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PET SAFIRA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO __ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
 SAFIRA AZUL ESVERDEADA, brasileira, casada, profissão, inscrita no CPF sob o nº ******, portador do RG nº ******, endereço eletrônico ***, residente e domiciliada na Rua *** e VICENTE MAIS OU MENOS DE SOUZA, brasileiro, casado, profissão, inscrito no CPF sob o nº ****, portador do RG nº ******, endereço eletrônico ****, residente e domiciliado na Rua ****, vem por seu advogado subscrito, com endereço profissional na Rua *** e endereço eletrônico ***, respeitosamente apresentar perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 319 do Código de Processo Civil propor:
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS
 Em face de LETS GO S.A, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob o nº ****, localizada na **** CEP *** , pelo disposto a seguir: 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Os autores não possuem condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência.
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo e seguintes.
DO ENQUADRAMENTO NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Requer os autores que a análise dos fatos e dos fundamentos ora apresentados se dê em consonância as regras e princípios contidos no Código de Defesa do Consumidor, Lei 80787/90. Por se tratar, notoriamente, de relação de consumo.
DOS FATOS
 Os autores embarcaram no Rio de Janeiro em direção a São Paulo no dia 20/04/2017, já que o seu casamento seria realizado em Santos. Ao chegarem na capital paulista na véspera do casamento, descobriram que um erro da empresa ré, fez com que as malas parassem em outro avião, com destino a Roraima. 
 Os autores fizeram uma reclamação de protocolo nº 001.223.445, mas a empresa ré fez pouco caso, prometendo recuperar a bagagem assim que possível. 
 No dia do casamento, Vicente entrou em contato mais uma vez com a empresa ré e diante da grande urgência em ter suas malas de volta, porém seu apelo não foi suficiente, a empresa informou que ainda estava efetuando os procedimentos para enviar a mala ao endereço correto e que não teria como precisar a data correta que elesiriam receber a mala. Informa-se que o vestido de Noiva e o Smoking que estavam nas malas extraviadas totalizavam o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) e que não foram entre a tempo para o casamento. 
 Deste modo, os autores foram obrigados a usar roupas do corpo na tão sonhada festa de casamento. 
DOS FUNDAMENTOS
DA REPARAÇÃO DO DANO DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
No caso concreto, as disposições do Código de Defesa do Consumidor, sobretudo o artigo 6º VI e VIII, do referido Diploma legal, aduz sobre a inversão do ônus da prova e da efetiva reparação dos danos sofridos.
Artigo 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
Desta forma, tendo em vista total desvantagem por parte do consumidor, a inversão do ônus da prova tem como finalidade igualar as partes no processo judicial em questão.
DO DANO MATERIAL.
O objetivo da presente ação é a indenização com reparação de danos, consequente de ato de responsabilidade Civil objetiva, que está amparada pela Legislação vigente e pela mais ampla jurisprudência dilatada pelos nossos Tribunais. 
 Está assegurado na Constituição Federal de 1988 o direito relativo à reparação de danos materiais:
Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação.
Sobre a responsabilidade de reparar o dano causado a outrem, Luiz Chacon diz que: 
(...) o dever jurídico de reparar o dano é proveniente da força legal, da lei. Esse dever jurídico tem origem, historicamente, na idéia de culpa, no responder e do direito romano, tornando possível que a vítima de ato danoso culposo praticado por alguém pudesse exigir desse a reparação dos prejuízos sofridos. Obviamente que se a reparação não for espontaneamente prática será possível o exercício do direito de crédito, reconhecido por sentença em processo de conhecimento, através da coação estatal que atingirá o patrimônio do devedor causador dos danos. (CHACON, Luis Fernando Rabelo. São Paulo: Saraiva, 2009) 
Nestas condições, cumpre invocar também a lei substantiva que estabelece, categoricamente nos artigos 186 e 927 “caput” do Código Civil:
Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito ou causar prejuízo à outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Está evidente que a empresa ré causou danos aos autores, devendo repará-lo, conforme nossa ilustre norma.
 c) DO DANO MORAL
A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive, estando amparada pelo art 5º, inc V da Constituição de 1988.
“ART. 5º (OMISSIS):
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;”
Outrossim, o art 186 e art 927 do Código Cívil assim estabelecem:
ART. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
ART. 927 – Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Finalmente, o Código de Defesa do Consumidor, no seu art 6º também protege a integridade moral dos consumidores:
ART 6º – São direitos básicos do consumidor:
(...)
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.
E além do mais o Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078, de 11.09.1990, estabelece no art 14 que:
O fornecedor de serviços responde, independente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços.
Ocorre que o dano moral, como sabido, deriva de uma dor íntima, uma comoção interna, um constrangimento gerado naquele que o sofreu e que repercutiria de igual forma em uma outra pessoa nas mesmas circunstâncias . Esse é o caso, onde os Autores foram submetidos a uma situação de estresse, indignação e principalmente pela falta de comprometimento da empresa Ré, em meios a tantos pedidos feitos, devolver a mala extraviada.
Vejamos o que ensina o Mestre SÍLVIO DE SALVO VENOSA em sua obra sobre responsabilidade civil: 
“Os danos projetados nos consumidores, decorrentes de produtos e serviços, devem ser cabalmente indenizados. No nosso sistema foi adotada a responsabilidade objetiva no campo do direito do consumidor, sem que haja limites para a indenização. Ao contrário do que ocorre em outros setores, no campo da indenização aos consumidores, não existe limitação tarifada.” (Silvio Salvo Venosa, Direito Civil. Responsabilidade Civil, Ed Atlas, 2004, p 206).”
Sendo assim, após todo o exposto, constata-se que os Autores fazem jus ao recebimento de indenização por Danos Morais, tendo em vista, o pouco caso da Ré, eis que retém indevidamente a mala com os bens no valor de R$ 8.000,00 (Oito mil reais)desde o dia 20/04/2017.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
Seja concedida a Gratuidade de Justiça na forma da lei 1060/50, com alterações introduzidas pela lei 7.510/86;
A citação da empresa Ré para, querendo, contestar a presente ação no prazo legal, sob pena de revelia;
Condenar a Ré a reembolsar os Autores o valor de R$ 8.000,00 (Oito mil reais), referente ao valor dos bens que se encontravam dentro da mala.
Condenar a Ré a pagar aos Autores a quantia justa e razoável de R$ 20.000,00 (Vinte mil reais) equivalente a 21 (vinte e um) salários-mínimos nacional a títulos de indenização por Danos Morais, não sendo este o entendimento de Vossa Excelência, que seja a ré condenada a pagar uma indenização justa, no valor a ser apurado, a critério de Vossa Excelência;
A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, na forma do art 6º, Vlll DA Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor).
Incluir na esperada condenação da Ré, a incidência de juros de mora desde a data do evento e demais correções que se fizerem necessárias.
A condenação da Ré ao pagamento das custas e honorários advocatícios, em caso de recurso ao E. Conselho Recursal.
A condenação da empresa Ré ao pagamento da quantia de R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais) recorrente a reparação de danos sofrido pelos Autores ;
DAS PROVAS
Requer a produção de prova testemunhal, documental, pericial, bem como o depoimento pessoa dos representantes legais da empresa ré. 
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se o valor da causa de R$ 28.000,00 (Vinte e oito mil reais) 
Nestes termos,
Pede deferimento,
Rio de Janeiro, 19 de Março de 2018
ADVOGADO
OAB/RJ Nº ____

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