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A Equoterapia no ponto de vista do psicólogo

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A Equoterapia no Ponto de Vista Psicológico
Autora: Thaís Rocha Brentegani
O cavalo hoje é grande destaque como instrumento de reabilitação e educação. Este se
transforma em um personagem na vida da criança, do praticante, passando então a ser um
ponto de contato sedutor com o mundo que o rodeia. A equoterapia não consiste apenas em
exercícios de estimulação neuromuscular, visto tratar-se de um método terapêutico que
envolve o ser humano por completo. Paciente e cavalo participam ativos dos exercícios. E a
equipe formada por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos, instrutores de
equitação, são fundamentais para conduzir e levar a bom termo a terapia ao longo do tempo.
Cabe ao psicólogo conhecer todos esses profissionais que estarão trabalhando juntos de forma
interdisciplinar, como o cavalo, o praticante, e todo o material empregado nas técnicas e
exercícios utilizados na equoterapia. Cabe a ele conhecer também o praticante, assim
identificando suas limitações e potencialidades, além de conhecer muito bem o cavalo, suas
características, para obter uma visão precisa das coisas possíveis dentro do tratamento. A
interação de toda a equipe permite que cada um entenda a abordagem de seu colega,
possibilitando assim um trabalho associado.
Toda a harmonia em equipe é muito importante, principal objetivo da atuação interdisciplinar.
O psicólogo ajuda na desenvoltura da equipe, com reuniões também, para haver essa
harmonia entre todos e obter um ótimo resultado no trabalho.
O cavalo, como objeto intermediador, é a ligação entre o praticante e o terapeuta, entre o
praticante e o adulto, etc. Aquilo que o praticante não pode vivenciar, no contato com o cavalo
ele irá aprender integrar-se e utilizar na sua estrutura, na sua evolução psicossomática,
melhorando a sua autonomia, independência, auto-estima, auto-confiança, objetivos dos
terapeutas para com seus praticantes. O cavalo é o ser da confiança e da troca afetiva e
corporal; ele dá matéria à nossa busca de identidade. Ele permanece um ser que deve ser
cativado e cuja dominação passa, através dele, pela auto- estima de si mesmo. Toda a
evocação do cavalo, animal-símbolo, remete a noções culturais profundamente interiorizadas.
Ele se torna o nosso outro eu, objeto de nossas projeções, uma resposta viva a nossos
comportamentos. Vimos o cavalo como algo que gostaríamos que ele desse para nós ou
depositamos nele nossas vontades.
A intensidade das sensações e das emoções provocadas pela abordagem do cavalo, conduzem
o indivíduo a um confronto consigo mesmo, que é corporal e psico-afetivo ao mesmo tempo.
A nosso ver, o cavalo, fonte de emoções, é a própria essência do expressivo. E, através das
vibrações corporais que o corpo registra, o cavaleiro vive uma experiência que remete
diretamente à sua vivência interior, assim, desabrochando, criando e realizando seu próprio
bem-estar, pelo viés do cavalo, este seu outro eu.
O psicólogo, trabalha o aqui-agora, o presente, sem ficar muito preocupado em achar um
culpado para tal situação, claro que não iremos ignorar o passado e toda a história de vida do
praticante, como também todo o histórico familiar.
Não só o psicólogo mas como toda a equipe deve sempre estar atentos quanto aos
comportamentos que o praticante irá apresentar, pois este nos dá valiosas informações para
podermos dar seqüência e andamento no tratamento, como também o que esperamos dele no
futuro(estratégia).
O próprio ambiente da equoterapia irá propiciar ao praticante uma profunda comunhão entre
praticante-ambiente, isto é, a natureza.
Na equoterapia, não se consegue separar as funções de cada terapeuta, pois todos trabalham
em equipe e claro que todos precisam obter o conhecimento de todas as áreas, para se obter
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uma terapia adequada em todos os programas de equoterapia (
hipoterapia,educação/reeducação, pré-esportivo). E dentro da equoterapia, esta facilita a
organização do esquema corporal, a aquisição do esquema espacial; desenvolve a estrutura
temporal; aguça o raciocínio e o sentido de realidade; desperta uma profunda comunhão
criança-realidade; proporciona e facilita a aprendizagem da leitura, da escrita, e do raciocínio
matemático; aumenta a cooperação e a solidariedade; minimiza os distúrbios
comportamentais; promove a auto-estima, a auto-imagem e a segurança, também facilita e
acelera os processos de aprendizagem.
Todo o vínculo cavalo-cavaleiro, estabelecido desde as primeiras sessões desenvolve a
afetividade, com isso obtendo-se um ganho geral de auto-confiança e auto-estima, sendo
assim há um melhoramento nos outros aspectos como o senso de limite e responsabilidade, o
relacionamento interpessoal e casos de timidez, retração, hoperatividade, doenças de humor e
depressão, entre outras deficiências apresentam sensível progresso.
Os resultados obtidos na psicologia através da equoterapia se deve ao diferencial de utilizar o
animal, o que permite trabalhar mais o afeto, autonomia do ir e vir. Toda a sensação de
liberdade , de se locomover é fundamental, além disso há o ganho físico proporcionado pelo
movimento do cavalo e além do ganho emocional.
A confiança obtida na equoterapia permite acelerar o processo de desenvolvimento de
potencialidades, responsável pela integração social e pessoal do portador de deficiências ou
dificuldades.
Toda a prática equestre favorece ainda uma sadia sociabilidade, uma vez que integra o
praticante, o cavalo e os profissionais envolvidos.
O psicólogo poderá fazer orientações aos pais ou responsáveis pelo praticante, como reuniões,
já que estes apresentam muitas dúvidas e expectativas sobre o trabalho.
A equoterapia contribui de forma prazerosa para a aplicação de exercícios de coordenação
motora, agilidade, flexibilidade, ritmo, concentração e lateralidade. Desenvolve a sensibilidade
física e psíquica, na medida em que exige a constante percepção e reação frente a diversos
estímulos. Assim, resultando em maior harmonia e equilíbrio físico e psíquico.
Associação de Equoterapia Paulista, Jornal da Equoterapia. A abrangência da equoterapia e o
papel do psicólogo no tratamento. São Paulo, junho de 2001.
D. Verrière - O cavalo revelador de um sentimento do corpo IN: Formação em Equoterapia,
Fundação Rancho GG- Centro de treinamento, pesquisa e ensino de Equoterapia.
Freire, Heloisa Bruna Grubits. Equoterapia: teoria e técnica: uma experiência com crianças
autistas. São Paulo: Vetor, 1999
IN: RIDE- Equoterapia: ciência, cavalo, reabilitação
IN: Horseonline-Equoterapia: a cura através do cavalo -Aprendizado lúdico através do cavalo
IN: Formação em Equoterapia pelo Fundação Rancho GG- Centro de treinamento, pesquisa e
ensino de Equoterapia. Fundamentos doutrinários da Equoterapia no Brasil.
IN: Formação em Equoterapia pelo Fundação Rancho GG- Centro de treinamento, pesquisa e
ensino de Equoterapia. 1. Relacionamento entre o praticante e o cavalo.
IN: Formação em Equoterapia pelo Fundação Rancho GG- Centro de treinamento, pesquisa e
ensino de equoterapia. Equoterapia e educação especial. A intervenção equoterápica na
educação especial através da abordagem psicomotora.
Por: Dr. José Torquato Severo, médico neurologista, mestre em educação, Cel Cav R1 Ex
Brasileiro - Princípios psicomotores aplicados em equoterapia. Porto Alegre/RS, 2000.
* Thaís Rocha Brentegani é psicóloga com formação em Equoterapia
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