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Trabalho de adm. apl. a seg. do trab. Pedro Marcondes Machado

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Disciplina: Administração Aplicada à Engenharia de Segurança. (NPG 1436)
Tutor: Prof. Dr. Carlos Alberto Martins Ferreira
Trabalho de Administração Aplicada a Engenharia de Segurança.
Uma importante ferramenta de identificação de problemas e Controle da Qualidade é o Diagrama de Pareto.
Vamos ver sua aplicabilidade?
Então.... Vilfredo Pareto (1848 – 1923), economista e sociólogo italiano, desenvolveu em 1893, como catedrático de Economia Política na Universidade de Lausanne um estudo sobre a análise matemática aplicada à economia política. Estudou a distribuição de renda entre a população, estabelecendo uma “lei da má distribuição”, ou seja, pequena parcela absorvia grande percentagem da renda, restando uma percentagem bem menor para a maioria. Ou seja, a maior parte do dinheiro estava concentrada em cerca de 20% da população e o restante distribuído nos 80%. 
O Diagrama de Pareto tem como objetivo classificar e colocar em gráfico as causas problemas, mostrando claramente o nível de importância e a influência do problema e auxiliando na sua compreensão. Ele permite identificar aquelas questões que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração, e tem sido usado para definição de políticas, estabelecimento de prioridades e resolução de uma série de outros problemas usuais na empresa.
Desenvolva o Diagrama de Pareto tomando como base em sua empresa ou alguma indústria dentro de sua atuação profissional cuja produção dos últimos dois trimestres. Defina algumas possíveis causas.
O primeiro passo é coletar dados sobre as causas dos problemas.
Desenvolva o Diagrama para cada causa. Para mostrar o valor monetário, utilize o eixo vertical, ele é um registro de resultados sobre: 
Qualidade - retrabalho, reclamações, rejeições, etc.; 
Custo – casos de acidentes, de incêndio; 
Segurança – falta ao trabalho, nível de atendimento.
O eixo horizontal contém a classificação das causas ou os resultados, por exemplo: 
Pessoal - por colaborador, seção, mestre;
Materiais – operador, rota, tipo de material;
Tempo – por máquinas e por hora, dia, semana, mês, período de tempo, estação.
Na horizontal deve haver de seis a dez itens, para facilitar a análise.
É desejável que as três primeiras colunas cubram de 60% a 80% do total da curva gradiente em seu final. O título “outros” não deve ser superior a 20% dos itens.
Sempre que possível o Diagrama de Pareto deve mostrar os valores monetários das unidades.
Os passos são:
Coleta e registro de dados sobre o problema;
Registro do número de cada tipo de problema;
Colocação dos tipos de problema em ordem de frequência.
Colocação das categorias com menor número sob o título “outros”;
Organização de uma tabela e colocação dos dados em um gráfico.
Análise dos resultados obtidos.
Coleta e registro de dados sobre o problema
A construção civil, infelizmente ainda carrega a fama e os índices de uma das atividades econômicas que mais registram acidentes do trabalho, tanto devido ao grande número de pessoas envolvidas na construção e manutenção desse mercado quanto a fatores plenamente sanáveis e trabalháveis, tais como a utilização de materiais de qualidade inferior, a desatenção, a falta de fiscalização ou treinamento, a imprudência, a falta de planejamento e a falta de compromisso por parte dos gestores de uma construção. 
A reponsabilidade de uma empresa, no que tange a segurança do trabalho não se restringe ou termina no momento de um treinamento ou do fornecimento de EPIs. Uma parte muito importante e muitas vezes negligenciada é a fiscalização no ambiente de trabalho por parte da empresa para averiguar o constante e correto uso de EPIs, sua qualidade ou validade, o respeito às normas de segurança etc.
Em grandes obras é difícil para a fiscalização, diga-se aqui, especificamente à fiscalização do SESMT, estar presente em todas as situações e frentes de trabalho o tempo todo. Desta forma, esse estudo visa determinar quais situações e normas são mais desrespeitadas pelos funcionários da construção civil de uma obra específica, de maneira que a fiscalização possa focar seu tempo, atenção e planejamento para que a maior parte dos desrespeitos sejam sanados, seja por meio de advertências ou de treinamentos. 
	A obra em questão é a obra chamada Aquário do Pantanal, uma obra idiomática de grandes proporções, com uma diversidade de trabalhos realizados em altura, em espaços confinados, com operações envolvendo guindastes e equipamentos pesados, com uma grande quantidade de funcionários (em seu pico chegando a ter 600 funcionários).
	O presente relatório usou como fonte de dados os registros de notificação dos funcionários da supracitada obra realizados pelo SESMT da obra, com apontamentos e fiscalização por parte dos técnicos de segurança do trabalho do empreendimento quanto ao não cumprimento das normas ou situações de perigo as quais os funcionários muitas vezes se impunham, como não utilização de EPIs por desconforto ou por limitação de seus movimentos (alegação muito comum por parte dos funcionários flagrados pela fiscalização).
	Com esses dados, um gráfico será gerado, indicando para a gestão da obra e para o SESMT os pontos que devem ter tratamento diferenciado pela sua importância e frequência de ocorrência. 
Registro do número de cada tipo de ocorrência
 Por meio dos registros de notificações emitidos pelo SESMT da obra para o período de 6 meses, podemos averiguar os seguintes números.
	. Não utilização de cinto de segurança (24 notificações)
	. Não utilização de capacete na obra (13 notificações)
	. Não utilização de protetores auriculares (3 notificações)
	. Utilização de EPIs em condições inadequadas (1 notificação)
	. Desempenho de trabalhos para os quais não possuía treinamento (cita-se NR 10 e NR 35) (11 notificações)
	. Locomoção em ambientes isolados para movimento de equipamentos pesados (3 notificações)
	. Alimentação em local inadequado – dentro da própria obra e não no refeitório (2 notificações) 
	. Não utilização de máscaras/óculos/luvas (3 notificações)
	
Colocação dos tipos de problema em ordem de frequência.
Por ordem de frequência podemos classificar as notificações realizadas pelo SESMT da obra da seguinte forma:
	Descrição da Notificação
	Qtde
	%Rel
	%Acum
	Não utilização de EPI - Cinto de Segurança
	26
	41,94%
	41,94%
	Não utilização de EPI - capacete na obra
	13
	20,97%
	62,90%
	Desempenho de trabalhos para o qual não possui treinamento (NR 10, NR 35 e NR 33)
	11
	17,74%
	80,65%
	Não utilização de EPI - Protetor aurícular
	3
	4,84%
	85,48%
	Locomoção em ambientes isolados para movimento de equipamentos pesados
	3
	4,84%
	90,32%
	Não utilização de EPI - Mascara/óculos/Luva
	3
	4,84%
	95,16%
	Alimentação em local inadequado
	2
	3,23%
	98,39%
	Utilização de EPI em condições de qualidade inadequados
	1
	1,61%
	100,00%
	 
	62
	100,00%
	 
Colocação das categorias com menor número sobre o título “Outros”
	Descrição da Notificação
	Qtde
	%Rel
	%Acum
	Não utilização de EPI - Cinto de Segurança
	26
	41,94%
	41,94%
	Não utilização de EPI - capacete na obra
	13
	20,97%
	62,90%
	Desempenho de trabalhos para o qual não possui treinamento (NR 10, NR 35 e NR 33)
	11
	17,74%
	80,65%
	Outros
	12
	19,35%
	100,00%
	 
	62
	100,00%
	 
Organização de uma tabela e colocação dos dados em um gráfico.
Análise dos Resultados obtidos
 	Por meio do diagrama de Pareto, que relaciona a quantidade de notificações emitidas pelo SESMT para os funcionários, fica evidente que três notificações se sobressaem em frequência, representando mais de 80% de todas as ocorrências, são elas: a não utilização do Cinto de Segurança nos trabalhos em altura, a não utilização de capacete e a execução de tarefas sem o treinamento específico. 
	Desta forma, é possível perceber a maior parte dos esforços e tempo devem ser gastos nessas três ocorrências, pois são elas as
maiores responsáveis por notificações dos funcionários. Devem ser feitas novas palestras e treinamentos dos funcionários, relembrando e conscientizando cada um deles para a importância do uso do cinto de segurança em trabalhos de altura e do uso do capacete o tempo todo dentro da obra, deve haver novos treinamentos de NR 10, NR 33 e NR 35 dos funcionários que trabalham em determinados serviços, para que todos desempenhem seus trabalhos de maneira consciente e segura.
	O diagrama de Pareto permite, como demostrado nesse exemplo concreto, determinar onde os esforços podem ser mais bem alocados, de forma a prioriza-los em áreas que afetam e que representarão o maior efeito sobre a segurança do trabalho dentro da obra. 
Aluno: Pedro Marcondes Machado
RA: 201803038993
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