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Vitória Ximendes - Biomedicina UFCSPA Enzimas Catalizadoras dos processos biológicos Aumentam a velocidade das reações em até 1017x (catálise). Exceto alguns RNAs catalíticos, ribozimas, todas as enzimas são proteínas Canalizam os reagentes, substratos, para rotas metabólicas úteis. Atuam em baixas [ ] e em pH e temperatura específicos Não são consumidas durante a reação. São longas cadeias de Aas. Geralmente compartimentalizadas dentro das células O sítio ativo liga o substrato formando um complexo Enzima- Substrato [ES] convertendo-o em Enzima-Produto [EP]. Sítio ativo: formada pela organização tridimensional da molécula (cadeias laterias de aminoácidos, criando uma superfície complementar ao substrato), possui 2 sítios: Sítio Catalítico – onde ocorre a reação Sítio de Ligação – “fenda” Interações não covalentes manteem o substrato posicionado, através dos grupos R de alguns aas da enzima Altamente específicas: sempre uma mesma reação. Mecanismo de chave e fechadura Modelo encaixe induzido somente um substrato perfeitamente complementar pode ter acesso ao sítio ativo da enzima alterações contínuas na estrutura do sítio ativo durante a ligação ao substrato, capacidade de moldar-se ao sustrato Classificação internacional das enzimas Classe Reação catalisada 1. Oxidorredutases Transferência de elétrons 2. Transferases Transferência de grupos 3. Hidrolases Hidrólises 4. Liases Adição de grupos em ligas duplas (quebra lig. Covalente) 5. Isomerases Transferência de grupos dentro da mesma molécula para formar isômeros (rearranjo, isomerização) 6. Ligases Ligação duas moléculas, formando uma nova molécula, utilizando ATP (Sintetases) Vitória Ximendes - Biomedicina UFCSPA Holoenzimas: enzima + componente não protéico (grupo prostético) Necessidade de outra molécula para realizar sua atividade enzimática. Apoenzima:. Enzima inativa (sem o componente), parte proteica (apoproteína). Co-fator (componentes não proteicos) Grupos/Fatores Prostéticos – ligação permanente à enzima Co-substrato – Ligação fraca, temporária Íon metálico: inorgânico (zinco, ferro) Coenzima: é molécula orgânica (vitaminas, açúcares) transportadoras de hidrogênio ou transportadoras de grupos químicos. ATIVAÇÃO E INIBIÇÃO DE ENZIMAS ● Quando as reações das enzimas não são favoráveis ao organismo, elas são compartimentalizadas em organelas dentro das células (sem contato com o substrato). ● Alosteria (enzimas alostéricas discutidas em breve) ● pH: cada enzima possui um pH ótimo dependente da necessidade de ionização do sítio ativo. Valores extremos (ação de ácidos fortes por exemplo) levam à desnaturação. ● Temperatura: há uma temperatura ótima de funcionamento, entre 35 e 40°C, e uma temperatura de desnaturação. ● Inibidores Enzimáticos: ➢ Reversível competitiva – assemelham-se aos substratos e ocupam o sítio de ligação Aumentar a [S] reverte a inibição ➢ Reversível não-competitiva Aumentar a [S] não tem efeito ➢ Irreversível Vitória Ximendes - Biomedicina UFCSPA Modelo de Cinética Michaelis-Menten Explica a variação de velocidade em relação à [S] k1,k2,k3: constantes de velocidade. 1. [S] é muito maior do que [E] ● [ES] muito pequena em qualquer momento e não varia com o tempo. 2. Velocidade inicial: primeiro momento de contato entre enzima e substrato. ● [P] ignorada. Km: ❖ Característico da enzima e de seu substrato específico ❖ Afinidade da enzima/substrato. ❖ Km = [S] na metade da velocidade máxima ➢ Km baixo – alta afinidade. Baixa concentração de substrato já atinge 1/2Vmax. ➢ Km alto – baixa afinidade. Precisa alta concentração de substrato para atingir 1/2 Vmax ➢ Km = [(K-1 + K2) : K1] ❖ Km não varia com a concentração da enzima. ❖ A velocidade da reação é diretamente proporcional a concentração da enzima em qualquer concentração de substrato. ❖ Quando [s] é muito menor que Km, a velocidade é proporcional a [s]. Reação de primeira ordem ❖ Quando [s] é muito maior que Km, a velocidade é independente da concentração de substrato, e é dita de ordem zero. O gráfico de Lineweaver-Burk traduz a hipérbole em uma linha reta que permite calcular o valor exato de Km. Enzimas alostéricas: Não obedecem a cinética de Michaelis-Menten Apresentam cinética corporativa, Ligação em baixos níveis de substratos facilita a ação da proteína em altos níveis, além disso seus mecanismos de controle são diferentes. Sítio alostérico que se liga: Ao Produto (feedback) Aos efetores Ao Substrato Vitória Ximendes - Biomedicina UFCSPA Fenômeno de Cooperação: 1º substrato se liga ao sítio alostérico aumentando a afinidade do sítio ativo com os substratos Curva sigmoidal Medida da Atividade Enzimática 1. Medida espectrofotométrica direta da absorção da luz (espectrofotometria) Ex.: coenzima reduzida NADH absorve luz a 340nm, mas não a NAD+ oxidada. Vabsorção ∝ Vreação 2. Medida da quantidade de produto formado Unidades: Unidade Internacional – nº de μmols de substrato transformado ou produto formado por mL de solução por minuto em pH e temperatura padronizados Atividade específica = UI/mg de proteínas Katal – nº de mols de substrato transformado ou produto formado por L por segundo em pH e temperatura padronizados ISOENZIMAS – Diferentes formas moleculares da mesma enzima (+1 gene codificando a mesma enzima) – Catalisam a mesma reação. – Apresentam propriedades cinéticas (Km e Vmax) e/ou regulatórias diferentes.
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