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PUC-RIO	Nome:Raquel Martins de Sousa	Matéria:Metodologia da Pesquisa
Fichamento Metodologia
Marcos Nobre discute a situação da pesquisa em Direito no Brasil e, em particular, a indistinção entre prática, teoria e ensino jurídico. Em relação às outras ciências humanas, constata que a área de pesquisa em Direito se encontra em relativo atraso e tenta explicar o porquê disso e apontar algumas soluções para o problema. 
Embora tenha acompanhado o crescimento das outras ciências humanas, que, segundo o autor, atingiram níveis internacionais “graças à bem-sucedida implantação de um sistema de pós-graduação no país”, o Direito ainda fica atrás no que diz respeito à pesquisa. A questão principal colocada em pauta, porém, é o motivo do atraso, que o autor explica da seguinte maneira: “Minha hipótese é a de que esse relativo atraso se deveu, sobretudo, a uma combinação de dois fatores fundamentais”: o isolamento que é causado pela prática profissional e a elaboração teórica. Segundo ele, o modelo de curso de Direito está ultrapassado, ou eles se renovam ou serão irrelevantes, neste caso, não conseguiríamos entender o Brasil sem o Direito. O Direito se isola das outras matérias no tocante à antiguidade e devido a isso sempre esteve diretamente ligado com o poder político do país no século XIX. O Direito desempenha papel fundamental nas Ciências Humanas, porém se não houver um movimento rápido, o Brasil deixará de alcançar o novo arranjo mundial das ciências humanas (pág 25). O Direto só considerava nas outras matérias o elemento jurídico contido nelas. Com todo este isolamento onde tanto o Direito quanto as outras matérias das Ciências Humanas saíram perdendo, o Direito teve maior desvantagem em termos de avanço e pesquisa. Esse distanciamento entre o Direito e as outras ciências se modificou na década de 90 por duas razões. Primeiro, porque universidades brasileiras já estavam implantadas e não poderiam mais contaminar as Ciências Humanas, que já estão vacinadas. Cria-se por parte dos teóricos das outras ciências a necessidade de preencher a lacuna que a falta do Direito deixa. A partir do século XIX então esses teóricos passaram a se interessar mais pelo Direito, o que não alterou a situação. “O problema está em definir os padrões de pesquisa das Ciências Sociais e o padrão de pesquisa em Direito, e como os dois estão institucionalizados quanto a ensino e pesquisa” (pág 27). Para ele, o mundo se regula pelos manuais de Direito, e não o contrário. Pesquisa em Direito no Brasil é um formato padronizado de argumentação, tipo de investigação científica que já possui uma resposta antes de perguntar ao material. A doutrina está ligada à prática, mas a dogmática não deve sistematizar a doutrina. Para modernização da pesquisa, deve-se “exigir uma dedicação integral a ela, ao ensino e à extensão de uma parte substancial dos docentes de um curso de Direito” (pág 36). Para ele, devíamos seguir o modelo alemão que mandava seus alunos às melhores faculdades de Direito Norte-americanas para dar continuidade às suas pesquisas ingressando na carreira acadêmica e não voltarem para trabalhar em escritórios americanos.

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