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caderno de medidas e avaliação antropometrica

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DIDÁTICO DA DISCIPLINA: 
 MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
1- Avaliação Física 
 
 A avaliação física é um processo que deve anteceder qualquer prescrição, seja 
onde for. Os testes devem ser selecionados de acordo com os objetivos, a população, o material 
disponível, entre outros, mas nunca devemos deixar de avaliar. As re-avaliações são 
extremamente importantes para acompanhar o progresso do aluno. 
 
 
2- POR ONDE COMEÇAR UMA AVALIAÇÃO FÍSICA? 
 
 
 Como ponto de partida o interessante é fazer uma Anamnese (questionário), onde 
constarão perguntas simples, mas de fundamental importância. 
 
 Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2000) alguns aspectos são 
importantes para constar em uma anamnese: 
 
 Diagnósticos clínicos; 
 Exames físicos e clínicos anteriores; 
 Histórico de sintomas; 
 Enfermidades recentes; 
 Problemas ortopédicos; 
 Uso de medicamentos 
 Alergias 
 Outros hábitos (atividade física, profissão, dieta, consumo de álcool, fumo...) 
 Histórico Familiar. 
Um exemplo de questionário muito utilizado é o Par-Q = Prontidão para atividade 
física. (Physical Activity Readiness Questionnaire). 
 
Tem sido recomendado para a entrada em programas de exercício de intensidade 
branda e moderada, para pessoas entre 15 a 69 anos. 
 
Foi desenvolvido pela Sociedade Canadense de Fisiologia do Exercício (última revisão 
em 1994). Não deve ser utilizado apenas este questionário. 
 
O questionário consta de 7 perguntas simples, e se o aluno responder sim a 1 ou mais 
questões, ele deve ser encaminhado a uma avaliação multidisciplinar (Clínicas de Medicina 
do Exercício). 
 
Podemos também elaborar um questionário para uso próprio, com questões simples, 
onde poderemos usá-lo em nossa academia, escola, etc. 
Cabe salientar que, para fins de pesquisa, o questionário deverá ser um instrumento 
validado. 
 
É indicado que você tenha algumas cópias do PAR-Q na íntegra para aplicar em seus 
alunos e clientes. Você pode adquiri-lo nos Guias do ASCM (MANUAL DO COLÉGIO 
AMERICANO DE MEDICINA DO ESPORTE – ACSM - AMERICAN COLLEGE OF 
SPORTS MEDICINE - .Testes de Esforço e Prescrição de Exercício. Quinta edição. 
Revinter, Rio de Janeiro, 2000. 
 
 
 
 
 
 3 
 
PAR-Q 
 
 
1- Seu médico já mencionou alguma vez que você tem uma condição cardíaca e que você só 
deve realizar atividade física recomendada por um médico? 
 ( ) Sim ( ) Não 
 
2- Você sente dor no tórax quando realiza atividade física? 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
3- No mês passado, você teve dor torácica quando não estava realizando atividade física? 
( ) Sim ( ) Não 
 
4- Você perdeu o equilíbrio por causa de tontura ou alguma vez perdeu a consciência? 
( ) Sim ( ) Não 
 
5- Você tem algum problema ósseo ou de articulação que poderia piorar em conseqüência de 
uma alteração em sua atividade física? 
( ) Sim ( ) Não 
 
6- Seu médico está prescrevendo medicamentos para sua pressão ou condição cardíaca? 
( ) Sim ( ) Não 
 
7- Você conhece alguma outra razão que o impeça de realizar atividade física? 
( ) Sim ( ) Não 
 
 
 
Se você respondeu: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SIM a uma ou mais questões 
Fale com seu médico ANTES de tornar-se mais ativo fisicamente ou 
ANTES de passar por uma avaliação de aptidão física. Conte ao seu 
médico sobre o Par-Q e quais as questões você respondeu sim. 
 Você pode ser capaz de fazer atividade que quiser – desde 
comece lentamente e aumente gradualmente, ou pode necessitar 
restringir suas atividades àquelas que forem seguras para você. 
Fale com seu médico sobre as atividades das quais deseja 
participar e siga o conselho dele. 
 
 Descubra programas comunitários que sejam seguros e salutares 
para você. 
 
NÃO a todas as questões 
Se você respondeu não honestamente a todas as questões do Par-
Q, fique razoavelmente seguro de que pode: 
 Tornar-se muito mais ativo fisicamente – comece lentamente 
e aumente gradualmente. Essa é a maneira mais segura e 
mais fácil de começar. 
 Fazer uma avaliação de aptidão física – essa é uma 
excelente maneira de determinar seu condicionamento 
básico de modo que possa planejar o melhor caminho para 
viver ativamente. Também é altamente recomendado que 
sua pressão arterial seja avaliada. Se sua leitura estiver 
acima de 144/94, fale com seu médico antes de tornar-se 
muito mais ativo fisicamente. 
Espere para tornar-se muito 
mais ativo: 
 
Se você não estiver se sentindo 
bem por causa de enfermidade 
temporária como resfriado ou 
febre, espere até sentir-se 
melhor. 
 
Se estiver grávida fale com seu 
médico antes de tornar-se 
fisicamente mais ativa. 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
Li, entendi e completei este questionário. Quaisquer dúvidas que eu tenha tido forma esclarecidas 
de forma completamente satisfatória. 
 
Nome: _________________________________________ Data:_________________ 
Assinatura: _________________________________ 
Assinatura do Pai ou responsável (para menores de idade)________________________________ 
Testemunha: ___________________________________ 
 
Nota: se o Par-Q for respondido por uma pessoa antes de seu ingresso em um programa de 
atividade física ou realização de avaliação de aptidão física, esta seção pode ser usada para fins 
legais ou administrativos. 
 
 
 
Questionário sobre fatores de risco 
 
 
 Outros exemplos de questionários que podemos aplicar são aqueles que verificam os 
fatores de risco, ou seja, todos aqueles fatores que estão associados ao desenvolvimento de 
doenças cardiovasculares e também outras doenças graves. 
 Esses fatores de risco são: sedentarismo, colesterol elevado, hipertensão arterial, fumo, 
idade, histórico familiar e percentual de gordura elevado (ACSM, 2000). 
 Um modelo de questionário bem simples e de fácil análise é o que foi desenvolvido e 
adaptado da Sociedade de Cardiologia de Michigan, onde a análise é feita a partir do registro 
numérico de determinação de valores aos referidos fatores de risco (Tabela 3.1), após as 
respostas, o avaliador faz o somatório dos valores registrados pelo avaliado em cada item. O valor 
obtido nesse somatório é verificado na tabela de classificação (Tabela 3.2), onde verificamos o 
risco que este avaliado está apresentando. 
 
Tabela 3.1: Fatores de risco para desenvolvimento de doenças coronarianas. 
 
Idade 
 
De 10 a 20 anos 
-1- 
De 21 a 30 anos 
-2- 
De 31 a 40 anos 
-3- 
De 41 a 50 anos 
-4- 
De 51 a 60 anos 
-6- 
Acima de 60 anos 
-8- 
Herança familiar Nenhum parente 
com cardiopatia 
-1- 
Um 
parente cardiopata 
-2- 
Dois parentes 
cardiopatas 
-3- 
Três parentes 
cardiopatas 
-7- 
Quatro parentes 
cardiopatas 
-7- 
Cinco parentes 
cardiopatas 
-7- 
% de gordura 
 
M < 12% 
F< 16% 
-0- 
De 12 a 15,99% 
De 16 a 19,99% 
-1- 
De 16 a 19,99% 
De 20 a 24,99% 
-2- 
De 20 a 21,99% 
De 25 a 32,99 
-3- 
De 22 a 29,99 
De 33 a 39,99 
-5- 
Acima de 30% 
 Acima de 40% 
-7- 
Fumo 
 
 
Não fuma 
 
-0- 
Até 10 cigarros por 
dia 
-1- 
De 11 a 20 cigarros 
por dia 
-2- 
De21 a 30 cigarros 
por dia 
-4- 
De 31 a 40 cigarros 
por dia 
-6- 
Acima de 40 
cigarros por dia 
-10- 
Exercícios 
(minutos por 
semana) 
Acima de 240 
minutos 
-0- 
De 120 a 240 
minutos 
-1- 
De 80 a 119 
minutos 
-2- 
De 60 a 79 minutos 
 
-3- 
De 31 a 59 minutos 
 
-6- 
Abaixo de 30 
minutos 
-8- 
Colesterol 
 
Abaixo de 180 
-1- 
De 181 a 205 
-2- 
De 206 a 230-3- 
De 231 a 235 
-4- 
De 256 a 280 
-5- 
Acima de 280 
-7- 
Pressão arterial 
sistólica 
De 110 a 119 
-1- 
De 120 a 139 
-2- 
De 140 a 159 
-3- 
De 160 a 179 
-4- 
De 180 a 199 
-6- 
Acima de 200 
-8- 
Pressão arterial 
diastólica 
Abaixo de 70 
-1- 
De 71 a 76 
-2- 
De 77 a 82 
-3- 
De 83 a 93 
-4- 
De 94 a 105 
-6- 
Acima de 106 
-8- 
 
Adaptado da Sociedade de Cardiologia de Michigan citado por Pitanga, 2004, pg 43. 
 
Atenção: Se sua saúde mudar de modo que você venha a responder SIM a qualquer 
uma das questões acima, informe seu profissional de saúde ou aptidão física e pergunte 
se o planejamento de sua atividade física deve ser modificado. 
 5 
 
Tabela 3.2: Classificação do perfil de risco coronariano. 
 
PONTUAÇÃO CLASSIFICAÇÃO 
De 5 a 11 pontos 
 
Risco bem abaixo da média 
De 12 a 17 pontos 
 
Risco abaixo da média 
De 18 a 24 pontos 
 
Risco médio habitual 
De 25 a 31 pontos 
 
Risco moderado 
De 32 a 40 pontos 
 
Risco perigoso 
De 41 a 63 pontos 
 
Perigo urgente - procure seu médico 
 
Adaptado da Sociedade de Cardiologia de Michigan citado por Pitanga, 2004, pg 43. 
 
 
 
Exemplo de anamnese 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Quais são seus objetivos na pratica de atividades físicas? 
( ) Prevenção 
( ) Condicionamento Físico 
( ) Estética 
( ) Lazer 
( ) Indicação Médica 
Outros__________________________ 
 
2) Onde prefere praticar sua atividade física? 
( ) Em casa 
( ) Na Academia 
Outros___________________________ 
 
3) Quais os esportes você já praticou? 
( ) futebol 
( ) vôlei 
( )basquete 
( )handebol 
Outros___________________________ 
 
4) Quais esportes você pratica? 
( ) futebol 
( ) vôlei 
( )basquete 
( )handebol 
Outros___________________________ 
 
5) Tem praticado exercício físico regularmente? 
( ) Sim 
( )Não 
Nome: _____________________________________________________________________ 
Endereço: __________________________________________________________________ 
Telefone: ___________________Data de Nascimento: ___________________ 
Sexo: ______________________ Data da avaliação: ___________________hora_________ 
E-mail: ______________________________________ 
Caso for em casa, quais os materiais 
você tem disponível: 
 
( ) Esteira 
( ) Caneleiras 
( ) Halteres 
( ) Aparelhos de Musculação 
Outros ___________________ 
Caso não: Há quanto tempo não 
pratica qualquer exercício físico? 
( )3 meses 
( )6 meses 
( )um ano 
( )Mais de um ano 
 
 6 
 
 
6) Quantos dias na semana você têm disponível para a prática de exercício físico? 
( ) dois 
( ) 3 dias 
( ) 4 dias 
( ) 5 dias 
( ) 6 dias 
 
7) Quais os dias da semana de sua preferência? 
( )Segunda-feira 
( )Terça-feira 
( )Quarta-feira 
( )Quinta-feira 
( )Sexta-feira
8) Você fuma? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
 
9) Você bebe? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
 
 
 
 
10) Você sente algum tipo de dor ou desconforto (muscular ou articular)? 
( ) Sim Onde:................................................................ 
( ) Não 
 
11) Você apresenta alguma dessas doenças (já diagnosticadas por médico)? 
( ) Colesterol elevado. 
( ) Diabetes tipo I ( ) Diabetes tipo II 
( ) Hipertensão arterial 
( ) Cardiopatias 
( ) Outros. 
Quais:....................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................................
............................................................................................................................................................... 
 
12) Se você apresenta alguma dessas doenças, usa medicamentos? 
( ) Sim 
( ) Não 
 
13) Seu médico sabe que você está ingressando em um programa de exercícios físicos? 
( ) Sim 
( ) Não 
( ) Não freqüento regularmente o médico. 
 
14) Outras informações relevantes: ......................................................................................... 
........................................................................................................................................................ 
...................................................................................................................................................... 
 
 
 
3- VARIÁVEIS CINEANTROPOMÉTRICAS 
 
 
 3.1- ANTROPOMETRIA 
 
 Antropometria: “É a medida do tamanho corporal e suas proporções, incluindo espessura 
de dobras cutâneas, circunferências, diâmetros e comprimentos ósseos, estatura e peso corporal”. 
(Heyward e Stolarczyk, 2000). 
 
 “É a aplicação de medições para o estudo do tamanho, forma, proporção, composição, 
maturação e crescimento, com o objetivo de ajudar a entender o movimento humano no contexto 
do crescimento, exercício, performance e nutrição, com aplicação direta na medicina, educação e 
administração”. (Ross, 1976; apud Marins e Giannichi, 1998). 
Caso sim: Quantos 
cigarros ao dia? 
_________________ 
Caso sim: Qual a 
freqüência semanal? 
_________________ 
 8 
 Dentro do extenso conteúdo do método cineantropométrico, há dois pontos de grande 
utilização e praticidade na avaliação funcional em academias, escolas, programas de saúde e 
treinamento. São eles a ANTROPOMETRIA E A COMPOSIÇÃO CORPORAL. 
 
Para mensurarmos essas variáveis podemos citar alguns instrumentos básicos. 
 
 
3.2- MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS - INSTRUMENTOS NECESSÁRIOS 
 
Para fazermos uma avaliação necessitamos de instrumentos específicos para as varáveis 
que queremos medir. Devemos atentar para alguns cuidados: 
 
- O mais caro não significa necessariamente o melhor; 
- Adequar o instrumento ao indivíduo e a população; 
- Atentar para a leitura do instrumento; 
- Treinar o manuseio do instrumento antes de dar início a uma avaliação. 
 
BALANÇA: Utilizada para determinar o peso corporal total. Convém utilizar modelos que 
permitam medidas com precisão de até 100 gramas (resolução de 100 gramas); 
 
ESTADIÔMETRO: Utilizado para medir estatura. Escala métrica vertical instalada 
perpendicularmente a um plano de base. Podem ser encontrados adaptados em alguns tipos de 
balança ou fixos em uma parede. Normalmente utilizamos a leitura em centímetros, exemplo 
170,0 cm ao invés de 1,70 metros. Estadiômetros portáteis são bastante utilizados. 
 
ANTROPÔMETRO OU PAQUÍMETRO: Mede os diâmetros ósseos. A leitura, na maioria 
dos equipamentos é feita em centímetros. 
 
COMPASSO DE DOBRAS: Também conhecido como plicômetro ou adipômetro, mede a 
espessura do tecido adiposo em regiões específicas do corpo. A precisão da leitura depende do 
modelo (geralmente 1mm). A leitura é feita em milímetros. 
 
O compasso deve, sempre, ser seguro pela mão direita; e a dobra cutânea e segura pela 
mão esquerda. No momento da medida a mão que está segurando a dobra não deve ser solta, e o 
compasso deve ser colocado mais ou menos 1 cm abaixo da mão que está segurando a dobra 
(mão esquerda). O compasso permanece aproximadamente de 3 a 4 segundos, e deve ser solto 
antes da mão esquerda que está segurando a dobra cutânea. 
 
FITA MÉTRICA: Utilizada para a determinação dos perímetros ou circunferências. 
Observar que sempre o ponto zero da fita, será o ponto fixo. A leitura é feita em centímetros. 
 
 
 
 
3.3- PONTOS ANATÔMICOS 
 
Em uma avaliação devemos ter algumas referências, e alguns pontos anatômicos 
são de fundamental importância para o início de uma avaliação, assim como, são bases 
para algumas medidas (circunferências, diâmetros, etc.). 
 Os pontos anatômicos servempara uma avaliação subjetiva (visual) e para uma 
avaliação objetiva (dobras cutâneas, circunferências, etc.). 
 Os pontos anatômicos são inicialmente localizados através da palpação e 
identificação das estruturas que os caracterizam e, posteriormente, marcados com lápis 
dermográfico para facilitar a colocação correta do instrumento de medida.Mesmo que o interesse 
do pesquisador/avaliador se limite a uma ou duas medidas, convém que todos os pontos sejam 
 9 
demarcados e a rotina de medição antropométrica seja feita de uma forma completa, com isso 
propiciará uma série de dados que servirão no futuro para elaboração de novas pesquisas. 
 
 
VÉRTEX: É o ponto mais superior da cabeça, estando o Plano de Frankfurt (uma linha imaginária 
traçada sobre o meato auditivo, estando o mesmo horizontalizado com o solo, também significa o 
alinhamento do plano visual ao horizonte) rigorosamente posicionado. É usado para determinar 
estatura e altura sentada. 
 
CERVICAL: Situa-se na porção mais posterior do processo espinhoso da 7ª vértebra cervical. Usa-
se para medir a altura do tronco. 
 
ACROMIAL: Ponto mais lateral do bordo superior e externo do processo acromial. Esta referência 
é usada para determinação do diâmetro biacromial, para o comprimento do membro superior e do 
braço. 
 
MESOESTERNAL: Ponto médio do esterno. É a referência para os diâmetros antero-posteriores e 
transverso do tórax. Nos homens na linha mamilar ou 3 dedos acima do processo xifóide. 
 
RADIAL: Ponto mais alto da borda superior e lateral da cabeça do rádio. Usa-se na determinação 
do comprimento do braço e do antebraço. 
 
ESTILOIDAL: Localiza-se no ponto mais distal da apófise estilóide do rádio. É a referência 
utilizada para estabelecer o comprimento do antebraço e da mão. 
 
DACTILOIDAL: Ponto mais distal da extremidade do dedo médio da mão direita. Utiliza-se na 
medida da altura total e do comprimento do membro superior e da mão. 
 
ILEOCRISTAL: Ponto mais lateral da borda superior da crista ilíaca. É a referência utilizada para a 
medida do diâmetro biiliocristal e da dobra cutânea suprailíaca. 
 
TROCANTÉRICO: Situa-se no ponto mais alto do trocanter do fêmur. Como referência, usa-se na 
determinação do diâmetro bitrocantérico, do comprimento do membro inferior e da coxa. 
 
TIBIAL: Ponto localizado na borda superior da tuberosidade medial da tíbia. É usado na medida do 
comprimento da coxa e da perna. 
 
MALEOLAR: Situa-se no ponto mais inferior do maléolo tibial (medial). Esta referência é usada 
para determinar o comprimento da perna. 
 
PTERNIAL: Ponto mais posterior do calcanhar. Usa-se para medir o comprimento do pé. 
 
ACROPODIAL: Ponto mais anterior dos dedos dos pés, que eventualmente poderá ser a 
extremidade do primeiro ou segundo dedo, dependendo do indivíduo. Usa-se para medir o 
comprimento do pé. 
 
 
Medidas básicas em Educação Física 
 
Peso: O peso é uma das medidas mais utilizadas na EFI. Entretanto, devemos considerar o 
fato de que este dado isoladamente não é adequado para se afirmar se uma pessoa é obesa 
ou magra; tão pouco é o elemento de controle de esforço. 
O peso é medido pelo instrumento chamado balança. 
A técnica para medir consiste em: 
- Após a calibragem, travar a balança; 
 10 
- O avaliado sobe na balança pisando no centro, mantendo-se ereto e de costas para a 
escala de medida; 
- Movimentar o cilindro maior para o encaixe correspondente à grandeza de peso do 
avaliado; 
- Destravar a balança; 
- Movimentar o cilindro menor até que ocorra o nivelamento dos ponteiros-guia; 
- Travar a balança; 
- Pedir que o avaliado saia da balança; 
- Fazer a leitura; 
- Retornar os cilindros ao ponto zero. 
 
Estatura: é a distância entre o ponto vértex e a região plantar (avaliado em pé ou deitado). 
Para situar adequadamente a cabeça na posição anatômica foi estabelecido o plano de 
Frankfurt. Este plano, utilizado sobre tudo na determinação do vértex, é gerado a partir de uma 
linha imaginária que passa pelo ponto mais baixo do bordo inferior da órbita direita e pelo 
ponto mais alto do bordo superior do meato auditivo externo correspondente. A trena é 
posicionada sobre o vértex. 
 
 
Diâmetros Ósseos: Caracteriza a distância entre duas estruturas de um determinado osso, 
localizada transversalmente. É medida com um paquímetro e normalmente estudada apenas 
no lado direito, de acordo com as normas metodológicas atuais. Sua aplicação está 
relacionada com a determinação do peso ósseo e do somatotipo. 
 
- Diâmetro biacromial: distância entre o ponto acromial direito e esquerdo. O avaliador 
coloca-se por trás do avaliado. 
- Diâmetro bi-iliocristal: distância entre os pontos ileocristal direito e esquerdo. É também 
chamado de bicrista ou bicristal. Avaliado em posição ortostática, de frente para o 
avaliador. 
- Diâmetro bi- trocantérico: distância entre os pontos trocantéricos direito e esquerdo. O 
avaliado deve ficar de frente para o avaliador. 
- Bi-epicondiliano do Úmero: distância entre os epicôndilos medial e lateral do úmero. 
Com o avaliado em posição ortostática, braço flexionado em 90° com o tronco e o 
antebraço formando 90° com o braço. 
- Bi-estilóide: distância entre as apófises estilóides do rádio e da ulna. O avaliado em 
posição ortostática, com braço flexionado a 90° com o tronco e o antebraço supinado, 
formando um ângulo de 90° com o braço. 
- Bi-epicondiliano do Fêmur: distância entre os côndilos medial e lateral do fêmur, estando 
o avaliado sentado com os pés apoiados no chão; a coxa formando um ângulo de 90° com 
o tronco e a perna 90° com a coxa. 
- Bi-maleolar: distância entre os dois pontos maléolos (medial e lateral), estando o avaliado 
sentado e com os pés apoiados no chão. 
 
CUIDADOS: 
a) O paquímetro não deve ficar frouxo e nem com pressão excessiva; 
b) O paquímetro deve ser colocado perpendicular ao diâmetro medido. 
 
 
 
Circunferências: As circunferências ou também conhecidas como perímetros, são medidas 
que determinam os valores de circunferência de um segmento corporal perpendicular ao eixo 
longitudinal do mesmo segmento. 
As circunferências mais utilizadas em Educação Física são (Lohman, 1991): 
 
COXA: A circunferência da coxa pode ser medida em três pontos: 
 - Proximal: 1 cm abaixo da prega glútea; 
 11 
 - Medial: no ponto médio entre o vinco inguinal e o bordo superior da patela; 
 - Distal: 10 cm acima do bordo superior da patela. 
 O avaliado fica em pé, com o peso distribuído em um dos lados para que a medida seja 
feita no outro segmento. Alguns protocolos sugerem que o peso de ser distribuído igualmente entre 
os dois pés. 
 
 
PERNA (PANTURRILHA): O avaliado senta em uma mesa para que a perna que será medida 
fique pendurada livremente ou ele fica em pé com os pés mais ou menos 20 cm afastados e o 
peso em um dos segmentos (medimos o outro). 
 A fita métrica é posicionada horizontalmente em volta da perna e movida para cima e para 
baixo para localizar a máxima circunferência, em um plano perpendicular ao eixo da panturrilha. 
O final zero da fita é colocado abaixo do valor medido, ou seja o ponto zero é sempre o ponto fixo 
da fita. O nível é marcado para que a dobra cutânea da panturrilha será medida no mesmo nível. 
 
BRAÇO: Essa medida é feita no ponto médio entre o acrômio e o olécrano (o ponto deve ser 
marcado com o cotovelo fletido a 90°). A medida pode ser feita com o braço relaxado ao longo do 
corpo e também contraído, onde o tronco e o antebraço formam um ângulo de 90°. 
 
CINTURA: Sobre o ponto de menor perímetro. O avaliado fica de pé de frente para o avaliador e o 
abdômen relaxado. 
 
OMBROS: Sobre o terço médio dos deltóides médios. 
 
ANTEBRAÇO: braços estendidos ao longo do corpo, o avaliado de frente para o avaliador, deve-
se medir sobre o ponto de maior circunferência, com o antebraço supinado.TÓRAX: Homens: sobre a linha dos mamilos; Mulheres: sobre a linha sub-axilar. Também pode 
ser medido sobre o ponto mesoesternal ou no ponto xifoidal; ambos com o avaliado de frente para 
o avaliador. 
 
ADBÔMEN: Sobre a cicatriz umbilical. 
 
QUADRIL: Sobre o trocânter maior de cada fêmur. O avaliado deve estar com os pés unidos, em 
pé e de lado para o avaliador. 
 
 
CUIDADOS: 
a) Medir sempre sobre a pele nua; 
b) Nunca usar fita elástica ou de pouca flexibilidade; 
c) Não deixar o dedo entre a fita e a pele; 
d) Não dar pressão excessiva, nem deixar a fita frouxa; 
e) Não medir após atividade física; 
f) O ponto zero da fita sempre será o ponto fixo, ficará posicionado em baixo. 
 
 
 
 
Dobras Cutâneas: A técnica das dobras cutâneas é simples e prática, também não requer 
material sofisticado e caro. É amplamente utilizada para a verificação da composição corporal, e, 
nos dias de hoje, existem muitas fórmulas (já validadas) para diferentes populações (crianças, 
idosos...) tornando assim, além de acessível, muito útil, eficaz e consistente. 
 
 
 Pontos Importantes: 
 
 12 
 Tire todas as medidas do lado direito do corpo; 
 Cuidadosamente identifique e marque os locais de medidas; 
 Segure a dobra cutânea firmemente entre o polegar e o indicador esquerdo, um 
centímetro acima do local onde será colocado o compasso (o compasso é seguro com 
a mão direita); 
 Mantenha a dobra segura enquanto a medida é feita; 
 Deixe o compasso na posição de medida cerca de no máximo 4 segundos; 
 Evite duas medidas consecutivas no mesmo local; 
 Preferencialmente faça 3 tomadas e utilize a média ou a mediana; 
 Aproxime para o milímetro mais próximo. 
 
Como minimizar o erro utilizando a técnica do compasso de dobras? 
 
 Pratique no mínimo entre 50 a 100 clientes; 
 Treine sempre com um técnico bem capacitado e experiente; 
 Siga os procedimentos padrões; 
 Marque todos os pontos antes de medir; 
 Use as equações específicas para encontrar os resultados; 
 Use equações adequadas 
 Esteja atento para as novas informações sobre esse assunto. 
 
 COMO MEDIR? 
 
 As descrições a seguir, foram traduzidas de um manual de Timothy Lohman e col., 1991. 
 
 
 SUPRAILÍACA 
 
 A dobra cutânea suprailíaca é medida na linha média axilar imediatamente acima da crista 
ilíaca. O avaliado fica com os pés juntos e em uma posição ereta, os braços pendentes ao lado, se 
necessário ele faz uma leve abdução do ombro para melhor acesso ao ponto. É uma dobra 
oblíqua aproximadamente 45 da horizontal. As partes do compasso são aplicadas mais ou menos 
1cm de onde os dedos estão segurando. 
 
 TRICIPITAL 
 
 A dobra do tríceps é medida na linha média da parte posterior do braço sobre o músculo 
tríceps, no ponto médio entre o acrômio e o nível inferior do processo olécrano da ulna, ela é uma 
dobra vertical. 
 Usando uma fita métrica, com o cotovelo flexionado a 90, marque o ponto médio. A dobra 
é medida com o braço estendido e relaxado. 
 O avaliador fica em pé atrás do avaliado, segura a dobra com a mão esquerda e os dedos 
polegar e indicador apontando para baixo. 
 
 
 
 BÍCEPS 
 
 Para medir a dobra do bíceps podemos usar a marca do tríceps. 
A medida do bíceps deve ser 1 cm acima do tríceps e também é uma dobra vertical. Na parte 
anterior do braço. 
 
 COXA 
 
 13 
 O ponto é localizado na linha média da parte anterior da coxa entre o vinco inguinal e a 
borda proximal da patela. O sujeito flexiona o quadril para ajudar a localização do vinco inguinal. É 
uma dobra vertical. 
 
O peso do corpo é transferido para o outro pé, enquanto a perna do lado da medida está relaxada 
com o joelho levemente flexionado e o pé no piso plano. O avaliado pode segurar-se nos ombros 
do avaliador ou no encosto de uma cadeira. 
 
 
 SUBESCAPULAR 
 
 É uma dobra diagonal inclinada infero-lateralmente, aproximadamente 45do plano 
horizontal, o ponto é exatamente no ângulo inferior da escápula. 
 
O avaliado fica em pé, com o peso distribuído em ambos os pés. Para localizar o ponto, deve-se 
palpar a borda lateral da escápula (de cima para baixo) até localizar o ângulo inferior. Essa dobra 
é próxima a do tríceps. 
 
 
 ABDOMINAL 
 
 Para medir a dobra abdominal o sujeito relaxa a musculatura abdominal e a respiração se 
mantém normal. O sujeito deve estar em pé com o peso distribuído em ambos os pés. O ponto é 
3cm lateral e 1 cm abaixo da cicatriz umbilical, lado direito e é uma dobra horizontal. Essa dobra 
pode também ser medida verticalmente, dois centímetros ao lado do bordo da cicatriz. 
 
 
 
 PEITORAL ou TORÁCICA 
 
 O sujeito fica com os braços relaxados ao lado do corpo. O ponto é a distância média entre 
a prega axilar anterior até o mamilo, é uma dobra diagonal. 
 Na mulher o ponto se localiza um pouco mais superior do que no homem, 2 cm da linha 
axilar. 
 
 
 PERNA (PANTURRILHA) 
 
 A dobra é feita na parte medial da perna no ponto de maior circunferência, é uma dobra 
vertical. O avaliado deve estar sentado com os pés apoiados no solo ou suspenso. 
 
 
 
AXILAR MÉDIA 
 
 É uma dobra horizontal, localizada na junção xifo-esternal (ponto onde a cartilagem costal 
das costelas 5-6 articulam-se com o esterno) levemente acima do processo xifóide, na linha média 
axilar do tronco. Devemos identificar o processo xifóide e transferir o ponto para a lateral do tronco. 
 
 
 
4. - TÉCNICAS PARA DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO, TIPOS E PROPORÇÕES 
CORPORAIS. 
 
 Para determinar os componentes da composição corporal existem alguns métodos, que em 
sua maioria, são diferenciados por categorias (sexo, idade, etc.). 
 14 
 
 4.1- ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) 
 
 Ou também Índice Quetelet, é usado para avaliar peso relativo à estatura e é calculado 
dividindo-se o peso corporal em quilos pela estatura em metros quadrados (peso/h²). O IMC é um 
indicador relativamente bom da composição corporal total, mas não deve ser a única técnica 
aplicada, pois pode não expressar bem a realidade. Por exemplo, se aplicarmos o IMC em um 
fisiculturista, ele provavelmente apresentará um IMC muito alto, isso porque sua massa magra é 
muito grande. Mas em sedentários, essa técnica pode ser usada, mas em conjunto com outra. 
Podemos utilizar com crianças. 
 
 PADRÕES DE IMC (Jáequier, 1987) 
 
 Tabela 1: Padrões de IMC. 
20-24,9 kg/m² Desejável para homens e mulheres 
25-29,9 kg/m² Obesidade grau 1 ou sobre peso 
30-40 kg/m² Obesidade grau 2 
>40 kg/m² Obesidade grau 3 (obesidade mórbida) 
 
 
 4.2- PROPORÇÃO DA CINTURA PARA O QUADRIL (RCQ) – (Bray e Gray, 1988) 
 
 A proporção da cintura para o quadril (RCQ) é fortemente associada à gordura visceral, e 
parece ser um índice aceitável de gordura intra-abdominal. Medimos as circunferências da cintura 
e quadril (cm) e aplicamos em um nomograma e classificamos em uma tabela de normalidade, 
logo abaixo. 
 
RCQ = Cintura (cm) 
 Quadril (cm) 
 
Tabela 2: Normas para a RCQ de Homens e Mulheres 
 
Risco 
 Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto 
Homens 20-29 <0,83 083-0,88 0,89-0,94 >0,94 
30-39 <0,84 084-0,91 0,92-0,96 >0,96 
40-49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 >1,00 
50-59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02 
60-69 <0,91 0,91-0,95 0,99-1,03 >1,03 
Mulheres 20-29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82 
30-39 <0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 >0,84 
40-49 <0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 >0,87 
50-59 <0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 >0,88 
60-69 <0,76 0,76-0,83 0,84-0,90 >0,90 
Adaptado de Bray and Gray, (1988, p 432) 
 
 
 
4.3- DENSIDADE CORPORAL E PERCENTUAL DE GORDURA 
 
 Para calcular o percentual de gordura podemos, antes de tudo, calcular a densidade 
corporal, e assim aplicar uma equação para o percentual de gordura. 
 Jackson e Pollock (1978) e Jackson e col., (1980) apud Heyward(2000) desenvolveram 
duas fórmulas para o cálculo da DC utilizando três dobras cutâneas, para homens (peitoral, 
 15 
abdômen e coxa) e mulheres (tríceps, coxa e suprailíaca) e também equações para cálculo do % 
de gordura. (dc = g/cm3) 
 
 Homens de 18 - 61 anos 
 
 DC = 1,10938 - (0,0008267 x soma do peitoral, abdominal e coxa) + (0,0000016 x 
[soma peitoral, abdominal e coxa]²) - (0,0002574 x idade). 
 
 
 Mulheres de 18 - 55 anos 
 
 DC = 1,0994921 - (0,0009929 x soma do tríceps, suprailíaca e coxa) + (0,0000023 
x [soma do tríceps, suprailíaca e coxa]² - (0,0001392 x idade) 
 
 
Tabela 3: Equações para idade e gênero para conversão da densidade corporal em 
percentual de gordura. 
 
Idade Gênero % de Gordura 
7-8 M (5,38/DC) - 4,97 X 100 
7-8 F (5,43/DC) - 5,03 X 100 
9-10 M (5,30/DC) - 4,89 X 100 
9-10 F (5,35/DC) - 4,95 X 100 
11-12 M (5,23/DC) - 4,81 X 100 
11-12 F (5,25/DC) - 4,84 X 100 
13-14 M (5,07/DC) - 4,64 X 100 
13-14 F (5,12/DC) - 4,69 X 100 
15-16 M (5,03/DC) - 4,59 X 100 
15-16 F (5,07/DC) - 4,64 X 100 
17-19 M (4,98/DC) - 4,53 X 100 
17-19 F (5,05/DC) - 4,62 X 100 
20-50 M (4,95/DC) - 4,50 X 100 
20-50 F (5,03/DC) - 4,59 X 100 
Estas equações são aplicadas para homens e mulheres brancos, para negros subtrai-se 
1,9% do percentual de gordura para homens e 1,0% para mulheres (Lohman, 1989). Após 
os 50 anos estas equações podem superestimar o % de gordura devido ao decréscimo em 
minerais (após os 50 anos a DC diminui). 
 
 Para essas mesmas dobras, podemos utilizar tabelas onde, através da idade e do 
somatório das dobras encontramos o % de gordura aproximado ou por nomograma. 
 
 
 4.6.4- OUTRAS EQUAÇÕES 
 
 HOMENS 
 
 7 DOBRAS: TÓRAX, AXILAR MÉDIA, TRÍCEPS, SUBESCAPULAR, ABDOMEM, 
SUPRAILÍACA E COXA. (Jackson e Pollock, 1978 – Para negros de 18 a 61 anos apud Hayward, 
2000) 
 
 DC = 1,112 - 0,00043499 (SOMA DAS 7 DOBRAS) + 0,00000055 (SOMA DAS DOBRAS)² 
- 0,00028826 X IDADE. 
 
Após encontrar a densidade, fazer a outra equação da tabela 3 (pg 28). 
 
 
 16 
 4 DOBRAS: ABDOMEM, SUPRAILÍACA, TRÍCEPS E COXA (Jackson, 1980 – Para 
brancos de 18 a 50 anos - apud Hayward, 2000) 
 
 % DE GORDURA = 0,29288 (SOMA DAS DOBRAS) - 0,0005 X (SOMA DAS 
DOBRAS)² + 0,15845 X IDADE - 5,76377 
 
 MULHERES 
 
 7 DOBRAS: TÓRAX, AXILAR MÉDIA, TRÍCEPS, SUBESCAPULAR, ABDOMEM 
SUPRAILÍACA E COXA. (Jackson et al, 1980 – Para hispânicas e negras, entre 18 e 40 anos) 
 DC = 1,09070 - 0,00046971 X (SOMA DAS DOBRAS) + 0,00000056 X (SOMA 
DAS DOBRAS)² - 0,00012828 X IDADE. 
 
 4 DOBRAS: ABDOMEM, SUPRAILÍACA TRÍCEPS E COXA. (Jackson, 1980 – Para 
brancos de 18 a 50 anos - apud Hayward, 2000) 
 
 % DE GORDURA = 0,29669 X (SOMA DAS DOBRAS) - 0,00043 X (SOMA DAS 
DOBRAS)² + 0,02963 X IDADE + 1,4072 
 
 
PROTOCOLO DE JACKSON & POLLOCK (1985) 
 
 Outra técnica destes autores segue na diferenciação por gênero, e é verificada através das 
seguintes dobras: 
 
Homens: tríceps, tórax (ou peitoral) e subescapular; 
Mulheres: tríceps, abdômen e suprailíaca. 
 
PROTOCOLO DE YUHASZ: Para jovens entre 18 – 30 anos 
 
Mulheres: % G = 4,56 + (∑ 6 dobras) X 0,143 
Homens: % G = 3,64 + (∑ 6 dobras) X 0,097 
 
6 dobras = peito, tríceps, suprailíaca, subescapular, abdominal e coxa. 
 
4.5- DEMAIS COMPONENTES DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
 A composição corporal não se limita apenas a verificação do percentual de 
gordura. Através dele podemos obter valores estimados para os demais componentes do 
corpo (De Rose e col., 1984 apud Pollock e Wilmore, 1993). Para ilustrar as fórmulas, 
daremos aqui um exemplo: Uma mulher, com 64 kg, 170 cm de estatura, % de gordura 
atual 23%, % de gordura ideal 18%, diâmetro de fêmur 9 cm e de rádio 4 cm. 
 
PESO GORDO: Determinado o % de gordura, podemos calcular o peso gordo através da 
seguinte fórmula: 
 
 PG = % DE GORDURA X PESO ATUAL 
 100 
Ex. PG = 23 x 64 
 100 
 PG = 14,72 kg 
 
PESO CORPORAL MAGRO 
 
 PCM = PESO ATUAL – PESO GORDO 
 
 17 
Ex. PCM = 64 – 14,7 = 49,3 Kg 
 
PESO ÓSSEO 
 
 PO = 3,02 (H² . R . F. 400) 0,712 
Onde: 
 PO = Peso ósseo em kg 
 H = estatura em metros (170 cm = 1,70 m) 
 R = diâmetro do rádio em metros (fazer a conversão de cm para m). 
 F = diâmetro do fêmur em metros (fazer a conversão de cm para m). 
 Exemplo: R = 4 cm ou 0,04 m 
 F = 9 cm ou 0,09 m 
 
Ex. PO = 3,02 (2,89 x 0,04 x 0,09 x 400) 0,712 
 PO = 3,02 x 2,8 = 8,5 kg 
 
PESO RESIDUAL 
 
 PR = PA X (24,1  100) HOMENS 
 PR = PA X (20,9  100) MULHERES 
Onde: PR = Peso residual em kg 
 PA = Peso atual em kg 
Ex. PR = 64 x 0,209 = 13,4 Kg 
 
PESO MUSCULAR 
 
 PM = PA – (PG + PO + PR) 
Onde: 
 PA = peso atual 
 PM = peso muscular 
 PG = peso de gordura 
 PO = peso ósseo 
 PR = peso residual 
Ex. PM = 64 – (14,7 + 8,5 + 13,4) 
 PM = 64 – 36,6 
 PM = 29,4 kg 
PESO IDEAL 
 
Para o peso ideal devemos inicialmente determinar o % de gordura que desejamos para 
nosso aluno e/ou cliente. Sendo assim temos a seguinte fórmula: 
 PI = PESO MAGRO X 100 
 100 - % DE GORDURA DESEJADO 
Ex. PI = 49,3 x 100 
 100 – 18 
 PI = 4930 / 82 
 PI = 60,12 kg 
 
 
 
4.6- ÍNDICES DE REFERÊNCIA 
 
Alguns autores como Pollock & Wilmore (1993), preferem estabelecer um limiar 
único, independente da idade, mas levando em consideração o sexo, ou seja, o valor de 
16% para homens e 23% para mulheres. Este tipo de referencial é seguido por Mc Ardle et 
al. (1992) apud Pollock e Wilmore (1993) que preconizam um limiar de 15% para homens e 
25% para mulheres. 
 18 
Cooper (1987) apud Pollock e Wilmore (1993) relacionou tanto o fator sexo, quanto 
idade, elaborando níveis diferenciados de classificação para o percentual de gordura. Este 
conceito leva em consideração um aumento da gordura corporal que ocorre com o 
envelhecimento. Segue abaixo esta tabela. 
 
 
Tabela 4: Classificação de Percentual de Gordura para Homens e Mulheres 
 
 Homens Mulheres 
Idade Aceitável Ideal Aceitável Ideal 
Menos de 30 13,0 9,0 18,0 16,0 
30-39 16,5 12,5 20,0 18,0 
40-49 19,0 15,0 23,5 18,5 
50-59 20,5 16,5 26,5 21,5 
Mais de 60 20,5 16,5 27,5 22,5 
 
Em relação a índices relativos à saúde, o Colégio Americano de Medicina do 
Esporte (ACSM, 2000) propõe os seguintes valores: 
 
 
Tabela 5: Classificação de Porcentagem de Gordura para Homens e Mulheres 
 
 Homens Mulheres 
Risco a 5% 8% 
Abaixo da média 6-14% 9-22% 
Média 15% 23% 
Acima da média 16-24% 24-31% 
Risco b 25% 32% 
Onde: Risco a: risco de doença e desordem associadas à desnutrição; 
 Risco b: risco de doenças associadas à obesidade. 
 
4.6.7- Populações Especiais 
 
 
P/ CRIANÇAS BRANCAS E NEGRA TODAS AS IDADES. (Slaughter et al., 1988 apud 
Heyward, 2000) 
 
MENINOS: % GORDURA = 0,735 (DOBRAS) + 1,0 
MENINAS: % GORDURA = 0,610 (DOBRAS) + 5,1 
 
∑ = Somatórios das dobras tríceps e panturrilha. 
 
P/ Indivíduos Obesos 
 
Mulheres entre 20-60 anos (Weltman et al., 1988 apud Heyward, 2000) 
 
% gordura = 0,11077 (c AB) – 0,17666 (AL) + 0,14354 (PC) + 51,03301 
 
Homens entre 24 a 68 anos (Weltman et al., 1987 apud Heyward, 2000). 
 
% gordura = 0,31457 (c AB) – 0,10969 (PC) + 10,8336 
 
Onde: 
AL = estatura em cm; 
PC = peso corporal em kg 
 19 
c AB = circunferência abdominal média (= circunferência abdominal medida anteriormente 
no ponto médio entre o processo xifóide e a cicatriz umbilical e a medida lateralmente entre 
a extremidade inferior da última costela e a crista ilíaca (faz as duas medidas, soma e 
divide por 2). 
 
 Para calcularmos o percentual de gordura e massa corporal magra podemos 
utilizar apenas algumas medidas de circunferências, mas não é uma técnica precisa e 
muito aceitável. 
 
Esse procedimento é feito quando não temos material (instrumentos) suficiente para 
fazermos uma avaliação.Essa técnica foi proposta por Hodgdon (1992) e consiste em: 
 
 Homens: 
 Circunferência de punho (CP) e abdominal (CA) e peso corporal (PC). 
 Para calcular a Massa Corporal Magra: 
 
 MCM (kg) = 41,955 + (1,038786 x PC) – (0,82816) x [CA – CP]) 
 
 Para calcularmos o % de gordura: 
 
 %G = (PC – MCM) x 100 
 PC 
 
 
Mulheres: 
 
 
Circunferência de glúteos (CG) e abdominal (CA), e estatura (EST) 
 
 % G = (0,55 x CG) – (0,24 x EST) + (0,28 x CA) – 8,43 
 
 
5-VARIÁVEIS NEUROMUSCULARES 
 
5.1- FORÇA MUSCULAR 
 
 Força muscular refere-se à força máxima (adequadamente expressa em newtons, 
embora quilograma também seja comumente usado) que pode ser gerada por um músculo ou 
grupo muscular específico. Outro conceito é a habilidade de um grupo muscular exercer uma 
contração máxima contra uma resistência. 
 Essa resistência pode ser: 
 Fixa: Força Isométrica 
 Móvel: Força dinâmica concêntrica, excêntrica ou isocinética. 
 
 Podemos dividir também em testes máximos e submáximos, os máximos devem ser 
aplicados em atletas ou em pessoas muito bem condicionadas. 
 
 5.1.1- Força Dinâmica (conc/exc) 
 
 Teste de 1-RM 
 
 20 
 Para medir a força máxima dinâmica o método mais utilizado é o teste de 1-RM ou 1 
repetição máxima. 
 
 O teste consiste em executar o movimento em toda sua amplitude articular (concêntrico e 
excêntrico com o máximo de peso) em aproximadamente 5 segundos, com um intervalo de 
recuperação entre as tentativas de 3 a 5 minutos. A velocidade de execução deve ser lenta, e 
aplicado no máximo 5 tentativas (Kiss, 2003). 
 
 A aplicação das cargas pode ser de forma progressiva ou regressiva, a mais indicada é a 
progressiva. Apesar de ser um teste consistente e válido, não é adequado fazer com sedentários. 
 
 Kraemer e Fry (1995) citado por Marins e Giannichi (1998) sugerem intervalos de 3 
minutos entre as tentativas e até 3 tentativas de execução. 
 
 Este teste é semelhante ao descrito por Bittencourt (1986), chamado teste de carga 
máxima (TCM), onde, o autor sugere que seja feito um aquecimento orgânico antes do teste e o 
número máximo de tentativas sejam três. 
 
 Existem ainda os testes de 5 e 6-RM (submáximo). 
 
 Para uma estimativa da carga do teste, podemos utilizar as categorias desenvolvidas por 
Lombardi (1989), onde: 
 
 CT = Peso Corporal x Coeficiente do Exercício 
 
Tabela 6: Determinação da carga de teste (CT) pelo peso corporal 
 
Exercício Coeficiente 
Voador Direto 0,30 
Supino reto (máquina) 0,55 
Remada sentada 0,45 
Desenvolvimento de Ombros 0,40 
Rosca bíceps (roldana baixa) 0,25 
Rosca tríceps (roldana alta) 0,32 
Pressão de pernas 1,3 
Extensão de joelhos 0,50 
Abdominal máquina 0,20 
Ex: Peso 70 kg. Teste no Voador direto. 70 x 0,30 = 18 kg seria a carga estimada para o teste. 
 
5.1.2- Força Explosiva (Potência) 
 
 Teste de Impulsão Vertical (Jump Test) 
 
 Medir a força muscular de membros inferiores 
 
 Material: 1 fita métrica de metal fixada verticalmente na parede (ou o Jump Tester) com o 
zero para cima, pó de giz ou magnésio, uma cadeira e papel para anotações. 
 
 Antes do teste o avaliado se posiciona ao lado da fita e com o braço dominante marca seu 
ponto de referência, que seria a altura total. Ao sinal do avaliador, o avaliado executa o salto e toca 
na parede o ponto máximo. Devemos previamente marcar os dedos com pó de giz. Medimos do 
ponto de referência até o ponto feito com o salto, e esse será o deslocamento vertical conseguido. 
Os saltos podem ser com ou sem auxílio dos braços. 
 
 Teste de Impulsão Horizontal (Potência) Protocolo de Johnson e Nelson, 1979 citado 
por Marins e Giannichi, 1998. 
 21 
 
 O objetivo é medir a força de membros inferiores. O material necessário é uma fita métrica 
fixada no chão, uma régua para marcar o ponto de chegada e papel para anotação. 
 
 O teste consiste em 3 tentativas, é permitido movimento de braços e tronco, o avaliado 
salto ao sinal do professor e é registrado a marca (calcâneo) do pé que estiver mais próximo do 
ponto de partida, vale o melhor salto. 
 
 
5.1.3- Força Isométrica 
 
 Para avaliar a força isométrica podemos utilizar os dinamômetros e também testes com 
outros implementos. 
 
 
 Teste de Preensão Manual 
 
 
 O objetivo do teste é medir a força através do ato de preensão manual, para isso usamos 
um dinamômetro manual. Executar três tentativas de 7 a 8 segundos de contração em cada uma 
das mãos (alternadamente), e a melhor (de cada uma das mãos) é considerada válida (Matsudo, 
1987). 
 
 O dinamômetro deve ser ajustado conforme o tamanho da mão do avaliado, posicionamos 
o primeiro apoio entre o polegar e o indicador e o segundo apoio nas falanges média dos dedos 
indicador, médio e anelar. 
 
Tabela 7: Valores normativos para teste de preensão manual de acordo com sexo. 
 
 MÃO ESQUERDA MÃO DIREITA 
HOMENS 
Excelente > 68 >70 
Bom 56-67 62-69 
Regular 43-55 48-61 
Fraco 39-42 41-47 
Muito fraco <39 <41 
MULHERES 
Excelente >37 >41 
Bom 34-36 38-40 
Regular 22-33 25-37 
Fraco 18-21 22-24 
Muito fraco <18 <22 
Corbin e colaboradores (1978) citado Pitanga (2004) pg. 162. 
 
 
5.2- RESISTÊNCIA MUSCULAR 
 
 
 Resistência muscular é a capacidade de um grupo muscular executar contrações 
repetidas por período de tempo suficiente para causar a fadiga muscular, ou manter estaticamente 
uma percentagem específica de CVM por um período de tempo prolongado. 
 
 Teste de Resistência Abdominal de 1 minuto (YMCA) 
 
 Este teste é um tanto controverso, pois sua execução não utiliza somente os 
músculos abdominais, mas também os flexores do quadril, ainda assim ele é muito utilizado. 
 22 
 O teste consiste em executar o maior número de repetições em 1 minuto. O 
avaliado deve deitar em um colchonete, joelhos flexionados, pés apoiados no solo, as mão apoiam 
a nuca ou cotovelos flexionados sobre o peito (braços em x), o avaliador segura os pés do 
avaliado. O movimento deve ser completo, até os cotovelos encostarem nas coxas. Só serão 
validadas as repetições que foram completas. O resultado verificamos na tabela 7. 
 
Tabela 8: Valores normativos para teste abdominal de acordo com sexo. 
 
 Idade (anos) 
Homens 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 +66 
Excelente 60-50 55-46 50-42 50-36 42-32 40-29 
Bom 48-45 45-41 40-36 3-29 29-26 26-22 
Média + 42-40 38-36 34-30 28-25 24-21 21-20 
Médio 38-36 34-32 29-28 24-22 20-17 18-16 
Média - 34-32 30-29 26-24 21-18 16-13 14-12 
Fraco 30-26 28-24 22-18 17-13 12-9 10-8 
Muito Fraco 24-12 21-6 16-4 12-4 8-2 6-2 
Mulheres 
Excelente 55-44 54-40 50-34 42-28 38-25 36-24 
Bom 41-37 37-33 30-27 25-22 21-18 22-18 
Média + 36-33 32-29 26-24 21-18 17-13 16-14 
Médio 32-29 28-25 22-20 17-14 12-10 13-11 
Média - 28-25 24-21 18-16 13-10 9-7 10-6 
Fraco 24-20 20-16 14-10 9-6 6-4 4-2 
Muito Fraco 17-4 21-1 6-1 4-0 2-0 1-0 
Golding, Myers e Sinning (1989) apud Morrow et. el., (2003) 
 
 
Teste de Resistência Abdominal de Paula (1990) 
 
 
 Para a execução do teste é necessário um cronômetro; um colchonete; o aparelho para o 
teste que é composto por dois bastões ou canos de 110 centímetros de comprimento e 4 cm de 
diâmetro, fixados em duas anilhas de 4 kg. Cada bastão é graduado com oito furos de 1,5 em 1,5 
cm, ficando o primeiro furo a 35 cm da base da anilha; uma prancha de compensado com 85 cm 
de comprimento por 25 de largura e 2 mm de espessura, com um furo em cada extremidade, 
situados a um cm de cada lado e a 12,5 cm da largura da prancha, 2 parafusos de 5 cm são 
utilizados para fixar e graduar a prancha nos bastões. 
 
 Execução: o avaliado assume a posição em decúbito dorsal, com as mãos sobre as 
orelhas e a ponta dos dedos para a nuca, com os cotovelos voltados para frente. Os joelhos 
flexionados, com os pés apoiados no solo, os calcanhares afastados dos glúteos30 cm ou mais. O 
avaliador coloca a prancha sobre o umbigo do avaliado. Ao sinal do avaliador o avaliado flexiona o 
tronco até os cotovelos tocarem na prancha e retorna a posição inicial. 
 
 O movimento deve ser conduzido (lento). O resultado será o maior número de repetições 
corretas em um minuto. 
 
 
 Esse teste aproxima-se mais ao movimento que é executado no treinamento para os 
músculos abdominais. Este teste não apresenta tabelas de referencia, mas não deixar de ser 
válido. 
 
 23 
 Na execução desse teste, não utilizamos os flexores do quadril, pois eles, apresentam-se 
isolados pela flexão do quadril e pelo movimento do tronco que se limita a aproximadamente 30 
graus. Talvez seja um teste bem representativo. 
 
 
 
 
 
Flexão de Braços (Canadian Standardized Test of Fitness) 
 
 
Este teste consiste em executar o maior número de repetições até a exaustão. A 
posição inicial varia para homem e mulher. A mulher pode apoiar os joelhos no solo. Os 
cotovelos devem estender completamente na volta para a posição inicial e devem flexionar 
até próximo ao solo (cotovelo a 90 graus). Só serão válidas as repetições executadas 
corretamente (Protocolo do CSTF, citado por Morrow et. al, 2003). O número de repetições 
executadas pelo avaliado nós verificamos na tabela 8. 
 
Tabela 9: Valores normativos para teste de flexão de braços de acordo com sexo. 
 
 Idade (anos) 
Homens 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 
Excelente +39 +36 +30 +22 +21 +18 
Média + 29-38 29-35 22-29 17-21 13-20 11-17 
Médio 23-28 22-28 17-21 13-16 10-12 8-10 
Média - 18-22 17-21 12-16 10-12 7-9 5-7 
Fraco -17 -16 -11 -9 -6 -4 
Mulheres 
Excelente +33 +30 +27 +24 +21 +17 
Média + 25-32 21-29 20-26 15-23 11-20 12-16 
Médio 18-24 15-20 13-19 11-14 7-10 5-11 
Média - 12-17 10-14 8-12 8-12 2-6 1-4 
Fraco -11 -9 -7 -7 -1 -1 
Nieman (1995) apud Morrow et. al., (2003) 
 
 
 
Teste de Apoio de Frente Sobre o Solo (ACM) 
 
O teste de apoio segue a mesma padronagem do teste descrito anteriormente, o 
que modifica é que o teste de apoio é feito em um minuto. 
 
Teste Estático de Barra 
 24 
 
 O objetivo é medir capacidade de resistir em posição estática durante um período de 
tempo. 
 
 Material: barra, cronômetro, e papel para anotações. 
 
 A altura da barra é ajustada de acordo com a estatura do indivíduo (vértex), o avaliado 
segura a barra de forma pronada (bi-acromial), deve manter-se suspenso acima da barra (queixo 
acima da barra), joelhos em extensão. O cronômetro será acionado assim que o queixo ultrapassar 
a barra. O teste termina quando o avaliado desistir ou se o queixo encostar na barra. 
 
 
Teste Dinâmico de Barra 
 
 O material será o mesmo do teste anterior, agora o avaliado deverá ficar suspenso na 
barra, em posição supinada. O avaliado deverá fazer o maior número possível de repetições. Só 
serão contadas como válidas, as repetições onde o avaliado passar o queixo da barra e os 
cotovelos retornarem a extensão na volta do movimento. O teste terminará quando o avaliado não 
conseguir executar mais o teste. 
 
Teste de Repetições 
 
 O teste de repetições é amplamente usado para determinar carga de treinamento (em 
academias, clubes, etc). É um teste simples e pode (deve) ser feito em sedentários. Pode ser 
aplicado em todos os segmentos corporais. É um teste ideal para quem está iniciando um exercício 
físico. 
 
Execução do teste: 
 
 Posicionamos o individuo no equipamento, explicamos o movimento correto, 
estimamos uma carga inicial e solicitamos que o avaliado execute o máximo de repetições 
possíveis de maneira correta e velocidade controlada (lenta ou média). Ao final do teste é 
interessante fazer alguns alongamentos leves. 
 A partir dos resultados, calculamos as cargas iniciais de trabalho, por exemplo: 
 
 Com 10 kg o avaliado executou 35 repetições, então, aplicamos uma regra de três: 
 10 kg....................35 reps. 
 x...........................20 reps. 
 20x = 350 
 x = 17,5 
 
No caso do exemplo, nós queremos trabalhar com 20 repetições, nós podemos determinar 
aqui o número desejado. 
 
É uma regra de três inversa, prestar atenção. 
 
 
 
 
 
5.3- FLEXIBILIDADE 
 
 
Flexibilidade é a aptidão máxima para mover uma articulação por uma variação de 
movimento. Depende de muitas variáveis específicas, incluindo distensibilidade da cápsula 
 25 
articular, temperatura muscular, viscosidade muscular, etc. Além disso, a complacência ("tensão") 
de vários outros tecidos como ligamentos e tendões afeta a variação de movimento. 
 Podemos verificar a flexibilidade (ângulos articulares) através de goniômetros e 
flexômetros como o de Leighton. 
 
 
 Sentar e Alcançar (Sit and Reach) 
 
 O teste Sentar e Alcançar mede a flexibilidade da articulação do quadril, e avalia os 
músculos paravertebrais lombares e os posteriores da coxa, é um teste amplamente usado 
(inclusive no meio científico) por ser de fácil execução e não requer material muito caro. Protocolo 
do ACSM, 2000. 
 
 
 
 
  0 cm 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para execução do teste podemos utilizar o Banco de Wells (desenho acima), onde 
podemos verificar duas referências: uma para adultos e outra para crianças. 
 
O teste consiste em: 
 
 Posicionamento do avaliado: O avaliado senta em frente à caixa, apóia os pés no local 
indicado e mantém os joelhos estendidos. 
 
 O avaliado pode fazer 1 ou 2 movimentos para familiarização com o teste. 
 Os pés ficam separados aproximadamente na linha do quadril; 
 O avaliado pode deixar as mãos uma ao lado da outra ou sobre a outra sobre o avanço da 
caixa; 
 Ao sinal do avaliador, o avaliado deve avançar lentamente para frente, com ambas as 
mãos, tão longe quanto possível, sem fazer movimentos de insistência ou uma das mãos avançar 
mais do que a outra; 
 
 Os joelhos não devem flexionar ao longo do movimento; 
 
O resultado será o melhor valor registrado de 3 tentativas. Deve ser dados um intervalo de 
30 segundos entre as tentativas. 
 
As medidas do banco: até 45 cm de largura; 35 cm de altura; 40 cm de profundidade e o 
avanço de 25 cm. 
 
 
 
38 cm – adultos 
22 cm - crianças 
Pés 
 26 
O teste pode ser feito sem o Banco de Wells, podemos colocar uma fita métrica fixa no 
solo, e outra linha, que pode ser uma fita adesiva escura, no ponto onde seria o apoio para os pés, 
devemos observar sempre a referência, se for adulto 38 cm e se for crianças 22 cm. 
 
 
Tabela 12:Valores de Referência para o Teste Sentar e Alcançar (Banco de Wells) HOMENS 
Indice/Idade 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 >65 
Excelente >51 >51 >48 >48 >43 >43 
Boa 47-51 46-51 44-48 40-45 36-43 33-42 
Média + 42-46 41-45 39-43 35-39 31-35 28-32 
Média 37-41 36-40 34-38 30-34 25-30 23-27 
Média - 33-36 31-35 29-33 24-29 20-25 20-22 
Pequena 26-30 26-30 23-28 18-23 13-19 13-17 
Muito peq. <26 <25 <22 <18 <12 <12 
 
Tabela 13:Valores de Referência para o Teste Sentar e Alcançar (Banco de Wells) 
 MULHERES 
 
Indice/idade 18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 >65 
Excelente >61 >58 >56 >53 >53 >51 
Boa 53-61 51-58 48-56 46-53 46-53 46-51 
Média + 51-52 48-50 44-47 43-45 43-45 41-45 
Média 46-50 46-47 41-43 38-42 38-42 36-40 
Média - 43-45 41-45 36-40 36-37 33-37 30-35 
Pequena 35-42 36-40 27-35 28-35 25-32 23-29 
Muito peq. <34 <34 <26 <27 <24 <22 
 
Tabela 14:Percentil de acordo com o sexo para o teste de Sentar e Alcançar 
 
Percentil 
Meninos 
Idade (anos) 
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 
90 40,64 40,64 40,64 39,37 40,64 41,91 40,64 41,91 44,95 45,72 48,26 49,53 49,53 
75 38,1 38,1 36,83 36,83 36,83 38,1 38,1 38,1 39,37 41,91 43,18 44,45 44,45 
50 34,29 34,29 34,29 33,02 34,29 33,02 33,02 33,02 34,29 35,56 38,1 39,37 38,1 
25 30,48 29,21 29,2127,94 29,21 29,21 27,94 27,94 27,94 30,48 33,02 33,02 33,02 
10 26,67 25,4 24,13 24,13 25,4 24,13 21,59 22,86 22,86 24,13 25,4 26,67 25,4 
 
Percentil 
Meninas 
Idade (anos) 
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 
90 41,91 43,18 43,18 43,18 44,45 45,72 48,26 50,8 49,53 50,8 52,07 52,07 52,07 
75 39,37 40,64 40,64 40,64 41,91 41,91 43,18 45,72 46,99 48,26 48,26 48,26 48,26 
50 35,56 36,83 35,56 35,56 36,83 38,1 39,37 40,64 43,18 43,18 44,45 45,72 44,45 
25 31,75 33,02 31,75 31,75 3,02 33,02 35,56 35,56 38,1 39,37 40,64 39,37 39,37 
10 29,21 29,21 27,94 27,94 26,67 29,21 30,48 30,48 31,75 34,29 35,56 34,29 33,02 
Fonte: Safrit e Looney (1992) apud Morrow et al., (2003) pg 221. 
 
0 cm 
22 ou 38 cm 
 27 
 
 
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