Desafio Profissional 4º SEMESTRE PEDAGOGIA

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CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINAS: ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA EM EDUCAÇÃO INFANTIL; BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LÚDICO, DIDÁTICA DE CONTAR HISTÓRIAS; LITERATURA INFANTOJUVENIL E MULTIMEIOS APLICADOS À EDUCAÇÃO
DESAFIO PROFISIONAL
CIDADE-ESTADO
ANO
DESAFIO PROFISIONAL
Desafio Profissional, apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP como atividade avaliativa nas disciplinas de Organização e Metodologia em Educação Infantil; Brinquedoteca e o Elemento Lúdico; Didática de Contar Histórias; Literatura Infantojuvenil e Multimeios Aplicados à Educação.
Tutora: 
CIDADE-ESTADO
ANO
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO ..................................................................................................
	05
	PLANO DE AÇÃO............................................................................................
	06
	JUSTIFICATIVA ...............................................................................................
	06
	OBJETIVOS .....................................................................................................
	07
	AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS.............................................................
	08
	RECURSOS.......................................................................................................
	09
	AVALIAÇÃO......................................................................................................
	10
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 11
INTRODUÇÃO
Atualmente, muitas são as abordagens sobre a importância do lúdico como meio que favorece a criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, capaz de estimular na criança à curiosidade, a observação, a intuição e a atividade favorecendo o seu desenvolvimento pela experiência. 
De acordo com Friedmann (1992), a brinquedoteca é um espaço preparado para estimular a criança a brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos. É um lugar onde tudo convida a explorar, a sentir, a experimentar.
O objetivo principal da brinquedoteca é proporcionar atividades lúdicas para as crianças que frequentam esse espaço, desenvolver a cooperação entre elas, possibilitar um espaço para brincadeiras não dirigidas, espontâneas, além de transmitir a pais e professores conhecimentos sobre a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças e produção de conhecimento científico sobre desenvolvimento infantil, sendo também um local de aprendizagem para todos os envolvidos.
Assim, a Brinquedoteca, deve ser entendida como um local que propicia a construção e reelaboração de aprendizagens, no qual brincar e aprender são considerados por conta da estrutura criativa e lúdica, sinônimos e inerentes ao ser humano. Sendo assim, exercer a ludicidade neste meio educacional é de suma importância para a criança, pois ela consegue transferir para suas interações e vivências, os significados relacionados à sua cultura, aos seus valores morais e conceitos num espaço contextualizado.
Segundo Hypolitto (2001), a presença da Brinquedoteca no meio institucional, não deverá existir apenas para distrair as crianças, mas sim deverá preocupar-se com a formação do ser humano integral e com o período de vida no qual ele está sendo desenvolvido.
O desenvolvimento humano acontece em períodos distintos com predomínio de estratégias e possibilidades específicas de ação, interação e aprendizagem. Na infância, a ação da criança depende da maturação orgânica e das possibilidades que o meio lhe oferece, pois ela não realizará uma ação para a qual não tenha maturidade orgânica e também não fará essas ações se a organização do meio físico e social e os adultos não lhe ensinarem.
O estudo do desenvolvimento do ser humano constitui-se em uma área do conhecimento da Psicologia que se concentram no esforço de compreender o homem em todos os seus aspectos, desde o nascimento até o mais completo grau de maturidade e estabilidade.
Entre as teorias de desenvolvimento humano a de Jean Piaget, (1896-1980) destaca-se das outras pelo seu caráter inovador, representada pela linha interacionista que constitui uma tentativa de integrar as posições dicotômicas de duas tendências teóricas que permeiam a Psicologia em geral o materialismo mecanicista e o idealismo que são marcadas pelo antagonismo inconciliável de seus postulados que separam de forma estanque o físico e o psíquico. 
Piaget (1975) dividiu o desenvolvimento humano em períodos de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento. Essas etapas do desenvolvimento são: período sensório-motor, período pré-operatório, período das operações concretas e período das operações formais.
O período sensório-motor compreende o período de conquista do recém-nascido do universo por meio da percepção e dos movimentos, pois a sua a atividade mental consiste no exercício dos aparelhos reflexos, de fundo instintivo, como a sucção. É no período pré-operatório que a linguagem aparece permitindo à criança dispor além da inteligência prática construída na fase anterior da possibilidade de ter esquemas de ação interiorizados, chamados de esquemas representativos ou simbólicos, ou seja, esquemas que envolvem uma ideia preexistente a respeito de algo. O período das operações concretas inicia quando a criança se torna capaz de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. Apesar do egocentrismo, no plano afetivo, ela é capaz de cooperar com os outros, trabalhar em grupo e ter autonomia pessoal. No período das operações formais ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstrato. Nesse momento, a criança passa a dominar, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar, criar teorias sobre o mundo. Atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade, quando compreende a importância da reflexão para sua ação sobre o mundo real.
Sendo assim, considera-se de suma importância conhecer os estágios de desenvolvimento que cada criança vive para planejar as intervenções necessárias para aprendizagens futuras atingindo um bom desenvolvimento cognitivo, psíquico e social.
PLANO DE AÇÃO
Neste momento apresenta-se o Plano de Ação visando a implantação de uma brinquedoteca em um Centro Municipal de Educação Infantil.
1. Justificativa
As brincadeiras podem ser consideradas como atividades essenciais para o desenvolvimento da criança, pois enquanto brincam elas entram pelo mundo da imaginação e da fantasia onde transferem papéis e transformam os conhecimentos que possuem em ferramentas para brincar. Nesses momentos, ela soluciona problemas, levanta hipóteses, demonstram independência e autonomia.
Por meio do brincar, a criança assimila a cultura do meio em que vive, se integrando e convivendo com ela, preparando-se para a vida social. Na perspectiva de Brougère (1995), a brincadeira é, entre outras coisas, um meio da criança viver a cultura que a cerca, tal como ela é verdadeiramente, e não como ela deveria ser. Sendo assim, a brincadeira oportuniza situações de desafio, provocando o pensamento reflexivo na criança.
Sendo assim, justifica-se a importância de se implantar uma brinquedoteca no Centro Municipal de Educação Infantil, por ser este um espaço que se caracteriza por possuir um conjunto de brinquedos, jogos e brincadeiras, oferecendo um ambiente agradável, alegre e colorido, em que, mais importante que os brinquedos, é a ludicidade que eles proporcionam, como também é um espaço mediador de aprendizagens fundamental para compor o âmbito escolar, fazendo parte de suas estruturas com práticas educativas que estabelece relacionamento entre o professor e a criança, maximizando as possibilidades de aprender, de forma livre, espontânea, prazerosa, com interação entre o objeto de conhecimento e com o outro, com tomada de decisão,com criticidade, enfim, situações que fazem parte das atividades lúdicas.
2 Objetivos
Implantar um espaço apropriado para que professores e estudantes tenham oportunidades de utilizar as atividades lúdicas como métodos pedagógicos para desenvolver o ensino-aprendizagem.
Possibilitar a convivência natural dos alunos com os jogos e brincadeiras educativas, resgatando assim a capacidade de concentração e de aprender brincando.
Valorizar as atividades lúdicas como métodos pedagógicos que auxiliem a aprendizagem dos alunos.
Valorizar os brinquedos, as atividades lúdicas e criativas.
Possibilitar o acesso à variedade de brinquedos.
Estimular o desenvolvimento global das crianças.
Criar um espaço de convivência que propicie interações espontâneas e desprovidas de preconceitos.
Desvincular o valor lúdico do brinquedo do seu valor monetário ou afetivo, possibilitando à criança a aprendizagem de que não precisa possuir com exclusividade, pode usufruir partilhando com outros.
3. Ações a serem desenvolvidas
As atividades na brinquedoteca irão variar de acordo com a idade e o interesse de cada criança.
Desenvolver atividades que auxiliem as crianças a melhor compreender o mundo e a sua escola. 
Proporcionar atividades lúdicas livres e orientadas para que as crianças aprendam e se socializem. 
Analisar junto às crianças suas dificuldades de aprendizagem, oferecendo o jogo como alternativa de ressignificação do aprender.
Um brincar de qualidade inclui a experiência com a arte, as atividades plásticas e o uso de cores como suporte prévio para que as crianças encontrem prazer e reconheçam na sua produção artística uma estética e beleza próprias.
Momentos de contação de histórias, dramatizada, com fantoches, com livros.
Momentos de leitura individual no cantinho da leitura.
Manipular instrumentos musicais.
Manusear brinquedos livremente possibilitando o desenvolvimento do jogo simbólico.
Propor atividades que desenvolvam a coordenação motora ampla e fina.
Estimular a participação em dramatizações, desenvolvendo a oralidade e elevando a autoestima.
Trabalhar com brinquedos pedagógicos.
Promover momentos de relaxamento.
Estabelecer o dia do cineminha.
Uso do computador com jogos pedagógicos que estimulam o aprendizado de conceitos trabalhados em sala de aula.
Utilização expressiva intencional do movimento nas situações cotidianas e em suas brincadeiras.
Percepção de estruturas rítmicas para expressar – se corporalmente por meio de brincadeiras.
Participação em brincadeiras e jogos que digam respeito às tradições culturais de sua família.
Participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.
4. Recursos
Os recursos a serem disponibilizados na brinquedoteca deverão atender à faixa etária de 0 a 3 anos, idade das crianças atendidas no Centro de Educação Infantil, sendo estes:
Brinquedos para o período sensório-motor e pré-operatório incluindo mordedores, brinquedos de puxar, empurrar ou rolar, com haste ou cordão, carrinho de empurrar para os primeiros passos, caixas de encaixe de formas e cores, bancadas e brinquedos de martelar, carrinhos, bonecas, blocos de construção e encaixe, brinquedos de plyground para uso interno, piscina de bolinhas, boliches, cavalinhos upa-upa, gangorra em plástico resistente, jogos diversos, blocos pedagógicos, quebra-cabeças, computadores, dispositivos de jogos portáteis, livros travesseiro, livros sonoros, livros de texturas, livros de histórias infantis, fantoches, quadro branco com pincéis, instrumentos musicais, prateleiras coloridas, jogo de mesas com cadeiras, tapete emborrachado ou tatame, almofadas, baú com fantasias, televisor, aparelho de dvd, espelho, pincéis, tintas, aventais, lápis de cor, giz de cera, papéis diversos, massa de modelar.
5. Avaliação
Serão feitas reuniões periódicas entre os professores e a coordenação pedagógica para avaliação dos trabalhos realizados na brinquedoteca para que se verifique se os objetivos delimitados para a implantação da mesma estão sendo atingidos. Também deverão ser entregues relatórios a respeito do andamento do projeto à Coordenação da instituição.
Quanto a avaliação do aprendizado do aluno, esta deve ocorrer ao longo de toda a sequência didática, levando em consideração tanto a participação das crianças, como a adequação das propostas levadas a elas.
REFERÊNCIAS 
BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 1995.
FRIEDMANN, Adriana...[et.al.]. O direito de brincar: a brinquedoteca. São Paulo: Scritta: ABRINQ. 1992.
HYPOLITTO, Dinéia. O brinquedo e a criança. Revista Integração. Ano VII, nº. 26. Agosto. 2001. Disponível em: http://br.geocities.com/dineia.hypolitto/arquivos/artigos/176_26.pdf. Acesso em: 10 de novembro de 2016.
PIAGET. J. O nascimento da inteligência na criança. Trad. Álvaro Cabral e Oiticica, C.M. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.