utilizado para analgesia.
Indicações:
*Estimulação ou fortalecimento em condições patológicas, como:
-onde a contração muscular voluntária é inibida por alguma lesão (pós operat.)
-assoalho pélvico da incontinência urinária, pé plano, etc.
-transplante de músculo ou nervo.
-em situações que se deseja aumentar a força muscular.
-recuperar a sensação da tensão muscular.
*Fortalecimento no esporte de alto nível, tais como:
-aumentar a capacidade de salto.
-aumentar a capacidade de resistência.
-dermato funcional (flacidez de abdômen, glúteos, músculos pós parto, pós emagrecimento, etc)
Contra-indicações:
-lesões tendinosas, musculares e ligamentares
-inflamações articulares em fase aguda
-fraturas não consolidada
FES – ELETRO ESTIMULAÇÃO FUNCIONAL: funcional, quer dizer dar função novamente ao paciente. O objetivo do FES é promover a contração em músculos privados de controle nervoso, tendo como resultado o movimento funcional. O FES e a corrente russa possuem a mesma função, porém o FES é aplicado em pcte com problema neurológico.
Definimos trens de pulso como uma série de estímulos com certa duração, seguidos por outros com uma apropriada frequência de repetição. 
Repouso / Off – controle das contrações. Trabalha a musculatura antagonista para relaxar a musculatura contraída.
Ataque (rise) / Descida (decay) – tempo que a corrente leva para se estabelecer (ataque) e para cessar (descida). Se o tempo de subida do pulso for muito lento, a fibra nervosa sofre um processo de acomodação de membrana e pode responder de maneira ineficaz, apesar da intensidade da corrente ser satisfatória.
Intensidade – deve ser dentro do limite do pcte. Se ele aprendeu a fazer a contração, devemos aumentar a intensidade.
Frequência – é medida pelo número de repetições por segundo e expressa em Hertz. Se aumentarmos muito a freq. Iremos observar o quadro de contração contínua, o que caracteriza tetania. Frequência de pulsos elevados acarretam fadiga muscular e frequência muito baixa não permite que a contração muscular produza trabalho funcional eficiente.
Duração do pulso / largura do pulso – a duração do pulso provê uma qualidade maior ou menor aos estímulos, quanto maior a duração do pulso, maior será a qualidade do estímulo, entretanto, pode causar fadiga precoce. Músculos desenervados não são ativados por pulsos com duração menor que 0,1ms (T).
INDICAÇÕES:
-facilitação neuromuscular; 
-controle da espasticidade;
-lesão medular (Paraplegias / Paraparesias);
-esclerose múltipla / esclerose lateral amiotrófica (ELA);
-hipotrofia por desuso;
-hemiplegia;
-paralisia cerebral – os pctes mais beneficiados são os hemiparéticos e os paraparéticos.
DICIONÁRIO
PARAPARESIA – diminuição da sensibilidade da metade inferior do corpo
PARAPLEGIA – paralisia completa da metade inferior do corpo
HIPOTONIA – queda do tônus muscular
HIPOTROFIA – diminuição do volume muscular devida à imobilização 
HEMIPLEGIA – paralisia total que atinge uma só metade do corpo
HEMIPARESIA – paralisia parcial ou fraqueza muscular que atinge uma só metade do corpo 
FES em hemiplegia – (AVE) a hemiplegia (metade do corpo sem mov.) pós acidente vascular cerebral, existe ausência de sangue e bem mais complicado. Em relação aos aspectos motores, a paresia espástica (possui o mov. + não consegue realizar) a perda da seletividade domovimento, as retrações músculos ligamentares e as deformidades, são problemas que podem ser mais bem tratados com a inclusão do FES.
Pcte flácido por AVE – trabalhar o dorso do braço, fazendo a extensão e estimulação do deltóide. O trabalho com o FES é feito imediatamente após o AVE.
Membros superiores:
-deltóide – a colocação adequada dos eletrodos mantém o encaixe ativo da cabeça do úmero.
-Tríceps – tem o objetivo de controlar a espasticidade flexora do cotovelo e a conseqüente instalação de uma deformidade com este padrão.
-extensores de punho e dedo – são sempre estimulados em conjunto, pois permitem melhor adequação funcional. Trabalhar sempre com a extensão de punho para abertura das mãos.
Membros inferiores:
-quadríceps – trabalhar no início quando está na fase flácida para ensinar a passada da marcha, se já estiver espástico, trabalhar também os ísquios tibiais para manter a estabilidade do pcte de pé. Melhora a função, o tônus e o trofismo.
-dorsi flexores – para evitar o pé arrastar no chão. 
-ísquios tibiais – estimula-se com o objetivo de diminuir a espasticidade em quadríceps, através da inibição funcional e evitar a hiperextensão do joelho. O pcte pode estar em DV, tendo os eletrodos colocados na área de origem e inserção da musculatura ou na fossa poplítea próxima ao bordo medial do músculo bíceps da coxa.
FES como uso ortésico na hemiplegia – um pequeno aparelho gerador de correntes é fixado na cintura do pcte e os eletrodos são aplicados na projeção do nervo ciático poplíteo externo (cabeça da fíbula) ou no próprio músculo. Os estímulos são gerados de forma contínua sendo interrompidos por uma chave acoplada a uma palmilha colocada no calçado do pcte que controla a dorsi flexão do pé. Quando o pé está apoiado no solo, permanece desligado, permanecendo ativa durante toda a fase de passagem da marcha, sendo desligada novamente assim que o calcanhar atinge o solo.
FES e lesão medular (paraplegia – pcte sem mov. Da cintura para baixo) – pctes com lesão medular de qualquer etiologia, não podem ter comprometimento do neurônio motor inferior ou abaixo do nível de L1 e L2, neste caso, devemos fortalecer bastante os músculos dos membros superiores.
O programa de recuperação motora em pctes com lesão medular é dividido em quatro fases: 1- recondicionamento muscular; 2-transferência da posição sentada para a de pé; 3- treinamento da posição ortostática; 4- treinamento da deambulação.
Recondicionamento muscular – os músculos basicamente estimulados são: 
*Quadríceps – mais importante músculo para estabilizar os joelhos e para o trabalho de marcha;
*Dorsi flexores – para evitar pé eqüino e inibir a espasticidade do gastrocnêmio;
*Grandes glúteos - para flexão do quadril;
*Ísquios tibiais – evita a espasticidade do quadril.
Transferência da posição sentado para a de pé – somente após manter o peso do corpo em barras paralelas por 15 segundos. Os eletrodos são posicionados no quadríceps e a emissão dos pulsos elétricos é diferente, sendo feita de modo contínuo e simultâneo pelos dois canais gerador. Com o pcte na posição sentada, com os M.S. estendidos ou flexionados próximo ao corpo, regula-se a intensidade de corrente necessária para se obter uma extensão de joelho. A extensão de joelho associada ao impulso dos M.S. promove a postura ortostática. 
Treinamento da postura ortostática – o pcte é mantido de pé através da emissão de pulsos elétricos contínuos e simultâneos aos dois músculos quadríceps, por períodos progressivos. Considera-se como atingido o objetivo quando o pcte se mantém nesta postura por períodos superiores de 10 a 15 minutos, realizado de forma contínua ou com intervalos de repouso.
Treinamento de deambulação – é feito com geradores de pulsos elétricos com dois ou quatro canais e pode ser realizado de duas formas de acordo com o tipo de lesão medular:
1º - o pcte deve se levantar e se manter na posição ortostática por 15 segundos;
2° - o pcte deve conseguir se manter na posição ortostática por 15 minutos;
3º - só então, se inicia o treinamento para a deambulação.
Isso será para monoplégico quanto para epilégico, trabalhar desta forma.
Contra-indicações:
-Eixo do marca-passo;
-Sobre o seio carotídeo;
-Sobre a área cardíaca;
-Espasticidade grave;
-Lesão nervosa periférica (Se houver lesão nervosa periférica e não tiver nenhuma resposta, fazer outro tipo de tratamento). 
TERAPIA COM LASER - Podemos definir radiação laser como o fenômeno da emissão da luz a partir da estimulação da matéria através do fornecimento de energia aos átomos. Produzem feixes como um lápis que quer dizer que a energia da onda é sempre concentrada na mesma área, a intensidade não diminui sensivelmente com a distância devido à propagação do feixe, por isso dizemos que ela é monocromática, ou seja, possui um único comprimento de onda.
Efeitos Fisiológicos/Terapêuticos – as duas maiores utilizações da terapia a Laser são para cicatrização tecidual e o controle da dor. Também é usado no tratamento dos diferentes tipos de lesões com tecidos moles como rompimento muscular, hematomas e tendinopatias. 
Dividimos os efeitos do Laser em:
*Primário ou diretos – Efeito bioquímico (liberação de substâncias pré-formadas e estímulo na produção de ATP no interior das células, provocando aceleração da mitose, estímulo na produção de ATP), bioelétrico (normaliza a ação da bomba sódio/potássio) e bioenergético.
*Secundários ou Indiretos (são conseqüentes dos efeitos primários) – Estímulo a micro circulação (em decorrência da ação da histamina liberada pela radiação laser ocorre à paralisação do esfíncter pré-capilar e como conseqüência o fluxo sanguíneo se vê aumentado) e estímulo ao trofismo celular (aumenta o processo de reparação através da angiogênese). Existe ainda o aumento na produção de glicina e prolina que participam na formação do colágeno.
*Terapêuticos – Antiinflamatório (liberando substâncias como a histamina, a serotonina e a bradinicina que são potencializadas pelas prostaglandinas), analgésico (reduz a inflamação local, normalizando o equilíbrio de energia), antiedematoso (pelo estímulo da microcirculação e também pela ação fibronolítica), cicatrizante (aumento da produção de ATP que proporciona aumento da divisão celular, estímulo a microcirculação que aumenta o nível de nutrientes e aumento da síntese de colágeno).
Teoria do Bioplasma – através de radiações eletromagnéticas pode haver um intercâmbio energético entre as células, possibilitando assim que as células que não estão diretamente expostas a radiação mas que estão próximas, podem obter efeitos desta radiação. Aplica-se em volta ou a 1cm de distância de cada ponto do local lesionado.
Tipos de Laser utilizado em Fisioterapia: Hélio-Neônio (HE-NE), Arseneto de Gálio (As-Ga), Arseneto de Gálio-Alumínio (AsGaAl), Índio-Gálio-Alumínio-Fósforo (InGaAip ou AlGaInP).
O InGaAiP substituiu o HE-NE e o AsGaAl substituiu o As-Ga.
Laser Hélio-Neônio (HE-NE) – obtido a partir da estimulação de uma mescla de gases na proporção de 9:1, possibilita uma radiação visível com comprimento de onda de 632,8 nm o que lhe confere a cor vermelha e regime de emissão contínuo. O HE-Ne possui grande poder terapêutico tanto em lesões tidas como superficiais como em profundas. Ele apresenta potencial terapêutico mais destacado quando comparado ao As-Ga em lesões superficiais como as dermatológicas, estéticas ou em processo de reparação. Possui duas formas de aplicação – por pontos (cada ponto com 1cm de distância do outro, pressionando a caneta no tecido) e por varredura (varrendo toda a região, quando a aplicação se torna dolorosa).
Laser Arseneto de Gálio (As-Ga) – obtido a partir da estimulação de um diodo semicondutor. Possui comprimento de onda de 904 nm, é invisível e possui regime de emissão pulsado. Apresenta potencial terapêutico destacado em lesões profundas do tipo articular, muscular, etc. É indicado a forma de aplicação por pontos já que se trata de laser invisível. 
Laser Índio-Gálio-Alumínio-Fósforo (InGaAiP) – tambémé um laser semicondutor e visível. Substituiu o He-Ne por possuir tempo de aplicação menor em virtude de sua maior potência. Possui regime de emissão contínuo e comprimento de onda de 670 nm e cor vermelha. 
Laser Arseneto de Gálio-Alumínio (AsGaAl) – também semicondutor e invisível. Atualmente substituiu o As-Ga por possuir tempo de aplicação menor em virtude de sua maior potência. Possui regime de emissão contínuo e comprimento de onda de 830 nm de cor infravermelha.
Para lesões superficiais – He-Ne e InGaAiP – vermelho
Para lesões profundas – AsGa e AsGaAl – invisível
He-Ne/InGaAiP – possui penetração direta de cerca de 0,8mm e de 10 a 15mm indireta.
AsGa/AsGaAl – possui uma profundidade de penetração indireta de cerca de 50mm.
A radiação de cor vermelha interage com a superfície do pcte imediatamente, o que não ocorre com a radiação infravermelha que demora um pouco mais para interagir com as estruturas do organismo.
A dosimetria padrão gira em torno de 10 j/cm², observando-se:
Evolução da enfermidade, idade, nutrição e hidratação, condicionamento físico, gordura e melanina.
Enfermidade (3º critério):
*Casos agudo – menor que a dose padrão / *Casos crônico – maior que a dose padrão.
Idade (critério):
*Idosos – menor que a dose padrão / *Jovem a partir dos 12 anos – maior que a dose padrão.
Nutrição e hidratação (critério):
*Desidratados e desnutridos – menor que a dose padrão / *Hidratados e nutridos – maior que a dose padrão.
Condicionamento físico (critério):
*Sedentário – menor que a dose padrão / *Atletas – maior que a dose padrão.
Gordura (1º critério):
*Maior espessura – maior que a dose padrão / *Menor espessura – menor que a dose padrão.
Melanina (1º critério):
*Indivíduo claro – menor que a dose padrão / *Indivíduo escuro – maior que a dose padrão.
Calculando o tempo de aplicação: T (s)=dose desejada (j/cm²) x Área (cm²)
 Potência (W) fornecida
Indicações:Afecções na ATM, Torcicolo, tendinite supra-espinhoso, luxações e sub-luxações, lesões musculares sem ruptura ou com ruptura parcial de fibras, fraturas em ossos superficiais, bursite, tendinite, fascite, capsulite, sinovite, úlceras de decúbito, pós cirurgia plástica, acne.
Contra-indicações: portadores de neoplasias ou carcinoma, irradiação direta sobre a retina, irradiação sobre focos de infecção bacteriana, áreas de hemorragia, útero gravídico.
Micro-correntes: é uma corrente com parâmetros de intensidade na faixa dos microamperes de baixa frequência, podendo apresentar correntes contínua ou alternada. É uma corrente sub-sensorial, pode ser comparada com o Tens pois também diminui a dor além de acelerar o processo curativo.
Efeitos Fisiológicos – restabelecimento da bioeletrecidade tecidual, síntese de ATP, transporte ativo de aminoácidos, síntese de PTN’s, transporte ativo de membranas, ação no sistema linfático.
*Bioeletrecidade tecidual – quando uma lesão acontece, uma carga positiva forma-se na área lesionada e joga para cima a diferença de voltagem potencial. Ela evita áreas de alta resistência e vai em direção ao caminho mais fácil. 
A aplicação da microcorrente em um local lesionado pode aumentar o fluxo da corrente endógena. Isto permite a área traumatizada recuperar sua capacidade, ocorrendo um processo de cura.
A microcorrente atua diretamente no organismo, aumentando a síntese de ATP em até 500%.
O aumento de ATP disponível para a célula aumenta o transporte de aminoácidos e consequentemente aumenta a síntese de PTN’s 
A microcorrente também possui ação no sistema linfático acelerando a absorção de fluido no espaço intersticial. 
Efeitos terapêuticos – analgesia, aceleração do processo tecidual, reparação de fraturas, antiinflamatório, bactericida, edema, relaxamento muscular.
Sua forma de aplicação deve ser feita no local da dor. 
Contra-indicações: alergia ou irritação a corrente elétrica, útero gravídico, eixo de marca-passo.
Microcorrente no pólo negativo (catodo) – mais efetivo para o reparo e regeneração de ossos e nervos
Microcorrente no pólo positivo (anodo) – mais efetividade na cura de lesões de pele.
Parâmetros:
60 a 100 mA – tecidual
100 a 200 mA – analgésico
< frequência + superficial
> frequência + profundo

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