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CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 Olá caro aluno! Seja bem-vindo à nossa disciplina de Comportamento Empreendedor! Inovação é uma palavra corrente nas organizações. Isso porque até bem pouco tempo atrás o grande desafio das organizações era criar um planejamento estratégico com vistas a maximizar os ganhos das alternativas conhecidas. Nesse sentido, as empresas buscavam ganhar eficiência e maximizar a sua participação no mercado que se transformava num ritmo bastante gradual, se comparado ao ritmo de lançamento de produtos, serviços e negócios inovadores, tais como vimos acontecendo atualmente. Está preparado? Bons estudos! Planejar a estratégia significava garantir a execução de um conjunto de projetos com impacto no curto, médio e longo prazo, que pudesse trazer algum tipo de vantagem competitiva sobre os concorrentes. Aqui, o conceito central seria a Eficiência Estática, ou seja, fazer valer as opções conhecidas, de forma a ter algum ganho representativo na implementação e gestão das atividades chave. Atualmente, a inovação vem da Eficiência Dinâmica, que consiste na criação de novas possibilidades possibilidades estas que estão muito além do rol de respostas e iniciativas conhecidas pelas empresas. Aqui a estratégia da organização é desenvolvida a partir de novas ideias com potencial de transformação no negócio atual. Mais que posicionar a organização junto a uma oportunidade conhecida no mercado, esse tipo de estratégia busca recriar a própria configuração do mercado pela da junção de tecnologias inovadoras; processos mais abertos e participativos e produtos e serviços originais. A chave aqui é a busca pelo ineditismo. CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 Acesse o material on-line para assistir à videoaula de apresentação do professor e da disciplina! Hoje em dia, não podemos dissociar empreendedorismo de inovação. A questão central é sabermos como imprimir um estilo mais inovador nos novos empreendimentos para que consigamos vantagens sustentáveis no mercado. Isso implica o desenvolvimento de novas habilidades nas equipes de projetos, a busca por mais estímulo e inspiração para vivenciar o novo e o cuidado de aspectos minuciosos que envolve a implementação de novas propostas. Tudo isso faz parte das novas atribuições de executivos que possuem a tarefa de facilitar o transcorrer da atividade, desenvolvendo talentos nas pessoas, o gosto pela descoberta e a busca de criar um sentido maior no trabalho. Esses são os fatores fundamentais da gestão empreendedora com foco na inovação e que teremos a oportunidade de estudar nos aspectos práticos, baseados em experiências de projetos reais de inovação. A primeira distinção que precisamos ter é sobre a diferença entre criatividade e inovação. CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 Enquanto a primeira busca trazer soluções e ideias originais para o mundo, a inovação só será considerada como tal quando novos produtos, serviços e processos criarem valor percebido no mercado. Isso quer dizer que os compradores precisam reconhecer e pagar pelo valor gerado pelas novas ideias, que só se tornam inovação quando simultaneamente gerarem valor sustentável ao longo do tempo, criando ganhos financeiros e valor considerável para os clientes. A inovação, ao mesmo tempo que reduz custos para os clientes, gera benefícios e retornos bastante discerníveis. Isto faz com que rapidamente os novos compradores substituam soluções consideradas como benchmark por alternativas mais econômicas ou afinadas a demandas emergentes do mercado. Ao consideramos a criatividade como um componente essencial na inovação, também estamos dizendo que isso implicará em novas atribuições para os gestores. A principal implicação é a de entendermos que os executivos passam a ter que desempenhar o papel de facilitadores no desenvolvimento da criatividade das equipes. Facilitar implica em buscar desenvolver os talentos das pessoas que compõem as equipes. Isso porque a inovação necessita de alto grau de originalidade e a originalidade só pode ser alcançada alavancando o potencial de descoberta e realização das pessoas. Esse desenvolvimento só se dará na medida em que todos possam se expressar mais livremente e ter autonomia compatível com os desafios propostos. Para vencer frente às adversidades é que o facilitador deverá buscar o melhor de cada indivíduo e fazer com que estes se desafiem continuamente. Além disso, a equipe deverá buscar minimizar barreiras de toda ordem por meio do apoio de executivos facilitadores. Essas barreiras irão se manifestar ora pela cultura organizacional que quer manter o status quo, ora pelos desafios impostos no aprendizado que quer ir além do que já se CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 conhece. O processo de inovação gera apostas nos indivíduos e na sua capacidade de auto superação. Portanto, facilitar é criar condições para que as pessoas trabalhem em prol de seu autodesenvolvimento por meio de novas e instigantes alternativas criativas, que se traduzem pela possibilidade de gerar mais realização junto aos indivíduos. Gerindo Equipes Criativas O objetivo de um processo de inovação é preparar as equipes para chegar ao novo, desenvolver soluções criativas e criar impacto positivo. Mais importante que isso é fazer com que as pessoas acreditem em sua própria capacidade criativa e no propósito de transformar desafios em oportunidades. Nesse processo de desenvolvimento de equipes iremos impulsionar algumas dimensões sumamente importantes para o pensamento criativo. Intuição: Uma equipe criativa pode ter sua intuição estimulada quando o facilitador a leva para vivenciar novas experiências em outras realidades, tais como museus, feiras de tecnologia e no contato com pessoas com histórias de vida que reflitam algum tipo de busca pessoal permanente. Busca Pessoal: Além do contato com novas e instigantes realidades, o facilitador deve ajudar na busca pessoal dos indivíduos que compõem o grupo. Isso porque o time poderá mobilizar sua energia criativa dentro de algum propósito novo que tenha conexão significativa com busca de realização pessoal. Para tanto, saber ouvir o desejo de cada participante e saber vincular esse desejo ao longo do desenvolvimento do projeto criará uma conexão única de propósitos e de construção de sentido. A trajetória de inovação tem que ser vista como uma grande oportunidade para o crescimento pessoal e deve ser encorajada tanto pelo facilitador como por todos os participantes do processo. CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 Reconhecimento e Estima: Caberá ao facilitador do processo perceber se as pessoas estão sendo reconhecidas por meio da superação continuada dos desafios e das barreiras defrontadas. A impossibilidade de ser reconhecido gera frustração e a equipe perderá seu brilho inovador na medida que perceba que seus avanços redundem em nada. Equipes com pouca estima são mais suscetíveis a desistência. Nesse sentido, existe uma grande necessidade de reconhecimento por parte de grupos inovadores pela organização, assim como no dia-a-dia do projeto onde os indivíduos são expostos a grande carga de estresse, devido à necessidade contínua de superação. Respeito às Características Singulares: A inovação busca dar vazão para a originalidade e singularidade das ideias. Temos que ter em mente que essa singularidade das ideias só será atingida quando entendermos e respeitarmos integralmente a singularidade dos indivíduos. Cada indivíduo é único em sua capacidadede perceber sua realidade, e via de regra, essa percepção individual é a fonte para que a originalidade das ideias se integrem no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Encantamento: Uma equipe de inovação é uma equipe que encanta. Mas, para isso, ela deve encantar primeiramente a si mesma. Esse momento normalmente se dá junto à capacidade da equipe em descobrir as coisas por si mesma, e por isso, a descoberta deve ser incentivada e trabalhada constantemente como desafio central a ser buscado pelo facilitador. Confira essas dicas para trabalhar a inspiração nos grupos: Fazer coisas que tenham significado. Trazer cases e histórias inspiradoras. Dialogar com diferentes grupos. CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 Ajudar as pessoas a descobrirem por si mesmas. Quem pode criar? De quem é a responsabilidade de inovar em uma organização? Essas são as questões problematizadas na matéria escrita por Marcelo Alessandro Fernandes para o blog Cátedra Ozires Silva. Vamos à leitura? http://catedraozires.blogspot.com.br/2014/05/quem-pode-criar.html Agora, assista ao vídeo de sobre a diferença entre entendimento e conhecimento, no interessante desafio da Brain Bicycle. https://www.youtube.com/watch?v=MFzDaBzBlL0 Por fim, vamos conferir o que mais o professor Marcelo tem a agregar à nossa discussão neste tema! Acesse o material on-line! Fases de um Projeto de Inovação Antes de iniciarmos qualquer processo que busque a inovação, necessitamos preparar a equipe para que ela possa assimilar essa nova filosofia de trabalho. O processo de inovação encadeia fases de maior abertura (open mind) e fases de maior convergência de pensamento e propósitos. O grupo deve buscar inspirações e experiências que promovam insights genuínos que direcionem a criação de novos caminhos. Principais fases de um processo de inovação CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 Conforme podemos verificar no esquema, nas fases iniciais entendimento e observação o grupo deverá buscar ampliar seu campo de visão sobre os problemas, buscando aprofundar o entendimento sobre os desafios e observar atentamente os hábitos e necessidades dos consumidores. Ao final dessas primeiras fases irá se formar gradualmente um novo ponto de vista, que busque impulsionar oportunidades ainda não atendidas pelo mercado. Nas etapas seguintes ideação e prototipagem o grupo deverá criar ideias com alto impacto de negócio e concretizá-las a partir de protótipos que considerem a experiência buscada pelo cliente a partir das necessidades identificadas. Nessas etapas, o facilitador deverá ajudar o grupo a buscar inspiração nos aprendizados gerados nas etapas anteriores e, também, criar soluções que conjuguem novas tecnologias e plataformas interativas. Nas duas últimas fases do processo de inovação teste e iteração o grupo deverá validar gradualmente as soluções, por meio de testes diretos das soluções propostas junto ao público final. Nessa etapa do processo, busca-se trabalhar com projetos pilotos para impulsionar o aprendizado ao mesmo tempo que tentamos minimizar os riscos de insucesso. O grande desafio para o facilitador é saber quando se deve sustentar a busca por novas descobertas e quando enfocar questões precisas relativas às soluções. Isso porque um processo de inovação é um misto de criação e implementação bem-sucedida, ora fazendo-se valer de estímulo à criatividade, ora observando minuciosamente os detalhes de execução das novas ideias. CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 Preparação da Equipe de Inovação O que se busca num processo de inovação é fazer com que as equipes consigam gerar respostas inéditas e úteis para as situações levantadas e que estejam diretamente ligadas ao universo dos clientes. Isso deve estar bem claro já no início do processo, pois o que queremos não é buscar melhorias incrementais ou mudanças de reduzido impacto nos processos e atividades-chave da organização. O que buscamos são ideias de valor que transformem a experiência dos clientes para algo único e sem precedentes! Aquecimento da Jornada Devemos ter em mente que cada grupo deve ser preparado para a jornada de inovação considerando suas características e necessidades. Essa etapa é chamada de aquecimento preparatório, ou seja, atividades que preparam o grupo para a ação criativa e uma maior proximidade entre os participantes. Qualquer grupo para que se mantenha trabalhando junto ao longo do tempo necessita de ter presente três dimensões centrais para que as relações humanas possam florescer em aprendizado: Empatia: Capacidade que os membros do grupo devem ter de se colocar nos lugares uns dos outros. Isso porque ao longo do processo de inovação, a capacidade de ver sobre a perspectiva do outro influencia na capacidade de trazer à tona pontos de vistas não-usuais. O desenvolvimento dessa capacidade no grupo também ajudará a extirpar a desconfiança entre os participantes, favorecendo a aceitação de novas ideias. Segurança: CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 Gerar segurança no grupo fará com que os participantes se sintam mais confortáveis em experimentar alternativas e mudar a direção, sempre que for necessário e houver alguma revelação importante na pesquisa de campo exploratória realizada junto aos clientes. Confiança: A confiança fará com que os integrantes do grupo consigam olhar mais à frente, muito além das questões menores que envolvam disputas para ocupação de espaço e reconhecimento político. Aqui estaremos trabalhando inclusive questões externas ao grupo, como a necessidade de autopromoção de alguns indivíduos, que, ao se entregarem aos jogos e à concorrência aberta, irão bloquear o acesso às dimensões mais profundas dos indivíduos, como conexão com a imaginação criativa e a intuição. Perceba o quanto essas dimensões são mutuamente reforçadas entre si, sendo que o desenvolvimento do time em uma delas criará a possibilidade de alavancar o desenvolvimento de outra dimensão correlata (confiança leva a empatia e vice-versa). O importante é que esse trabalho seja realizado de forma desprendida para que enfim a colaboração mútua gere as condições para que a criação colaborativa (co-criação) se dê ao longo de todo o projeto. A força dos vínculos pessoais é imprescindível para que o grupo consiga superar a complexidade inerente aos desafios encontrados e na formação de uma postura mais positiva, que irá gradualmente permear o espírito da equipe e a transformação dos problemas em novas oportunidades. Estabelecimento de Objetivos Comuns No início do projeto, os objetivos da equipe devem estar bastante claros e definidos. Esses objetivos podem ser divididos em duas partes: Desafios relacionados aos resultados do projeto CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 O facilitador deve trazer todos os desafios relacionados aos objetivos de inovação que se quer atingir, ao potencial de impacto dessa iniciativa no negócio e aos indicadores chave de sucesso que deverão ser utilizados. Nessa dimensão devemos deixar claro não só onde queremos chegar, mas também quais caminhos que poderemos utilizar para atingir os objetivos, por exemplo, a necessidade de envolvimento das áreas, necessidade de apoio dos gestores ou as metodologias de projeto a serem empregadas. Desafios inerentes ao desenvolvimento humano Deveremos enfatizar os desafios que todos os membros das equipes de co-criação devem ter em mente ligados à dimensão humana. Esses desafios são relacionados à dimensão de aprendizagem e desenvolvimento dos próprios indivíduos que, se não permitirem participar ativamente do processo deautodescoberta, poderão evoluir muito pouco nos termos das soluções de negócio, pois estas sofrerão diretamente a influência da capacidade de os indivíduos virem a se abrir junto a novas experiências. Relacionamos o grau de envolvimento e predisposição ao aprendizado que os times de inovação devem ter em mente no início dos trabalhos: Entrar em contato e trabalhar junto a diversidade de pensamentos: a inovação sofre influência direta de nossa capacidade de lidar com pensamento divergentes aos nossos e a capacidade de tornar nossos esses pensamentos, independentemente de sua origem e de quem os estejam trazendo. Trazer perspectivas alternativas para o problema em foco: a inovação requer uma grande capacidade de recriação do problema em foco. Temos que ter em mente que trazer perspectivas alternativas ao problema deva ser constantemente encorajado, pois o exercício de pensar através de novos enfoques levará ao surgimento de insights ricos em novos significados. CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 12 Suscitar o pensamento criativo e a imaginação ao longo de todo o projeto: ter em mente que a criatividade e a imaginação devam ser um exercício constante por parte dos indivíduos, pois estes irão se "soltar" e entregar-se a esses divertidos processos de pensamento ao longo de toda jornada. A imaginação é a fonte direta da criatividade e conforme a exercitemos ativamente, estaremos, tanto quanto possível, criando as condições necessárias para que a originalidade dos indivíduos esteja presente, manifestando-se através das novas ideias. A matéria a seguir relaciona a dimensão da criatividade e da imaginação, mostrando a impossibilidade de se sistematizar processos de descoberta. Vamos à leitura? http://www.designbrasil.org.br/entre-aspas/insight-criativo-e-a- imaginacao/#.VZwplflViko Aproveite e assista, também, ao vídeo de Ken Robinson: As Escolas Matam a Criatividade? https://www.youtube.com/watch?v=aQym7WkF5ks Por fim, vamos conferir o que mais o professor Marcelo tem a agregar à nossa discussão neste tema! Assista À videoaula disponível no material on- line! Barreiras dos Grupos na inovação Temos em mente que a inovação envolve enormes desafios técnicos e operacionais. Isso porque deveremos criar soluções viáveis e funcionais que, CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 13 ao mesmo tempo, gere valor percebido pelo cliente final e aceitação em larga escala no mercado. Um outro desafio diz respeito a colocar a solução em prática em termos operacionais. Viabilizar as novas soluções em termos de custo e qualidade ainda continuam sendo pré-requisitos para qualquer empreendimento de sucesso. Mas o facilitador deve ter em mente que as principais barreiras para o processo de inovação são as barreiras humanas. A dificuldade do grupo está em se engajar-se no trabalho de criação e entender que apesar de todos os riscos envolvidos, existe um potencial enorme de ganhos mútuos (empresa e funcionários ganham), além de um elevado grau de realização pessoal junto a essas iniciativas. No papel de executivo facilitador a primeira grande barreira prática junto a um grupo que inicia um trabalho de inovação é a medo de trilhar um novo caminho. Essa barreira se manifesta a partir das dimensões psicológicas (medos, frustrações, julgamentos precipitados) e barreiras ditas mais racionais como a constatação de que os desafios estão muito além da capacidade das pessoas. Enquanto o grupo não se predispuser a se abrir, de fato, para o processo, vencendo o ceticismo e resistências arraigadas, a jornada para inovação se dará de forma bastante superficial e limitada. As pessoas se forçarão a entrar num papel que não lhes é natural, e buscarão simular atitudes inovadoras ao invés de vivenciá-las de forma autêntica. A segunda barreira diz respeito a descrença do potencial do próprio grupo. É muito comum as pessoas não saberem como trabalhar criativamente e esse desconhecimento obscurece onde queremos chegar com todo esse processo. Realize processos mais curtos de criação de ideias e implementação, num espaço mais controlado para que as pessoas possam vivenciar seu CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 potencial criativo. Essa tem sido uma estratégia bastante bem-sucedida, pois é muito difícil tentar explicar racionalmente algo que parece estar distante do horizonte de experiências das pessoas. Para outras equipes, uma das principais barreiras é a falta de um desafio realmente motivador. Isso normalmente acontece quando o desafio não nasce dentro do próprio grupo e é trazido por gestores e líderes, que possuem uma visão estratégia das questões, mas que pode ser, ao mesmo tempo, distanciada da realidade dos membros da organização. Por mais contraditório que possa parecer essa informação, devemos entender que os grupos de inovação devam ser auto motivados e ter a autonomia de indicar o caminho no qual se predispõe a caminhar. Iremos vencer muitas das barreiras naturais do grupo se trabalharmos desta maneira, pois a inovação tende a ganhar força quando percorre caminhos mais naturais . O reduzido horizonte de experiência dos participantes tende a ser uma barreira bastante comum constatada nesse tipo de iniciativa. Isso porque muitos participantes passam a assimilar de forma tão arraigada a cultura da organização que passam a reproduzir alguns padrões de resposta inconscientemente. Trazer uma vívida inspiração junto à equipe por meio de saídas do ambiente organizacional, conversar com pessoas de todos os setores da sociedade e induzir os participantes a uma autorreflexão do que podem fazer juntos, se assim quiserem, irá ampliar o repertório de experiências comuns, normalmente restrito ao universo da organização para perspectivas mais ricas em significado e potencial de transformação. Por último, a dificuldade de se conectar a um sentido maior é algo bastante presente. Isso porque tendemos a olhar a realidade dentro de recortes bastante funcionais e, muitas vezes, isso faz escapar o significado maior que está por trás das coisas pelas quais trabalhamos e empreendemos. Fases de Desenvolvimento de Grupos CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 15 A seguir, observe a representação gráfica do processo de evolução de grupos, segundo a definição da socionomia, ramo que define o processo de formação e estabelecimento de grupos: Primeira Fase: Para continuarem trabalhando junto de forma construtiva, os grupos precisam ter uma identidade definida. Isso significa que o grupo tem que saber o que quer para si e estar disposto a batalhar em função disso. Segunda Fase: Após a primeira fase de desenvolvimento, os grupos necessitam refletir sobre o progresso de suas ações e, principalmente, sobre seu comportamento frente às barreiras. Esta etapa exige um grau de maturidade maior para que as pessoas percebam suas falhas, suas dificuldades relativas à comunicação e possam identificar se aquilo que está sendo feito é suficiente para atingir o que se busca. Terceira Fase: Uma vez que as barreiras frente à desconfiança tenham sido removidas das relações, o grupo se permitirá trabalhar mais livremente e sem amarras. É o momento onde a criatividade terá condições de surgir mais espontaneamente e, via de regra, o grupo conseguirá superar rapidamente seus próprios limites, entregando-se ao processo mais livre de criação e imaginação. O que observar no desenvolvimento das equipes de co-criação: A capacidade de comunicar-se e de articular novas ideias. A capacidade de libertar-se de pontos de vista arraigados. A forma com que lida com novos desafios. A capacidade de aprofundar as questões e temas trabalhados. CCDD Centrode Criação e Desenvolvimento Dialógico 16 Aproveite e assista ao vídeo a seguir, que nos explica de onde as boas ideias surgem. Interessante, não? https://www.youtube.com/watch?v=ICxBDZDQ7LQ Por fim, vamos conferir o que mais o professor Marcelo tem a agregar à nossa discussão neste tema! Façamos a leitura do texto a seguir, que nos mostra sete exemplos de inspiração, superação e muito brilho nos olhos! Confira a história de grandes empreendedores brasileiros. https://endeavor.org.br/7-cases-inspiradores-de-sucesso/ Olhando os casos do texto, o que você acha que estes empreendedores têm em comum? E o que você poderia fazer para assemelhar-se a eles? Se há algo em comum entre essas pessoas é o fato de que elas nunca deixaram de acreditar em seus sonhos e de correr atrás deles. Tiveram ideias, aprimoraram seus pensamentos e buscaram recursos para conseguir o que queriam. Esses recursos nem sempre foram financeiros: muitas vezes são de capital humano. CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 17 Dificuldades vêm para todos é a forma de lidar com elas que diferencia empreendedores de sucesso de pessoas comuns. Empreendedores conseguem vislumbrar um futuro diferente, sabendo que, para chegar lá, precisam sair de sua zona de conforto e mover-se na direção de suas metas. No entanto, não basta sonhar: é preciso acordar e correr atrás! Nossa primeira aula está chegando ao fim. Mas seu estudo não acaba por aqui! Reveja o conteúdo assistindo às videoaulas, refazendo os exercícios e relendo os artigos propostos. Somente assim você chegará à excelência! Até a próxima aula! CFA. RESOLUÇÃO NORMATIVA CFA Nº 374, de 12 de novembro de 2009 (CONSOLIDADA). São Paulo, 2009. CHIAVENATO, I. Recursos Humanos na Empresa: Pessoas, organizações, sistemas. São Paulo: E. Atlas, 1989. 207 p. CURY, T. Gerente Eficiente ou Eficaz? Que papel assumir? Disponível em: <http://cio.com.br/carreira/2014/12/05/gerente-eficiente-ou-eficaz-que-papel- assumir/> Acesso em: 13 jun. 2015. CCDD Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 18 HOOVER, J.; VALENTI, A. Liderança Compartilhada: como alinhar o que as pessoas fazem melhor com o que as empresas precisam. São Paulo: E. Futura, 2006. 256 p. HUNTER, J. C. O Monge e o Executivo. Rio de Janeiro: E. Sextante, 2004. 139 p. LEITE, I. C. B. V.; GODOY, A. S.; ANTONELLO, C. S. O Aprendizado da Função Gerencial: os gerentes como atores e autores do seu processo de desenvolvimento. Aletheia, n. 23, p. 27-41, Jan. /jun. 2006. MCCAULEY, C..; D. RUDERMAN, M. N.; OHLOTT, P. J., & MARROW, J. E. Assessing the Developmental Components of Managerial Jobs. Journal of Applied Psychology, 79, 544-60. p. 1, 1994. MEC. Catálogo dos Cursos Superiores De Tecnologia. Brasília, 2014. MEC/INEP. Portaria de 22 de junho de 2012. Brasília, 2012. MPF. Manual de Gestão por Processos. Secretaria Jurídica e de Documentação Escritório de Processos Organizacionais do Ministério Público Federal, 2013. PFEFFER, J., SUTTON, R. I. Knowing “ What” to do is not enough: turning knowledge into action. 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