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8.DIREITO CIVIL - PARTE GERAL. Pessoa Natural

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DIREITO CIVIL – PARTE GERAL
PESSOAS (cont.)
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PESSOA NATURAL
10 – INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL
	Já dissemos que o homem é um ser gregário por natureza: vive em grupos. Deste convívio nascem:
as relações jurídicas;
negociais;
familiares.
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PESSOA NATURAL
A quem interessa essa identificação?
Por que?
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PESSOA NATURAL
O aspecto público do nome é o interesse que o Estado tem em que as pessoas sejam identificadas, razão pela qual disciplina o seu uso na LRP (6.015/73), proibindo a alteração do nome, como regra (arts. 55 a 58).
O aspecto individual consiste no direito ao nome, no poder de se reprimir abusos cometidos por terceiros contra ele (direito de usá-lo e defendê-lo contra usurpação, como no caso de direito autoral e contra exposição ao ridículo).
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PESSOA NATURAL
Os principais elementos individualizadores da pessoa natural são:
1º o nome (designação que a distingue dos demais e a identifica no seio da sociedade);
2º o estado (que indica a sua posição na família e na sociedade política);
3º o domicílio (que é sua sede jurídica).
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PESSOA NATURAL
	10.1 NOME
	Nome, como elemento individualizador da pessoa natural, é empregado em sentido amplo, indicando o nome completo.
Integra a personalidade,
individualiza a pessoa (não só durante a sua vida como também após a sua morte) e 
indica sua procedência familiar.
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PESSOA NATURAL
Como diz Josserand apud Carlos Eduardo Gonçalves: é uma etiqueta colocada sobre cada um de nós; ele dá a chave da pessoa toda inteira. (p. 148).
Conceito: Limongi França diz que “nome é a designação pela qual se identificam e distinguem as pessoas naturais, nas relações concernentes ao aspecto civil da sua vida jurídica. 
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PESSOA NATURAL
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. (honra objetiva)
Alcança o pseudônimo, prevendo indenização em caso de má utilização: Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
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PESSOA NATURAL
Natureza jurídica
Carlos Roberto Gonçalves ensina que a natureza jurídica do nome, melhor aceita, é a que o considera um “direito de personalidade”,ao lado de outros, como o direito à vida, à honra, à liberdade etc. 
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PESSOA NATURAL
Elementos do nome
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
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PESSOA NATURAL
	Pelo CC o nome compõe-se de dois elementos:
prenome (nome de batismo)
sobrenome (apelido de família)
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PESSOA NATURAL
Mas temos outras formas de tratamento:
agnome (sinal que distingue pessoas pertencentes à mesma família, como por exemplo, jr., filho, sobrinho, neto); também são permitidos agnomes ordinais, como no caso do filho do Roberto Carlos: Roberto Carlos Braga Segundo.
Obs.: gêmeos e irmãos que tiverem o mesmo prenome deverão ser registrados com prenome duplo ou com nome diverso (63 LRP).
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PESSOA NATURAL
Axiônimo = designação que se dá à forma cortês de tratamento como por exemplo: V.Exa., V. Santidade; bem como aos títulos de nobreza, como conde, comendador etc.
Pode-se escolher livremente o PRENOME do filho?
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PESSOA NATURAL
	Sim, desde que não o exponha ao ridículo (art. 55, LRP)
Art. 55. Quando o declarante não indicar o nome completo, o oficial lançará adiante do prenome escolhido o nome do pai, e na falta, o da mãe, se forem conhecidos e não o impedir a condição de ilegitimidade, salvo reconhecimento no ato. 
Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz competente.(LRP)
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PESSOA NATURAL
	Prenome: 
é próprio de cada pessoa
é livremente escolhido pelos pais
pode ser simples (João)
ou composto (João Carlos)
pode ser múltiplo (exemplo o nome da princesa Isabel: Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon).
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PESSOA NATURAL
	Apelidos
Os apelidos também gozam de proteção legal, inclusive permitindo-se a sua incorporação ao nome, caso sejam públicos e notórios, podendo, inclusive, substituir o prenome oficial.
Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios. (LRP)
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PESSOA NATURAL
 	Sobrenome (ou patronímico ou apelido familiar)
É sinal que identifica a procedência da pessoa, indicando a sua filiação ou estirpe.
Enquanto o prenome é a designação do indivídulo, o sobrenome é o característico de sua família, transmissível por sucessão.
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PESSOA NATURAL
Alcunha é apelido depreciativo que se põe a alguém, geralmente tirado de alguma particularidade física ou moral.
 
Cognome ou epíteto palavra que qualifica pessoa ou coisa, ex. justiceiro.
Pseudônimo nome falso ou suposto, normalmente usado por escritor, artista.
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PESSOA NATURAL
Reconhecimento de filho havido fora do casamento
E os filhos fora do casamento, um vez que prescreve o artigo 59 e 60 da LRP que não será lançado o nome do pai sem que este expressamente autorize? 
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PESSOA NATURAL
A LRP está vigente, contudo a Lei 8.560/92 obriga os oficiais do Registro Civil a remeter ao juiz os dados sobre o suposto pai, que será convocado para reconhecer voluntariamente o filho. Não o fazendo, os dados serão encaminhados ao MP, que poderá promover ação de investigação de paternidade. 
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PESSOA NATURAL
CC.: "Art. 1607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente." "Art. 1609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito: I - no registro do nascimento; II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém." No mesmo sentido o Estatuto da Criança e do Adolescente: "Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação."
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PESSOA NATURAL
	Imutabilidade do nome
A princípio o prenome é imutável (art. 58 LRP), contudo prevendo sua mutação em caso de evidente erro gráfico e no art. 55 sua mudança em casos de prenomes ridículos.
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PESSOA NATURAL
	Retificação do prenome
Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios. (Redação dada pela Lei nº 9.708, de 1998)
Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público.
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PESSOA NATURAL
Apelido: Hoje, considerando a nova redação do artigo 58 da LRP, poderá haver a substituição do prenome pelo apelido. Assim, se o Pelé desejar, poderá chamar-se Pelé Arantes do Nascimento.
Colaboração com a justiça: Poderá haver mudança do prenome em caso de colaboração com apuração de crime e o juiz determinará que haja a averbação no registro de origem de menção da existência de sentença concessiva de alteração, sem a averbação do nome alterado. 
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PESSOA NATURAL
Adoção: o artigo 47, § 5º do ECA (redação 12.010/09) dispõe que a sentença concessiva de adoção conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido
de qualquer deles, poderá determinar a modificação do prenome.
Tradução de nomes: os tribunais,para facilitar o aculturamento dos alienígenas, têm autorizado a tradução do nome estrangeiro para brasileiro. (L.6.815/80, art. 43). 
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PESSOA NATURAL
Quando poderá ser feita a mudança de nome?
O art. 56 da LRP diz que o interessado poderá fazê-lo no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, desde que não prejudique os apelidos de família.
 Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa.
E se não fizer nesta data?
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PESSOA NATURAL
Retificação de sobrenome (ou patronímico)
Como dito anteriormente a não mutação do sobrenome é algo de interesse público, vez que devela o traço não arbitrário, mas histórico da estirpe de uma pessoa.
Todavia a lei limitou a mutabilidade de modo não absoluto.
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PESSOA NATURAL
Quando se casa é obrigatório receber o sobrenome ou apelido do marido?
Hoje não mais, primeiro porque a CF reitera o princípio da igualdade dos cônjuges no casamento (art. 5º, I e 226 § 5º), segundo porque trata-se de faculdade, nos termos do artigo 1.565/1.571 do CC.
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PESSOA NATURAL
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.
§ 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro.
Art. 1.571. 
§ 2o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.
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PESSOA NATURAL
Outras hipóteses de alteração:
casamento
separação judicial
divórcio
adoção
reconhecimento de filho
união estável
transexualismo
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PESSOA NATURAL
ESTADO:
Estado civil significa a soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos.
É o modo particular de existir.
É uma situação jurídica resultante de certas qualidades inerentes à pessoa.
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PESSOA NATURAL
Estado individual ou físico (modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde (capaz, incapaz) e que exercem influência sobre a capacidade civil (homem, mulher, maioridade etc.);
Familiar é o que indica a situação da pessoa na família em relação ao matrimônio (solteiro, casado, viúvo, divorciado) e ao parentesco (pai, filho, irmão, sogro etc.), situação que produz efeitos jurídicos, como alimentos, meação, benefícios previdenciários etc.
 Político é a qualidade que advém da posição do indivíduo na sociedade política, podendo ser NACIONAL (nato ou naturalizado) e ESTRANGEIRO.
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PESSOA NATURAL
CARACTERES:
Indivisibilidade: assim como não podemos ter mais que uma personalidade não podemos possuir mais de um estado (ninguém pode ser casado e solteiro ao mesmo tempo);
 
Indisponibilidade: o estado civil é um reflexo da nossa personalidade e, por essa razão, constitui relação fora do comércio (inalienável e irrenunciável);
Imprescritibilidade: não se perde nem se adquire o estado pela prescrição, ou seja, nasce e desaparece com a pessoa.
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PESSOA NATURAL
DOMICÍLIO CIVIL
	Por imperativo de segurança jurídica todas pessoa deve ter um lugar que seja considerado a sede central de seus negócios, explica Pablo Stolze (p. 281)
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PESSOA NATURAL
Todos os sujeitos de direito deve ter um lugar certo, no espaço, de onde irradiem sua atividade jurídica. Esse ponto de referência é o seu domicílio (do latim domus, casa ou morada).
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PESSOA NATURAL
	A despeito de interessar ao Direito Processual (determinação de foro competente), é no Direito Material que se encontra sua disciplina e sistematização. 
	Senão vejamos:
Art. 94 CPC: o foro comum é o do réu, embora haja foros especiais como o da mulher, nas ações de separação judicial, divórcio e anulação de casamento (art. 100, I) e outros;
Art. 96 CPC: foro do domicílio do autor da herança é o competente para o inventário e partilha;
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PESSOA NATURAL
Art. 97 CPC: o foro do último domicílio do ausente é o competente para as ações em que for réu, bem como para inventário de seus bens;
Art. 100, II o do domicílio ou da residência do alimentando é o indicado para ação em que se pedem alimentos;
Art. 7º LINDB: No direito internacional privado é a lei do domicílio que regula o estado, a capacidade das pessoas, o nome e o direito de família;
Art. 1.527 CC: no direito de família exige-se que os proclamas de casamento sejam publicados no domicílio dos nubentes;
Art. 327 CC: no direito das obrigações manda-se que seja efetuado o pagamento de obrigações no domicílio do devedor, em falta de convenção das partes;
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PESSOA NATURAL
Art. 72 CPP: não sendo conhecido o local em que se consumou o crime a competência para julgar o réu poderá ser determinada por seu DOMICÍLIO ou residência;
Art. 469 CLT: vigendo a regra de inalterabilidade das condições contratuais, ao empregador é vedado transferir o empregado, sem sua anuência (não se considera transferência a que não acarretar necessariamente a mudança de domicílio).
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PESSOA NATURAL
Conceito de Domicílio
	Clovis Beviláqua apud Carlos Roberto Gonçalves define domicílio da pessoa natural “o lugar onde ela, de modo definitivo, estabelece a sua residência e o centro principal da sua atividade” (p. 172).
É o local em que estabelece:
a sede principal de sua residência;
e de seus negócios.
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PESSOA NATURAL
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. (PRIMEIRA IDÉIA: residência)
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. (SEGUNDA IDÉIA: domicílio)
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PESSOA NATURAL
Domicílio, morada e residência são conceitos sinônimos?
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PESSOA NATURAL
MORADA = é o lugar onde a pessoa natural se estabelece provisoriamente (ex. Pablo Stolze: aluno bolsista)
RESIDÊNCIA = é simples estado de fato; é a sede estável da pessoal; o local onde a pessoa natural se estabelece habitualmente (ao contrário da morada pressupõe maior estabilidade);
DOMICÍLIO = é situação jurídica; é complexa a noção de domicílio, pois abarca a de residência e a de morada. Para sua configuração não basta apenas o ato material de residir, deve haver, ainda, o propósito de permanecer (animus manendi), convertendo aquele local em centro de suas atividades.
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PESSOA NATURAL
Pode uma pessoa RESIDIR em mais de um local (com habitualidade), tomando apenas UM como centro principal de seus negócios, ou seja, como seu domicílio?
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PESSOA NATURAL
Sim. Pode ele estudar ou trabalhar em Santos, por exemplo, mantendo-se durante a semana no seu apartamento naquela cidade e aos finais de semana voltar à São Paulo em outro endereço, onde considera o centro de seus negócios.
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PESSOA NATURAL
Já vimos que a pessoa pode ter várias residências e um só domicílio. Pode o contrário, ou seja, VÁRIOS DOMICÍLIOS?
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PESSOA NATURAL
Sim. O CC admite a pluralidade domiciliar. Para tanto basta que tenha diversas residências onde alternadamente viva, como dispõe o artigo 71 do CC:
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
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PESSOA NATURAL
E onde a pessoa exerça suas atividades profissionais pode ser considerado o seu domicílio?
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PESSOA NATURAL
Sim. É o que dispõe o artigo 72 do CC:
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos (outra
hipótese de domicílio plúrimo), cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
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PESSOA NATURAL
E pode alguém ter domicílio sem residência?
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PESSOA NATURAL
Sim, é o caso do DOMICÍLIO APARENTE, segundo o qual há uma aparência de domicílio, como por exemplo, no caso dos ciganos, andarilhos, caixeiros viajantes (que passam a vida em hotéis e por isso não têm residência habitual). É o que prescreve o artigo 73 do CC:
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.
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PESSOA NATURAL
As pessoas podem mudar de domicílio? Existe alguma formalidade para isso?
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PESSOA NATURAL
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
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PESSOA NATURAL
Espécies de domicílios:
DE ORIGEM (local do nascimento);
VOLUNTÁRIO: depende da vontade exclusiva do interessado; 
ESPECIAL: é o fixado com base no contrato, sendo denominado, conforme o caso, foro contratual ou de eleição.
Contrato (art. 78 do CC): trata-se da sede jurídica ou local especificado no contrato para o cumprimento das obrigações dele resultantes;
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.
O de Eleição (art. 111 do CPC): é o escolhido pelas partes para a propositura de ações relativas às referidas obrigações e direitos recíprocos aduzidos no contrato.
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PESSOA NATURAL
LEGAL: é o determinado pela lei em razão da condição ou situação de certas pessoas (não há liberdade de escolha). É o que preceitua o artigo 76 do CC:
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.
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PESSOA NATURAL
Domicílio da pessoa jurídica
Pessoa jurídica de direito privado: a sede ou estabelecimento (estatuto social ou atos constitutivos).
E se não for escolhido o domicílio da empresa no contrato social?
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PESSOA NATURAL
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
(...)
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
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PESSOA NATURAL
Poderá haver a pluralidade de domicílios das pessoas jurídicas?
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PESSOA NATURAL
Sim. É o que prescreve o § 1º do Art. 75 do CC.
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder.
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PESSOA NATURAL
Pessoas jurídicas de Direito Público:
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
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PESSOA NATURAL
Nos termos do artigo 99, I do CPC a União aforará as causas na Capital do Estado em que tiver domicílio a outra parte; e será demandada no DF ou na Capital do Estado em que ocorreu o ato que deu origem à demanda ou em que se situe o bem (art. 109, §s 1º a 4º da CF).
Os Estados têm por sede jurídica as suas capitais (CPC, art. 99, II) e os Municípios a sede da administração municipal.
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Obrigada por sua atenção.
				DICA: Antecipe as aulas com uma leitura da matéria que será ministrada; você tem o plano de aulas do semestre, lembra?

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