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FILOSOFIA - Questões

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A filosofia grega era uma ciência?
Sim. As indagações filosóficas se realizam de modo sistemático. O sistema significa um todo cujas partes estão ligadas por relações de concordância interna. No caso do pensamento significa um conjunto de ideias internamente articuladas e relacionadas graças a princípios comuns ou a certas regras e normas de argumentação e demonstração que as ordenam e as relacionam num todo coerente. A Filosofia trabalha com enunciados precisos e rigorosos, busca encadeamento lógico entre os enunciados opera com conceitos ou ideias obtidos por procedimentos de demonstração e prova, exige a fundamentação racional do que é enunciado e pensado. É um trabalho intelectual, sistemático, não apenas obtém respostas para as questões colocadas, mas exige que as próprias questões sejam validas e que as respostas sejam verdadeiras, estejam relacionadas entre si, esclareçam umas as outras, formem conjuntos coerentes de ideias e significações sejam provadas e demonstradas racionalmente. A filosofia opera sistematicamente com coerência e lógica. 
O que era política para os gregos?
Com a POLIS – cidade política surge para os cidadãos o direito de emitir em publico sua opinião, discuti-la com os outros, persuadi-los a tomar uma decisão proposta por ele de tal modo que surge o discurso político como palavra humana compartilhada, dialogo, discussão e deliberação humana. Isto é, como decisão racional, e exposição dos motivos ou das razoes para fazer ou não fazer alguma coisa. A política valorizou o humano, o pensamento a discussão, a persuasão e a decisão racional, valorizou o pensamento racional e criou condições para que surgisse o discurso ou a palavra filosófica. A política estimula um pensamento, um discurso que não procuram ser formulados por seitas secretas dos iniciados em mistérios sagrados mas que procuram ao contrario ser públicos, ensinados, transmitidos, comunicados e discutidos. 
Democracia – Liberdade, dialogo, equidade, cidadania. Sem cidadão não há política. 
Características do Período Socrático e do pensamento de Platão 
Houve o florescimento da democracia. 
Igualdade de todos os homens adultos perante a lei, direito de todos participar diretamente do governo, da cidade. 
Democracia direta e não por eleição de representantes garantia a todos a participação no governo e os que dele participavam tinham o direito de exprimir discutir e defender em publico suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. 
Surgimento do cidadão. Sendo que este deveria saber falar e ser capaz de persuadir os demais. Há uma mudança na cultura grega, antes da democracia a educação tinha um padrão aristocrático, que afirmavam que o homem ideal/perfeito era o guerreiro belo e bom. 
Com a economia agrária suplantada pelo artesanato e comercio uma nova classe surge, e essa queria exercer o poder político até então privilegio de outra classe. A democracia é então instituída o poder vai saindo daqueles para os cidadãos. Agora a educação era voltada para a formação do bom cidadão a ARETÊ é a excelência no exercício da cidadania ou a virtude cívica. 
A nova educação estabelece como padrão ideal a formação do bom orador, aquele que sabia falar em publico e persuadir os outros na política. 
Que ensinavam os sofistas? Que propunha Sócrates contra os Sofistas? Porque Sócrates foi condenado à morte? 
Os sofistas são os primeiros filósofos do período socrático. Eles diziam que os ensinamentos dos filósofos cosmologistas estavam errados e eram inúteis para a vida da polis. Apresentavam-se como mestres da oratória ou da retórica afirmando ser possível ensinar aos jovens tal arte para que fossem bons cidadãos. A arte da persuasão. Os sofistas ensinavam técnicas para tal, para que os jovens pudessem defender sua posição ou opinião para sempre ganhar discussões. 
Sócrates rebelou-se contra os sofistas dizia que eles não eram filósofos pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade já que defendiam qualquer coisa que fosse vantajoso. Sócrates dizia que cada um deveria antes de persuadir os outros conhecer a si mesmo. O período socrático é antropológico pois fazia do autoconhecimento ou do conhecimento que os homens tem de si mesmos a condição de todos os outros conhecimentos verdadeiros. Sócrates procurava a essência real e verdadeira da coisa, da ideia, do valor. Sócrates buscava o conceito e não a opinião pois essa para o filosofo era instável, mutável, depende de cada um, seus gostos e preferências. O conceito é uma verdade intemporal, universal e necessária que o pensamento descobre. 
Sócrates por ser muito questionador tornou-se um perigo pois motivava a capacidade reflexiva dos jovens por isso eles o acusaram de desrespeitar os deuses, corromper os jovens e violar as leis. Levado perante a Assembleia Sócrates não quis se defender e foi condenado a tomar um veneno e obrigado a suicidar-se. 
Explique as principais características da filosofia medieval 
Igreja Romana dominava a Europa. 
Escolástica – Porque era ensinada nas escolas. 
Principais influencias: Aristóteles, Platão, Santo Agostinho. 
Filosofia cristã – Teologia. 
Temas mais constantes: Prova da existência de Deus, imortalidade da alma, demonstrações racionais da existência do infinito criador e do espírito humano imortal, diferença e separação entre infinito (Deus) e finito (homem, mundo) diferença entre razão e fé, diferença e separação entre corpo e alma, o Universo como uma hierarquia de seres onde os superiores dominam e governam os inferiores, a subordinação do poder temporal dos reis e barões ao poder espiritual de papas e bispos. 
Método usado pela Escolástica: Disputa. Apresentava-se uma tese e esta deveria ser refutada ou defendida com argumentos tirados da Bíblia, de Aristóteles de Platão ou de outros Padres da Igreja. Uma ideia era considerada uma tese verdadeira ou falsa dependendo da força e qualidade dos argumentos encontrados nos vários autores. Por causa desse método de disputa costuma-se dizer que na Idade Media o pensamento estava subordinado ao principio da autoridade, isto é, uma ideia é considerada verdadeira se for baseada nos argumentos de uma autoridade reconhecida.
Explique as principais características da renascença 
Na renascença é predominante o humanismo, uma vez que nelas o homem é valorizado, colocado como centro do Universo defendido em sua liberdade e em seu poder criador e transformador. Nessa época há grandes descobertas, que possibilitou aos homens o conhecimento de novos mares, terras e gentes permitindo-lhe ter uma visão crítica de sua própria sociedade. Essa efervescência cultural e política levaram a criticas profundas a Igreja Romana levando a Reforma Protestante baseada na ideia de liberdade de crença e de pensamento. 
Laicização – Estado Laico – Estado sem religião. 
Humanização – Liberdade, livre arbítrio. 
Aristóteles é idealista ou realista? É empirista ou inatista? Explique. 
Aristóteles era um empirista, buscava a verdade através das experiências de vida. Era um cientista nato estudava diversos ramos. Segundo essa filosofia o homem nasce como uma folha em branco. Realista – Posição filosófica que afirma a existência objetiva ou em si da realidade externa como uma realidade racional em si e por si mesma e, portanto que afirma a existência da razão objetiva. 
Como Aristóteles define a Justiça/Injustiça? O que é Justo Meio? 
Justiça é uma virtude, e toda virtude é um justo meio. O justo é aquele que reitera a pratica virtuosa reiterada de atos voluntários de justiça. Trata-se de uma virtude que não se opõem dois vícios diferentes mas único vicio que é a injustiça. O que é injusto ocupa dois polos diversos, ora por excesso, ora por falta. 
JUSTO MEIO é a equilibrada situação dos envolvidos numa posição mediana, ou seja, de igualdade, seja ela proporcional ou absoluta. Esse equilíbrio reside no fato de ambos compartilharem um médium não invadindo o campo do que é devido ao outro não ficando com algo para mais ou para menos. 
INJUSTO é aquele que retém uma porçãomaior de bens e menor de males. 
O que é Justiça Total e Justiça Particular corretiva para Aristóteles? 
Justiça Total – Virtude de observância da lei no respeito aquilo que é legitimo e que vige para o bem da comunidade. Sendo a lei uma prescrição genérica e que a todos vincula então seu fim é a realização do Bem Comum e do Bem da comunidade. O justo legal é a ação que vincula-se a legalidade obedece a uma norma que a todos e para todos é dirigida. Aquele que observa as leis é justo. O justo total é gênero, também conhecido como justiça universal ou integral. Pode-se entende-la como sendo a virtude completo ou perfeita em relação ao semelhante e não em absoluto pois a lei versa sobre diversas materiais e prescreve a pratica de inúmeras virtudes exercitáveis no convívio social é regularmente observada, nenhum prejuízo a outrem se efetuara pelo homem que pratica atos de justiça. 
O JUSTO TOTAL É A OBSERVANCIA DO QUE É REGRA SOCIAL DE CARATER VINCULATIVO JUSTIÇA E LEGALIDADE SÃO A MESMA COISA.
JUSTO PARTICULAR – Relacionamento direto entre as partes. Admite divisões. Justo particular distributivo relaciona-se com todo tipo de distribuição levada a efeito no Estado seja de dinheiro, de honras, de cargos ou quaisquer outros bens passiveis de serem participados ou governados. O justo particular corretivo consiste no estabelecimento e aplicação de um juízo corretivo nas transações entre os indivíduos. Trata-se de uma justiça apta a produzir reparação nas relações. Sejam essas relações voluntárias ou involuntárias. O justo particular corretivo é aplicado em todo tipo de relação a ser estabelecida entre indivíduos que se encontrem em uma situação de coordenação e não de subordinação como ocorre no justo distributivo. Há igualdade entre as partes, não levam em conta méritos, qualificações, distinções, igualdades ou desigualdades que possam existir entre as pessoas. Busca o restabelecimento das partes na situação que se encontravam no momento inicial. Para Aristóteles não se deve responder com injustiça a uma injustiça o que equivaleria a reiteração ao infinito de um conflito, sendo que a justiça deve se substituir qualquer outro valor pois esta deve prevalecer na comunidade. 
Explique a diferença entre o Justo Político e o Justo Doméstico
 Justo Político consiste na aplicação da justiça na cidade (polis) ou seja trata-se de algo que pertence ao corpo cívico. Dirigia apenas as cidadãos da polis, todos eram isonomicamente iguais perante as leis da cidade. Não se aplicam a justiça política a aqueles que não tinham idade legalmente considerada como suficiente para participação na vida cívica, as mulheres e aqueles que não gozam de liberdade. O objeto próprio do justo político é a criação de uma situação de convivência estável e organizada alem de pacifica e racional. 
Justo Político: Vida social, esfera publica, democracia, cidadania e relações éticas. 
A justiça domestica tem como espécies: mulher, filhos e escravos. Para a vivencia familiar aplicam-se também regras de convívio que constituem o justo político.
Justo Domestico: Relações familiares, subordinação (pater) senhor – escravo, esposo – esposa, autoritário. 
Qual seria o papel do juiz na realização da justiça? 
O juiz na teoria aristotélica é o mediador de todo processo de aplicação da justiça corretiva, incumbe ao juiz colocar os indivíduos desiguais em uma situação de paridade de igualdade absoluta de acordo com o estado inicial que se encontravam antes de se desigualarem reciprocamente. O injusto corresponde ao tomar mais do que é bom e menos do que é ruim. Ao juiz cabe restabelecer a igualdade, de acordo com a lei. O juiz deve ser justo. O juiz é personificação da justiça.

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