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PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA 
 
1.0-INTRODUÇÃO 
 
Relação entre o tipo de estrutura e a investigação do subsolo. 
 
ESTRUTURA OBJETIVO PRINCIPAL FATORES A CONHECER 
Edifício 
Muros de Arrimo 
Estacas - Pranchas 
Resistência. 
Túneis 
Condutos Enterrados 
Interação 
Solo - Estrutura 
Conhecer as características 
da relação Tensão 
Deformação- Resistênica. 
. 
 
Aterros 
Barragens de Terra 
material 
Base e Sub-base de 
Pavimentos. 
Enrocamento 
Material de construção Conhecer as propriedades 
do material ( Parâmetros e 
Disponibilidade 
Encostas Naturais 
Taludes de Cortes 
Etc. 
Propriedades em campo Conhecer as propriedades 
dos 
materiais sobre diversas 
condições 
 
1.1-OBJETIVOS 
 
♦ Determinação da profundidade, extensão, espessura das camadas do subsolo. 
♦ Profundidade da superfície da rocha e sua classificação. 
♦ Informações sobre ocorrências de água no subsolo. 
♦ Propriedades geotécnicas dos solos e rochas: compressibilidade, resistência, 
permeabilidade. 
 
1.2-ETAPAS DE INVESTIGAÇÃO 
 
♦ Investigações de reconhecimento 
♦ Exploração para anteprojeto 
♦ Exploração para o projeto executivo 
♦ Exploração durante a construção. 
 
1.3-CUSTOS DE INVESTIGAÇÃO 
 
0,5% Grandes projetos sem condições críticas de fundações. 
1,0 % Pequenos projetos em condições desfavoráveis de fundação. 
 
1.4-RISCOS DAS INVESTIGAÇÕES 
 
- Há um limite para extensão dessa investigação além do qual pouca ou nenhuma 
economia resulta. 
- Na prática, tanto o engenheiro de projeto como a firma empreiteira estão de acordo, 
que a prospecção é indispensável. Mas nem todo cliente quer ou pode pagar por ela. 
 
 6
 
 
 Custos do risco 
 G dos cuidados 
 necessários 
 
 Custo da prospecção 
 
 Custo da Prospecção 
 Custo do Risco 
 Custo Combinado 
 
1.5-PROSPECÇÃO APLICADA AO ESTUDO GEOTÉCNICO DA IMPLANTAÇÀO DE 
UMA EDIFICAÇÃO. 
 
1.5.1-Metodologia do projeto 
 
- Programa de prospecção 
- Custos envolvidos 
- Benefícios atingíveis 
- Responsabilidade da equipe executora 
- Especificações 
- Interpretações dos resultados 
- Fornecimento das informações ( em cada etapa de estudo ) 
 
 
OBS : O grau de detalhe requerido para o programa depende da importância da obra. 
 
1.5.2-Objetivos 
 
O grau de precisão dos objetivos depende da complexidade geológica do local. 
De uma forma geral : 
- Descrição e classificação dos solos 
- Caracterização das águas subterrâneas (nível da água, quantidade e qualidade). 
- Profundidade e natureza das rochas 
- Profundidade e volume dos solos 
 
1.5.3-Localização dos estudos 
 
- Gabinete → Mapas, estudos geológicos*, meio ambiente, relatórios, etc... 
 *Considerando uma prévia prospecção geológica. 
- Campo → Investigações diretas, semi-diretas e indiretas. 
- Laboratório → Realizações de ensaios. 
 
1.5.4-Principais tipos de prospecção 
 
Método Penetração no 
solo 
Retirada de 
amostra 
Indireto 
Semi-direto 
Direto 
Não 
Sim 
Sim 
Não 
Não 
Sim 
 7
2.0 - MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO 
 
A construção de obras civis, bem como os estudos do meio ambiente que não 
envolve, necessariamente, construções de obras, devem ser precedidos de estudos 
para caracterização geológico-geotécnica da área de interesse que indicarão: 
distribuição dos diversos materiais que compõem o local, parâmetros físicos dos 
materiais, técnicas mais adequadas para intervenção nos terrenos, volumes 
necessários para remoção ou escavação, necessidade de tratamento de estabilização 
dos maciços e, finalmente, se for o caso, indicação do melhor local para 
posicionamento das estruturas das obras civis. Poderão proporcionar com isso 
elaboração de projeto coerente com a natureza do terreno, econômico e seguro. 
As principais ferramentas utilizadas com esse objetivo são o sensoriamento remoto, 
o mapeamento geológico, ensaios geofísico e sondagens mecânicas (métodos diretos). 
O sensoriamento remoto é um recurso técnico indispensável nos trabalhos de 
mapeamento geológico-geotécnico, pela possibilidade de obtenção de informações da 
superfície do terreno, por meio de imagens aéreas e orbitais. Em geral, os ensaios 
geofísicos e o sensoriamento remoto são chamados de métodos indiretos de 
investigação. Os métodos geofísicos constituem um conjunto de ensaios de campo que 
não alteram as propriedades físicas do material ensaiado, os principais métodos na 
Geologia da Engenharia são: sísmicos; geoelétricos e potenciais. 
Os métodos diretos compreendem as escavações realizadas com intuito de 
prospectar os maciços, as sondagens mecânicas e os ensaios. 
Com as sondagens mecânicas é possível definir, com precisão, as 
características dos materiais ao longo da linha de perfuração: descrevem-se 
testemunhos, variação litológicas, estruturas geológicas e as características geotécnica 
dos materiais. 
Os ensaios in situ são realizados em furos de sondagens ou em porções de 
maciço, em geral, em blocos com tamanho superior a um metro cúbico. Esses ensaios 
são realizados para caracterização da permeabilidade e da resistência do maciço ou 
das estruturas geológicas. Nos laboratórios, realizam-se ensaios em amostras para a 
caracterização geológica-geotécnica dos diferentes materiais. 
A utilização combinada de dois ou mais métodos de investigação mostra 
resultados de melhor qualidade. 
 8
2.1 - PRINCIPAIS TIPOS DE PROSPECÇÕES 
 
 
MÉTODO PENETRAÇÃO NO SOLO RETIRADA DE AMOSTRAS 
Indireto Não Não 
Semi-direto Sim Não 
Direto Sim Sim 
 
MÉTODO TIPO OBJETIVOS INFORMAÇÕES APLICAÇÕES 
Indireto 
Geofísico 
• Gravimétricos 
• Magnéticos 
• Elétricos 
• Sísmicos 
Exploração do subsolo 
quando se quer 
informações mais gerais 
do local e se trata de 
extensas áreas. 
• Indica variações ou 
mudanças de 
camadas. 
• Irregularidade no subsolo.
• Profundidade da 
superfície da rocha. 
Barragens e Reservatórios 
Túneis, Aeroportos, 
Rodovias. 
Grandes conjuntos 
residenciais 
Outras com extensas 
áreas. 
Ensaio de Palheta (Vane 
Test) 
Medir a Resistência não 
drenada ao cisalhamento 
dos solos puramente 
coesivos. 
Resistência não Drenada. 
Su. 
• Aterros 
• Barragens 
• Rodovias 
Penetração estática 
(Deepsounding) 
Obtenção da resistência do 
solo, através de um cone 
padronizado, que é 
introduzido ao solo. 
Tipo de solo – 
Consistência ou 
compacidade, resistência 
de ponta e lateral. 
Atrito lateral. 
• Edifícios 
• Conjuntos residenciais. 
Ensaio Pressiométrico 
(Menard). 
Determinar “in situ” as 
características dos solos 
referentes à resistência e 
compressibilidade. 
Módulo pressiométrico 
(Ep) 
Limite de elasticidade do 
solo. 
Nos casos de solos, nos 
quais as amostras 
indeformadas, não podem 
ser extraídas facilmente 
para os ensaios de 
laboratório. 
Semi-diretas 
Ensaio de Permeabilidade. Determinar “in situ” a 
permeabilidade das 
camadas do solo. 
Permeabilidade do solo Em projetos que envolvem 
grande volume de solos. 
Em solos arenosos. 
 9 
Semi-diretas 
Prova de carga Característica de 
compressibilidade do solo. 
Curvas carga-recalque, 
coeficiente de recalque. 
Pavimentos rígidos, vigas 
de fundações sobre base 
elástica, em plataformas 
offshore. 
Poços Fornecem um exame das 
camadas do subsolo ao 
longo das paredes do 
poço. 
Definir o perfil geotécnico 
do solo (com o nível de 
água). 
Retirada de amostras 
amolgadas. 
Retirada de amostras 
indeformadas (blocos). 
Trincheiras Obter uma exposição 
contínua do subsolo, ao 
longo da seção de uma 
encosta natural, áreas de 
empréstimos, locais de 
pedreiras,etc. 
• Classificação das 
camadas dos solos (com 
o nível da água) 
• Retirada de amostras 
amolgadas. 
• Inspeção de estruturas 
abaixo do nível do 
terreno. 
Trado Obter informações do perfil 
geotécnico. 
• Classificação das 
diferentes camadas (tátil-
visual). 
• Posição do nível da 
água. 
Tem suas limitações em 
profundidade abaixo do 
nível de água, camada de 
pedregulho, areias muito 
compactas, ou argilas 
duras, camadas de areias 
puras profundidade 
limitada (10 a 15m). 
Auxiliar em outros tipos de 
sondagens. 
Diretas 
Sondagens a percussão Obter informações 
geotécnicas ao longo de 
um perfil. 
• Classificação tátil visual 
do solo (perfil 
geotécnico). 
• Obtenção da resistência 
dinâmica (SPT). 
• Possibilita a 
determinação da 
profundidade de 
ocorrência do lençol 
freático. 
• Coleta de amostra. 
Em quase todo o tipo de 
construção. 
 10 
Sondagens Rotativas • Atravessar camadas 
limitadas de rochas, 
blocos de rochas e 
natações. 
• Classificação de leitos 
rochosos (obtenção de 
testemunhos). 
• Determinar 
irregularidades. 
• Ensaio de perda de 
água em rocha. 
• Retirada de amostras 
indeformadas de argilas 
duras e rijas. 
Classificação Citológica 
(baseada na gênese) 
Estado de alterações das 
rochas para fins de 
engenharia. (Descrição do 
estado de alterações). 
Grau de frateramento, 
RQD (Rock Quality 
Designation). 
Em barragens, túneis, 
fundações sobre rochas, 
galerias, etc. 
Mista Combinação de sondagem 
a percussão e rotativa. 
Combinação de sondagem 
a percussão e rotativa. 
Em maciços com solos e 
rochas. 
Diretas 
Sondagens Especiais para 
extração de Amostras 
“Indeformadas” 
 
Bloco – cilindros e Anéis 
Biselados – Amostrador 
Ivanoff – Amostrador tipo 
Shelby (de paredes finas) 
Amostrador Demisson 
Ensaios especiais em 
laboratório para a 
determinação das 
propriedades de 
permeabilidade, resistência 
e compressibilidade. 
Propriedades dos solos. Edifícios, estradas, 
barragens, túneis, galerias 
e obras de artes. 
 
 
 11 
2.2 - PROCEDIMENTOS 
 
2.2.1 - Roteiros usuais 
 
Primeiro passo é o estudo bibliográfico, a coleta de mapas e as atividades de 
campo e de laboratório. 
Para direcionarmos as investigações, realiza-se estudos de fotografias aéreas, 
seguido de mapeamento geológico-geotécnico preliminar. 
A medida que o estudo avança, são realizadas investigações mais detalhadas. 
 
2.2.2 - Métodos e etapas de projeto 
 
Na fase de inventário, algumas vezes denominada plano diretor, os estudos 
são realizados no âmbito regional, com objetivo de estabelecer alternativas para a 
construção de obras ou para intervenção no meio físico. São realizados levantamentos 
bibliográficos e consultas a mapas geológicos e estruturais, de escala regional ou local. 
Na fase denominada viabilidade, corresponde ao anteprojeto, o objetivo é 
verificar a possibilidade de desenvolver uma alternativa de execução do 
empreendimento que seja viável técnica e economicamente. O produto desta fase é a 
caracterização geológico-geotécnica preliminar das alternativas, com indicação do 
melhor local e, se possível com descrição dos principais problemas que podem ser 
encontrados em cada alternativa de projeto. 
A etapa seguinte é o projeto básico, é a preparação de documentos que 
permitam estabelecer o cronograma de execução, definir os custos e contratar a 
execução do empreendimento. As informações obtidas nesta fase do projeto devem 
subsidiar o projeto executivo do empreendimento. 
A última fase de investigação ocorre durante a faz do projeto executivo. Em 
gera, são realizados ensaios pontuais e sondagens dirigidas a alvos específicos. 
Eventualmente, durante a fase operacional do empreendimento, investigações 
específicas são necessárias para estudar comportamentos anômalos ou inesperados. 
 
2.2.3 - Investigações de Superfície 
 
2.2.3.1 - Interpretação de imagens 
A interpretação de imagens obtidas por sensoriamento remoto, fotos aéreas e 
imagens orbitais, é um recurso técnico indispensável para os trabalhos de mapeamento 
 12
geológico-geotécnico, por ser um método relativamente barato e rápido, no entanto, 
não dispensa os trabalhos de campo. 
A técnica de interpretação de fotografias aéreas preto e branco, ou 
fotointerpretação, envolve o reconhecimento de vários elementos: tonalidade e 
textura das imagens, morfologia ou forma de relevo, características da rede de 
drenagem, forma dos vales, vegetação, etc. 
A tonalidade é elemento de interesse para a definição de alguns tipos litológicos 
(quartizitos, calcários, aluviões, etc.) e de distinção entre terrenos constituídos por 
diferentes solos. A textura, fina, rugosa ou linear, é associada às tonalidades e, em 
geral, ambas são suficientes para caracterizar unidades geológicas ou geológico-
geotécnicas. 
A vegetação densa pode dificultar a fotointerpretação, porém existem situações 
em que fornecem indicações importante. 
Os primeiros trabalhos de fotointerpretação resultam em mapas 
fotointerpretativos preliminares, fundamentais para a programação dos trabalhos de 
campo, cujo resultados permitem a elaboração dos produtos finais. 
 
2.2.3.2 - Mapeamento 
 
O mapeamento é um método de investigação que procura identificar as 
condições geológico-geotécnicas dos termos, caracterizando as diferentes unidades 
presentes na área e o seu comportamento, quando submetidas a diferentes 
solicitações. 
É freqüente a elaboração de diagramas das descontinuidades nos trabalhos de 
mapeamento, separadas por famílias ou por características geotécnicas específicas. 
O produto do mapeamento é a carta geotécnica que representa as informações 
dos terrenos, para obras civis como para auxiliar a elaboração de planos de uso e 
ocupação do solo. 
 
2.2.4 - Investigações Geofísicas 
 
 Os métodos geofísicos permitem determinar a distribuição, em profundidade, de 
parâmetros físicos dos maciços, tais como velocidade de propagação de ondas 
acústicas, resistividade elétrica, contrastes de densidade e campo magnético da Terra. 
 13
 Os principais métodos geofísicos utilizados na Geologia de 
Engenharia são: 
 
• Métodos Geoelétricos: eletrorresistividade, polarização induzida, potencial 
espontâneo, eletromagnéticos. 
• Métodos Sísmicos: refração, reflexão, ensaios entre furos, utilizados na superfície 
terrestre, e perfilagem sísmica contínua, sonografia e ecobatimetria, utilizados na 
investigação de áreas submersas. 
• Métodos Potenciais: magnetometria e gavimetria 
 
 A análise dos dados geofísicos, juntamente com informações obtidas pelos 
mapeamentos geológicos convencionais e de sondagens mecânica, permite a tomada 
de decisões, principalmente na definição dos melhores locais para implantação de 
obras. 
 A cuidadosa e apropriada inclusão de ensaios geofísicos, no desenvolvimento 
de um determinado estudo, pode todavia reduzir o número de ensaios diretos 
requeridos para uma devida caracterização da superfície da área de interesse, 
reduzindo, desta forma, os custos finais do projeto. 
 
2.2.4.1 - Planejamento 
 
 A inclusão de ensaios geofísicos, como complementação de outras atividades de 
investigação ou ensaios de caracterização geológico-geotécnica de uma determinada 
área, deve necessariamente ser precedida de análise quanto a: 
 
• Natureza do problema geotécnico a ser avaliado 
• Relação custo benefício 
• Topografia (planimetria e altimetria das estações) e abertura e estaqueamento 
dos perfis; 
• Dados preexistentes: fotografias aéreas, mapas geológicos, dados 
hidrogeológico, dados de sondagens e relatórios técnicos. 
 
 
 
 14
2.2.4.2 - Aplicabilidade 
 
 O sucesso nainterpretação dos dados vai depender, fundamentalmente, de 
informações geológicas preexistentes e da experiência do profissional que irá 
interpretar os dados adquiridos. 
 Todavia existem limitações a ser consideradas na aplicação de certos métodos 
na solução de determinados problemas. 
 
2.2.4.3 - Métodos Geoelétricos 
 
A investigação geofísica através de métodos geoelétricos (inclui-se nestes 
métodos, os elétricos e eletromagnéticos) envolve a detecção, na superfície dos 
terrenos, dos efeitos produzidos pelo fluxo de corrente elétrica em subsuperfície. 
Podem ser classificados em dois grupos: os que utilizam fontes naturais e os que 
utilizam fontes artificiais (induzidas). 
 Com os métodos geoelétricos é possível medir correntes elétricas, diferença de 
potencial e campos eletromagnéticos entre dois pontos na superfície. 
 Estes métodos medem impedâncias, que, quando analisadas, permitem avaliar 
a distribuição das propriedades elétricas em subsuperfície. É papel do geofísico-
intérprete elaborar a correlação destas propriedades com as características geológicas 
do material subjacente. 
 
 Os métodos geoelétricos são amplamente empregados para: 
 
• determinação da posição e geometria do topo rochoso; 
• caracterização de estratos sedimentares; 
• identificação de zonas de falhas, zonas alteradas e/ou fraturadas, contatos 
litológicos, cavidades e diques; 
• caracterização de materiais impermeáveis e permeáveis, o que permite delimitar 
zonas potenciais de contaminação; 
• localização de corpos condutores (sulfetos maciços, grafita, água termais, etc.) e 
corpos resistentes (carvão, domos salinos, etc.); 
• identificação do N.A.; 
• identificação da direção e sentido do fluxo dos fluidos subsuperficiais. 
 
 15
 Os equipamentos utilizados para as medidas são: 
 Fonte de energia (baterias ou motores geradores), que alimenta uma unidade 
transmissora, conectada aos eletrodos de emissão ou de corrente (AB) ou às antenas 
no caso do radar, e uma unidade de recepção e registro de dados, conectada aos 
eletrodos MN, ou à antena de recepção no caso do radar. 
 
2.2.4.3.1 - Eletrorresistividade 
 
A eletrorresistividade ou resistividade elétrica é uma das principais propriedades 
elétricas utilizada na investigação geoelétrica, que diz respeito a dificuldade encontrada 
pela corrente elétrica para se propagar num meio qualquer. 
 A condução elétrica em sedimentos e em rochas próximas à superfície é 
basicamente iônica e ocorre ao longo dos poros interconectados. Na ausência de 
minerais de argila, a porosidade e a permeabilidade passam a ser fatores de extrema 
importância, entretanto, a presença de argila, que possui grande capacidade de troca 
iônica, viabiliza um caminho adicional de condução de corrente elétrica, além do 
caminho iônico. 
 Outro fator que condiciona fortemente a resistividade elétrica de um meio é sua 
textura. 
 Os dados são apresentados de várias formas, como perfis, seções, pseudo-
seções e plantas de isovalores de resistividades aparentes. 
 Os métodos de medição de eletrorresistividade são dois: a sondagem elétrica 
vertical e o caminhamento elétrico. 
 
• Sondagem elétrica vertical 
 
 Consiste em medir, na superfície terrestre, o parâmetro resistividade elétrica 
com emprego de um arranjo (simétrico ou assimétrico) de eletrodos de emissão e de 
recepção. 
 Um melhor resultado de sua aplicação ocorrerá em terrenos lateralmente 
homogêneos compostos de camadas estratificadas plano-paralelas. 
 Aplicado em estudos de investigação de áreas para construção de grandes 
obras civis, como barragens, portos e túneis e subsidiam estudos de monitoramento 
ambiental, por exemplo, em áreas contaminadas, e auxiliam no processo de escolha de 
locais para aterros sanitários. 
 16
 
• Caminhamento elétrico 
 
 É o estudo da distribuição horizontal do parâmetro resistividade elétrica a uma 
ou várias profundidades, aproximadamente constantes, abaixo do ponto de interesse 
na superfície, possibilitando assim, a identificação de contatos geológicos verticais ou 
inclinados, mineralizações, diques, fraturamentos, falhamentos, ou quaisquer outras 
características que se apresentem com heterogeneidades laterais de resistividade. 
 
2.2.4.3.2 - Potencial espontâneo e polarização induzida 
 
 Polarização, que pode ser natural (espontânea) ou induzida que da origem ao 
método geoelétrico de prospecção denominado polarização induzida, com vasta 
aplicação na prospecção de cobre, chumbo e zinco. 
 O potencial elétrico natural ou espontâneo está relacionado ao método de 
medição da diferenças de potencial provocadas pela circulação de correntes elétricas 
naturais no subsolo. Pode ser causado basicamente por efeitos de atividades mecânica 
ou eletroquímica, e o agente controlador principal deste fenômeno é a água. 
 Uma das importantes aplicações deste método está na determinação da direção 
e sentido do fluxo dos fluidos subterrâneos, no estudo de microbacias, para a 
localização de divisores de águas subterrâneas. Este método tem sido utilizado com 
sucesso no mapeamento detalhado de barragens de terra e outras obras civis, para 
detecção dos locais com problemas de vazamento de fluidos. 
 
2.2.4.3.3 - Condutividade 
 
 A condutividade elétrica dos terrenos, é a medida da facilidade com que a 
corrente elétrica flui através dos materiais (solo ou rocha). Os solos são, de uma 
maneira geral, pouco condutores e qualquer fluxo de corrente elétrica através destes 
materiais é devido principalmente à presença de água e seu conteúdo iônico. 
Nesta última década, foram desenvolvidos sistemas de indução eletromagnética 
com sensibilidade para detectar pequenas mudanças da condutividade, causadas pela 
presença e qualidade da água. Variações estão também relacionadas a presença de 
estruturas geológicas, as falhas e zonas de fraturas, fazendo com que o método tenha 
grande aplicabilidade na Geologia de Engenharia. 
 17
 Uma característica interessante dos métodos eletromagnéticos é que a maioria 
utiliza bobinas para emissão e recepção ondas eletromagnéticas, não necessitando, 
portanto, da cravação de eletrodos na superfície do terreno, o que torna estes métodos 
extremamente versáteis nas operações de campo, permitindo economia de tempo na 
aquisição de dados. 
 
2.2.4.3.4 - Radar de penetração no solo 
 
 Este método consiste na emissão contínua de ondas eletromagnéticas 
(espectros variando entre 10 e 2.500 MHz) e recepção dos sinais refletidos nas 
estruturas ou interfaces em subsuperfície. Os sinais são emitidos e recebidos através 
de antenas dispostas na superfície do terreno. 
 O radar de penetração no solo ocupa uma posição de destaque entre os 
métodos geofísicos de investigação rasa, por sua grande aplicabilidade em estudos de 
áreas urbanas. Além de propiciar ensaios não-destrutivos, possui ainda facilidades 
operacionais, como portabilidade dos equipamentos para aquisição dos dados, grande 
versatilidade do arranjo de campo dos sensores e receptores, e similaridades das 
técnicas de processamento com aquelas utilizadas para tratamento dos dados 
sísmicos. 
 Em situações de baixa condutividade (ou resistividades > 50ohm.m), o sinal de 
radar pode atingir profundidades superiores a 20m, no entanto, as argilas condutivas 
podem reduzir a penetração do sinal de radar a profundidades inferiores a 1m. 
 Sua aplicação tem tido relativo sucesso na detecção da conformação e 
estruturas do embasamento cristalino, em projetos de implantação de dutos 
subterrâneos, em estudos de contaminação de águas subterrâneas, na detecção da 
profundidade do nível freático, no estudo da integridade de estruturas, na detecção deespaços vazios sob a camada asfáltica, estrutura de dissolução em condutos de água e 
espaços vazios em grandes estruturas de concreto. 
 
2.2.4.4 - Métodos Sísmicos 
 
 Os métodos sísmicos têm por objetivo estudar a distribuição em profundidade do 
parâmetro velocidade de propagação das ondas acústicas, que está intimamente 
relacionado com características físicas do meio geológico, tais como densidade, 
 18
constantes elásticas, porosidade, composição mineralógica e química, conteúdo de 
água e tensão de confinamento. 
 Sinais acústicos são emitidos na superfície e se propagam através das camadas 
geológicas, retornando à superfície ao sofrerem reflexão ou refração total nas 
interfaces, sendo captados por sensores denominados geofones (em terra) ou 
hidrofones (em água). 
 
 Os principais métodos sísmicos utilizados na Geologia de Engenharia são: 
 
• na investigação terrestre: refração, reflexão e ensaios entre furos 
• na investigação de áreas submersas: perfilagem sísmica contínua, sonografia e 
ecobatimetria. 
 
2.2.4.4.1 - Sísmica de refração 
 
 Aplicada principalmente na determinação da profundidade do topo do 
embasamento rochoso e da espessura das camadas sotopostas ao embasamento, 
além de fornecer subsídios que possibilitam a avaliação do grau de escarificabilidade 
de maciços rochosos. 
 Os dados obtidos são plotados em gráficos tempo X distância que, devidamente 
interpretados, fornecem os parâmetros de interesse ao projeto. 
 O método sísmico de refração utiliza fontes de energia de natureza impulsiva 
que produzem deformações elásticas no meio, gerando ondas acústicas que se 
propagam através das diferentes interfaces geológicas. 
 Valores baixos de velocidade (< 1.000 m/s) são representativos de solos, 
enquanto valores elevados (> 4.000 m/s) correspondem a rochas mais resistentes, 
normalmente rochas sãs. 
 Este método foi desenvolvido para aplicação em áreas com topografia plana de 
baixa declividade (<25º). 
O sismograma constitui o registro básico utilizado na interpretação dos dados de 
refração sísmica, no qual identifica-se o tempo correspondente à "primeira chegada" de 
energia das ondas refratadas em subsuperfície. 
 A base do método sísmico de refração pressupõe valores de velocidade de 
propagação de ondas sísmica crescentes com a profundidade. 
 
 19
2.2.4.4.2 - Sísmica de reflexão 
 
 Com o avanço da microeletrônica e dos microcomputadores, este método 
passou a ter também aplicações rasa (profundidades inferiores a 30 m). 
 O método baseia-se na propagação, através das camadas geológicas 
subjacentes, do sinal acústico emitido na superfície. A energia emitida se irradia 
esfericamente a partir do ponto de origem, parte dessa energia retorna à superfície, ao 
atingir setores com contraste de impedância acústica, produto da densidade e da 
velocidade de propagação de ondas acústicas num meio. 
 O fenômeno de reflexão do sinal sísmico pode ser entendido como ecos 
oriundos de subsuperfície, analogamente à propagação do som no ar. 
 A aquisição de dados é análoga ao método de refração. Os geofones e a fonte 
de energia são posicionados na superfície ao longo do perfil em estudo. 
 Rochas cristalinas sãs transmitem bem as ondas de altas freqüência, ao 
contrário de rochas sedimentares pouco consolidadas. Condições ideais para aplicação 
do método de sísmica de reflexão rasa estão sempre relacionadas à presença de 
sedimentos arenosos finos e saturados em água. 
 Na escolha da fonte de energia devemos levar em consideração o custo, 
conveniência, portabilidade, freqüência e energia emitidas além da segurança. O 
martelo, cargas explosivas, o rifle sísmico são exemplos de fonte de energias. 
A sísmica de reflexão tem algumas semelhanças com o método GPR, que 
registram reflexões oriundas da subsuperfície. Entretanto, o método GPR apresenta 
melhor resultado na ausência de condutores elétricos próximo à superfície, enquanto a 
sísmica de reflexão exibe melhores resultados em áreas onde o nível freático localiza-
se próximo à superfície. Por outro lado, as ondas eletromagnéticas utilizadas no 
método GPR penetram areias secas que, normalmente, não transmitem facilmente 
ondas sísmicas de alta freqüência. 
 
2.2.4.4.3 - Ensaios sísmicos entre furos 
 
 A correlação entre os parâmetros geotécnicos estáticos, resultados de ensaios 
convencionais (sondagens à percussão, ensaios de compressão triaxial, cisalhamento 
simples, etc.) e aqueles obtidos a partir dos ensaios geofísicos (parâmetros dinâmicos) 
constitui, atualmente, tema de importante discussão. 
 20
 A necessidade de obtenção deste tipo de informação impulsionou o 
desenvolvimento de métodos de investigação geofísica de aplicação entre furos de 
sondagem, surgindo assim, os métodos sísmico denominados crosshole e tomografia. 
Estes ensaios são importantes procedimentos para analisar in situ as propriedades 
mecânicas dos solos e das rochas. 
 
• Método crosshole 
 O ensaio sísmico crosshole consiste na geração de ondas sísmicas em um furo 
e o seu registro, após percurso pela camada geológica, em um ou mais furos 
adjacentes, sendo que fontes e receptores devem estar no mesmo nível topográfico de 
investigação. 
 O objetivo deste método é captar a onda transmitida diretamente entre fonte e 
receptores para se obter os valores reais das velocidades de propagação das ondas no 
meio. Estes dados são utilizados na determinação dos módulos de elasticidade 
dinâmica de maciços e na identificação de anomalias entre furos (vazios, zonas de 
alteração, etc.). 
 A principal aplicação do método sísmico crosshole está na determinação dos 
parâmetros dinâmicos de deformabilidade. 
 Os dados obtidos a partir dos ensaios crosshole podem também ser 
correlacionados com o coeficiente de Poisson, mesmo considerando-se que este 
parâmetro pode ser fortemente influenciado pelo grau de saturação do maciço (Prado, 
1994). 
 
• Tomografia sísmica 
 Mapeamento de detalhes de fraturas, falhas e de outra heterogeneidades de 
maciços. 
 O método de tomografia sísmica permite o zoneamento de maciços com base na 
variação da velocidade de propagação das ondas elásticas, uma vez que ela é função 
da densidade e das propriedades elásticas do material. Esta técnica possibilita ainda o 
estudo detalhado da integridade de estruturas de concreto. O arranjo mais comum da 
fonte de sinais e dos receptores, para aquisição de dados é análogo ao ensaio 
crosshole. 
 
 
 
 21
2.2.4.4.4 - Métodos de investigação de áreas submersas 
 
 Os métodos de observação direta, não são aplicados na investigação de áreas 
submersas (fundos de rios, lagos ou mar), na maioria das vezes, tendo em vista as 
dificuldades de acesso ao local de interesse com emprego das ferramentas 
convencionais. Neste caso, os métodos geofísicos passam a ter relevância ainda 
maior, pela possibilidade de obtenção de dados detalhados da morfologia da superfície 
de fundo, das camadas geológicas rasas e da profundidade do embasamento 
cristalino. 
 A morfologia da superfície de fundo é estabelecida em detalhes pela 
ecobatimetria e pela sonografia. Com o método de perfilagem sísmica contínua, pode 
ser obtidas as espessura dos estratos rasos de sedimentos inconsolidados e a 
conformação do embasamento acústico (limite de penetração do sinal acústico). 
Outro métodos geofísicos podem ser usados, como por exemplo, a magnetometria, 
utilizada no mapeamento de ocorrências de intrusões ígneas e falhas e em operações 
de localização de tubulações metálicas soterradas, e a refração sísmica, no 
mapeamento da distribuição da velocidade de propagação das ondas sísmicas nos 
sedimentos inconsolidados. 
 
• Perfilagem sísmicacontínua 
O princípio do método de perfilagem sísmica contínua é o mesmo da sísmica de 
reflexão, utilizada em levantamentos terrestres, busca explorar os contrastes de 
impedância acústica existentes entre os diferentes meios físicos subjacentes à 
superfície de fundo. 
 No registro de fundo é possível observar a coluna d'água, os estratos 
sedimentares rasos e a profundidade do embasamento acústico. 
 
• Sonografia 
 A sonografia é o método que tem por objetivo mapear a superfície de fundo, em 
substituição às técnicas usualmente utilizadas no mapeamento em terra, como a 
fotografia aérea, imagens de satélites e de radar. 
 O levantamento através do sonográfico é feito com a emissão de um sinal 
acústico de alta freqüência, em intervalos de tempo regulares, por dois transdutores 
submersos (sonar). 
 22
 Os mesmos transdutores de emissão do sinal acústico são também 
responsáveis pela recepção do sinal, oriundos da reflexão na superfície de fundo. 
 A interpretação dos dados de sonografia está baseada na análise visual dos 
contrastes entre padrões texturais apresentados pelos registros de campo. 
 
• Ecobatimetria 
 A ecobatimetria é um método que consiste na emissão de sinais acústicos de 
alta freqüência, por meio de transdutores apontados verticalmente para a superfície do 
fundo, tendo como objetivo principal obter informações detalhadas da topografia de 
fundo, identificando com grande precisão a espessura da coluna d'água. A 
ecobatimetria tem vasta aplicação na confecção de cartas náuticas, nos estudos para 
determinação de rotas de navegação e monitoramento de processos de erosão e 
assoreamento de reservatórios. 
 
• Aplicações 
 Rotas de navegação, construção de portos e barragens, a identificação de ondas 
de areias de grande porte. 
Além de uma importante ferramenta na investigação geológica de superfícies 
submersas, estes métodos geofísicos são também aplicados em operações de busca e 
salvamento, seja de embarcações ou equipamentos naufragados, seja na localização 
de pontos de rompimentos de dutos submarinos. 
Os resultados da investigação sísmica de áreas submersas podem ser 
representados de varias formas: mapas de localização dos perfis executados, perfis, 
mapa batimétrico, mapa de isópacas de sedimentos, mapa de contorno estrutural 
(profundidade do embasamento acústico). 
 
2.2.4.5 - Métodos Potenciais 
 
2.2.4.5.1 - Magnetometria 
 
 A magnetometria é um dos métodos geofísicos mais versáteis, tanto pela 
facilidade e rapidez de execução do ensaio, como pelo baixo custo na operação do 
levantamento do campo. No entanto, a interpretação de dados magnéticos é complexa, 
devido as ambigüidades inerentes a este método. 
 A magnetometria detecta anomalias do campo magnético terrestre. Um estudo 
desenvolvido para determinação de locais para construção de barragens (IPT, 1995a), 
 23
mostrou que a magnetometria constitui-se em excelente ferramenta no mapeamento de 
diques não-aflorantes e na delimitação de corpos diabásio para extração de materiais 
de construção. A magnetometria de alta resolução tem sido também utilizada na 
localização de antigos dutos submarinos soterrados a baixa profundidade, em áreas 
emersas e submersas, e no monitoramento de grandes movimentos de massa 
associados a escorregamentos em grande escala. 
 
2.2.4.5.2 - Gravimetria 
 
 O método de gravimetria fundamenta-se na determinação da atração 
gravitacional num ponto na superfície da Terra, utiliza-se equipamentos denominados 
gravímetros. Tem por finalidade identificar contrastes de densidade em profundidade. 
 A melhor aplicação desse método é em terrenos planos onde ocorrem, em 
subsuperfície, cavidades de grande porte (normalmente em áreas cársticas). 
 
2.2.4.6 - Posicionamento 
 
 A precisão no posicionamento das estações de observação geofísica é 
fundamental em qualquer dos métodos utilizados, seja com a finalidade de 
reprogramação de novos ensaios ou simplesmente para a apresentação dos dados 
obtidos. 
 O GPS (Global Positioning System), é um sistema de posicionamento 
baseado em satélites que propicia uma precisão até centimétrica, no posicionamento 
planimétrico de um ponto na superfície da Terra, sendo considerado o principal 
sistema utilizado atualmente. 
 
2.2.4.7 - Utilização de computadores na geofísica 
 
 A utilização de computadores na Geofísica, vem possibilitando avanços 
consideráveis e permitindo a obtenção de maior precisão e maior controle de qualidade 
nas medidas de campo e tem aprimorado as formas de apresentação dos resultados. 
 No processamento de dados geofísico, o computador desempenha um papel de 
extrema importância, pois permite a execução de vários procedimentos que vão desde 
a simples análise dos dados (primeiras chegadas, no caso dos ensaios de sísmica de 
refração) até filtragem digital do sinal. 
 
 24
3.0-MÉTODOS SEMI-DIRETOS 
 
 
ENSAIO DE PALHETA (VANE TEST) 
 
 
OBJETIVOS: 
Medir a Resistência não 
drenada ao cisalhamento dos 
solos puramente coesivos. 
 
INFORMAÇÕES: 
Resistência não 
Drenada Su. 
 
APLICAÇÕES: 
Aterros, Barragens e 
Rodovias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25
PENETRAÇÃO ESTÁTICA (DEEPSOUNDING) 
 
OBJETIVOS: 
Obter a resistência do solo, 
através de um cone padronizado, 
que é introduzido ao solo 
 
INFORMAÇÕES: 
Tipo de solo – Consistência ou 
compacidade, resistência de ponta 
e lateral. A
 
APLICA
trito lateral. 
ÕES: 
 
Ç
Edifícios, 
Conjuntos
residencia
is 
 
 
 
 
 
 26
Piezocone 
Tópicos: 
l.Introdução 
 Ensaio 
imento 
. Introdução: 
enetração estática de um cone padronizado, que mede a resistência de 
ponta (
Origem: cone holandês, deepsoun
2. Objetivos do ensaio: 
(segundo Soares et allii, 1986) 
i. Definir a estratigrafia do terreno NT 
ii. Determinar a profundidade das camadas resistentes e detectar descontinuidades diversas 
iii. Identificar e classificar as diversas camadas do solo 
sibilidade de cada cainada.(c,φ, cv) 
2.Objetivos do
3.Equipamento e Proced
4.Aplicação dos Resultados 
5.Considerações Finais 
 
1
Ensaio de p
qc), atrito lateral (c ) e a pressão neutra (μ). 
ding => mecânico, manual 
piezocone ==> elétrico , mecanizada (qc, fs, μ). 
iv. estimar as características de resistência e de compres
v. estabelecer as condições de cravabilidade e a capacidade das estacas. 
 27
 Obs.: mais eficiente => perfil subsolo => ensaio contínuo muito utilizado em estruturas 
"offshore" 
3. Equipamento e Procedimento 
3. 1. Equipamento: 
i. Maquina cravação => velocidade constante 2 cm/s 
ii. Piezocone (célula carga, transdutor de pressão) 
iii. Sistema aquisição de dados (conversar a/d, micro computador e impressora). 
 
3.2. Procedimento (segundo Soares et allii,1986) 
 
 Consiste em fazer penetrar no solo a uma velocidade constante de 2cm/s, uma série de 
hastes cilíndricas com um cone na ponta e registrar continuamente (≅ cada 5cm), a resistência 
ponta (qc), o atrito lateral (fs) e a pressão neutra (μ). 
 
4. Aplicação dos resultados 
 
4.1. Dados Obtidos 
 
Gráficos de qc, fs e μ versus prof.(z) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28
4.2. Aplicações 
i. Classificação dos Solos 
ii. Resistência não-drenada, Su 
iii. Ângulo de atrito interno (φ’) 
 29
iv. Capacidade de carga de estacas 
 
(Gg. Philipponnat) => traduzido p/ Nelson Godoy => jul/86 ABMS 
 
Qu = Qpu + Qsu = qpu * Ap + fsu * As 
 
αp => tabela f (solo) 
αf => tabela f (solo) 
αs => tabela f (tipo de estaca) 
qc => resistência ponta cone 
Qu => carga de ruptura 
Qpu => carga de ponta 
Qsu => carga atrito lateral 
2
u
N
QQ =
 
Carga AdmissívelSu => Nkt => melhor concordância com o laboratório 
Su => NΔu => concordância razoável 
Su => Nke => pior concordância 
 
u
u
ke
t
ke
e
N
N
uq
N
q
Δ
Δ=
−==
 piez. ,Su 
 piez. ,Su 
v. Correlação com SPT 
 
 30
qc (kgf/cm²) = K * N N - N.º Golpes SPT 
 
(Meyerhof, 1953) 4 < K < 12 areia =>12 
 argila => 4 
 
vi. Pressão admissível 
 
 para areias 
10
c
adm
q=σ
 
(Sanglerat,1972) 
 
 
5. Considerações Finais 
 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Ensaio contínuo e rápido Depende pouco do 
Cravação mecanizada operador 
Obtenção automática de dados 
 
Perfil do subsolo detalhado 
Estimativa de parâmetros geotécnicos (class. S, Φ' , Su, Cap. Carga, etc.) 
No brasil pouco utilizado comercialmente 
Momento => trabalhos de pesquisa 
Muito utilizado na Europa, Japão e EUA => estruturas " OFF-SHORE" 
 
Ensaio E3 
 
 
 
 31
ENSAIO PRESSIOMÉTRICO (MENARD). 
 
 
OBJETIVOS: 
Determinar “in situ” as 
características dos 
solos referentes à 
resistência e 
compressibilidade 
 
INFORMAÇÕES: 
Módulo pressiométrico 
(Ep). Limite de 
elasticidade do solo. 
 
APLICAÇÕES: 
Nos casos de solos, nos 
quais as amostras 
indeformadas, não 
podem ser extraídas 
facilmente para os 
ensaios de laboratório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32
4.0-ENSAIO COM O DILATÔMETRO . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.0-ENSAIO DE PERMEABILIDADE 
 
 
OBJETIVOS: 
Determinar “in situ” a permeabilidade das camadas do solo. 
 
INFORMAÇÕES: 
Permeabilidade do solo 
 
APLICAÇÕES: 
Em projetos que envolvem grande volume de solos. Em solos arenosos. 
 33
 
 
 
 
ENSAIO DE TUBO ABERTO ENSAIO DE REBAIXAMENTO 
 
 
PROVA DE CARGA 
 
 
 
OBJETIVOS: 
Característica de compressibilidade do solo. 
 
INFORMAÇÕES: 
Curvas carga-recalque, coeficiente de recalque. 
 
APLICAÇÕES: 
Pavimentos rígidos, vigas de fundações sobre base elástica, em plataformas offshore. 
 
 34
 
6.0-MÉTODOS DIRETOS 
 
POÇO DE INSPEÇÃO 
 
• escavações verticais realizadas principalmente em solo (mínimo de 1,5m 
de diâmetro ou de lado) 
• permitem o exame detalhado dos horizontes escavados 
• permitem a retirada de amostras deformadas e indeformadas de solo 
• possibilitam a realização de ensaios “in situ” 
 
OBS: A TRINCHEIRA DE INSPEÇÃO É RECOMENDADA NOS CASOS EM QUE HÁ 
INTERESSE EM INVESTIGAR O COMPORTAMENTO E/OU DISTRIBUIÇÃO DOS 
MATERIAIS NO SENTIDO LATERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35
 
7.0-SONDAGENS A TRADO 
 
 
OBJETIVOS : Obter informações do 
perfil geotécnico. 
 
INFORMAÇÕES: Classificação das 
diferentes camadas (tátil-visual). 
Posição do nível da água. 
 
APLICAÇÕES: Tem suas limitações 
em profundidade abaixo do nível de 
água, camada de pedregulho, areias 
muito compactas, ou argilas duras, 
camadas de areias puras profundidade 
limitada (10 a 15m). Auxiliar em outros 
tipos de sondagens. 
 
 
 
 
TRADOS: a- Cavadeira, b – Torcido e c - Helicoidal 
 
 
• perfuração manual de 
pequeno diâmetro (no geral 
de 3”). 
• equipamento composto por 
hastes de aço rosqueáveis, 
tendo o trado (concha ou 
espiral) na extremidade 
inferior e uma cruzeta para 
aplicação do torque na 
extremidade superior. 
• permite a coleta de amostras 
deformadas (a cada metro 
e/ou quando há variação do tipo de material). 
ESQUEMA BÁSICO 
DO TRADO
EXECUÇÃO DA SONDAGEM A TRADO
• limitações: nível d’água; solos de alta resistência; níveis de cascalho espesso; 
matacões. 
 
 
 
 
 36
 
 
8.0-SONDAGEM A PERCUSSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Co
rda 
 
Peso ( 65 kg )
Altura de 75 cm
Solo laterítico
Solo saprolítico
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Haste
Amostrador
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS: Obter informações geotécnicas ao longo de um perfil de solo. Determinar os 
índices de resistência à penetração do solo 
 
NFORMAÇÕES: Classificação tátil visual do solo (perfil geotécnico). Obtenção da resistência 
dinâmica (SPT). Possibilita a determinação da profundidade de ocorrência do lençol freático. 
Coleta de amostra deformadas. 
 
APLICAÇÕES: Em quase todo o tipo de edificação. 
 
PROCEDIMENTO 
 
• método de investigação do solo em que a perfuração é obtida por meio do 
golpeamento do fundo do furo por peças de aço cortantes. 
• acima do nível de água o avanço da sondagem é feito por meio de trado; 
ao atingir o NA ou material resistente ao trado, a sondagem deve 
prosseguir por meio do método de LAVAGEM (trépano e circulação de 
água). 
• limitações: matacões, conglomerados, profundidades maiores que 40m. 
• possibilitam a realização do ensaio SPT (geralmente de metro em metro). 
 37
. 
• consiste na cravação de um 
barrilete de 45cm, por meio 
do impacto de um peso de 
65 kg, caindo em queda livre 
de 75cm de altura, sobre a 
composição. 
• anota-se o número de 
golpes necessários para a 
cravação de 45cm, 
subdivididos em 3 trechos 
de 15cm. 
• o índice de resistência à 
penetração (IRP) equivale 
ao número de golpes 
necessários para a cravação 
dos últimos 30cm. 
• considera-se impenetrável ao 
SPT quando a penetração for 
inferior a 5cm durante 10 golpes 
• consecutivos. 
 
 
 
 
NÚMERO DE FUROS E DISTRIBUIÇÃO 
 
a) Número de furos de sondagem 
 Para pequenas áreas em projeção, o número mínimo de furos de sondagem será: 
. 
¾ 2 ( dois ) furos para projeções até 200m2. 
¾ 3 ( três ) furos entre 200m2 e 400m2 de projeção 
¾ Um furo de sondagem para cada 200m2 de projeção de área, área construída, 
até projeção de 1200m2. 
¾ Um furo de sondagem adicional para cada 400m2 de área de projeção para área 
entre 1200m2 e 2400m2. 
¾ Para projeções acima de 2400m2, o número de furos de sondagem será fixado 
para cada caso em particular. 
 
Área Construída 
Projeção em m² 
N° de furos mínimos 
≤ 200 
200 a 400 
400 a 600 
600 a 800 
800 a 1000 
1000 a 1200 
1200 a 1600 
1600 a 2000 
2000 a 2400 
> 2400 
2 
3 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
A critério 
 
 38
 
b) Distribuição recomendada 
 
OBS : A distância máxima entre cada furo não deverá ultrapassar a 25m, a não ser que 
o subsolo seja bastante repetido de suas características. 
 
c) Estimativa de profundidade de investigação de uma sondagem 
CRITÉRIO DA NORMA BRASILEIRA 
CRITÉRIO BASEADO EM SONDAGEM A PERCUSSÃO 
¾ Quando em 3m sucessivos, obtiver índices de penetração maiores do que 45/15 
¾ Quando em 4m sucessivos, obtiver índices de penetração entre 45/15 e 45/30. 
¾ Quando em 5m sucessivos, obtiver índices de penetração entre 45/30 e 45/45. 
 
CRITÉRIO BASEADO NO TIPO DE OBRA OU TIPO DE FUNDAÇÃO 
CRITÉRIO PARTICULAR 
 39
8.1-ANÁLISE ISOLADA DAS CAMADAS DO SOLO - SOLOS DE COMPORTAMENTO 
GRANULAR 
 
Nas areias a obtenção de amostras indeformadas, bem como a moldagem dos 
corpos de prova para a realização de ensaios e laboratórios, são operações 
extremamente difícies de proceder. Por tais motivos, recorre-se em geral, a 
procedimentos indiretos para se obter características “in situ’’ de resistência ao 
cisalhamento e também de compressibilidade desses solos, em especial. As 
sondagens de percussão, bem como os ensaios de penetração estática de CONE ( tipo 
holandês ) usualmente as únicas disponíveis em análises preliminares, são muito 
utilizadas nesses procedimentos. 
 
SONDAGENS A PERCUSSÃOAreia Densidade 
Relativa (DR) 
N de Golpes 
N ( SPT ) 
Ângulo de 
Atrito ( graus 
) 
Ensaio de 
Penetração 
Estática 
( kgf/cm² ) 
Tensão 
Admissível 
(kgf/cm² ) 
 
Muito fofa 
Fofa 
Média 
Compacta 
Muito 
Compacta 
< 0,2 
0,2 – 0,4 
0,4 – 0,6 
0,6 – 0,8 
> 0,8 
≤ 4 
5 – 10 
11 – 30 
31 – 50 
> 50 
< 30 
30 – 35 
35 – 40 
40 – 45 
> 45 
< 20 
20 – 40 
40 – 120 
120 – 200 
> 200 
< 1,0 
1,0 – 2,0 
2,0 – 4,0 
4,0 – 6,0 
> 6,0 
 
Tabelas dessas naturezas devem ser usadas criteriosamente e considerados 
todos os fatores, inerentes às fundações (formas, dimensões e profundidades ) e ao 
terreno que servirá de apoio ( profundidade, ocorrência do nível d’água e possibilidades 
de recalques, existência de camadas mais fracas abaixo da cota prevista, para 
assentamento das fundações. 
 
COMPACIDADE E CONSISTÊNCIA DOS SOLOS (com base no ensaio SPT) 
 
Solo 
Índice de Resistência à 
Penetração 
(“SPT”) 
 
Designação 
 < 4 fofa 
Areia e 5 a 8 pouco compacta 
silte 
arenoso 
9 a 18 medianamente 
compacta 
 19 a 40 compacta 
 > 40 muito compacta 
 < 2 muito mole 
Argila e 3 a 5 mole 
silte 6 a 10 média 
argiloso 11 a 19 rija 
 > 19 dura 
 
ABNT-NBR 7250 in MACIEL FILHO, C.L. 1994. Introdução à Geol. Engenharia. Ed. 
UFSM. Pg. 110. 
 
 40
 ENSAIO SPT T 
 
Corresponde ao aprimoramento do ensaio SPT, a partir da medida da torção 
necessária para girar o barrilete cravado no fundo do furo, possibilitando uma melhor 
definição dos parâmetros de resistência do solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41
9.0-SONDAGEM ROTATIVA 
 
COROA
BARRILETE
HASTE
REVESTIMENTO
MOTOR
GUINCHO
BOMBA DE LAMA
TRIPÉ OU TORRE
MOTOR DA BOMBA
ESQUEMA DE UMA SONDA ROTATIVA Método de investigação 
que consiste no uso de 
um conjunto moto-
mecanizado, projetado 
para a obtenção de 
amostras de materiais 
rochosos testemunhos), 
contínuas e com 
formato cilíndrico. A 
ação perfurante é dada 
por forças de 
penetração e rotação 
que, conjugadas, atuam 
com poder cortante. 
 
 
(modificado de ABGE, 1990. Diretrizes para a execução de sondagens. Pg 9.) 
 
OBJETIVOS: 
 
• Atravessar camadas limitadas de rochas, blocos de rochas e natações. 
• Classificação de leitos rochosos (obtenção de testemunhos). 
• Determinar irregularidades. 
• Ensaio de perda de água em rocha. 
• Retirada de amostras indeformadas de argilas duras e rijas. 
 
INFORMAÇÕES: 
Classificação Citológica (baseada na gênese) 
Estado de alterações das rochas para fins de engenharia. (Descrição do estado de alterações). 
Grau de frateramento, RQD (Rock Quality Designation). 
 
APLICAÇÕES: 
Em barragens, túneis, fundações sobre rochas, galerias, etc. 
 
DIÂMETROS DAS SONDAGENS ROTATIVAS 
 
NOMENCLATURA 
DIÂMETRO DO 
FURO (mm) 
DIÂMETRO DO 
TESTEMUNHO (mm) 
E 37,71 21,46 
A 48,00 30,10 
B 59,94 42,04 
N 75,64 54,73 
86mm 86,02 72,00 
H 99,23 76,20 
(modificado de ABGE, 1990. Diretrizes para execução de sondagens.) 
 42
 
DADOS OBTIDOS COM A DESCRIÇÃO DOS TESTEMUNHOS DE 
SONDAGENS ROTATIVAS 
• tipo litológico/estruturas presentes 
• grau de recuperação 
• grau de fraturamento 
• índice de qualidade de rocha 
• grau de alteração 
• grau de coerência 
 
GRAU DE RECUPERAÇÃO (exemplo) 
 
Recuperação = 
Comprimento dos Testemunhos
Comprimento da Manobra
×100 
 
VALORES DE RECUPERAÇÃO 
(%) 
SÍMBOLO RECUPERAÇÃO 
0-25 R5 Muito Baixa 
26-50 R4 Baixa 
51-75 R3 Razoável 
76-90 R2 Boa 
91-100 R1 Alta 
 
GRAU DE FRATURAMENTO (exemplo) 
 
Fraturamento = Nº de Fraturas (*) por trecho de Isofraturamento
Comprimento do trecho de Isofraturamento
 
*não considerar as fraturas mecânicas, devidas à sondagem 
 
NÚMERO DE FRATU-RAS 
POR METRO 
SÍMBOLO ROCHA 
<2 F1 Ocasionalmente fraturada 
2-5 F2 Pouco fraturada 
6-10 F3 Medianamente fraturada 
11-15 F4 Muito fraturada 
>15 F5 Extremamente fraturada 
 
 
 
 
 
 
 43
 
10.0-SONDAGEM MISTA 
 
 
OBJETIVOS: 
Combinação de sondagem a percussão e rotativa 
 
INFORMAÇÕES: 
Combinação de sondagem a percussão e rotativa 
 
APLICAÇÕES: 
Em maciços com solos e rochas. 
 
 
11.0-SONDAGEM ESPECIAIS 
 
Sondagens Especiais para extração de Amostras “Indeformadas” 
Bloco – cilindros e Anéis Biselados – Amostrador Ivanoff – Amostrador tipo Shelby (de paredes 
finas), Amostrador Denisson 
 
OBJETIVOS: 
 
• obtenção de amostras que conservem, o máximo possível, as 
características naturais dos materiais de interesse. 
• as amostras coletadas são utilizadas para a realização de ensaios de 
laboratório. Ensaios especiais em laboratório para a determinação das 
propriedades de permeabilidade, resistência e compressibilidade 
 
INFORMAÇÕES: 
Propriedades dos solos 
 
APLICAÇÕES : 
Edifícios, estradas, barragens, túneis, galerias e obras de artes 
 
COLETA DE AMOSTRAS INDEFORMADAS DE SOLO 
 
PROCEDIMENTO: 
• moldagem da amostra (cubo com 30cm de aresta) na profundidade ou no 
material desejado, talhando o fundo e/ou a parede da escavação. 
• envolvimento das faces expostas com camadas entremeadas de parafina 
e talagarça. 
• colocação de tela de nylon para evitar rachaduras na retirada final da 
amostra. 
• colocação de caixa de madeira e talhagem da face final. 
• novas camadas de parafina e talagarça na face exposta. 
• preenchimento dos espaços laterais da caixa com serragem. 
• fechamento da caixa com identificação completa da amostra. 
 
OBS: Indicar a posição espacial da amostra para permitir a execução de ensaios 
orientados. 
 
 44
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS: 
INFORMAÇÕES: 
APLICAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45
11.1-APLICAÇÕES DAS SONDAGENS DE SIMPLES CONHECIMENTO E DE 
ENSAIOS DE PENETRAÇÃO ESTÁTICA 
 
 
OBTENSÃO DE PARÂMETROS 
 
MÓDULOS DE ELASTICIDADE 
 
 
Kooger & Scheidig 
 
Bankan Kedzi 
Tipo de solo E (kgf/cm2) Tipo de solo E (kgf/cm2) Tipo de solo E (kgf/cm2) 
Pedregulho 
arenoso 
1000 – 
2000 
Areia muito 
compacta 
830 Areia 
densa com 
pedregulho 
1000 - 
2000 
Areia 
compacta 
500 – 800 Areia fina 
saturada 
850 Areia 
densa 
500 – 800 
Areia fofa 100 – 200 Areia com 
pedregulho
540 Areia fofa 100 – 250 
Argila dura 80 – 150 Areia com 
pouca 
umidade 
540 Areia 
siltosa 
70 – 200 
Argila rija 40 – 80 Argila 
siltosa com 
areia e silte 
orgânico 
310 Argila 
arenosa 
300 – 400 
Argila mole 15 – 40 Argila 
siltosa 
saturada 
com areia 
440 Argila rija 70 – 180 
Argila 
muito mole 
5 – 30 _____ ____ Argila mole 20 – 50 
Turfa 1 - 50 _____ ____ Argila 
muito mole 
3,5 - 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46
 
11.2-COEFICIENTE DE POISSON 
 
Barkan 
 
Tipo de solo Coeficiente de 
Poisson 
Areia 0,20 
Argila com pouca Areia 0,35 
Argila 0,40 
Caputo 
Coeficiente de Poisson = 0,50 para todos os solos 
 
 
TENSÃO ADMISSÍVEL 
 
Para areias e argilas: 
 
 
 
 
 
ÂNGULO DE ATRITO [φ X Dr (%)] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SONDAGENS A PERCUSSÃO 
 
Areia Densidade 
Relativa 
(DR) 
N de Golpes 
N ( SPT ) 
Ângulo de 
Atrito 
(graus) 
Ensaio de 
Penetração 
Estática 
( kgf/cm² ) 
Tensão 
Admissível 
(kgf/cm² ) 
 
Muito fofa 
Fofa 
Média 
Compacta 
Muito 
Compacta 
< 0,2 
0,2 – 0,4 
0,4 – 0,6 
0,6 – 0,8 
> 0,8 
≤ 4 
5 – 10 
11 – 30 
31 – 50 
> 50 
< 30 
30 – 35 
35 – 40 
40 – 45 
> 45 
< 20 
20 – 40 
40 – 120 
120 – 200 
> 200 
< 1,0 
1,0 – 2,02,0 – 4,0 
4,0 – 6,0 
> 6,0 
φ = 30o + 15 Dr - Areias puras - Meyerhof (1956) 
φ = 25o + 15 Dr - Areias com mais de 5% de finos - Meyerhof (1956) 
φ = 26o + 20 Dr - Areias bem graduadas – Zeevaert (1972) 
(1,49 – Dr) Tg φ = 0,712 Melo (1971) 
σ = NSPT / 4 a 5 (kgf/cm2) 
 47
 
 
 
 
 
Argila N de Golpes N ( SPT 
) 
Resistência a 
compressão 
simples ( qu = 
Kq/cm2 ) 
Resistência não 
drenada ( Su = 
Kq/cm2 ) 
Muito fofa 
Fofa 
Média 
Rija 
Muito Rija 
Dura 
< 2 
2 –4 
4 – 8 
8 – 16 
16 – 32 
> 32 
< 0,25 
0,25 – 0,50 
0,50 – 1,00 
1,00 – 2,00 
2,00 – 4,00 
> 4,00 
< 0,20 
0,20 – 0,40 
0,40 – 0,75 
0,75 – 1,50 
> 1,50 
 
 
 
ÍNDICES E PARÂMETROS GEOTÉCNICOS 
 
1– Peso Específico dos grãos ( ϒg ) 
 
ϒg ( g/cm3 ) Tipo de Material 
Bowles ( 1979 ) Peck ( 1974 )
Areias, pedregulhos, material grosso 2,65 – 2,67 
 
 
Solos coesivos, como misturas de argilas, siltes, 
areias 
2,68 – 2,72 
Argilas Função do 
mineral 
 
Areias 2,65 – 2,68 
Pedregulhos 2,65 – 2,68 
Argilas inorgânicas 2,68 – 2,72 
Argilas orgânicas 2,62 – 2,66 
Siltes 2,65 – 2,68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48
2 − Peso Específico Aparente do Solo (ϒ ) 
2.1 - Peck ( 1974 ) 
 
Tipo de Material N e wSAT ϒSEC ϒSAT 
( g/cm3 ) 
 
3 – Coeficiente de Permeabilidade 
( g/cm3 ) 
Areia uniforme, fofa 0,46 0,85 32 1,43 1,89 
Areia uniforme, compacta 0,34 0,51 19 1,75 2,09 
Mistura de Areia, fofa 0,40 0,67 25 1,59 1,99 
Mistura de Areia, compacta 0,30 0,43 16 1,86 2,16 
Argila Orgânica, mole 0,66 1,90 70 0,93 1,58 
Argila Orgânica, muito mole 0,75 3,00 110 0,68 1,43 
Argila mole de montmorilonita 0,84 5,20 194 0,43 1,27 
3.1 – Fang ( 1975 ) 
 
Tipo de Solo κ ( cm/s ) Permeabilidade 
Pedregulho > 10-1 Alta 
Pedregulho com areia 10-1 a 10-3 Média 
Areia 10-3 a 10-5 Baixa 
Argila Siltosa 10-5 a 10-7 Muito Baixa 
Argila < 10-7 Impermeável 
 
4 – Coeficiente de Poisson ( μ ) 
 
μ Tipo de Material 
Barata ( 1984 ) Fang ( 1975 ) Bowles ( 1977 )
Solos Arenosos 0,15 – 0,25 
Argila com pouca areia e silte 0,30 – 0,35 
Argila 0,35 – 0,40 
Argila Saturada 0,50 
Argila com areia e silte 0,30 – 0,42 
Argila não saturada 0,35 – 4,40 
Solo arenoso 0,15 – 0,25 
Areias 0,30 – 0,35 
Argila saturada 0,40 – 0,50 
Argila não saturada 0,10 – 0,30 
Argila arenosa 0,20 – 0,30 
Silte 0,30 – 0,35 
Areia densa 0,20 – 0,40 
Areia grossa 0,15 
Areia fina misturada 0,25 
 Rocha ( depende do tipo ) 0,10 – 0,40 
Loess 0,10 – 0,30 
Gelo 0,36 
Concreto 0,15 
 
 
 
 
 49
5 – Coeficiente de Empuxo no Repouso ( κ0 ) 
 5.1 – Fang ( 1975 ) 
 
Tipo de Material LL ( % ) IP ( % ) κ0
Areia fofa saturada - - 0,46 
Areia compacta saturadA - - 0,36 
Areia compacta seca (e = 0,60) - - 0,49 
Areia fofa seca (e = 0,80) - - 0,64 
Argila residual compacta - 9 0,42 
Idem - 31 0,66 
Argila siltosa orgânica não amolgada 74 45 0,57 
Caolim não amolgado 61 23 0,64 – 0,7 
Argila marinha não amolgada 37 16 0,48 
“Quick – Clay “ 34 10 0,52 
 
 5.2 – Jaky ( 1948 ) 
κ0 = 1 – sen φ” ( Argilas normalmente adensada ) 
 
5.3 – Wroth ( 1972 ) 
κ0 = 0,95 – sen φ” ( Argilas normalmente adensada ) 
 
 
 5.4 – Brooker e Ireland 
Se κ0 = 0,40 + 0,007 IP ; IP ≤ 40 
Se κ0 = 0,68 + 0,001 IP-40 ; 40 < IP < 80 
 
6 – Coeficiente de Reação do Solo (κV , κn ) 
 
6.1 – Bowles ( 1977 ) 
 
Tipo de Material κV
Areia fofa 488 – 1628 
Areia Mediamente Compacta 977 – 8142 
Areia Compacta 6513 – 13027 
Areia Argilosa Mediamente Compacta 3256 – 6513 
Areia Siltosa Mediamente Compacta 2442 – 4885 
Solos Argilosos ( qu < 4 ) 1221 – 2442 
Solos Argilosos ( 4 < qu < 8 ) 2442 – 4885 
Solos Argilosos ( qu > 8 ) > 4885 
 
6.2 – Alonso ( 1989 ) 
 
Agilas Pré – Adensadas κV = Cte ( tf/m2 ) 
Consistência Qu ( tf/m2 ) Grandeza Valor Prov. 
Média 2 – 4 70 – 400 80 
Rija 10 – 20 300 – 650 500 
Muito Rija 20 – 40 650 – 1300 1000 
Dura 40 1300 1950 
 
 
 50
6.3 – Alonso ( 1989 ) - κh = nh.z 
Nh ( tf/m3 ) Tipo de Material 
Seca Submersa 
Areia fofa 260 150 
Areia Mediamente 
Compacta 
800 500 
Areia Compacta 2000 1250 
Silte Muito Fofo - 100 – 300 
Argila Muito Mole - 5,5 
 
6.4 – Fang ( 1875 ) 
Tipo de Material κn ( tf/m3 ) 
Areia Fina Siltosa 8233 – 9675 
Areia Mediamente Compacta 8293 – 12440 
Argila Mole a Média 9675 – 13821 
Areia e Argila Densa 41466 - 55288 
 
7 – Sensibilidade das Argilas ( St ) 
 
 7.1 – Bowles ( 1977 ) 
Classificação St 
Insensível < 2 
Sensibilidade Média 2 < St < 4 
Sensível 4 < St < 8 
Muito Sensível 8 < St < 16 
“Quick – Clay “ > 
 
8 – Densidade Relativa das Areias ( Dr ) 
 
 8.1 – Bowles ( 1977 ) 
Tipo de Material SPT Dr γ’ ( tf/m3 ) φ’ ( graus ) 
Areia Muito Fofa 0 – 4 0,00 – 0,15 1,1 – 1,6 25 – 30 
Areia Fofa 4 – 10 0,15 – 0,35 1,4 – 1,8 27 – 32 
Areia Mediamente Compacta 10 – 30 0,35 – 0,65 1,7 – 2,0 30 – 35 
Areia Compacta 30 – 35 0,65 – 0,85 1,7 – 2,2 35 – 40 
Areia Muito Compacta 1,7 – 2,0 0,85 – 1,00 2,0 – 2,3 38 - 43 
 
 8.2 – Fang ( 1975 ) 
φ’ ( graus ) Tipo de Material SPT Dr 
Peck Meyerhoff 
Areia Muito Fofa < 4 < 0,2 < 29 < 30 
Areia Fofa 4 – 10 0,2 – 0,4 29 – 30 30 – 45 
Areia Mediamente 
Compacta 
10 – 30 0,4 – 0,6 30 – 36 35 – 40 
Areia Compacta 30 – 50 0,6 – 0,8 36 – 41 40 – 45 
Areia Muito 
Compacta 
> 50 > 0,8 > 41 > 45 
 
 51
9 – Ângulo de Atrito Interno ( φ’ ) 
 
9.1 – Bowles ( 1979 ) 
 
φ’ Tipo de Material 
Fofa Compacta 
Areia com grãos angulosos 32 – 36 35 – 45 
Areia com grãos pouco angulosos 30 – 34 34 – 40 
Areia com grãos arredondados 28 – 32 32 – 38 
Pedregulho com grãos angulosos 36 – 40 40 – 50 
Pedregulho com grãos pouco angulosos 34 – 38 38 – 42 
Areia siltosa 25 – 35 30 – 36 
Silte Inorgânico 25 - 35 30 - 35 
 
9.2 – Barata ( 1984 ) 
 
φ’ Areias 
Grãos Redondos Uniformes Grãos Angulosos Bem Graduada 
Fofa 28,5 34 
Compacta 35 46 
OBS: Areias Secas 
 
9.3 – Barata ( 1984 ) 
φ’ Compacidade 
Areia Fina Areia Média Areia Grossa 
Fofa 25 30 35 
Mediamente Compacta 30 35 40 
Compacta 35 40 45 
OBS: Areias Secas 
 
9.4 – Barata ( 1984 ) 
φ’ Tipo de Material 
Fofa Compacta 
Areias Uniformes 30 40 
Areias Bem Graduada 32 45 
Pedregulho Arenosos 35 50 
 
 9.5 – Bowles ( 1977 ) 
φ’ Tipo de Material 
UU CU CD 
Pedregulho Médio 40 – 45 - 40 – 55 
Pedregulho Arenoso 35 – 50 - 35 – 50 
Areia Fofa Seca 28,5 – 34 - - 
Areia Fofa Saturada 28,5 – 34 - - 
Areia Compacta Seca 35 – 46 - 43 – 50 
Areia Compacta Saturada 33 – 44 - 43 – 50 
Areia Siltosa Fofa 20 – 22 - 27 – 30 
Areia Siltosa Compacta 25 – 30 - 30 – 35 
Argila 0 ( S = 100% ) 14 – 20 20 - 42 
 
 52
 9.6 – Peck ( 1974 ) 
 
φ’ Tipo de Material 
Fofa Compacta 
Areia com grãos 
arredondados uniformes 
27,5 34 
Areia com grãos angulosos 
bem graduada 
33 45 
Pedregulho Arenoso 35 50 
Areia siltosa 27 – 33 30 – 35 
Silte inorgânico 27 - 30 30 – 34 
 
 
10 – Resistência à Compressão Simples ( qu ) 
10.1 – Bowles ( 1979 ) 
 
SPT Consistência γSAT ( tf/m3 ) qu ( Kg/cm2 ) 
< 2 Muito Mole 1,6 – 1,9 < 0,25 
2 – 4 Mole 1,6 – 1,9 0,25 – 0,50 
4 – 8 Média 1,7 – 2,0 0,50 – 1,00 
8 – 16 Rija 1,9 – 2,2 1,00 – 2,00 
16 – 32 Muito Rija 1,9 – 2,2 2,00 – 4,00 
> 32 Dura 1,9 – 2,2 > 4,00 
 
11 – Resistência Não-Drenada ( Su ) 
 11.1 – Simons ( 1977 ) 
 
Consistência Critério para Verificação Su ( Kg/cm2 ) 
Muito Mole Flui entre os dedos quando expremida < 0,20 
Mole Facilmente moldável com os dedos 0,20 – 0,40 
Média Pode ser moldada com os dedos com força 0,40 – 0,75 
Rija Não pode ser moldada com os dedos 0,75 – 1,50 
Muito Rija Quebradiça ou muito dura > 1,50 
 
12 – Parâmetro “A” de poro – pressão ( A ) 
 12.1 – Fang ( 1975 ) 
 
Tipo de Material A 
Argila muito sensível 1,2 – 2,5Argila normalmente adensada 0,7 – 1,3 
Argila arenosa compacta 0,75 – 0,25 
Argila levemente sobreadensada 0,3 – 0,7 
Argila fortemente sobreadensada -0,5 – 0,0 
Areia fina muito fofa 2 – 3 
Areia fina mediamente compacta 0 
Areia fina compacta -0,3 
Loess -0,2 
 
 
 
 
 53
13 – Módulo de Young do Solo ( Es ) 
 
Es ( Kg/cm2 ) Tipo de Material 
Bowles ( 1977 ) Barkan Fang ( 1975 )
Argila muito mole 3 – 30 3,5 – 30 
Argila mole 20 – 40 20 – 50 
Argila média 45 – 90 40 – 80 
Argila dura 70 – 200 70 – 180 
Argila arenosa 300 – 425 300 – 400 
Aterro glacial 100 – 1600 
Loess 150 – 600 
Areia siltosa 50 – 200 70 – 200 
Areia fofa 100 – 250 100 – 250 
Areia compacta 500 – 1000 500 – 800 
Areia e pedregulho compacto 800 – 2000 1000 - 2000 
Areia e pedregulho fofo 500 – 1400 
Silte 20 - 200 
Argila siltosa plástica com areia e 
silte 
 310 
Argila siltosa saturada co areia 440 
Argila siltosa compacta com pouca 
areia 
 2950 
Areia com pouca umidade 540 
Areia com pedregulho 540 
Areia fina saturada 850 
Areia mediamente compacta 830 
Loess 1000 – 1300 
Gelo loessico 1200 
 
14 – Módulo Geométrico do Solo ( Eoed ) 
 
Eoed ( Kg/cm2 ) Tipo de Material 
Kogler e scneidig 
( 1948 ) 
Barata ( 1984 ) 
Pedregulho 1000 – 200 
Arenoso 500 – 800 
Areia fofa 100 – 200 
Argila dura 80 – 150 
Argila rija 40 – 80 
Argila mole 15 – 40 
Argila muito mole 5 – 15 
Turfa 1 – 5 
Argila orgânica muito mole da B. Fluminense 2 – 5 
Argila orgânica muito mole da B. Santista 8 – 12 
Argila residuais de granito 65 
Argila residuais de gnaise 63 
Argila residuais de diábase ( N=8 ) 27 
Argila porosa da cidade de São Paulo 52 
Argila residual de basalto ( N=15 ) 50 – 80 
Areia argilosa residual de alteração de arenito 20 
 
 54
15 – Índice de Compressão ( Cc ) 
 15.1 – Bowles ( 1979 ) 
 
Equação Aplicabilidade 
Cc = 0,007 ( LL – 7 ) Argilas amolgadas 
Cc = 0,01 . Wnat Argilas de Chicago 
Cc = 1,15 ( e0 – 0,35 ) Argilas em geral 
Cc = 0,30 (e0 – 0,27 ) Solos coesivos inorgânicos 
Cc = 0,0115 . Want Solos orgânicos; Argilas e Siltes Orgânicos 
Cc = 0,0046 ( LL – 9 ) Argilas Brasileiras 
Cc = 1,21 + 1,055 (e0 – 1,87 ) Argilas variegadas da cidade de São Paulo 
Cc = 0,009 ( LL – 10 ) Argilas normalmente adensada 
Cc = 0,75 (e0 – 0,50) Solos com baixa plasticidade 
Cc = 0,208 . e0 + 0,0083 Argilas de Chicago 
Cc = 0,156 . e0 + 0,0107 Argilas em geral 
Cc = 0,024 ( LL – 25 ) Argilas moles do Recife 
 
 15.2 – Fang (1975 ) 
 
Cc Tipo de Material LL ( % ) LP ( % )
Não Amolgada Amolgada
Argila azul de Boston 41 20 0,35 0,21 
Argila de Chicago 58 21 0,42 0,22 
Argila de Lousiana 74 26 0,33 0,29 
Argila de New Oleans 79 26 0,29 0,26 
Argila de Fort Union 89 20 0,26 - 
Loess de Mississipi 27 – 43 17 – 49 0,09 – 0,23 - 
Argila orgânica silt.Dela. 84 46 0,95 - 
Argila siltosa de Indiana 36 20 0,21 0,12 
Sedimentos marinhos-Canadá 130 74 2,3 - 
 
 
 
 
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	Material de construção
	1.1-OBJETIVOS 
	1.2-ETAPAS DE INVESTIGAÇÃO 
	1.3-CUSTOS DE INVESTIGAÇÃO 
	1.4-RISCOS DAS INVESTIGAÇÕES 
	1.5-PROSPECÇÃO APLICADA AO ESTUDO GEOTÉCNICO DA IMPLANTAÇÀO DE UMA EDIFICAÇÃO. 
	1.5.1-Metodologia do projeto 
	1.5.2-Objetivos 
	1.5.3-Localização dos estudos 
	1.5.4-Principais tipos de prospecção 
	Não 
	2.0 - MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO 
	3.0-MÉTODOS SEMI-DIRETOS 
	Origem: cone holandês, deepsounding => mecânico, manual 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	4.0-ENSAIO COM O DILATÔMETRO . 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	5.0-ENSAIO DE PERMEABILIDADE 
	 
	PROVA DE CARGA 
	6.0-MÉTODOS DIRETOS 
	POÇO DE INSPEÇÃO 
	 
	 
	 
	8.0-SONDAGEM A PERCUSSÃO 
	PROCEDIMENTO 
	NÚMERO DE FUROS E DISTRIBUIÇÃO 
	Projeção em m²
	8.1-ANÁLISE ISOLADA DAS CAMADAS DO SOLO - SOLOS DE COMPORTAMENTO GRANULAR 
	SONDAGENS A PERCUSSÃO 
	DIÂMETROS DAS SONDAGENS ROTATIVAS 
	 
	10.0-SONDAGEM MISTA 
	11.0-SONDAGEM ESPECIAIS 
	MÓDULOS DE ELASTICIDADE 
	 
	 
	11.2-COEFICIENTE DE POISSON 
	Barkan 
	Tipo de solo
	 Coeficiente de Poisson
	Areia
	0,20
	Argila com pouca Areia
	0,35
	Argila
	0,40
	SONDAGENS A PERCUSSÃO 
	ÍNDICES E PARÂMETROS GEOTÉCNICOS

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