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Direito Processual Contemporâneo 9º S Simardi Mackenzie

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Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 1 
 
 
04/02/2016 
Pressupostos preliminares 
O que será tratado: 
• Novo CPC – panorama geral. 
• Comparativo entre o Novo CPC e o antigo 
• Revisão do antigo CPC 
Conteúdo programático: 
• Normas fundamentais do Novo CPC: quais foram os objetivos quando da elaboração do 
Novo Código (estímulo à auto composição, direito ao contraditório, incidentes de 
desconsideração da pessoa jurídica); 
• Novidades quanto às regras de competência: muda a forma de se alegar incompetência no 
Novo CPC (comparativo com CPC73); 
• Partes, procuradores e litisconsortes (revisão e pormenores); 
• Intervenção de terceiros (modificações relevantes, como o incidente de desconsideração e 
o “amicus curiae”, que é aceito de forma generalizada); 
• Tutelas provisórias (o item que mais mudou); 
• Petição inicial e pedido (mudança relevante: declaração sobre audiência de consignação); 
• Defesas do réu (simplificada, concentrando a defesa na contestação); 
• Saneamento do processo; 
• Audiências (tendência maior à auto composição, desde a primeira audiência); 
• Provas (o juiz passa a ter o poder de distribuir o ônus da prova; o advogado passa a ter que 
intimar testemunha e juntar o AR aos autos); 
• Sentença e coisa julgada (“ato do juiz que põe fim à fase cognitiva e preenche os conteúdos 
dos artigos 267 a 269 do Código antigo”); 
• Liquidação de sentença (poucas mudanças); 
• Cumprimento provisório e definitivo da sentença (mudanças conceituais); 
• Execução do título extrajudicial; 
• Recursos (mudanças relevantes) 
• Incidente de resolução de demandas repetitivas, ou IRDR (definição de precedente nos 
Tribunais Superiores, vinculando as decisões dos juízes de grau hierárquico inferior) 
• Reclamação (mecanismo para atacar a decisão que viola o IRDR). 
Avaliação: 
• 2 provas intermediárias, em março e maio. 
• Individuais, com consulta à legislação (sem comentários) 
Bibliografia básica: 
• Novo CPC Anotado e Comparado. André ROQUE, e outros. Editora Foco. 
• Manual de Direito Processual Civil – Lei nº 13105. Cássio Scarpinella Bueno. 
• Códigos de Processo Civil Comparados. Saraiva. 
P2: tutela provisória; reconvenção; petição inicial. 
 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 2 
 
 
11/02/2016. 
Normas fundamentais do Novo CPC. 
Quais foram as ideias fundamentais que tiveram impacto na elaboração do Novo CPC, e dos 
dispositivos que o norteiam? 
 
NCPC, art. 1º: o processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado tendo como base a 
Constituição, além do disposto no Código. Reitera-se a CF como Norte do Direito Processual. 
 
NCPC, art. 2º: o processo começa por iniciativa da parte, e se desenvolve por impulso oficial, salvo 
exceções previstas em lei (iniciativa da parte e impulso oficial). 
• O Poder Judiciário, relembremos, é inerte por natureza, necessitando de um primeiro 
“empurrão” vindo da parte para que aja (a petição inicial, que demonstra sua iniciativa); 
• Uma vez recebida a petição, o juiz pode: 
o Indeferir a inicial, caso não tenha os requisitos mínimos para prosseguir com a ação 
(juízo negativo de admissibilidade); 
o Solicitar a correção de vícios sanáveis (juízo neutro de admissibilidade); 
o Negar prosseguimento ao processo (juízo negativo de admissibilidade). 
 
IMPORTANTE: 
• No NCPC, todos os prazos são contados em dias úteis. 
• O prazo “padrão” para os atos processuais, no NCPC, é de 15 dias. 
Observação: no NCPC, a citação ocorre para uma audiência de conciliação, não mais para que se 
faça a defesa. Atende-se, assim, a um esforço maior do Estado pelo uso da auto composição. 
 
 
Exemplos da preferência do NCPC pela solução de conflitos com o uso da conciliação: 
• Art. 3º, § 1º: permissão expressa da arbitragem; 
• Art. 3º, § 2º: promoção dos conflitos pelo Estado, sempre que possível; 
• Art. 3º, § 3º: preferência reiterada pela solução de conflitos usando conciliação e mediação; 
• Art. 165: centros judiciários de solução consensual de conflitos. 
 
Outro aspecto relevante no estímulo à conciliação está nos incidentes de resolução de demandas 
repetitivas: demandas repetitivas, cuja interpretação será “unificada” pelos IRDR, poderá 
desestimular a entrada de recursos desnecessários no sistema. 
 
Meios de composição dos conflitos: 
• Autotutela: solução através do uso da força por uma das partes; 
• Autocomposição: solução encontrada pelas partes, sem que a definição seja imposta por 
terceiro (negociação, mediação, conciliação); 
• Heterocomposição: resultado definido por terceiro, seja ele juiz (processo judicial) ou 
árbitro (arbitragem). 
 
O incentivo à autocomposição se dá por vários fatores: pela agilidade no procedimento; pela 
economia de recursos; mas, principalmente, pela possibilidade efetiva de pacificação social. 
 
Formas de autocomposição: 
• Negociação: quando as partes, sem a ajuda de terceiros, encaminham a autocomposição. 
• Mediação: ocorre quando as partes são auxiliadas, na autocomposição, por um mediador, 
indivíduo treinado para reestabelecer o diálogo entre as partes. O objetivo da mediação 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 3 
 
 
não é propor alternativas; ele está focado no estabelecimento de um canal, para que as 
partes, sozinhas, possam encontrar a melhor solução para ambas. 
• Conciliação: neste processo as partes são auxiliadas por um terceiro, o conciliador, que 
indica saídas para a solução do problema, sem forçar, contudo, a realização do acordo. 
 
Observação relevante: embora a conciliação resolva mais efetivamente o problema imediato, a 
mediação é mais indicada para os casos em que se verifica uma relação anterior entre as partes, 
cuja preservação é tanto (ou mais) importante do que o conflito em si. 
• Conciliação: NCPC, art. 165, art. 2º 
• Mediação: NCPC, art. 165, § 3º 
Conciliação e mediação serão feitas por profissionais treinados para isso. 
 
Princípios diversos do Direito Processual: 
• Razoável duração do processo: consagrada no NCPC, art. 4º, reiterando o disposto na CF. 
• Boa-fé processual: é dever daquele que participa do processo comportar-se de acordo com 
a boa-fé (NCPC, art. 5º). Serve como base, principalmente, para legitimar a aplicação de 
sanções por litigância de má-fé. 
• Igualdade de tratamento: o princípio constitucional é reiterado no art. 7º do NCPC. 
Observa-se, porém, que há exceções, tendo como objetivo a obtenção da igualdade real 
(não formal). 
• Respeito ao contraditório: sempre deve ser ouvida a outra parte. 
 
Observação relevante, a respeito do contraditório: além do disposto no art. 9º do NCPC, que reitera 
a CF, art. 55, LV, é digno de nota o que está no art. 10 do NCPC: mesmo que o juiz encontrar matéria 
de ordem pública, ou que possa encerrar o processo, este não poderá proferir decisão antes de 
ouvir as partes a respeito, provocando obrigatoriamente o contraditório. 
 
Ordem cronológica: modificado por reforma do NCPC antes de sua promulgação. No texto original, 
os juízes deveriam obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão; 
o texto reformado tornou o disposto no art. 12 facultativo (“preferencialmente”). 
 
Direito intertemporal e alcance do CPC: conforme o artigo 14 do NCPC, a norma processual que vai 
valer é aquela do momento em que se deu a decisão (o ato processual). Isso significa que ato 
processual praticado durante a vigência do antigo CPC vale com os prazos do antigo CPC. 
 
Observa-se que o NCPC prossegue como norma subsidiária dos demais ramos do Direito (art. 15). 
 
 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 4 
 
 
18/02/2016.Competência. 
Seria improdutivo fixar nas mãos de todos os juízes a análise de todas as lides possíveis; é por esse 
motivo que são determinadas regras para delimitar a competência dos magistrados, por critérios 
estabelecidos (matéria, valor da causa, território, etc.). 
 
O texto constitucional dá grande ênfase à ideia de competência, e do juiz natural: 
• CF, art. 5º, XXXVII: “não haverá juízo ou tribunal de exceção”; 
• CF, art. 5º, LIII: “ninguém será processado ou sentenciado senão pela autoridade 
competente” 
OU SEJA: 
• Nenhum tribunal deverá ser criado após a ocorrência do fato, 
• Tampouco será criado tribunal para julgar fato específico. 
 
Competência absoluta vs competência relativa: 
• Competência absoluta NÃO se prorroga; pode ser alegada em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, devendo ser, inclusive, pronunciada de ofício. Tem como objetivo melhorar o 
serviço jurisdicional e racionalizar a distribuição de trabalho; são feitas em função do 
interesse do próprio Judiciário, alegando razões de ordem pública para seu cumprimento. 
• Competência relativa é prorrogável, caso não seja tempestivamente alegada pela parte 
interessada. 
 
Sobre a competência absoluta: 
• Quando a competência é absoluta: em razão da matéria e da função (funcional). 
• Quem pode arguir a incompetência absoluta: todos os sujeitos processuais (autor, réu, 
terceiros intervenientes, MP, juízes de ofício). 
• Onde pode ser alegada: em preliminar de contestação (CPC, 301, II; NCPC, 337, II). Por ser 
matéria de ordem pública, pode ser alegada a qualquer tempo e de qualquer forma. 
• Ação rescisória: a sentença pode ser rescindida posteriormente, caso o juiz seja 
absolutamente incompetente (CPC, 485, II; NCPC, 337, II) 
 
 
Consequência do reconhecimento da incompetência absoluta (MUDANÇA): 
• No antigo CPC, os autos devem ser remetidos ao juiz competente, e os atos decisórios são 
nulos (art. 113, § 2º); 
• No novo CPC, a decisão proferida pelo juiz incompetente conserva seus efeitos até a 
promulgação de nova decisão por juiz competente (art. 64, § 4º). 
 
Incompetência relativa: é menos grave, visto que desrespeita regras criadas no interesse das partes. 
Sua arguição depende do levantamento desta pela parte (não pode ser declarada de ofício). Tanto 
para o Código atual quanto para o Novo CPC vale o declarado pela súmula 33 do STJ: “a 
incompetência relativa não pode ser declarada de ofício”. 
 
Observação relevante: no caso específico do CDC o teor desta súmula vem sendo desconsiderado 
quando se trata de relação de consumo e existe foro de eleição que dificulta a defesa do 
consumidor. Esse dispositivo foi referendado pelo Novo CPC, dando ao juiz a possibilidade de 
considerar abusiva a cláusula de eleição (NCPC, art. 63, § 3º). 
 
Sobre a competência relativa: 
• Quando há competência relativa: no caso do território ou do valor (certos casos). 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 5 
 
 
• Quem pode alegar: no caso do território, somente o réu pode alegar tal afronta (o autor já 
exerceu a opção quando peticionou a inicial endereçada aquele território). 
• Onde alegar: através de exceção de incompetência. 
 
MUDANÇA NO NOVO CPC: 
• No Código de 73 a exceção de incompetência era peça separada, apresentada no momento 
da resposta do réu, junto com a contestação. 
• No Novo CPC a incompetência relativa é alegada através de preliminar de contestação, 
atendendo à concentração dos atos processuais. 
 
Consequência da procedência da exceção: autos são remetidos ao juízo competente, mas as 
decisões são proferidas (atos não são nulos). 
 
NCPC, art. 64: incompetência, absoluta ou relativa, será alegada em preliminar de contestação; 
• Se a incompetência for absoluta, pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, 
devendo ser declarada de ofício (§ 1º); 
• Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de 
incompetência (§ 2º); 
• Caso a alegação seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente (§ 3º); 
• As decisões proferidas pelo juízo incompetente serão mantidas, até que outra seja 
proferida, se for o caso, pelo juízo competente (§ 4º). 
 
Competência internacional: 
• CPC73, art. 88: determina os atos de competência concorrente do Judiciário brasileiro; 
• CPC73, art. 89: hipóteses de competência exclusiva do juiz brasileiro. Neste caso, eventual 
decisão proferida no Brasil é ineficaz, não sendo homologada pelo STJ; 
 
 
MUDANÇA: no novo CPC os artigos 21 e 22 falam da situação em que a competência é concorrente, 
e a competência exclusiva é tratada pelo artigo 23 (praticamente repete o texto). 
 
 
Litispendência internacional: ação que correr em juízo estrangeiro não induz litispendência 
(demanda idêntica pode ser processada aqui ou em outro país). 
• Obtida a homologação, o processo nacional deverá ser extinto, sem julgamento de mérito 
(já que existe coisa julgada); caso a sentença brasileira for julgada antes, o STJ não poderá 
homologar a sentença estrangeira. 
• No Novo CPC, a regra é mantida (artigo 24). 
 
 
Separação, conversão em divórcio e anulação de casamento: o CPC atual, em seu artigo 100, I, prevê 
a competência do foro da mulher. Dúvidas surgiram quando da promulgação da CF (artigo 226, § 
6º, “direitos e deveres exercidos igualmente pelo homem e pela mulher”); considerava-se que 
quase sempre a mulher realmente estava em situação de inferioridade, sendo, por presunção, a 
parte mais fraca, podendo o homem provar o contrário. 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 6 
 
 
 
No Novo CPC (art. 53, I), a regra de competência para ação de divórcio, separação, anulação de 
casamento e dissolução de união estável muda, sendo, pela ordem: 
o Domicílio do guardião de filho incapaz; 
o Do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
o Do domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal. 
Para a ação de alimentos, o foro é o de domicílio ou residência do alimentando (art. 53, II). 
 
Prorrogação de competência: pode ocorrer, nos casos de competência relativa, em razão de 
conexão (decisões que influenciam, ou são conexas, entre si) e continência (uma ação que “contém” 
o conteúdo da outra, em razão da sua extensão), além da ausência de oposição de exceção. Nos 
casos de prorrogação voluntária, uma das partes, em razão da vontade das partes, pode renunciar 
à competência (prorrogação de foro). 
 
Prevenção de causas conexas: quando existem duas ou mais ações conexas, todas devem ser 
reunidas em um mesmo juízo para decisão. Esse juízo, chamado prevento, era definido por critérios 
complexos e confusos (CPC, art. 106 e 107). 
MUDANÇA no NOVO CPC: 
• O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo (art. 59). 
 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 7 
 
 
25/02/2016. 
Litisconsórcio. 
Poucas são as mudanças do “CPC Buzaid” para o Novo CPC nesse assunto. Faz-se necessário, porém, 
uma revisão, para que se possa entender e esclarecer as definições sobre o assunto. 
Sujeitos do processo: conceito amplo, que envolve todas as pessoas que atuam na relação 
processual (juiz, partes, auxiliares da justiça e terceiros). 
Partes: em sentido estrito, são o autor (que provoca o Judiciário, pedindo a prestação jurisdicional) 
e o réu (aquele que, em princípio, resiste em relação à pretensão do autor). Podem existir mais 
pessoas na qualidade de réu ou de autor, hipótese na qual se caracteriza o litisconsórcio. 
No sentido processual, partes são as pessoas que pedem ou em relação às quais se pede a tutela 
jurisdicional. Normalmente são sujeitos da relação jurídica que originou o processo; nem sempre 
isso ocorre,porém, nos casos de legitimação extraordinária. 
• Exemplo: “A”, possuidor de um terreno em conjunto com “B” e “C”, entra em juízo para 
garantir a manutenção de sua posse. Possui legitimação ordinária em relação ao seu pedido, 
mas age com legitimidade extraordinária na defesa dos interesses de “B” e “C”. 
Autor: aquele que pede a tutela jurisdicional, por si ou por seu representante legal, formulando 
uma pretensão e pedindo ao órgão jurisdicional a atuação da lei no caso concreto. 
Réu: parte contra a qual ou em relação a qual se pede a tutela jurisdicional. 
 
Define-se litisconsórcio como a pluralidade de partes, ou a possibilidade que existe de mais de um 
litigante figurar em um (ou em ambos) os polos da relação processual – com a consequente 
cumulação subjetiva de ações. Pode ser feito por vontade das partes (litisconsórcio facultativo), ou 
por obrigação legal (litisconsórcio necessário). 
 
Classificação do litisconsórcio: 
• Quanto ao momento de sua formação: pode ser inicial (formado desde a petição inicial) ou 
ulterior (formação determinada ao longo do processo, a posteriori); 
• Quanto à obrigatoriedade, ou não, de sua formação: 
o Pode ser obrigatória, por força de lei ou pela natureza jurídica (é o litisconsórcio 
necessário, que TEM que ser formado, sob pena da ineficácia da sentença); 
o OU pode ser facultativa, na qual se dá a opção ao autor de trazer um outro réu a 
juízo, nas hipóteses previstas no CPC, art. 46. Trata-se do litisconsórcio facultativo, 
autorizado por lei (mas não imposto). 
• Quanto à posição dos litisconsortes: se há mais de um autor, litisconsórcio passivo; se há 
mais de um réu, litisconsórcio passivo; mais de um autor e de um réu, litisconsórcio misto. 
• Quanto à sorte no plano do direito material: 
o Se a demanda tiver que ser decidida de forma idêntica para todos aqueles que 
figurarem em um mesmo polo da relação processual, será unitário; 
o Se a demanda puder ser julgada de forma diferente para os litisconsortes, com a 
possibilidade de receberem resultados diversos, será litisconsórcio simples. 
 
O litisconsórcio facultativo ocorre: 
• Pela razão de ser: obedecendo principalmente à economia processual; 
• Sua formação depende de dois requisitos: 
o Vontade do autor (o juiz não impõe); 
o Enquadramento nas hipóteses do CPC, art. 46 (NCPC, art. 113). 
• Forma-se na petição inicial. Não pode ser ulterior, poderia burlar o princípio do juiz natural. 
 
O litisconsórcio facultativo pode ser limitado quando atrapalhar a economia processual, nas 
hipóteses do CPC, art. 46, § único (e do NCPC, art. 113, § 1º). 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 8 
 
 
Litisconsórcio multitudinário: ocorre quando o juiz desmembra o processo, a pedido de uma das 
partes, tendo em vista a possibilidade de se inviabilizar a prestação jurisdicional e o exercício do 
direito de defesa. Pode ocorrer, desde que seja o litisconsórcio em questão seja facultativo. 
 
Litisconsórcio necessário (CPC, art. 47): é aquele no qual, por disposição legal ou pela natureza da 
relação jurídica, impõe-se que o litígio seja realizado em conjunto pelas partes. Não pode ser 
dispensado – o juiz deve determinar sua formação até mesmo de ofício, citando os litisconsortes. 
• No Novo CPC o litisconsórcio necessário é definido de forma clara no artigo 114, 
determinando sua ocorrência “quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a 
eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes”. 
 
A formação do litisconsórcio necessário é indispensável, sob pena de ineficácia de eventual 
sentença proferida sem a presença das partes. Toda vez em que a sentença for produzir efeitos 
diante de várias pessoas, estas devem ser citadas para que sejam afetadas pela coisa julgada, nos 
termos do CPC, art. 472. 
 
No Novo CPC: 
• a sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será nula se o 
litisconsórcio for necessário e unitário (NCPC, art. 115, I) 
• se, contudo, a sentença for proferida e o litisconsórcio for necessário e simples, tal 
decisão apenas será válida para aqueles que forem citados. 
 
Litisconsórcio unitário (NCPC, art. 116): ocorre quando a decisão que o juiz tomar, no plano do 
Direito Material, tenha que ser obrigatoriamente a mesma para todos os que se encontram no 
mesmo polo do processo. Ou a decisão é procedente para todos, ou improcedente para todos, já 
que há somente um direito, ou bem da vida, que pertence, indistintamente, a várias pessoas. 
 
Tipos de litisconsórcio: 
• necessário-simples: deve ser formado, decisão pode ser diferente para os litisconsortes; 
• necessário-unitário: deve ser formado, com decisão igual para todas as partes; 
• facultativo-simples: não precisa ser formado, e a decisão não precisa ser igual para todos; 
• facultativo-unitário: não precisa ser formado, mas, se for, decisão terá que ser igual. 
Os mais comuns são o necessário-unitário e o facultativo-simples. 
 
Prazos – IMPORTANTE!!!!: 
• NCPC, art. 219: serão computados na contagem de prazo apenas os dias úteis. 
• NCPC, art. 220: suspende-se o curso dos prazos processuais entre 20/12 e 20/01, inclusive. 
• NCPC, art. 229: litisconsortes com diferentes advogados, de escritórios de advocacia 
diferentes, terão prazos contados em dobro para as manifestações (não basta mais serem 
advogados diferentes, os escritórios também devem ser). 
• NCPC, art. 229, § 2º: prazos em dobro não se aplicam aos processos em autos eletrônicos. 
 
Observação relevante: os prazos do NCPC, art. 219 e 220, servem para todos os atos processuais. 
 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 9 
 
 
 
Atualmente nosso CPC trata de quatro figuras diferentes (em tese, seriam cinco, mas a assistência 
não se encontra no capítulo referente a isso). São elas: 
• Oposição (CPC, art. 56 a 61): “A” e “B” estão em litígio sobre certo bem da vida; “C” declara-
se portador de direitos sobre o bem, opondo-se a “A” e “B”. 
• Nomeação à autoria (CPC, art. 62 a 69): “A” entra em litígio contra “B”, que não é o autor 
verdadeiro; “B” declara que “C” é o verdadeiro polo passivo, para que se faça a correção; 
• Denunciação da lide (CPC, art. 70 a 76): “A” entra em litígio contra “B”; “B”, ao se defender, 
diz que “C” tem responsabilidade na lide, para que este assuma sua parte na lide. 
• Chamamento ao processo (CPC, art. 77 a 80): “A” entra em litígio contra “B”, que chama 
“C” e “D”, que também deveria fazer parte do processo, para o polo passivo. 
 
Intervenção de terceiros, no contexto do CPC, é o caso no qual o terceiro intervém em processo 
alheio, com a finalidade de passar a ser parte. 
• Observe, a esse respeito, que a assistência é considerada a forma mais típica de intervenção 
de terceiros, já que a parte que intervém permanece como terceiro no processo até seu 
final. EM TEMPO: a assistência será considerada intervenção de terceiros no NCPC. 
 
O objetivo da assistência é atender ao princípio da eficiência (a atividade jurisdicional deve produzir 
o máximo de resultados com o mínimo de esforço). Observe que, para que seja possível a 
intervenção, há um requisito fundamental: ter direito, ou interesse jurídico, que se relacione com 
aquilo que já foi posto para decisão. 
 
A intervenção de terceiros pode ser: 
• Espontânea, quando ocorre por parte do próprio terceiro (como na oposição e assistência); 
• Provocada, quando é promovida pela parte primitiva, que requer a citação do terceiro 
(ocorre na nomeação à autoria, denunciação da lide e chamamento ao processo). 
 
Intervenção de terceiros – comparativo entre CPC73 e CPC15 
CPC73 
• Assistência (não é tratada) 
• Oposição (art. 56-61) 
• Nomeação à autoria (art. 62-69) 
• Denunciação da lide (art.70-76) 
• Chamamento ao processo (art. 77-80) 
CPC15 
• Assistência (NCPC, art. 119-124) 
• Denunciação da lide (art. 125-129) 
• Chamamento ao processo (art. 130-132) 
• Desconsideração da personalidade jurídica 
(art. 133/137) 
• “Amicus curiae” (art. 138) 
OU SEJA: 
• oposição passa a ser ação de rito especial; 
• nomeação à autoria é substituída por uma forma simplificada, que sai da intervenção; 
• entram a desconsideração e o “amicus curiae”. 
 
 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 10 
 
 
03/03/2016. 
Intervenção de terceiros. Assistência. 
Consiste no instituto através do qual um terceiro (o assistente) ingressa voluntariamente em 
processo alheio pendente para atuar em favor das partes (o assistido), com o objetivo de obter uma 
decisão favorável ao assistido. 
 
Requisitos para poder agir como assistente: 
• Uma causa pendente; 
• Demonstração do interesse jurídico (a causa afeta o interesse jurídico do assistente). 
 
Pode ser requerida a qualquer momento. Nos termos do NCPC (art. 120), passado o prazo para 
manifestação das partes – de 15 dias – o pedido do assistente será avaliado pelo juiz, para 
deferimento ou não, salvo se houver rejeição liminar. 
 
Modalidades de assistência – simples e litisconsorcial: 
• Simples (CPC, art. 50/NCPC, art. 121): o assistente não é titular do interesse, mas intervém 
porque os efeitos da decisão atingem sua relação com o assistido. Nesse caso, não se 
estabelece relação entre o assistente e o adversário do assistido. 
• Litisconsorcial (CPC, art. 54/NCPC, art. 124): o assistente intervém porque tem a mesma 
relação jurídica material a que se refere a demanda, OU SEJA, deveria ter sido parte no 
feito, mas por alguma norma de exceção do sistema, não o foi. 
A discussão envolve mais do que teoria: o assistente litisconsorcial tem mais poderes que o simples, 
considerando-se seu papel como litisconsorte no processo (NCPC, art. 124). 
 
Essa diferença é evidente nos atos processuais: 
• o assistente simples pode se manifestar apenas na omissão do assistido (como pedir 
produção de provas quando o assistido não o fizer); 
• o assistente litisconsorcial pode agir ainda que contra a vontade do assistido (no exemplo 
acima, pede produção de provas mesmo quando o assistido não o fizer). 
OU SEJA: o assistente litisconsorcial age como se parte fosse, porque também é seu interesse. 
 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 11 
 
 
10/03/2016. 
Intervenção de terceiros. Denunciação da lide. 
Define-se denunciação da lide como o meio pelo qual o autor, ou o réu, podem trazer terceiro ao 
feito, para exercício de eventuais direitos de regresso a que possam fazer jus. 
• São situações nas quais “A”, contra qual “B” ajuizou ação, chama “C”, que está envolvido, 
para que responda com a parte que lhe cabe. 
 
No contexto literal do texto do CPC de 73 a denunciação da lide é obrigatória (CPC, art. 70). Observe-
se, porém, que doutrina e jurisprudência entendem que a denunciação só deve ser obrigatória, de 
fato, no caso de evicção (fundamentada no CC, art. 456). 
No NCPC a denunciação da lide se encontra no artigo 125. Passa a ser admitida (não mais 
obrigatória) em todos os casos, resolvendo a questão doutrinária. 
 
Denunciação sucessiva: é uma “denunciação pelo denunciado”. No exemplo, “A” abre ação contra 
“B”, que denuncia “C”, que denuncia “D” ... e por aí vai. 
• No NCPC, apenas se admite uma denunciação sucessiva. 
o OU SEJA: “A” vs “B”, “B” chama “C”, “C” chama “D” (e só). 
• Momento para a denunciação: 
o Para o autor, na petição inicial; 
o Para o réu, na contestação. 
Denunciante sem condições: no NCPC, se deixa expresso posição adotada hoje por doutrina e 
jurisprudência que permite execução indireta em face do denunciado (litisconsorte), cf. art. 128. 
Observe que na mesma sentença se formam dois títulos, referentes às obrigações formadas – do 
adversário do denunciante contra o denunciante, e deste contra o denunciado. 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 12 
 
 
10/03/2016. 
Intervenção de terceiros. Chamamento ao processo. Desconsideração da personalidade jurídica. 
Chamamento ao processo: prevista no NCPC, art. 130. É a situação na qual “B”, acionado contra 
“A”, chama “C”, que também faz parte da relação, para participar do processo. 
• Nesse caso, o título executivo gerado pela sentença ocorre em face de todos os devedores, 
o que torna tal ação muito importante no caso de fiança, ou devedor solidário (a sentença 
que for dada contra um será dada contra todos). 
 
Desconsideração da personalidade jurídica (NCPC, art. 133 e seguintes): o fenômeno da 
desconsideração ocorre quando se faz necessário “levantar o véu” que separa a pessoa física da 
pessoa jurídica, para que alguém pague com os bens da empresa em caso de dívida – ou o contrário. 
Como não existia uma figura específica para isso no CPC, o procedimento não tinha um padrão, o 
que levantava muitas polêmicas (entre elas a falta do contraditório). 
 
No NCPC (art. 134), o pedido de desconsideração continuará sendo fundamentado nas regras do 
Direito material, previstas no CC, CDC e outros instrumentos. O que muda é o procedimento: uma 
vez feito o pedido de desconsideração, o juiz obrigatoriamente deverá abrir o contraditório para 
a outra parte, citando-a para que se defenda. 
Outras observações relevantes sobre o procedimento: 
• O distribuidor será notificado, para que se anote que os bens são passíveis de 
desconsideração (art. 134, § 1º) 
• A instauração do incidente poderá ser dispensada caso esta seja requerida na petição 
inicial. Nesse caso, será citado o sócio ou pessoa jurídica (idem, § 2º); 
• Deverá ser demonstrado no requerimento o preenchimento dos pressupostos legais 
específicos para personalidade jurídica (ibidem, § 4º). 
• A desconsideração pode ser requerida em todas as fases do processo. 
Observação relevante: o Novo CPC prevê expressamente hipótese de desconsideração inversa da 
personalidade jurídica (art. 133, § 2º), no qual a pessoa jurídica pagará pelas dívidas da física. 
 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 13 
 
 
10/03/2016. 
Intervenção de terceiros. “Amicus Curiae”. Nomeação à autoria. 
Prevista no art. 138 do NCPC, é o instrumento pelo qual o juiz, ou o relator do processo, pode 
solicitar o apoio de pessoa especializada, a fim de dar um parecer a respeito. Esta “ajuda” pode 
ocorrer a pedido do juiz, das partes ou pela própria pessoa – de acordo com “a relevância da 
matéria, especificidade do tema objeto da demanda ou repercussão social da controvérsia”. 
 
Observações relevantes: 
• A decisão do juiz é irrecorrível (cabem embargos de declaração), cf. art. 138, “caput”; 
• Caberá ao magistrado definir os poderes do “amicus curiae” (idem, § 2º); 
• O “amicus curiae” pode, excepcionalmente, recorrer da decisão que julgar o incidente de 
resolução de demandas repetitivas (idem, § 3º) 
 
Substituição do polo passivo (NCPC, art. 338): o réu pode, na contestação, pedir para que se altere 
a petição inicial para que este seja substituído (“não sou eu”). Caso seja realizada a substituição, o 
autor reembolsará as despesas e pagará os honorários, em valores menores – de 3% a 5%, conforme 
o parágrafo único do referido artigo. 
• Observe que aquele que alega a ilegitimidade deve apontar o sujeito da relação jurídica 
discutida, sob pena de arcar com as despesas processuais decorrentes do fato (art. 339). 
Isso não o exime de continuar no processo, caso seja entendido pelo autor. 
• O mais relevante: este instituto substitui a nomeação à autoria. 
 
 
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Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 14 
 
 
24/03/2016. 
Tutela provisória. 
Quando se fala em tutela provisória, estamos garantindo não somente o acesso ao Judiciário, mas 
também a existência do direito em tempo razoável. Em tal contexto, a tutela provisória inclui a 
tutela cautelar (presente no antigo CPC) e a satisfativa – ambas tratadas no Novo CPC no capítulo 
das tutelas provisórias, nos artigos de 294 a 311. 
 
Quanto ao momento, observe-se que as tutelas podem ser pedidas previamente, ou como um 
incidente do processo. A novidade é a possibilidade de se pedir tutela antecipada antecedente, não 
prevista no CPC73 – OU SEJA: agora é possível pedir a tutela antecipada sem todos os requisitos 
da petição inicial, desde que se demonstre ao magistrado que há os requisitos da tutela antecipada 
(se aceito pelo juiz, o advogado poderá “completar” a petição inicial propriamente dita). 
 
 
Tutela cautelar: 
• A tutela cautelar foi a primeira espécie de tutela de urgência consagrada pelo legislador, 
visando assegurar a utilidade e a efetividade de um outro processo. É o “instrumento do 
instrumento”: diante de uma ameaça ao perecimento do direito pretendido, faz-se necessário 
exigir que medidas conservativas sejam tomadas para mantê-lo. 
• Requisitos básicos: “fumus boni juris” (probabilidade do direito) e “periculum in mora” (risco 
de perda). 
• Competência: do juiz competente para a ação principal. Na cautelar incidental a competência é 
do juiz da ação principal, na preparatória é competente o juiz competente para conhecer do 
pedido principal. Mantido no Novo CPC (art. 299). 
• Se a cautelar for preparatória, faz-se necessário o indicar a ação principal (NCPC, art. 305); se 
for o caso, a inicial também deve trazer o pedido de deferimento da liminar da cautelar 
antecipada (idem acima, § único). Consagra-se, pelo NCPC, a fungibilidade entre as ações. 
 
• Concessão da liminar pelo juiz pode se dar: 
o Antes da oitiva do réu; 
o Antes da oitiva, mas dando ao réu a possibilidade de justificar-se (justificação prévia); 
o Após a oitiva do réu (mas antes da sentença) – recomendado, nem sempre possível. 
• Prestação de caução: nem sempre é pedido, mas o juiz pode determinar que seja prestada 
caução pelo autor, com o objetivo de garantir ressarcimento de danos no caso de se rejeitar, 
posteriormente, a liminar. 
• Cessa a eficácia da medida liminar: 
o Caso seja desrespeitado o prazo de 30 dias para ajuizar ação principal (NCPC, art. 308); 
o Caso a efetivação da liminar não ocorra em 30 dias (NCPC, art. 808, II); 
o Caso a decisão do pedido principal for desfavorável ao autor. 
• Opções do legislador: 
o Sistema típico: ações e medidas exclusivamente no ordenamento; 
o Sistema atípico: nenhuma medida arrolada (exclusivamente do juiz); 
o Sistema misto: algumas medidas são arroladas, mas com liberdade do juiz. 
• No CPC73, era misto; no CPC15, ainda está para ser definido o que é. 
 
Antecipação de tutela: CPC 273, e 461, romperam com o paradigma liberal do processo, permitindo 
a antecipação da tutela após a cognição sumária. Trata-se do provimento jurisdicional que antecipa 
os efeitos práticos do julgamento final de procedência pretendido, permitindo a satisfação total 
ou parcial do direito alegado antes da sentença. 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 15 
 
 
• Diferenças e semelhanças entre tutela cautelar e antecipada: 
o Conservação e satisfatividade: diferença no tipo de tutela (medida adotada); 
o Ambas são instrumento de cognição sumária, e provisórias por natureza; 
o Ambas possuem berço constitucional. 
 
Requisitos para concessão da atualização: 
• No antigo CPC, fazia-se necessário: 
o o requerimento do autor; 
o uma prova inequívoca e verdadeira (com verossimilhança) do ocorrido, um “fumus 
boni juris” superior ao que estava sendo utilizado. 
• No novo CPC, tais requisitos estão expressos no caput do artigo 300 e no artigo 313. 
 
NCPC, art. 300: 
A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
 
Risco de irreversibilidade: no caso de perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, a 
antecipação de tutela não deverá ser concedida (CPC antigo, art. 273, § 2º). Esta vedação deverá 
ser observada tendo em vista o princípio da proporcionalidade, OU SEJA, avaliando os valores 
envolvidos tendo em vista a possibilidade de danos irreversíveis ao autor da demanda. 
 
No Novo CPC, a observação sobre os riscos do processo persiste (art. 300, § 3º), bem como o 
princípio da proporcionalidade, que também deve ser observado. 
 
NCPC, art. 300, § 3o 
A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
 
Tutela de evidência (direito incontroverso): no Novo CPC muda a forma de se julgar o mérito, que 
era, anteriormente, feita por tutela antecipada. Como não há razão para pedir antecipação do 
julgamento do que é incontroverso, este pode ser julgado de imediato: 
 
NCPC, Art. 311. 
A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou 
de risco ao resultado útil do processo, quando: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada 
em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de 
multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito 
do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
 
Momento de concessão da antecipação de tutela: pode ser em qualquer momento, inclusive na 
sentença. Neste último caso, é possível antecipar os efeitos de tutela considerando-se eventuais 
recursos (evitando o efeito suspensivo sobre os resultados da sentença). 
• Observe que, nesse caso, o Novo CPC declara expressamente que caberá apelação. Esta 
declaração consta em diversos artigos do Código (ex.: art. 1015). 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 16 
 
 
Revogação ou modificação: é permitida, pelo antigo e pelo novo Código (NCPC, art. 296). Como 
requisito básico, pressupõe-se que devem vir aos autos elementos novos, que justifiquem a 
alteração da convicção do juiz, por decisão fundamentada. 
 
Recurso da decisão sobre tutela provisória: 
• No Código de 73, cabia agravo de instrumento; 
• No Novo CPC, há uma limitação recursal: 
o Fim do agravo retido; 
o Limitação das hipóteses de cabimento do agravo de instrumento. 
• Duas alternativas são visualizadas, nesse caso: 
o Recorrer, em preliminar de apelação; 
o Alegar que a decisão que aprecia tutela provisória comporta agravo de instrumento 
(NCPC, art. 1015, I) 
 
NCPC, art. 303: refere-se à antecipação de tutela antecedente, na qual a urgência para a 
propositura da ação não permite que se espere por uma petição inicial com todos os requisitos. 
Nesse caso, o advogado apresenta uma petição inicial “ainda por terminar”, recorrendo ao artigo 
303 para que se peça, na petição “incompleta”, a tutela antecipada do pedido. 
 
NCPC, Art. 303: 
Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode 
limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a 
exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil 
do processo. 
 
§ 1o 
Concedida a tutela antecipadaa que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada 
de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro 
prazo maior que o juiz fixar; 
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 
334; 
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. 
 
§ 2o 
Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto 
sem resolução do mérito. 
 
§ 3o 
O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem 
incidência de novas custas processuais. 
 
§ 4o 
Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que 
deve levar em consideração o pedido de tutela final. 
 
§ 5o 
O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste 
artigo. 
 
§ 6o 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 17 
 
 
Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional 
determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o 
processo ser extinto sem resolução de mérito. 
 
NCPC, art. 304: refere-se à estabilização da tutela antecipada. Por esse dispositivo, a tutela 
antecipada torna-se estável se da decisão que concedê-la não for interposto o respectivo recurso. 
É um procedimento polêmico, dado que se “força” o agravo contra a antecipação de tutela. 
 
NCPC, Art. 304. 
A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder 
não for interposto o respectivo recurso. 
 
§ 1o 
No caso previsto no caput, o processo será extinto. 
 
§ 2o 
Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
antecipada estabilizada nos termos do caput. 
 
§ 3o 
A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por 
decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o. 
 
§ 4o 
Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, 
para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela 
antecipada foi concedida. 
 
§ 5o 
O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-
se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o. 
 
§ 6o 
A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só 
será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma 
das partes, nos termos do § 2o deste artigo. 
 
 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 18 
 
 
Petição inicial. 
 
CPC15: o artigo que trata da petição inicial, no Novo Código, é o 319, que substitui o artigo 282 do 
antigo CPC na função de determinar os requisitos para que se possa provocar o impulso inicial do 
Judiciário, e iniciar a ação propriamente dita. 
 
 
CPC, art. 319, VII: passa a ser obrigatória, na petição inicial, a manifestação do autor pela realização 
ou não de audiência de conciliação ou de mediação. Esta só não será realizada se ambos, autor e 
réu, concordarem em não se realizar conciliação ou mediação no processo. 
 
NCPC, art. 320 (documentos OBRIGATÓRIOS para que se possa prosseguir com o processo): 
• São os documentos necessários para prova do alegado pelo autor. Na falta desses documentos, 
o juiz não deverá indeferir a inicial, mas dar oportunidade para a sua juntada; 
• TODOS OS DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS devem ser juntados. Somente se autoriza a 
juntada de documentos novos quando houver fatos supervenientes, ou quando o magistrado 
concordar com a juntada (pedindo que a parte contrária se manifeste). 
 
Observação interessante: NÃO SE ADMITE JUNTADA de documentos posteriores com a justificativa 
de que “o sistema estava lento” ou “não dava para subir arquivo”. 
 
Pedido: 
• No CPC/73, era exigido pedido certo e determinado (entendimento firmado pela doutrina). 
• O autor deve ser claro ao formular o pedido, indicando de forma precisa o que deseja que seja 
deferido pelo juiz, em extensão, quantidade e qualidade (pedido certo) e de forma bem 
específica (pedido determinado). 
• Reiterado pelo Novo CPC, nos artigos 323 e 324. 
 
Possibilidade de pedido genérico (NCPC, art. 324, § 1º): 
1. Ações universais, quando o autor não puder individuar na petição os bens demandados; 
2. Quando não for possível determinar, de modo definitivo, as consequências do ato ou fato ilícito; 
3. Quando o valor da condenação tiver que ser determinado por ato a ser praticado pelo réu. 
 
Pedido e liquidez da sentença: 
• No antigo CPC, o artigo 459, § único, determinava que era vedado ao juiz proferir sentença 
ilíquida (sem valor específico) – o que dificultava o trabalho do magistrado, pois era necessário 
saber todos os parâmetros necessários para que sentença pudesse ser prolatada. 
• Esta previsão já vinha sendo enfraquecida pela jurisprudência do STJ, alegando-se prejuízo ao 
princípio do livre convencimento motivado do juiz. Foi enfraquecido pela Súmula 318 do STJ 
(“somente o autor tem interesse recursal em arguir o vício da sentença ilíquida”). 
• Combatido pelos seguintes pontos, “inconvenientes” para formular-se pedido incerto: 
o A sentença líquida, quando possível, é sempre recomendável; 
o Não há violação ao contraditório. 
 
NCPC, art. 491: recomenda-se liquidez na sentença no Novo CPC, ainda que o pedido seja genérico, 
salvo quando não for possível determinar de imediato o montante devido, ou quando dependa de 
prova que não tenha produção imediata. O padrão é a sentença líquida. 
 
 
Pedidos implícitos: seu deferimento não depende de sua formulação específica, já que depende 
de lei. Há exceções previstas no Novo CPC. 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 19 
 
 
 
Exceções que habilitam pedidos implícitos: 
• Prestações periódicas, que se consideram formuladas em juízo. 
• Juros legais, bem como correção monetária, despesas processuais e honorários. 
 
NCPC, art. 323: regulamenta os pedidos implícitos (na ação que tiver por objeto cumprimento de 
obrigação em prestações sucessivas, estas serão consideradas inclusas no pedido, e deverão ser 
inseridas na sentença e nos demais atos processuais). 
 
Emenda da inicial: está, agora, no artigo 321 do Novo CPC. O juiz, ao receber a emenda da inicial, 
deve indicar precisamente o que deve ser emendado (a mudança do Novo Código é que já se 
entende como obrigatória tal indicação, que o autor não tem a obrigação de adivinhar). 
 
CITAÇÃO: no Novo CPC o réu será citado para comparecer à audiência de conciliação, antes que 
seja apresentada defesa (procedimento comum). O prazo para defesa passará a contar a partir da 
audiência de conciliação infrutífera, tendo a partir daí 15 dias para apresentar contestação. 
 
Observação relevante: o réu poderá desistir da audiência da conciliação em até 10 dias antes da 
realização deste procedimento (não há prazo a partir da citação). 
 
Citação pelo correio (NCPC, art. 248): 
• No caso da pessoa jurídica, passa a ser lei o que a jurisprudência já considerava como correto: 
basta que o funcionário que recebe a correspondência a receba para validar a citação. 
• No caso da pessoa física, também passa a valer a entrega ao funcionário da portaria (novidade 
em relação ao Código de 73). 
• Textos legais: art. 248, § 2º (pessoa jurídica) ou § 4º (pessoa física). 
 
 
 
DireitoProcessual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 20 
 
 
12/05/2016. 
Resposta do réu. 
 
Contestação: contraposição ao pedido inicial do autor, exteriorizando o exercício do direito de 
defesa. É a forma mais ampla de defesa do réu, devendo trazer TODAS as alegações, materiais ou 
processuais, contra a pretensão do autor. 
 
 
Princípios referentes à contestação: 
• Concentração da defesa: toda a matéria de defesa deve ser apresentada na contestação, seja 
ela processual ou material. Uma vez apresentada, a contestação NÃO poderá ser alterada ou 
editada, mesmo no prazo (decorre da preclusão consumativa). 
• Eventualidade: decorre da concentração. Trata-se da oportunidade de cumular defesas, para 
que o juiz, rejeitando uma, possa acolher outra (“não fiz, mas se o senhor entender que fizer, 
não cabe a indenização x, ou y, pedida pelo autor”). 
• Impugnação especificada: todos os fatos alegados pelo autor devem ser manifestados, sob pena 
de se presumir a sua veracidade. Não basta defesa genérica, ou negação geral: todos os fatos 
devem ser rebatidos, SEM exceção (“quem cala, consente”). 
 
 
Defesas: dividem-se em dois grandes grupos, defesas processuais e defesas materiais. 
 
Defesas Processuais: atacam vícios referentes ao processo ou à ação. Não se trata de atacar o 
mérito, mas detalhes processuais que podem garantir a inadmissibilidade do processo. 
o Também são chamadas de preliminares, pois caso apreciadas impedem que se prossiga 
com o processo – por isso, devem ser apresentadas na contestação, antes das defesas 
relativas ao mérito. 
o Todas podem ser apreciadas de ofício, à exceção da incompetência relativa e da 
convenção de arbitragem (mudança do NCPC – art. 337). 
 
NCPC, Art. 337. 
Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta e relativa; 
III - incorreção do valor da causa; 
IV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
VII - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.’ 
 
Defesas materiais (ou substanciais): voltam-se para o mérito da pretensão do autor, seja negando 
o fato constitutivo, ou suas consequências jurídicas (defesas diretas) ou indicando fatos que 
extinguem, impedem ou modificam os fatos ou consequências jurídicas alegadas pelo autor 
(defesas indiretas). Observe que na defesa direta o ônus da prova é do autor; na defesa indireta, 
por sua vez, este ônus é do réu. 
Direito Processual Contemporâneo 9º S 
Luiz Simardi 
Por Fábio Peres da Silva 21 
 
 
Reconvenção: trata-se de uma ação do réu em face do autor, nos autos do processo em curso. Ao 
invés de apenas reagir, ele também age, aproveitando-se da economia processual para apresentar 
uma outra ação, conexa com o pedido original. 
 
Ex.: “A” apresenta uma ação em face de “B”; “B” apresenta reconvenção, sobre pedido conexo. 
 
No NCPC, a reconvenção deverá vir na própria contestação (art. 343). Basta que seja facilmente 
identificada – mas não se faz mais necessária nova petição inicial. 
 
Juízo de admissibilidade da reconvenção: uma vez recebida, o juiz deverá fazer o mesmo juízo de 
admissibilidade que faz quando recebe a petição inicial. 
• No caso de juízo de admissibilidade positivo, a intimação do autor deverá ser feita para 
apresentar contestação, e os dois pedidos, ação e reconvenção, serão julgados em conjunto 
(aplicando-se a sucumbência para ambos). 
• Caso o juízo seja negativo, basta ao juiz rejeitar a reconvenção. 
 
Observe-se que a reconvenção será julgada em conjunto com o pedido formulado pelo autor, em 
uma só sentença. A extinção da ação, contudo, não extingue a reconvenção. 
 
Ampliação e restrição subjetiva: 
• Ampliação subjetiva: significa incluir um parceiro na ação, ou na reconvenção. No caso de 
litisconsórcio necessário, vedar a ampliação implicará em descabimento da reconvenção. 
• AMPLIAÇÃO SUBJETIVA: discutia-se no CPC/73 se CABIA AMPLIAÇÃO SUBJETIVA DA RELAÇÃO 
PROCESSUAL, ou seja, incluir na reconvenção sujeitos até então estranhos à lide. 
• LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO: se na lide reconvencional for caso de LITISCONSÓRCIO 
NECESSÁRIO, vedar a ampliação implicará em descabimento da reconvenção. 
• AUSÊNCIA DE VEDAÇÃO: não há nenhuma vedação à ampliação, tanto em face de 
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO quanto FACULTATIVO. NÃO É PACÍFICO. 
• RESTRIÇÃO SUBJETIVA: não é necessário que todos os litigantes sejam incluídos na 
reconvenção. Em caso de LITISCONSÓRCIO MISTO, um litisconsorte passivo pode reconvir em 
face de apenas um 
litisconsorte ativo. 
 
 
Reconvenção no Novo CPC: art. 343. 
 
NCPC, art. 343 
Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa 
com a ação principal ou com o fundamento da defesa. • 
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar 
resposta no prazo de 15 (quinze) dias. • 
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito 
não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. • 
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. • 
 § 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. • 
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face 
do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de 
substituto processual. • 
§ 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

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