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DIREITO TRIBUTARIO

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Direito Financeiro e Direito Tributário: distinções
Atividade financeira do Estado
A Carta Magna brasileira dedica o capítulo II do Título VI (arts. 163 a 169) às finanças públicas, bem como nos arts. 21, 23 e 30, pertinentes à discriminação da despesa pública; arts. 21, VII, 22, VI e 48, IV, relativos à emissão de moeda e prescrição de medidas necessárias à sua estabilidade; art. 31, sobre a fiscalização dos Municípios; arts. 70 a 75, a respeito da fiscalização orçamentária; art. 100, concernente à dívida pública; e arts. 211 a 213, no que tange às prestações financeiras. Todo o procedimento realizado pelo Poder Público em relação a atividade financeira está determina em lei.
O Direito Financeiro deve ser dividido nos seguintes ramos: Receita Pública (Direito Tributário, Direito Patrimonial Público e Direito de Crédito Público), Despesa Pública (Direito da Dívida Pública e Direito das Prestações Financeiras) e Direito Orçamentário.
Despesas correntes: Inclui as despesas de custeio e as transferências correntes. As despesas de custeio, levam em conta as dotações destinadas à manutenção de serviços já existentes, inclusive as que devam atender à conservação e adaptação de imóveis. São ainda as despesas com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros e outros encargos. As despesas correntes estão descritas nos parágrafos 1º ao 3º do mesmo artigo da lei 4320/1964. 
Despesas de capital: São investimentos, as Inversões financeiras e as transferências de capital. Deste grupo, os investimentos são as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados indispensáveis às mesmas obras, e ainda as despesas utilizadas na programação especial de trabalho, aquisição de instalações, equipamento e material permanente e também a constituição e aumento de capital de empresas não comerciais e/ou financeiras. As despesas de Capital estão descritas no parágrafo 4º da lei 4320/64.
Receita Pública: Receita é a quantia recolhida aos cofres públicos não sujeita a restituição, ou, por outra, a importância que integra o patrimônio do Estado em caráter definitivo. Receita pública é a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo vem acrescer o seu vulto como elemento novo e positivo.
Receita Originária: Originam-se do patrimônio do Estado, cujo regime jurídico predominantemente é de Direito Privado, e tem como característica principal o Estado explorando seu próprio patrimônio, que é representada pela forma de aumento patrimonial semelhante à utilizada por qualquer outra pessoa, física ou jurídica, envolvendo transações e negócios tipicamente privados, como doações, heranças, venda de produtos e prestação de serviços, etc., O Estado tem acesso a esse tipo de receita por uma relação negocial, como se fosse uma empresa, uma pessoa jurídica de direito privado. 
Receita derivada tributária: é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Orçamento público: conteúdo
A Constituição Federal de 1988, estabelece, no art. 165, quais as Leis orçamentárias que deverão ser propostas para regular as finanças do Estado. O Poder Executivo é o responsável pela elaboração da proposta orçamentária. Ressalte-se, que o orçamento, sendo uno, deve atender, também, aos Poderes Legislativo e Judiciário, levando em conta que os três Poderes são independentes e harmônicos. 
Princípios orçamentários
* LEGALIDADE
		* UNIDADE
		* ANUALIDADE
		* UNIVERSALIDADE
		* PUBLICIDADE
		* EXCLUSIVIDADE
		* EQUILÍBRIO
Crédito público
Captação de recursos pecuniários, na figura de empréstimos, para pagá-los, supervenientemente, no prazo e nas condições avençadas, a curto, médio e longo prazo. Documenta-os o Estado em papéis de crédito público de vários tipos, tais como Bônus do Tesouro, Letras do Tesouro, Apólices da Dívida Pública, Títulos da Dívida Agrária, etc.
Obrigações: noções gerais
É a relação jurídica estabelecida entre duas partes (ex. devedor e credor) e cujo objeto consiste em prestação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa. Nos direitos obrigacionais os titulares destes exercem um poder imediato sobre determinada coisa. São fontes das obrigações os contratos, as declarações unilaterais de vontade, as determinações legais e os atos ilícitos.
1. Direito Tributário e Direito Financeiro 
As receitas públicas
Receita pública compreende todo o ingresso de recurso financeiro aos cofres públicos com a finalidade de custear as despesas públicas. A fonte da receita pública depende do meio que o Estado utiliza para obtê-la.
O recurso financeiro pode ser fruto da exploração do próprio patrimônio público, o que denominamos de receita patrimonial.
O Estado também é capaz de gerar receita através de uma atividade muito peculiar que é a creditícia. Assim, mediante operações de crédito, o Estado poderá angariar fundos para fomentar sua atividade.
Porém, nos dias atuais, o Estado alcança quase a totalidade de sua receita através da atividade tributária, na qual, pelo exercício de seu poder, impõe aos particulares a obrigação de pagar tributos.
A receita tributária
Atualmente, a receita tributária é a que mais representa aos cofres públicos. A receita tributária advém de uma atribuição peculiar do Estado, qual seja, a de cobrar tributos. Vale lembrar que esta prerrogativa, que vamos denominar de “poder de tributar”, foi democraticamente estabelecido na Constituição Federal.
De modo geral, podemos entender que a receita tributária é todo o recurso financeiro obtido pelo Estado, mediante a cobrança de tributos.
Competência e Princípios constitucionais
Competência tributária
Competência é a atribuição conferida por lei para que seja exercida uma espécie de poder estatal. Deste modo, competência tributária, devidamente tratada na Constituição Federal, nos revela quem são as pessoas políticas que podem constituir e criar tributos, que serão exigidos aos contribuintes.
Antecipadamente, devo adverti-los de que a competência tributária não é absoluta, pois a permissão constitucional dada para criar e cobrar tributos está vinculada à observação de três limitações:
(i) As limitações do poder de tributar, previstas na própria Constituição Federal, que denominamos de “princípios constitucionais tributários” e “imunidades tributárias” que serão tratados logo a seguir;
(ii) O respeito às normas gerais de Direito Tributário previstas no Código Tributário Nacional e demais leis complementares;
(iii) A indelegabilidade das competências previstas na Constituição Federal, embora seja lícito transferir as atribuições de fiscalizar e arrecadar determinado tributo, até mesmo a pessoas de Direito Privado, como ocorreu recentemente com a extinta CPMF, cuja arrecadação estava a cargo das instituições financeiras.
Segundo o artigo 145 da Constituição Federal, compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos, taxas e contribuição de melhoria. Já o artigo 148 diz ser competência exclusiva da União a instituição do empréstimo compulsório e o artigo 149 também estabelece como competência exclusiva da União a instituição das contribuições.
Especificamente quanto aos impostos, a Constituição Federal atribuiu as seguintes competências:
Princípio da legalidade tributária
O princípio da legalidade tributária tem, antes de mais nada, uma relação direta com um dos direitos e garantias fundamentais previstos no artigo 5º da Constituição Federal, mas especificamente em seu inciso II, o qual estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Portanto, é garantia fundamental de todo brasileiro e estrangeiro residente no país que, somente serão compelidos a fazer algo, se antes houver uma lei exigindo tal comportamento.
Se o pagamento de um tributoé uma imposição do Estado ao contribuinte (prestação pecuniária compulsória), por direito fundamental, deve haver uma lei autorizando o Poder Público a efetuar a referida cobrança.
Podemos observar duas proibições expressas: é vedado criar ou aumentar tributo, sem a existência anterior de uma lei autorizadora.
Com relação à criação de tributo, o artigo 97 do Código Tributário Nacional traz taxativamente os elementos mínimos que devem estar contidos na lei que institui um tributo. Quais sejam:
Fato gerador,
Alíquota,
Base de cálculo,
Sujeito passivo e;
Penalidades.
Somando-se tudo isto, podemos concluir que o tributo, para ter sua existência juridicamente perfeita, deve haver lei que o institui (princípio da legalidade tributária), sendo que a lei instituidora deve definir o fato gerador, a alíquota, a base de cálculo, o sujeito passivo e as penalidades (estrita legalidade).
Importante salientar que, segundo a própria Constituição Federal, há alguns tributos que poderão ter suas alíquotas aumentadas, sem que haja lei, apenas por força de um ato do Poder Executivo (Decreto Presidencial ou Portaria do Ministro da Fazenda), desde que atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei. São eles:
Imposto sobre impostação (II);
Imposto sobre a exportação (IE);
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
Imposto sobre Operações de crédito, Câmbio e Seguros (IOF);
CIDE-Combustível; e
ICMS-Combustível.
A razão do aumento destes tributos serem exceções à aplicação do princípio da legalidade, segundo a própria Constituição Federal, é que são tributos que cumprem sua função extrafiscal, ou seja, são instrumentos financeiros utilizado pelo governo para inibir ou estimular certas condutas de mercado.
Princípio da anterioridade
Para evitar surpresa tributária, com um aumento repentino de um tributo, a Constituição Federal estabeleceu no art. 150, II, b e c, o princípio da anterioridade tributária. Aglutinando as duas alíneas (b e c), concluímos que é vedado aumentar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (princípio da anterioridade anual), assim como antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (princípio da anterioridade nonagesimal).
Pelo princípio da anterioridade anual, o tributo criado ou majorado somente pode ser cobrado, no exercício seguinte ao que haja sido publicada a lei que o criou ou majorou. Por exemplo: um município resolve criar uma determinada taxa, sendo que após a lei por todo o processo legislativo, foi publicada no Diário Oficial em 4 de agosto de 2010. Logo, a cobrança desta taxa somente pode ocorrer a partir de 1º de janeiro de 2011.
O princípio da anterioridade nonagesimal, que deve ser aplicado conjuntamente com o princípio da anterioridade anual, estabelece que o tributo criado ou aumentado somente pode ser cobrado após a decorrência do prazo de noventa dias da publicação da lei que o criou ou aumentou. Este princípio foi inserido na Carta Constitucional através da Emenda nº 42/2003, vez que era prática do governo criar ou aumentar tributo nos últimos dias do exercício e já cobrá-lo nos próximos dias, vez que se encontrava em exercício posterior ao da publicação da lei.
Princípio da isonomia tributária
O princípio da isonomia tributária decorre do direito fundamental previsto no caput do artigo 5º da Constituição Federal, o qual reza que todos são iguais perante a lei. Para este princípio tributário, previsto no art. 150, II, da CF, é vedado instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
Princípio da irretroatividade tributária
Por questão de segurança jurídica, o princípio da irretroatividade tributária, tratado no art. 150, III, a, da Constituição Federal, determina que é vedado cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Princípio da uniformidade geográfica
Segundo o art. 151, I, da Constituição Federal, é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.
Portanto, um determinado tributo federal deve possuir a mesma alíquota em todo o território nacional. Como se depreende do texto constitucional, fica ressalvada a possibilidade a criação de incentivos fiscais a serem aplicados em uma determinada região geográfica, como é o caso da isenção do IPI para empresas que estão instaladas na Zona Franca de Manaus.
2. Teoria Geral do Direito Tributário. Sujeitos e Classificação dos Tributos
A obrigação tributária, em particular, surge de uma imposição legal (caráter compulsório), independentemente de o contribuinte ter praticado um ato ilícito, bastando que o mesmo tenha incorrido em um fato imponível.
Fato Gerador 
O nascimento da obrigação tributária
O artigo 114 do Código Tributário Nacional, ao definir o fato gerador, utilizou-se de uma expressão ambígua, de modo que descreveu no próprio artigo, tanto a situação abstrata definida em lei, como a sua ocorrência no plano concreto que dá nascimento à obrigação tributária.
Assim, em um primeiro momento, o Código Tributário Nacional usou-se da expressão “fato gerador” no sentido jurídico de “hipótese de incidência”, ou seja, a descrição legal de um fato ou uma situação jurídica abstrata que, quando ocorrer no plano concreto, implicará no surgimento da obrigação tributária. Porém, no mesmo texto legal, atribuiu à expressão “fato gerador” o sentido de materialização da hipótese de incidência. 
Pelo raciocínio do artigo 114 do Código Tributário, podemos concluir que o surgimento de uma obrigação tributária decorre de dois fatores: 1º) a hipótese de incidência prevista em lei e; 2º) a existência de um fato que materializa a situação hipotética prevista legalmente.
O sujeito ativo da relação tributária 
Assim que a ocorrência do fato gerador deu ensejo a obrigação tributária, forma-se uma relação jurídica entre dois sujeitos, o sujeito ativo (credor) e o sujeito passivo (devedor).
Segundo o artigo 119 do Código Tributário Nacional, o sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. 
Em um primeiro momento, ocupa a posição de sujeito ativo, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, dentro das competências tributárias outorgadas pela Constituição Federal. São chamados de sujeitos ativos diretos. Porém, por delegação, os sujeitos ativos diretos podem transferir para entidades parafiscais, tais como CREA, CRM, CRC, entre outros, a capacidade tributária ativa, permitindo a estes órgãos parafiscais o poder de arrecadação e fiscalização de contribuições. Tais entidades são intituladas de sujeitos ativos indiretos.
O sujeito passivo da relação tributária
Para o artigo 121 do Código Tributário Nacional, sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Portanto, refere-se ao polo passivo, ou seja, o lado do devedor da relação tributária.
Importante relembrar que, segundo o art. 97 do Código Tributário Nacional, a lei instituidora do tributo deve definir expressamente aquele que ocupará o polo passivo.
Segundo o artigo 121, parágrafo único, do Código Tributário Nacional, há duas modalidades de sujeito passivo da relação tributária principal:
Contribuinte: aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; e
Responsável: aquele que, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigaçãodecorra de disposição expressa de lei.
O contribuinte, também denominado de sujeito passivo direto, possui uma relação com a ocorrência do fato gerador. Por exemplo, o proprietário de um veículo automotor é contribuinte do IPVA, pois está diretamente relacionado à situação jurídica ensejadora da cobrança do referido imposto.
Por sua vez, o responsável é aquele que a lei tributária o atribui a responsabilidade de pagar o tributo, embora não esteja na qualidade de contribuinte. É exemplo desta modalidade o empregador que fica na condição de responsável pelo pagamento do Imposto de Renda do seu empregado, devendo aquele reter na fonte o numerário necessário para o pagamento devido.
Conceito e Classificação dos Tributos 
Os tributos
O termo tributo, no senso comum, é confundido com outros termos, tais como impostos e taxas. Importante esclarecer que tributo é o gênero, enquanto impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições são as espécies tributárias.
O Código Tributário Nacional, em seu artigo 3º, cuidou de trazer uma definição legal do que venha a ser tributo. Segundo a legislação, tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Os tributos, também como uma modalidade de obrigação, não decorrem da vontade do contribuinte; por isso o artigo 3º do Código Tributário Nacional é explícito em dizer que possui natureza compulsória. Porém, também não é uma punição (sanção) pela prática de um ato ilícito, vez que não se paga tributo pelo ato de ter praticado algo contrário à lei.
Deste modo, podemos destacar as seguintes características dos tributos, conforme a análise do teor do artigo 3º do Código Tributário Nacional:
Compulsoriedade: o pagamento do tributo é exigência legal que independe da vontade do contribuinte
Mensurabilidade econômica: por ser pago em dinheiro, a prestação tributária deve ser expressa em moeda corrente nacional.
Caráter não punitivo: embora o pagamento do tributo seja uma imposição da lei, não se trata de uma punição pela prática de uma atitude ilícita.
Legalidade: a criação do tributo deve estar prevista em lei.
Não discricionariedade na cobrança: a administração tributária deve exercer o poder de tributar conforme as determinações legais, sob pena de ser considerado abuso ou desvio de poder.
Os tributos em espécie
Como já ficou advertido, o termo jurídico tributo, designa um gênero do qual fazem parte as espécies: imposto, taxa, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuição social. Veremos a partir de agora, cada uma das modalidades.
Os impostos
Segundo o artigo 16 do Código Tributário Nacional, imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Diante da definição legal apresentada pelo Código Tributário Nacional, a grande característica dos impostos é a sua natureza não vinculada, ou seja, a hipótese de incidência é um fato alheio a qualquer atuação do poder Público. Deste modo, para o pagamento do imposto, basta a realização, pelo contribuinte, de um fato gerador descrito em lei.
A existência do imposto não está vinculada a uma atividade estatal, mas em um comportamento ou situação vinculada ao próprio contribuinte. Por exemplo, paga-se IPTU não pelo fato do município ter prestado algum serviço em favor de um munícipe, mas, simplesmente, por este ser proprietário de um imóvel urbano (fato gerador).
O fato gerador do imposto é uma situação (por exemplo, aquisição de renda, prestação de serviços etc), que não supõe nem se conecta com nenhuma atividade do Estado especificamente dirigida ao contribuinte. Ou seja, para exigir imposto de certo indivíduo, não é preciso que o Estado lhe preste algo determinado. Essa é a razão por que se diz que o imposto é “tributo unilateral, tributo sem causa ou gravame não-contraprestacional”, uma vez que desvinculado de qualquer atividade estatal correspectiva.
ATENÇÃO
A diferença entre taxa e imposto está na existência ou não de uma prestação ao contribuinte.
As taxas
O artigo 77 do Código Tributário Nacional define as taxas como o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Por uma simples leitura do dispositivo legal acima mencionado, podemos concluir que as taxas possuem natureza vinculada, pois seu fato gerador está relacionado a uma atividade específica (prestação de serviço público ou exercício regular de polícia) prestada pelo Estado ao contribuinte. Portanto, a taxa é um tributo vinculado à ação estatal, atrelando-se à atividade pública e não à ação do particular.
Taxa de polícia: Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos (art. 78, CTN).
Taxa de serviço: Segundo o artigo 77 do Código Tributário Nacional, pode-se cobrar taxa em razão da utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. O serviço público é efetivamente usado pelo contribuinte quando for por ele usufruído a qualquer título e, potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, seja posto à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
Contribuição de melhoria: Conforme previsto no art. 81 do Código Tributário Nacional, a contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Assim, o fato gerador da contribuição de melhoria é a valorização imobiliária decorrente de uma obra pública.
Empréstimo compulsório: O artigo 148 da constituição Federal permite a União, mediante lei complementar, instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, ou no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Trata-se de tributo de natureza polêmica, pois muitos entendem não se tratar de tributo, vez que empréstimo tem caráter incompatível com receita. Porém, o fato de ser obrigatório (compulsório), além da obrigatoriedade de observar as regras de Direito Tributário, faz com que seja aceito como uma espécie de tributo. Como seu próprio nome já nos informa, esse tributo nada mais é do que um empréstimo obrigatório, forçado. Ou seja, o cidadão será obrigado a emprestar dinheiro para o Poder Público, mas em contrapartida a devolução deste valor é garantida pelo próprio Governo.
Contribuições: A Constituição Federal, em seu artigo 149, permitiu exclusivamente à União, instituir contribuições, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Como se observa, a contribuição é uma espécie de tributo cuja principal característica é financiar a intervenção do Estado no campo social e econômico, garantindo a realização de sua política para-fiscal de governo. Interessante observar que a exigência do pagamento das contribuições está desvinculada de qualquer atividade estatal correspectiva. No entanto, diferentemente dos impostos,possui natureza finalística, ou seja, sua existência depende de uma destinação específica do montante arrecadado. O que caracteriza as contribuições é que o produto de suas arrecadações deve ser destinado para financiar atividades de interesse público, beneficiando certo grupo, e direta ou indiretamente, o contribuinte.
O artigo 149 da Constituição Federal contempla três espécies de contribuição, quais sejam, contribuições de interesse das categorias profissionais, contribuições de intervenção no domínio econômico e contribuições sociais.
Contribuições de interesse das categorias profissionais: Esta modalidade de contribuição, destinada aos interesses das categorias profissionais (trabalhadores) ou econômicas (empregadores), são denominadas como contribuições profissionais ou corporativas. Neste grupo, temos a contribuição-anuidade e a contribuição sindical. A primeira é destinada aos Conselhos Regionais de Fiscalização (CREA, CRM, CRC, 
CRA, entre outros). A segunda é destinada aos sindicatos das classes profissionais e é devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do Sindicato representativo da mesma categoria ou profissão (art. 579, CLT).
Contribuições de intervenção no domínio econômico: Também chamadas de contribuições interventivas ou de CIDEs, tem por finalidade ser um instrumento de planejamento econômico de governo, corrigindo as distorções e abusos de segmentos, servindo como um mecanismo regulatório de mercado. Exemplos a serem destacados desta modalidade de contribuição são a CIDE-Combustível, CIDE-Royalties, Adicional de Tarifa Portuária-ATP, e Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante-AFRMM.
Contribuições sociais: a Constituição Federal caracteriza as contribuições sociais pela sua destinação, vale dizer, são ingressos necessariamente direcionados a instrumentalizar a atuação da União no setor da ordem social. As contribuições sociais, segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, são subdivididas em três, (i) as contribuições sociais gerais, (ii) as contribuições de seguridade social e (iii) outras contribuições sociais.
3 Legislação Tributária e a Obrigação Tributária
Legislação Tributária
A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Segundo as disposições contidas no artigo 96 do Código Tributário Nacional, o conteúdo expresso no termo “legislação tributária”, abrange as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares, sendo, portanto, referido artigo visto pela maioria dos juristas como indicador das fontes do direito tributário dividindo-as em fontes primárias e secundárias. As fontes primárias têm por missão a criação da obrigação tributária propriamente dita, sendo que as fontes secundárias têm por utilidade a interpretação e aplicação das fontes primárias.
Integração das Normas Jurídicas
A vida do homem em sociedade só é possível por conta de existirem regras, leis que disciplinam os atos humanos. Não fossem as leis, viveríamos na mais completa barbárie! Desta forma, o Direito assume uma função verdadeiramente social, pois, embora as ideologias variem e a sociedade se transforme, ele perdura consolidando normas e protegendo interesses estabelecidos.
Deixando as considerações sobre o Direito como ciência e partindo para o seu ramo específico e que é interesse deste estudo, tem-se o direito tributário, que pode ser considerado como um conjunto de princípios e regras que regem o poder fiscal do Estado, representado pela instituição, arrecadação e fiscalização de tributos devidos pelos indivíduos ao governo.
A relação tributária tem seus marcos estruturais regulados pela Constituição, que ao mesmo tempo outorga ao Estado o direito de instituir e arrecadar tributos (veja o art. 145 da Constituição), assim como limita este direito (no art. 150, por exemplo) e cerca o contribuinte de garantias contra os excessos tributários.
Obrigação Tributária - Principal e Acessória
As obrigações tributárias podem ser categorizadas em obrigações principais e acessórias. As obrigações principais são definidas pelo artigo 113, parágrafo 1º, do CTN, como tendo por origem a própria lei tributária com o objetivo de impor a obrigação quanto ao pagamento do tributo propriamente dito ou penalidades pecuniárias. Já a obrigação tributária acessória, nos termos dos parágrafos 2º e 3º, tem por objetivo as prestações positivas e negativas conforme determina a administração tributária visando os melhores interesses na arrecadação e fiscalização dos tributos. Ex: obrigação de manter e conservar os livros fiscais, conforme determina a respectiva Lei, etc...
4 Crédito Tributário, Suspensão e Extinção
Segundo o Código Tributário Nacional, o crédito tributário representa o direito de crédito da Fazenda Pública, já devidamente apurado por processo administrativo denominado lançamento e, portanto, dotado de certeza, liquidez e exigibilidade.
O crédito tributário decorre do próprio fato gerador, que originou a relação obrigacional tributária. Assim, para que o Estado possa exigir o crédito tributário, é necessário que ocorra o fato gerador, e que o Estado individualize e quantifique o valor a ser pago, com o lançamento.
Após a constituição do crédito tributário, o curso normal da relação tributária é a sua extinção com o pagamento do tributo. Entretanto, neste ínterim, o crédito tributário poderá ser suspenso pelos motivos que trataremos neste capítulo. Também, teremos conhecimento que não é apenas pelo pagamento que a obrigação tributária se extingue, pois, o Código Tributário Nacional previu outras formas de extinção.
Crédito Tributário: O crédito tributário pode ser definido como sendo a obrigação tributária lançada, ou seja, tornada liquida e certa por meio do lançamento.
O lançamento: O artigo 142 do Código Tributário Nacional nos orienta no sentido de que compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
O lançamento é o instrumento que confere a exigibilidade à obrigação tributária. Por uma interpretação sistemática, podemos afirmar que o Código Tributário Nacional disciplinou três espécies de lançamento: lançamento de ofício, lançamento por declaração ou misto e lançamento por homologação.
O lançamento de ofício
O lançamento de ofício, previsto no artigo 149, I, do Código Tributário Nacional, ocorrerá sempre que a lei determinar à autoridade administrativa tributária para que promova o lançamento sem nenhuma participação do sujeito passivo. Um exemplo clássico do lançamento de ofício é a cobrança do IPTU ou do IPVA, cuja formação do crédito tributário independe de qualquer participação de seu contribuinte. 
Também ocorrerá o lançamento de ofício quando o contribuinte, incumbido de prestar declarações para a realização do lançamento por declaração, deixa de prestá-las no prazo hábil, permitindo assim que a autoridade fiscal realize o lançamento de ofício, mediante auto de infração.
O lançamento por declaração
O lançamento por declaração ocorre quando a lei determina que o sujeito passivo preste informações sobre o fato gerador, mediante declaração, que servirá de base para a autoridade fiscal constituir o crédito tributário, notificando o sujeito passivo para o recolhimento do tributo.
Assim, o artigo 147 do Código Tributário Nacional disciplina que o lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiros, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informaçõessobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. São exemplos de tributos cuja constituição se dá por meio desse tipo de lançamento, o imposto de importação, o imposto de exportação e o ITBI.
O lançamento por homologação
O lançamento por homologação é aquela modalidade de lançamento cujo sujeito passivo possui o dever legal de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. Por esta característica, também é denominado de auto lançamento.
Esta espécie de lançamento é a mais comum para apuração de tributos, tais como, IPI, ICMS, IR, ITR, PIS e COFINS, dentro outros.
O artigo 150 do Código Tributário Nacional diz que o lançamento por homologação ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, operando-se o lançamento pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
Hipóteses de Suspensão do Crédito Tributário
Pelo que se depreende do estudo que até agora realizamos nesta unidade, o crédito tributário regularmente constituído é liquido, certo e exigível, podendo ser cobrado pela Fazenda Pública, inclusive, pela via judicial da ação de execução fiscal.
No entanto, há seis hipóteses previstas no artigo 151 do Código Tributário Nacional que, existindo, suspendem a exigibilidade do crédito tributário, ou seja, não pode ser imediatamente executado pelo Fisco enquanto perdurarem os efeitos de tais situações.
Segundo o artigo 151 do Código Tributário Nacional, Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
• a moratória; A moratória é a prorrogação do prazo para pagamento do tributo devido, concedida pelo ente tributante por meio de lei. Assim, uma vez dilatado o prazo para pagamento do tributo, não pode o sujeito passivo exigir o seu pagamento.
• o depósito do seu montante integral; ocorre quando o sujeito passivo não concorda com o lançamento realizado, podendo impugná-lo, administrativa ou judicialmente. Se a opção é a via judicial, há que se impedir, de alguma forma, a Administração Fazendária de ajuizar a ação de execução fiscal. Daí surge a alternativa do depósito como forma de suspensão de exigibilidade de um crédito.
• as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; Diante de uma exigência fiscal, o sujeito passivo que não está de acordo, tem o direito constitucionalmente protegido de impugnar a cobrança, pela via administrativa, sendo assegurado ao mesmo a ampla defesa e o contraditório. Assim, uma vez interposto recurso administrativo para impugnar a cobrança de tributo que o sujeito passivo entende ser indevida, automaticamente, fica suspensa a exigibilidade da cobrança deste tributo, até que seja julgado o processo administrativo, em todas as instâncias existentes.
• a concessão de medida liminar em mandado de segurança; O mandado de segurança é espécie de ação prevista na Constituição Federal que tem por objetivo proteger a pessoa que tenha seu direito líquido e certo lesado ou ameaçado de lesão, por ato de autoridade. Em matéria tributária, é cabível o mandado de segurança sempre que o contribuinte se sinta ameaçado ou lesado em direito líquido e certo, em razão de ato de autoridade administrativa tributária.
• a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; Da mesma forma que é possível o deferimento de medida liminar em mandado de segurança, também é possível a existência de decisões semelhantes, como a antecipação de tutela, em outras modalidades de ações judiciais. Em meios processuais, há outras modalidades de ações e, havendo a plausibilidade da tese do contribuinte e da probabilidade de dano irreparável, pode o juiz ordenar a suspensão da cobrança do tributo até decisão final a ser tomada no processo judicial tributário.
• o parcelamento; O parcelamento tributário é um meio legalmente previsto para que os contribuintes possam pagar suas dívidas fiscais; geralmente é utilizado por aqueles que não dispõem do total do valor da dívida de imediato. Uma vez permitido o pagamento parcelado de um tributo, é natural que a cobrança do montante devido seja suspensa até que se cumpra integralmente o parcelamento.
Extinção do Crédito Tributário
Comumente, a extinção do crédito tributário se dá com o pagamento. Porém a extinção ocorre por qualquer ato jurídico ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação respectiva, de acordo com as modalidades previstas no artigo 156 do Código Tributário Nacional. Portanto, a extinção ocorre nas seguintes modalidades:
• o pagamento; é a satisfação da prestação objeto da obrigação tributária. É modalidade direta de extinção do crédito tributário.
• a compensação; é uma das modalidades de extinção do crédito tributário, que ocorre quando duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor de obrigações, uma com a outra, operando-se a extinção até onde se compensarem.
• a transação; A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e consequente extinção de crédito tributário.
• remissão; é o perdão da dívida pelo credor. O Código Tributário Nacional estabelece que a lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário
• a prescrição e a decadência; são situações distintas de extinção do direito à exigibilidade do crédito tributário. A decadência, prevista no artigo 173 do Código Tributário Nacional, representa a perda do direito da Fazenda Pública Federal, Estadual ou Municipal, constituir, através do lançamento, o crédito tributário, em razão do decurso do prazo de 5 anos. Já a prescrição extingue o direito, pertencente ao credor, da ação de cobrança do crédito tributário, também pelo decurso do prazo de 5 anos, houve o lançamento, pois, o crédito tributário foi constituído, porém o Fisco não exerceu o seu direito de cobrança no prazo legal.
• a conversão de depósito em renda; ocorre quando a decisão definitiva administrativa ou judicial for favorável ao sujeito ativo (Fisco), convertendo o depósito do montante integral efetuado pelo sujeito passivo para ensejar a suspensão da cobrança, em renda a favor do Fisco, extinguindo-se por consequência o crédito tributário.
• o pagamento antecipado e a respectiva homologação do lançamento; os tributos que são apurados através do lançamento por homologação, são pagos antecipadamente pelo sujeito passivo, com base nos cálculos elaborados por ele próprio. Trata-se de um pagamento antecipado, porque é feito antes do lançamento. O pagamento deste tributo será a resultante do pagamento e a conferência da apuração pela autoridade fiscal, que denominamos de homologação.
• a consignação em pagamento; A consignação em pagamento é o meio pelo qual o devedor extinguirá a sua obrigação perante o credor, no caso de este recusar-se a receber o pagamento, não tomar a iniciativa de recebê-lo ou ainda quando seu paradeiro for desconhecido.
• a decisão administrativa irreformável e decisão judicial passada em julgado; assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; permite a extinção do crédito tributário é aquela que julga improcedente a exigência do crédito tributário, pronunciando pela inexistência da obrigação tributária. A sentença judicial transitada em julgado que julga procedente pedidos de contribuinte também extinguem o crédito tributário.
• a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei; ocorre a dação em pagamento quando o credor permite que o devedor extingue a relação de obrigação existente entre eles pela substituição do objeto da prestação, ou seja, o devedor realiza o pagamento de outra maneira que não estava originalmente na obrigação estabelecida, mas que a extingue da mesma forma.Em Direito tributário, a dação em pagamento é uma espécie de meio de extinção do crédito tributário, através da entrega de um bem imóvel para o sujeito passivo como forma de pagamento.
5 Exclusão do Crédito Tributário e o Processo Administrativo Fiscal
Exclusão do Crédito Tributário 
A exclusão do crédito tributário é um instituto jurídico cujo efeito é a exoneração tributária, parcial ou total. Ocorre exclusivamente em caso de promulgação de lei que determina a não-exigibilidade do crédito tributário por parte do sujeito ativo. 
A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. As modalidades de exclusão previstas são isenção e anistia.
Isenção é a dispensa legal do pagamento de determinado tributo devido, pelo que ocorre o fato gerador, mas a lei dispensa o seu pagamento. A isenção pode ser geral, quando o benefício atinge a generalidade dos sujeitos passivos, independentemente de qualquer comprovação de característica pessoal e particular que dote o beneficiário, ou, específica, quando há restrição legal do benefício às pessoas que preencham determinados requisitos, cuja fruição dependerá de requerimento endereçado à administração tributária.
Processo Administrativo Fiscal
A Administração tributária consiste em um conjunto de ações e atividades, interligadas e complementares entre si, que almejam garantir o cumprimento pela sociedade da legislação tributária. Assim, a administração tributária é a atividade de Poder Público voltada para a fiscalização e arrecadação tributária.
Uma salutar arrecadação depende de fiscalização, através de procedimentos fiscais adequados; cobrança judicial, com a eficaz exigência dos créditos inscritos na dívida ativa e; controle de regularidade fiscal do contribuinte, através de emissões de Certidões Negativas.
Por este motivo, fiscalização, dívida ativa e Certidões Negativas estão previstos nos artigos 194 a 208 do Código Tributário Nacional, englobados no título denominado Administração Tributária.
Fiscalização
A fiscalização consiste em atos de verificação do cumprimento de obrigações tributárias (principais e acessórias). As autoridades administrativas que exercem o poder de fiscalização estão vinculadas ao regramento jurídico estabelecido pela legislação tributária.
Assim, a legislação tributária, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.
Para que a fiscalização possa realizar o seu trabalho investigativo, o Código Tributário Nacional determinou que os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.
Importante ressaltar que havendo recusa do contribuinte em exibir seus livros, arquivos, documentos e outros papéis à autoridade fiscal, será possível ensejar o lançamento por arbitramento, além de ser considerada tal atitude como crime contra a ordem tributária (art. 1º, I, da Lei nº 8.137/90).
No entanto, a obrigatoriedade de prestar informações à autoridade administrativa não se aplica quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

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